Adventure Time - Looking for You escrita por RaDkar


Capítulo 5
A Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores e queridas leitoras.
Desculpem a demora em postar esse capitulo, surgiram vários imprevistos nesse período, tipo: trabalho, natal e ano novo. Por falar nisso feliz ano novo a todos (atrasado) ^^
Mas aqui está mais um novo capitulo espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743368/chapter/5

O soar do canto dos pássaros entoavam gloriosamente por fora da cabana onde se encontravam Finn e Flame encarando-se — mudos — sem ideia do que poderiam dizer um ao outro, até o momento em que a princesa quebrou o silêncio.

— Eu volto logo.

— Tudo bem.

“Eu não sei porquê de eu me sentir assim, digo, eu e Finn podemos viver em compatibilidade, contudo, algo dentro de mim diz estar errado, algo me deixa com uma sensação ruim de que alguma coisa está por acontecer...” — Pensava Flame.

Seus pensamentos, logo se interromperam, com um estrondoso som vindo do quarto e — assustada — correu até ele imediatamente.

— O que está acontecendo aqui?! — Exaltada. — Finn?!

No cômodo, o loiro estava ao solo, levantando-se apoiado na cadeira que estava ao lado de sua cama, e a bandeja que Flame havia levado até ele, encontrava-se largada no chão.

— O que você está fazendo?

— Me desculpe, eu derrubei a bandeja... — Evitou encara-la nos olhos — Eu tentava ver se já conseguia andar sozinho.

— Não seja idiota, Finn! Você precisa descansar mais.

— Repouso não é o que preciso, eu acho, na verdade já me sinto melhor! — Tentava acalmar a princesa. — Jake e BMO devem estar loucos na casa da árvore, seria bom se eu voltasse para casa ainda hoje. — Finalizou, tentando levantar-se.

— Finn, não! — Flame falava nervosa. — Não é possível que você esteja bem...

Logo, ela foi interrompida pelo herói, que lhe agarrava com força em um abraço.

— Phoebe, não se preocupe. — Colou as testas. — Eu estou bem, okay?

— Finn..., mas...

— Obrigado por se preocupar tanto comigo. — Disse beijando-a em sua testa.

Desta maneira, o loiro foi até o armário do cômodo onde passou a arrumar sua mochila — que se encontrava ali dentro — com mais algumas mudas de roupa.

— Você ficou comigo todo esse tempo... assim que eu retornar, vamos ao reino de fogo juntos, certo?

— Finn... — Se mostrava aflita.

— Hm?

— Me prometa algo.

— O que quiser, Phoebe.

— Que quando a união dos reinos for concretizada, você voltará para essa cabana, comigo?

Finn parou de arrumar sua mochila para encarar a jovem de fogo nos olhos.

— Mas é claro, afinal, esta é nossa casa, não é? — Largueou o riso.

Tranquilizada, pôde sorrir de volta para o loiro, com seu coração acalentado.

× × ×

Próximo ao reino de fogo, os dois caminhavam entre as rochas sentindo o forte odor de enxofre do lugar.

— Que cheiro é esse? — Flame apurava o olfato tentando distinguir.

— Que cheiro?

— Esse cheiro forte, como se fumaça de algo queimado viesse em meu rosto, porém bem pior... é desagradável e intenso demais. — afirma Flame

— Ah esse cheiro, é enxofre, nunca sentiu? — Finn ria da situação incomum.

— Realmente não.

Flame usava um vestido curto predominantemente vermelho, com traços pretos, de mãos dadas com o jovem que usava suas roupas e gorro tradicionais, além de um tecido surrado, isto é, o manto que foi dado por Canyon a ele, como um dos pedidos de Billy. Em sua costa, a espada de raiz de árvore estava presa entre ele e sua mochila.

Chegando nos domínios de fogo, eles se despedem, mas Finn se recusa a soltar a mão de Flame, puxando-a para um beijo. O momento inesperado fez com que a garota arregalasse os olhos, fechando-os lentamente, cedendo ao momento.

— Tchau, Finn. — Com um sorriso, disse correndo em direção ao castelo.

— Ah... até. — Corou.

Flame continuou correndo por mais algum tempo, até cansar e curvar-se ofegante, levando as mãos até sua boca.

“Não acredito nisso... nosso primeiro beijo sem que eu o machucasse! Mas não pude me segurar!” — Pensava.

Finn, havia observado a princesa até o último instante, quando ela se perdeu na nuvem de fumaça que havia ali, saindo por entre as rochas. Notando seu bobo sorriso, foi até as árvores da floresta que lhe separava de sua casa.

× × ×

A noite chegou, banhando a floresta que Finn seguia com a luz do luar, penetrando por entre as árvores. Ele sabia que devia chegar na casa da árvore ainda essa noite, mas aos poucos a floresta ficava mais densa, cortando a luminosidade pouco a pouco, até enegrecer todo o chão e o campo de visão do herói, mas o loiro continuava caminhando, apostando no caminho que sua memória lhe instigava seguir.

O som de um corte, provindo do rasgo do ar por um objeto laminado fez com que ele se paralisasse por alguns segundos. Ele ouviu o som com nitidez, pois o objeto passou bem próximo de seu rosto.

Após olhar para trás, viu que o objeto — preso em uma árvore — era uma adaga negra, com o cabo esburacado.

— Ele realmente não é grande coisa. — Uma voz das sombras se fez ouvir.

— Quem está aí?! — Finn rodeava o lugar com seus olhos, a procura de quem proferiu as palavras. — Apareça!

Os arbustos do lugar moviam-se, e por entre eles uma figura singular surgiu. Encoberto pelo seu manto, só pôde ser percebido de fato quando ficou em frente a um feixe de luz que conseguiu trespassar as folhas. A criatura de pele rosada vestia-se com um largo manto negro, em detalhes de mesma cor que sua derme.

— Sério, realmente não vejo porquê de tanta preocupação com essa criança.

Assim que finalizou sua frase, ele encarou Finn com desdém e levantou seu braço esquerdo, apontando-o contra o rosto do loiro. Em seu pulso, uma besta de pequeno porte se encontrava presa, ele abasteceu-a com uma flecha ameaçando a vida do seu alvo.

— Acho que não seria um problema te matar agora, certo?

Sem qualquer sinal de hesitação, o loiro correu em direção ao homem rosado com suas mãos no cabo de sua espada, logo que viu o disparo da flecha, ele puxou-a de sua costa desviando a seta para a esquerda. Continuando sua investida, Finn salta para frente, pronto para acertar com um ataque em velocidade seu oponente.

Porém, das sombras, pôde-se notar um novo manto negro — em detalhes vermelhos — surgindo no caminho do herói. Em suas costas, completamente enfaixado se via um item que se assemelhava a um machado, o que não impediu o loiro de desferir o golpe.

— Saia do meu caminho! — Finn gritava enraivecido.

Segurando o objeto enfaixado em suas costas, ele se defende da espada do loiro, deixando-o atônito com sua velocidade.

— Morra. — O rosado atirou outra flecha, contra o rosto de Finn.

Seu aliado, já prevendo o ataque, conseguiu esquivar-se facilmente. Finn, entretanto, viu a flecha aproximar-se de seu rosto com uma velocidade incrivelmente lenta. Suas pupilas dilatadas encaravam a seta vindo contra si, e ele sequer conseguia pensar numa forma de sair dali. Seus reflexos não seriam suficientes, então, ele morreria ali?

O som estridente de dois metais colidindo, junto à luz da faísca criada, cegaram e surdearam o loiro por um segundo, que mal pôde ver — que não pela sua visão periférica — o motivo de estar vivo agora — uma adaga.

Sendo arremessada pela lateral de seu rosto, ela colidiu com a flecha bem em frente ao rosto do herói, que ao se ver salvo, recuou alguns passos mantendo a distância de todos os envolvidos.

— Ei... — A voz vinda da floresta ecoou. — O que pensam estar fazendo? Essa presa não é de vocês.

— Ele nos encontrou... — O rosado disse estalando a língua.

Olhando para o lugar de onde a adaga veio, e a voz, o lugar não coincidia. Quem quer o tivesse salvo já havia se movido para suas costas em uma velocidade incrível. Logo, encarando o topo de uma árvore, ele vislumbrou um terceiro homem em mantos negros, desta vez, com detalhes alaranjados. Ficando de lado, Finn deixou tal homem à sua direita, e os outros dois a esquerda, enquanto se afastava alguns passos.

“O que está acontecendo?! Quem são eles?” — Finn pensava, agora encarando o novo oponente que ficava de pé em um dos galhos, apoiado com seu braço direito na árvore, enquanto girava uma segunda adaga em seus dedos.

Finn, agora focava seus pensamentos em como fugir dali. Afastava-se passo a passo, silenciosamente, quando teve seu ombro tocado por uma mão, que saía por dentro de uma das árvores. Ao olhar para trás, se deparou com outro homem de veste similar aos seus três oponentes, mas suas vestes possuíam os detalhes em verde.

— Há quanto tempo, Finn, o humano.

Finn arregalou os olhos e se virou encarando o novo oponente. Sem saída, ele se vê cercado pelos quatro oponentes que diminuem a distância aos poucos, não demorou para que ele baixasse sua cabeça, pensando que tudo estava perdido.

— Que patético! — Gargalhou o homem de pele rosada. — Nosso mestre não precisa perder seu tempo com esse lixo, eu não permitirei!

Tomando a adaga que estava no chão, ele se aproximou de Finn. Entretanto, enquanto todos seus companheiros permaneciam imóveis encarando, uma aura parecia sair do herói, fazendo com que suas roupas flutuassem e balançassem, mesmo que não houvesse qualquer corrente de ar por ali.

— Te livrarei deste estorvo, meu lorde!

Ele investiu contra o herói em velocidade, enquanto todos seus companheiros apenas observavam de longe. Logo, ele tomou a adaga que havia pego do chão e a arremessou contra o rosto do loiro enquanto continuava sua investida.

Finn moveu-se de forma suave, esquivando-se do arremesso, enquanto mantinha seu rosto baixo, cobrindo os olhos com suas loiras mechas de cabelo. O rosado continuou seu avanço, e atacou com o punho fechado de seu braço direito, revelando uma lâmina de pulso que ia contra o pescoço do loiro.

A lâmina passou a derreter na medida em que ela se aproximava mais, deixando o rosado completamente atônito, e quando seu punho chegou próximo o suficiente, Finn o agarrou com sua mão. Apesar das tentativas de sair dali, o loiro continuava a apertar cada vez mais a mão direita de seu oponente.

— O que você fez?! — Angustiava. — Solte-me, agora!

Falhando diversas vezes em puxar seu punho, ele investiu com um chute contra o rosto do herói, tentando acertá-lo com uma nova lâmina escondida em sua bota. Porém, Finn nem precisou de muito esforço para segurar também a perna esquerda de seu oponente, mantendo-o no ar.

— Fufufu.... — Finn ria de forma macabra. — Interessante...

Finn observava o homem em seus braços, pelas brechas que seus fios loiros davam, mesmo estando em frente aos seus olhos, encarando-o como um serial killer prestes a matar sua vítima.

— Me solta, verme!

— Fufuuf.....hah... quem você chamou de lixo, mesmo? — Finn subiu os olhos, com um sorriso e tom intimidadores.

Soltando o punho do mesmo, ele continua segurando a perna do oponente com força para então arremessar ele contra uma árvore com toda sua força. Logo que sua costa colide com ela, ele solta um urro de dor.

As risadas macabras de Finn continuavam, cada vez mais altas e estridentes. O silencia da noite se quebrava, conforme ele ria cada vez mais descontroladamente, encarando o céu, enquanto brilhavam seus olhos — não mais azuis — porém vermelhos como o sangue que ele planejava tirar de seus oponentes.

— Vocês não irão me matar... podem tentar, mas eu só descanso quando ver morto aquele homem! — Exclamou com ódio o loiro.

— Quem é você? — Um dos encapuzados de traços verdes, questionou.

Finn brada sua espada enquanto ri ensandecido, saltando contra o inimigo que vê de um de seus punhos se ascender labaredas de fogo intensas.

— Morra!! Fu..aghahahhaa — Finn olhava para o homem de vestes negras e verdes.

Após desferir um golpe com seu punho em chamas, o seu alvo se desfaz em chamas esverdeadas. Logo, Finn passa a procurar pelo arredor como um verdadeiro animal, quando nota que ainda poderia perseguir os outros. Sem pensar duas vezes, ele corre contra o homem dos detalhes vermelhos e desfere um corte com sua espada contra seu oponente.

Sendo bloqueado pelo machado de seu inimigo, o impacto entre as armas fora tão intenso, ambos são compelidos a se distanciar, Finn tem as chamas em seu corpo apagadas e acaba aterrissando arrastando a areia do solo com seus pés por alguns centímetros.

— Fufufu... você é forte. — Seu sorriso tornava-se macabro.

Não demorando em acender sua mão novamente, Finn admirava-se e sussurrava sobre como aquilo era novo e fácil de controlar, pronto para aniquilar seu oponente, ele segue novamente em direção ao homem com manto de detalhes vermelhos, até que no meio da investida, seu braço direito começara a surgi raízes.

— De novo não!! — Grita o loiro enlouquecido — Não vai me atrapalhar novamente sem que eu veja o sangue desses vermes!!

Quando assim o homem que havia sumido em chamas verdes reaparece em sua frente, dando a sensação de que algo havia atravessado o peito do loiro, mantendo sua mão lá.

— Quem é você?! — Repetiu o de manto negro detalhado a verde.

Finn não respondeu verbalmente, apenas sorriu da forma mais macabra que podia, o que fez com que o homem girasse a mão no peito do mesmo, fazendo com que luzes verdes saíssem dali.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAGH!

Após sentir tamanha dor agonizante, Finn larga sua espada. O loiro afobava-se em tentar reagir, mas mal conseguia levantar os braços. Em um esforço de uma só vez, ele golpeou o ar, à medida que o encapuzado se esquivava, entretanto, deixando seu rosto a mostra, pois o ar do golpe do herói fez com que o capuz caísse.

— V...você... Ig... — Contorcia-se com dor.

Um homem com rosto felpudo e longas orelhas negras era aquele que continuava a apertar sua mão, enquanto o loiro urrava de dor. Sem conseguir pronunciar o que queria, Finn acabou indo ao chão conforme a vontade do mago que lhe fazia agonizar. Não demorou para que os olhos do herói ficassem brancos e sua pele pálida, e o seu oponente deixasse o corpo ir ao chão.

— AGH! SEU VERME! — Voltava o rosado de onde Finn havia o arremessado. — Huh?! O que houve, Ignis?

— O que vamos fazer, Ignis? — Desta vez o de detalhes laranjas. — Ele viu seu rosto.

Ignis, no entanto, não respondeu ambos. Ela apenas se abaixou tomando a espada de Finn com sua mão e o corpo com a outra.

— Ei, eu perguntei o que aconteceu aqui?! — O rosado se altera novamente.

— Depois, Gayball. — Colocando o machado em suas costas, o homem de vestes vermelhas repreendia-o.

— Tudo está sobre controle, encontrem o lorde Niff, eu estarei lá logo. — Ignis dava suas primeiras palavras.

Todos o obedeceram, enquanto ele olhava fixamente para o humano.

× × ×

No meio da noite, Finn acorda como se tivesse levantado de um pesadelo, procurando por inimigos e tentando reagir, mas o seu arredor familiar lhe fez tencionar cada vez menos, até notar estar em seu quarto.

— Como eu... cheguei aqui?

× × ×

— My lord, estamos prontos. — Ignis entoou.

Niff encarava o servo curvado em sua frente, e os outros três logo atrás, todos exceto o coelho estavam com seus capuzes.

— Perfeito, então eu a trarei comigo... — Sorriu. — Não me decepcione, Finn, o humano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ai pessoal, obrigado por ler até aqui espero que tenha gostado.
Demorei, mas espero que eu tenha te deixado curioso pelo próximo capitulo.
De novo muito obrigado e até o próximo capitulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Adventure Time - Looking for You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.