P.O.V. Klaus.

Ela é linda, é doce, é brutalmente honesta e ela não me teme. Mesmo quando estou na minha forma mais ameaçadora.

Queria um momento especial. Um lugar especial.

Então eu a levei para o bosque para fazer um piquiniqui. Com champanhe.

—Uau! Tudo está... perfeito.

—Você merece love.

—Porque eu?

—Porque não?

—Respondendo minha pergunta com outra pergunta. Ai, você é bom.

Nós comemos sanduíches e bebemos champanhe.

—Sanduíche com champanhe, uma combinação inusitada. 

Acho que eu devo ter cara de pânico porque ela rapidamente completou:

—Mas, eu gostei.

Depois de comermos ela inventou que queria dançar. E eu não consigo negar nada pra ela e ela começou a entoar uma música romântica nós ficamos naquele momento tão profundo e íntimo até sermos interrompidos por um uivo.

—Isso foi um uivo?

—Foi.

—Não tem lobos dessa parte do país.

—Mas, tem um clã de lobisomens.

—O que?! Me trouxe pra um lugar onde tem lobisomens?!

Ela começou a catar as coisas.

—Caroline... parada. Não se mexa.

Ela ficou cara a cara com o lobisomem.

—Ai Meu Deus!

—Caroline, não se mexa.

—Klaus... e... esse bicho vai pegar a gente.

Eu expus minhas presas e o lobo saiu correndo.

—Obrigado. Como é que você fez isso? E você tem olhos de lobisomem!

—Eu não sou um vampiro comum Caroline.

—Eu sei. Toda a bagaceira de ser o Original e tal.

—Não. Bom, sim mas não. Eu sou um híbrido.

—Híbrido de que?

—A magia da minha mãe me fez vampiro, mas eu nasci lobisomem.

—Então você é vampiro e lobisomem ao mesmo tempo? Como pode isso?

—Eu acabei de explicar.

—Mas, não tem algum tipo de problema? 

—Que problema?

—Pelo que eu sei lobisomens odeiam vampiros e uma mordida de lobisomem mata vampiro e a de um vampiro mata lobisomem. Então essas duas criaturas não entram em conflito dentro de você? E se você tiver um ataque?!

—Eu não vou ter um ataque Caroline.

—E como é que você sabe? Sabe como funcionam os ataques? Num momento você está bem, no outro... acabou. O negócio é fulminante! O meu pai morreu de ataque.

—Seu pai?

—Ele foi morto e acordou, mas ele não completou a transição e dai ele teve um ataque. A boca dele espumava feito cachorro com raiva.

—Eu sinto muito.

—É. Mas, ele morreu por vontade própria. Foi a escolha dele. Uns anos depois eu perdi minha mãe. Ela era xerife, morreu por uma bala perdida. Mas, não foi imediato, ela chegou viva ao hospital, mas não conseguiu... desculpe.

—Ela sabia sobre...

—Sobre mim? Sabia. Mas, ela não quis tomar meu sangue.

—Então ambos os seus pais...

—Odiavam vampiros? É. Por ai. Isso até conhecerem os Cullen e até eu mesma virar uma. Eu nunca poderia dividir isso com os meus pais, mas eu adoro ser vampira na maior parte do tempo.

—Eu também adoro ser um híbrido.

—A lua está cheia. Você não vai... virar uma fera raivosa?

Eu ri e respondi:

—Não. Vantagens de se ser um híbrido. Eu só me transformo quando quero.

—Legal. Meu ex é igual a você, ele disse que foi transformado por um cara e que teve que quebrar todos os seus ossos umas mil vezes pra desfazer uma ligação ou elo sei lá.

—Seu ex?

—Tyler Lockwood. Ele tentou me matar duas vezes semana passada, ai eu terminei com ele.

—Ele quebrou o elo?

—Ele diz que quebrou. Sabe o que é esse negócio?

—Sei. Ele estava ligado á mim, seu criador.

—Peraí! Transformou meu ex namorado naquele demônio que tentou me matar?!

—Caroline...

—Ele queria? Ser como você?

—Não. Ele não queria. Eu o usei pra testar uma teoria.

—Você o matou? Sem ele querer? Sem saber se ele ia sobreviver?!

—Caroline...

Ela atirou o champanhe na minha cara e me chamou de:

—Imbecil!

Disso.

—Caroline por favor...

—Cala a boca! Eu não quero mais ouvir suas mentiras!

Ela saiu correndo.

P.O.V. Caroline.

Ele quase me enganou. Quase me enredou, mas não enredou. Foi Deus que me protegeu.

—Eu adorei. Melhor primeiro encontro do universo!

Eu fui até a praia e tentei me afogar. 

Mas, ele estava lá pra me salvar.

—Caroline.

—Para! Não me salve!