All i want for christmas is you escrita por Nymeria


Capítulo 1
lights // drarry




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Draco não aceitaria nada menos que perfeito. 

Natal era uma das suas épocas favoritas, ele levava tudo muito a sério desde decoração a ceia. Mas esse ano, era muito mais do que isso porque não só seria seu primeiro natal casado, como seria seu primeiro natal casado com Harry Potter. Céus, seria a primeira vez que sua família e a família dele iriam se reunir na Malfoy Manor e celebrariam, Merlin queira em paz, aquela data. 

Mas antes disso, Draco queria enfeitar a casa deles. E tudo só tomou uma proporção mais especial depois de que Harry, em uma das conversas antes de dormir, disse que ele nunca teve uma árvore de natal de fato. Uma dessas na sala de estar, em sua própria casa. Em uma vida em que ele sempre achava que tudo estava presente a acabar, nunca teve tempo de pensar em coisas pequenas como uma árvore de natal. 

Mas naquele ano, Draco iria fazer com que isso mudasse. 

Ele passou horas procurando o pinheirinho perfeito que não fosse muito grande, pois a casa onde eles dividiam depois do casamento não era gigantesca como a que ele cresceu. Tendo o pinheirinho a escolha da decoração foi fácil, vermelho e dourado porque eram as cores do seu grifinório, oh sim, ele até mesmo encontrou pequenos leões de pelúcia para colocar na árvore. 

Mas a luzinhas eram um problema. Elas não queriam acender, de forma alguma, com feitiço algum. Era frustrante, como ele não poderia conseguir fazer simples piscas-piscas acenderem e apagarem, afinal, era o trabalho deles, certo? Piscar?

Então Draco tentou de várias formas, até mesmo cogitou em ligar o fio naquela carinha triste que fica grudada na parede, mas só Harry sabe mexer naquela coisa sem que ela morda o seu dedo e Draco não podia esperar. A árvore tinha que estar iluminada e perfeitamente enfeitada quando seu marido chegasse em casa. 

— Ai que ódio! – Gritou acenando a varinha para a árvore que instantaneamente começou a chamuscar com fogo. 

— Oh não, oh não não não. Não, por favor não! 

Havia vermelho em dourado mas agora era por causa do fogo, tinha fumaça e era apavorante. 

Draco precisou ser muito rápido, apontando a varinha novamente para apagar o fogo. Mas não foi o suficiente para salvar, o pinheirinho estava todo chamuscado, um dos leõezinhos perdeu metade do corpo e toda a casa estava cheirando a queimado. Ele voltou a respirar após ter apagado o fogo, com um gesto de mãos as janelas da casa se abriram deixando o ar frio de dezembro entrar pelas janelas e levar aquele cheiro horroroso da casa. 

Draco se sentou no chão em um soluço. Se dando conta de que ele tentava inutilmente fazer as coisas derem certo, mas elas simplesmente não saiam como o planejado. E ele não estava falando apenas da árvore. Ele tentou cozinhar na semana passada, mas tudo saiu um desastre, ele tentou ser um bom acompanhante em uma das festas do ministério no mês anterior mas acabou tendo uma crise de ciúmes gigantesca obrigando Harry a levá-lo para casa. 

Salazar, ele era um péssimo Potter-Malfoy. 

Encarou mais uma vez a árvore chamuscada, os olhos se enchendo de lágrimas. Harry iria deixá-lo em breve quando pervencesse o quão inútil para aquele casamento e para ele, Draco era. Vamos lá, ele mal conseguia montar uma árvore de natal. Sentou-se no tapete felpudo branco, chorando alto com as mãos no rosto. 

Lord Furry, o gato cinza que Harry havia lhe dado de aniversário naquele ano, esfregou a cabeça em seu dono, preocupado com aquela atitude. Draco levantou a cabeça para encarar os olhos cinzas do bichinho. 

— Eu sou péssimo Fur, papai vai nos abandonar. – Disse em um biquinho, esfregando as orelhas do gato. 

Um alto créc ecoou pela casa e Draco levantou a cabeça um pouco para ver Harry acabando de aparatar na entrada. O rapaz descalçou seus sapatos, o casaco e cachecol flutuando até o cabideiro ao lado da porta de entrada. Ele caminhou até a sala, onde Draco ainda estava sentado sozinho agora, pois Lord Furry estava se enroscando e ronronando nas pernas de Harry. 

Draco o encarou com os olhos muito vermelhos e seu marido logo se preocupou com a cara de choro, mas não foi necessário perguntar o que havia acontecido uma vez que em seguida seus olhos captaram a árvore queimada do outro lado da sala. 

— Mas que Diabos... 

Os lábios do loiro começaram a tremer e uma nova crise de choro se iniciou, Harry sentiu imediatamente o coração pesar por ter reagido daquela forma, ele não estava bravo, só havia ficado surpreso. 

— Eu estraguei tudo, Harry! – Chorava com os braços soltos – Chorava com os braços soltos ao lado do corpo, a cabeça levemente para cima e os ombros chacoalhando pela intensidade do choro. 

— Oh não, meu bem, eu sinto muito. – Disse Harry, se sentando ao lado do marido e tentando não rir da sua reação exagerada. Era só uma árvore, certo? 

— Era para ter ficado perfeita! Mas as luzes não queriam ligar e eu acabei me irritando, minha magia ricocheteou de alguma forma bizarra e se virou contra mim colocando fogo em tudo! Eu sou péssimo, um péssimo marido para você. – Continuou dizendo de forma descontrolada e em meio a soluços. 

Harry o puxou para perto dele, deitando Draco em meio às suas pernas, o loiro encontrou a curva de seu pescoço, escondendo o rosto ali. O moreno sentiu a umidade das lágrimas do outro mas não se importou, no movimento seguinte, segurou a varinhas em mãos e pensou por um instante. 

— Olhe meu bem, nós podemos conserta-la. – Disse.

— Não tem como consertar, Harry! – Chorou, se remexendo no colo do rapaz. 

Harry moveu a varinha mais uma vez, os galhos queimados do Pinheirinho foram ganhando vida e se tornando verdes novamente, todas as bolas douradas e vermelhas juntamente com os leõezinhos de pelúcia voltando ao seu estado original, os piscas-piscas deram problema para ele também, mas como esperado, Harry conseguiu liga-los na tomada e toda a sala se iluminou. 

Os olhos de Draco pararam de chorar no primeiro aceno da varinha, e agora estavam mais brilhantes pelas luzes de natal da sua árvore. Ele encarou o rosto de Harry que sorria e mexeu distraidamente nos botões da sua camisa, um soluço escapou de seus lábios. 

— Era pra ter sido uma surpresa. Mas eu estraguei tudo e você teve que me salvar mais uma vez. – Murmurou. – Estou cansado de não ser o suficiente pra você. 

Harry segurou o queixo de Draco com os dedos, fazendo se levantar, olhando profundamente naqueles olhos prateados. 

— Eu sei que se frustra quando as coisas se atrapalham, mas não quero que se preocupe em me agradar tanto. Tenho tudo o que preciso porque tenho você. 

Um leve sorriso pintou nos lábios de Draco com aquelas palavras, em resposta pousou um beijo doce nos lábios de Harry, para depois voltar a se aconchegar nos seus braços. O moreno conjurou um cobertor, cobrindo os dois sentados no tapete. Lord Furry voltou para o seu lugar, próximo à lareira agora que tudo estava calmo. 

Draco suspirou enquanto observava com Harry as luzes da árvore se apagarem e acenderem novamente. 

— Eu lembrei que você gosta dessas luzinhas e arrumei um monte delas. – Disse em um sorriso.

— Ah, sim, eu gosto de olhar para elas. Gostei dos leões também. – Disse, fazendo Draco borbulhar por dentro de felicidade por ele ter reparado. 

— Nós podemos ter mais luzinhas! Podemos colocar ao redor da casa! – Sugeriu. – Mas vou esperar você chegar em casa amanhã para fazer isso. 

Harry concordou rindo nasalado, esfregando a ponta de seu nariz com o do de Draco em um beijo esquimó. O rapaz se aconchegou ainda mais perto debaixo da lã quentinha, pensando que em seu pedido de natal ele iria incluir luzes coloridas para todos os dias da vida de Harry, inclusive ele sendo sempre uma das principais.


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