Titanos escrita por Emily Rhondes


Capítulo 7
Faça seu melhor para entrar em minha mente


Notas iniciais do capítulo

Oláááááááaaáaá
Um olá com mil As pra mostrar o quanto estou feliz com os comentários que começaram a brotar do nada. Podem continuar ♡

*Eu estou planejando uma surpresa, e queria postar esse capítulo só quando estivesse pronta, mass percebi que vou demorar um pouco mais que o esperado, então é hoje mesmo.

* Esse capítulo é da MusaAnônima12345, da Yulien, Raíssa Herondale e da Melissa Potter. Coloquei todo mundo pra agradecer o apoio ♡ nos próximos capítulos faço com um nome só, ou algo assim, mas obrigada mesmo!

* Não quero decepcionar vocês! Agora tem muito peso nas minhas cosas para manter a história no nível (bom) que está, e só melhorar. REVISEI DUAS VEZES, a procura de erros, por vocês. - sei que ainda vai ter erro porque sou desatenta ehehehe -

Boa leitura!



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— Você está bem? - Cal pergunta, sentando ao meu lado no jato. Dou de ombros, fitando a janela.
— Normal. E você?
— Estou bem. - responde, como se fosse óbvio. - Como está o pescoço?
— Bem melhor.
— Já voou antes, Barrow? - Maven entra no jato, e se senta de frente para nós.
— Não.
— Está bem com isso?
— Não. - Ele sorri.
— Bem... Os casos de aviões que cairam foram desastrosos...
— Mavey. - Cal o repreende.
— Não se preocupe, ele vai morrer tanto quanto eu, se isso cair. - Cal sorri com minha resposta, e Maven cruza os braços.
— Tuchê.
Senti o motor do avião ligar. Meu sangue gelou, e minhas unhas ficaram no couro do banco. É só voar.
Tiberias Calore e Elara Merandus entraram no avião, e tudo fica mais frio instantaneamente. Se isso caísse, iria matar eles também, então esse fato foi um consolo.
A caixa de metal começou a se mexer, e meu estômago gelou a medida que ganhamos velocidade. Vai ficar tudo bem. Tudo bem. Tudo bem. E esse sentimento passou assim que decolamos. EU VOU MORRER. Meus olhos se fecharam como se eu abrisse, o avião fosse cair.
— Abre os olhos, Mare, tudo bem. - Cal diz, e eu pude ouvir as risadinhas de Maven. - Olha pela janela.
Respirei fundo, abri os olhos por um segundo, e vi a base se distanciando. Estávamos muito rápido, e a enorme construção parecia ainda maior de cima. Ganhamos altitude, e quando perdi o medo, passei a admirar a cidade de cima. É linda. E falsa.
Depois a cidade sumiu, ficou chato encarar a paisagem só com mato, mas meu coração disparava em todo solavanco que dávamos.
Os dois começaram a conversar animadamente. Era como se eu não estivesse ali, elas mergulharam numa conversa profunda entre irmãos. As vezes parecia que eles se odiavam, mas se perceber bem, você vê a verdade: eles se amam. Como eu amo Bree. Mas eles são diferentes. O mundo deles é diferente.
Acabei dormindo. E alguns bons minutos depois, acordei com um baque, completamente assustada, olhando ao redor. Estávamos caindo? Cal corta meu pensamento que ganhava desespero.
— Pousamos. - Cal sorri.
Solto todo o ar que segurava, esfregando os olhos. Que alívio. Maven dormia a minha frente, como um anjo, e Cal estava acordadíssimo. Me arrumei no banco, ajeitando os cintos.
— Bem vinda a Archenon. - Ele murmura. Era um "bem vindo ao inferno."
(...)
Entramos numa limousine preta. Assim que descemos do avião, senti um clima diferente, agora estava na capital, cidade prateada, ou seja: dos ricos. Eu não sou daqui. E Gisa estava certa, não posso me esquecer disso. Essa gente não é confiável, não posso confiar em Maven, muito menos em Cal.
A limousine era enorme, cabiam umas 10 pessoas, mas o ego deles preenchia o espaço vago. Elara estava sentada ao lado de Tiberias, contra a traseira do carro, Cal e Maven de frente pra porta, e eu encostada na divisória entre a gente e o motorista. Um Motorista Vermelho.
Era como se o carro fosse explodir de tanta tensão.
— Então, Mareena, está pronta para começar as aulas? - Elara pergunta. Não vi nenhum objetivo por trás, então algo estava errado.
— Claro. - Engulo a mentira, e sei que ela percebeu. É como se lesse minha mente a cada instante.
— Mãe, você pode chamar ela de Mare, apelido de Mareena, acho que ficará mais fácil desse jeito, não acha? - Maven diz, e eu o encaro. Estava tentando aliviar pra mim?
— Completamente. Menos uma coisa para se preocupar. - Ela cruza as pernas para o outro lado, sem mexer os olhos azuis que penetravam minha alma. - Claro que mencionaram que sou diretora da Iron Academy, mas...
— O que? - Quase grito, por impulso, e ela se surpreende.
— Vocês não contaram? - Elara os repreende.
— Esqueceram desse pequeno detalhe. - Murmuro. Isso não podia ficar pior.
— Pequeno mesmo. - Ela abre um sorriso ameaçador. - Quero te inteirar sobre as inúmeras regras do internato assim que chegarmos e você se instalar.
— Inúmeras mesmo. 567 páginas de regras. - Cal diz, e eu arregalo os olhos, o arrancando um sorriso. Tiberias observava os filhos e a mim.
— Está quieto, Tiberias. - Elara diz.
— Hm. - Desvio o olhar, e passo a encarar a paisagem.
Acabamos de sair do aeroporto e já fomos engolidos pela cidade. Prédios enormes, brancos, cinzas e pretos. Davam um ar prateado a cidade, e aposto que queriam assim. Já estive em cidades prateadas, e as evitava com fervor. Mas agora eram inevitáveis.
Quando reparei melhor, passei a ver pessoas, os prateados, andando como formigas em um formigueiro. Submissos e servos desse sistema, soldados leais. Hm. Eles nunca passaram fome, claro que apoiam toda essa merda.
Comecei a ficar irritada, e sei que as pessoas no carro perceberiam. Coloquei as mãos debaixo das pernas, para pararem de tremer e me concentrei nas nuvens. Daqui a pouco escureceria, e o ar dourado que o céu tinha me acalmou.
Fui assim até chegarmos, encarando as nuvens. A academia era muito, mas muito longe do centro, no meio do mato mesmo. Qual seria a lógica daquilo?
E caramba. Xinguei um palavrão assim que a vi. Meu Deus, aquele lugar era maior que Hogwarts! Talvez seja Hogwarts do inferno.
Era um castelo, e contra o sol parecia que era apenas uma sombra de castelo, dando para perceber apenas as enormes torres se estendendo como se fossem chegar ao céu. Eu estava atordoada, absorvendo surpresa cada detalhe daquele lugar.
Continuamos com o carro correndo na pista em frente o castelo por minutos. Deus, aquele lugar era muito grande. Os jardins da frente eram a única coisa que se via, a não ser a sombra do enorme castelo por trás. Se estendiam junto com as inúmeras janelas que pareciam pequenas a essa distância.
— É lindo, não é? - Cal pergunta, e olho pra ele assustada.
— É. - Digo, voltando a observar. O carro faz uma curva brusca, e somos lançados levemente um contra o outro. Eu e Cal ficamos centímetros um do outro.
— Merda, despeça esse motorista. - Elara diz, ajeitando a tiara de ferro com o símbolo dos ardentes na testa. Era quase uma coroa. - Onde já se viu, um motorista que não sabe dirigir.
Enquanto isso, eu e Cal nos encaravávamos, antes de eu chegar para o lado, vermelha. Agora percebi que acabamos de entrar pelos portões enormes pintados de preto com prata nas pontas, formando pontas de espadas prateadas e brilhantes ao sol, e em letras da mesma cor, lia-se "Iron Academy". Haviam soldados com seus uniformes preto e prata em todo lugar. Engoli em seco. Os das cidades vermelhas eram vermelhos e pretos.
Tentei me acalmar mais. Não podia dar assunto pra essa gente. Seguimos cortando o jardim numa estradinha de cascalho, e demos a volta num chafariz bem de frente para as portas centrais, e estacionamos. Pensei em abrir a porta, e Elara negou com a cabeça. As vezes era como se ela lesse minha mente. Mas sei que ela não pode, então estou segura. O chofer abriu a porta, e ofereceu a mão com uma luva prateada, como se fosse purificar sua pele negra para eles tocarem. Tiberias sai sozinho, já completamente erguido e engomado, e logo depois, Cal e Maven seguem a mesma pose. Engulo em seco, e aceito a mão dele para sair. Se não aceitasse, minhas pernas bambas iriam me fazer cair.
— Obrigada. - Digo, e ele abaixa a cabeça.
Elara respira fundo. Agora sim, estava em seu lugar. Ela governa aquele lugar, ela é rainha aqui, esse é seu castelo. Tiberias não é nada. Assim que ela gosta.
— Bem vinda a Iron Acadrmy, Mareena. - Ela sorri, e eu a encaro. - Vamos nos dar muito bem se você ficar quietinha no seu lugar.
Assinto, com os olhos perdidos por aí. Se a encarasse, cuspida nela. Aquele lugar era lindo, e tinha sangue do meu povo nas paredes, eu podia sentir.
Uma criada se aproxima, trazendo uma almofada prateada com algo brilhante em cima, e Maven toca meu braço de leve, me conduzindo para ao lado de Cal, que estava de frente para Tiberias e Elara, se encarando. Que que é isso? Uma cerimônia ridícula.
A criada se ajoelha, com a cabeça baixada e os braços erguendo a almofada que agora eu via que em cima tinha uma tiara, igual a de Elara, só que com o símbolo da Iron Academy, duas espadas se cortando, pouquíssimo diferente do símbolo dos Samos, consequentemente o do país.
Tiberias pegou a tiara, e Elara tirou a que usava antes, com o símbolo dos Ardentes, e colocou no lugar, e ele colocou a outra nela.
Nossa. Que estupidez.
— Cal, venha comigo, filho. - Tiberias diz, e Cal o segue no mesmo instante, lançando um olhar de "boa sorte. Você vai precisar".
— Bem, sigam-me. - Elara manda, e eu fico ao lado de Maven.
As portas antes fechadas, agora estavam abertas, e podia ver bem de perto o Basalto escuríssimo em que foi construído toda a escola. O chão era de mármore combinando com as paredes, e as estátuas no jardim eram tão negras quanto. Fiz uma nota mental de vir ver essas estátuas depois. Elara falava da excelência da escola, como as estruturas são maravilhosas, sobre o programa de esporte esplêndido, os diversos clubes e aulas de línguas, humanas, exatas, biológicas, os laboratórios... Não me importava nada, mas fingia ouvir, assentindo de vez em quando.
Os corredores tinham pilastras, e janelas enormes a cada passo, portas e mais portas, e outros corredores se ligando. Viramos em um, pela primeira vez, e ali estavam algumas das salas de aula, com carteiras em dupla, de frente para um quadro de caneta e a mesa do professor. Eu odeio o Colégio. Com toda força. E agora, triplicou meu ódio.
— Meu Deus. - Murmuro, vendo uma parede inteira só de troféus. Dezenas e dezenas de troféus.
— Não fale de deus aqui, menina. - Elara resmunga, e eu a encaro, surpresa. Nossa. Esqueci que vocês são os próprios Deuses, desculpe. Eu não sou religiosa, só uso essa expressão porque todo mundo usa, e teria que aboli-la, porque a partir da agora ninguém usa.
— São todos os troféus que ganhamos desde que a academia foi fundada, pelo primeiro Samos. - Maven explica, e para em um trofeu simplesmente enorme, talvez do meu tamanho. - O General Volo Samos ganhou esse. Combate corpo a corpo. Ganhou de todos os generais.
Meu coração dispara. Toda santa vez que ouço esse bendito nome, esse sobrenome dos infernos.
Continuamos andando, vendo mais portas, mais janelas, mais corredores, até que chegamos em uma (entre milhares de escadas) mais estreita, e Elara sorriu.
— Essa escada nos leva até minha sala. - Seu sorriso aumenta. - Creio eu que vai vir aqui muitas vezes.
— De jeito nenhum. -Digo, mordendo os lábios para segurar a língua.


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Notas finais do capítulo

*Eu tô seriamente na dúvida sobre um negócio, talvez vocês possam me ajudar, ou terei que achar nos livros: Como a Coriane é, mesmo? Ela é loira de olhos mel, certo? E o Cal puxou os olhos dela e o cabelo do Tiberias? Algo assim? Aaaaaaaah eu queria passar a informação certa pra vocês. Obrigada desde já!*



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