Friday the 13th escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Notas iniciais do capítulo
Espero que se divirtam lendo. Se gostarem deixem seus comentários. Ajuda muito na hora da inspiração.
ACAMPAMENTO CRYSTAL LAKE, 1958
Um grupo de monitores se reuniam perto de uma fogueira a fim de comemorar o último dia de acampamento. Os alunos foram embora, ficando apenas eles. Entre conversas, namoricos e marshmallow, um casal resolveu se afastar do grupo.
Os pombinhos resolveram entrar numa das casas e lá fazer sexo. Ambos se agarraram ali mesmo no chão de madeira e ficaram nus. Depois de uns vinte minutos, a moça parecia estar com fome.
— Quer comer alguma coisa?
— Pode trazer o que sobrou.
— Claro. Só não sai daí.
O rapaz se vestiu e ficou esperando pela namorada do lado de fora da cabana. A moça foi até uma outra cabana buscar comida. O barulho na janela assustou pra valer.
— Droga de vento.
Pegou algumas coisas e saiu dali. Voltou para a cabana anterior e não viu mais o seu namorado. Ela pôs a sacola no chão e foi até o quarto ao fundo. Nada.
A porta da cabana abriu e alguém entrou. A moça sentiu um arrepio com o vento a entrar naquele ambiente. Foi pega por trás e soltou um grito.
— Sou eu. Hahahaha.
— Cretino! Não faça mais isso.
— Vem, vamos sair daqui.
Ambos saíram da cabana para assim irem à casa principal. Uma forte luz de lanterna apareceu bem diante deles. Uma pessoa segurava a lanterna.
— Quem é? — perguntou o rapaz se aproximando da pessoa. Porém, antes que ele pudesse reagir, a pessoa misteriosa cravou uma faca no estômago dele.
A moça soltou um grito e correu para dentro da cabana. Deixou o local fechado por um tempo enquanto chorava muito. Naquela noite trovejava muito e os outros monitores escutavam música bem alto.
Passos eram dados por trás da moça. Esta se virou e viu a luz da lanterna de dentro da cabana. A pesso misteriosa havia entrado pela janela.
— Por favor, não.
Segurando uma besta pequena, a pessoa misteriosa apontou para o peito da monitora. A jovem gritou em desespero. Não havia mais escapatória para a sua morte.
...
— Sarah, apesar de ser psicóloga, sou a sua amiga. Remoer o passado não fará bem à sua saúde e não trará Josh de volta... Tudo bem, sei que é impossível fazê-la esquecer da morte de seu filho, mas a vida tem que continuar.
— Não duvido da sua capacidade de me ajudar, Jenna. Acontece que eu tive depressão depois que meu filho fora morto — a mulher se levantou do divã e caminhou até a janela do consultório. Tocou nas persianas enquanto lembrava do pobre Josh — Não esqueço do dia em que foi espancado na rua unicamente por ser "diferente".
— Sinto muito. Quer falar algo mais?
— Não. Preciso voltar ao trabalho. Amanhã os alunos da turma que eu leciono trabalharão como monitores no Acampamento Crystal Lake. Tenho que arrumar tudo antes que sexta chegue.
— Então a consulta terminou. E Sarah, vê se se cuida.
Sarah saiu do consultorio da doutora Jenna. A mulher, que perdera o filho de 17 anos, era de estatura mediana, ou seja, 1,70 de altura; seus cabelos castanhos e volumosos fazia parte do charme da mulher caucasiana de meia idade do final dos anos 1970. Apesar de seus quarenta anos de idade, a bela moça ostentava uma beleza natural que a rejuvenescia sem muito esforço.
A professora de biologia saiu do pequeno prédio localizado na cidade e entrou no seu carro fusca conversível. Pensou em Josh, no dia em que o encontrara banhado em seu próprio sangue... Ligou o veículo e partiu para um destino qualquer.
ACAMPAMENTO CRYSTAL LAKE
O acampamento era um ponto turístico para estudantes do primário. Também reunia os escoteiros. Havia várias casas de madeira ou cabanas em torno do Lago Cristal. As árvores ao redor e a contínua queda de folhas secas, misturadas ao clima com vento e chuviscos, transformava aquela paisagem em algo isolado. Era aterrorizante, mesmo sendo um ambiente lindo.
O responsável pela compra do acampamento era o famigerado Steven Jackson, um homem apático, carrancudo... ostentava um bigode grosso e uma careca a lá Homer Simpson.
— Como estão indo as obras? — perguntou ele ao engenheiro no seu escritório.
— Senhor Jackson, estamos terminando. Amanhã pela manhã estará tudo pronto. Inclusive os estudantes ajudaram voluntariamente na parte da pintura.
— Que bom. Ver essa cooperação dos alunos sêniores é algo que não se ver todo dia.
Os alunos, três deles, ajudavam na reforma do acampamento. O rapaz pegador e a sua namorada pintavam uma das casas com tinta branca. Já uma outra aluna ajudava com o lixo.
— Esse acampamento ficará melhor do que antes. Uma nova roupagem... Acredito que tudo isso seja por causa dos anos 80 que estão por vir — disse uma senhora de meia-idade com a moça que colocava o lixo.
— Senhora Kimble. Há quanto tempo está aqui? — perguntou a ruiva.
— Não muito. Steven me contratou para ser a cozinheira. Ficarei esses dias com vocês até a chegada dos estudantes do primário.
A tal senhora Kimble se retirou de onde a ruiva estava e entrou numa das cabanas. A estudante voltou a seus afazeres.
O casal de pegadores resolveram parar com a pintura e namoraram um pouco distante. O rapaz era loiro e bonito; sua namorada era uma típica patricinha líder de torcida.
— Sabe que não podemos fazer isso durante o trabalho. Se o responsável ver isso...
— Relaxa, gata. Estamos um pouco afastados do restante. Temos que aproveitar a cada minuto.
— Que foi isso?
— O quê?
— Scott, para. Eu ouvi algo como se fosse passos vindo pra cá.
— O que não seria incomum, pois está cheio de gente.
— É sério.
Uma pessoa observava o casal por trás das moitas. Pessoa esta que não se identificava.
...
Sexta-Feira, 13 de julho de 1979
A professora Sarah Dawson foi com o seu fusca conversível buscar os três alunos restantes que iriam para Crystal Lake. Eles ficaram aguardando em frente à escola.
— Cheguei fora de hora, porque ainda tive que resolver alguns assuntos pessoais.
— Aí, professora, não precisa se justificar tanto. Pelo menos deu pra fumar um baseado enquanto esperava.
— Kevin! Desculpa, senhora Dawson. Ele está mentindo.
— Adrienne, não me enche.
Enquanto os dois discutiam, uma terceira pessoa se mantinha calada. Um rapaz chamado Markus.
Arredores de Crystal Lake, 7:20AM
Uma mochileira desembarcou do ônibus e logo viu um posto de combustível. Caminhou até onde se encontrava um homem e perguntou sobre a rota até o acampamento. O homem não deu muita informação, porém apontou para uma lanchonete perto.
— Obrigada — a moça era morena clara, com o rosto cheio de sardas. Levava uma mochila bem grande nas costas.
A lanchonete já estava aberta quando ela chegou. Perguntou sobre a rota para o Acampamento Crystal Lake, no entanto as poucas pessoas ali desconversaram.
— Bom, se você quiser carona, eu posso te levar até perto de lá — disse um fazendeiro.
— Sério? Obrigada.
— Não vá pra lá! Aquelas terras são amaldiçoadas! Amaldiçoadas!
— Sai fora, Ralph. Vai assustar a garota. Vamos, meu bem.
O fazendeiro entrou no seu caminhão, mas antes ajudou a moça. Os dois seguiram caminho enquanto o velho Ralph observava.
— Não ligue para aquele velho doido. Enfim, vai passar o verão ajudando as pobres crianças?
— Sim. Serei uma das monitoras. Na verdade eu sou estudante do ginásio, então é mais como um trabalho voluntátio. E eu moro fora da cidade e, talvez, sou a única que não sabe o caminho para o lago.
— Então não conhece a história daquele lugar? Bom, dizem por aí que, em 1957, um garoto de 11 anos chamado Jason foi empurrado no lago e se afogou. Os monitores responsáveis faziam sexo na hora exata e não ajudaram o rapaz. Um ano depois, os mesmos monitores foram brutalmente assassinados por uma pessoa desconhecida. Desde então, o lugar ficou fechado por uns quinze anos até 1973. Dizem que o lugar é amaldiçoado, pois de lá pra cá fora sabotado várias vezes até a compra este ano. Uma história macabra, não?
— Sim, se fosse usada para o enredo de Halloween ou algum filme do Hitchcock. Essas coisas não me dão medo, sou bem crescidinha.
— Se você diz...
O fazendeiro parou o caminhão bem no meio de uma encruzilhada. Falou à moça seguir ao sul, que o acampamento ficava lá. Ela agradeceu e desceu do caminhão. Caminhou pela estrada sozinha. O lugar não tinha um veículo transitando. Apenas ela e o som do vento nas copas das árvores.
...
— Onde está o Steven? — perguntou a ruiva para o casal de namorados.
— Foi para a cidade comprar mais suprimentos. A senhora Kimble disse que encontraria com ele e o engenheiro resolveu vir mais tarde — disse a garota.
— Sabe o que isso significa, amor? Podemos trepar nesse espaço de tempo.
— Scott, safado. Claro que não vou transar tamanha sete da manhã. Parece que é louco.
— Então... nós três estamos sozinhos nesta floresta — falou a ruiva.
Os namorados ficaram sérios depois do que a moça falou. Um vento gélido bateu nas árvores, dando uma sensação de isolamento.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Muito obrigado e até a próxima.