The Time Traveler escrita por Ciin Smoak


Capítulo 6
Black blood


Notas iniciais do capítulo

Voltei meus amores e eu preciso dizer que ESTOU SURTANDO LOUCAMENTE!!!!
A fic recebeu CINCO RECOMENDAÇÕES!!!!

EU NÃO ESTOU BEM CARA, SÉRIO EU VOU MORRER!!!!

EmmyChaseSmoak e MoonBett obrigada por serem essas pessoas mais que especiais na minha vida, sem vocês o meu twitter não teria a menor graça, amei cada palavrinha que vocês escreveram e posso dizer que vocês são mais do que divas!!!

Briina e Marcia veloso obrigada por serem essas leitoras maravilhosas que aquecem o meu coração seja com comentários, ou favoritos ou é claro com essas lindas recomendações que vocês fizeram, sério! Vocês não tem ideia do quanto eu chorei lendo cada palavrinha que vocês me escreveram...

E por último, mas não menos importante Natty Lightwood, a nossa diva das fanfics, aposto que todo mundo aqui já leu alguma fic dela e se você ainda não leu(para de ser besta e vai ler) corre no perfil dela e comece a ler aquelas maravilhas em forma de fanfics, muito obrigada por essa recomendação MARAVILHOSA minha linda..Tudo o que eu mais escutei foi que era difícil você recomendar alguma fic e ver que você recomendou a MINHA me fez sentir mais do que especial...

Enfim esse cap é todo dedicado à vocês cinco meninas, agora chega de surtos e boa leitura!!!!



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—ME CONTA TUDO!

—Mãe, pelo amor de Deus, já se passaram duas horas desde o momento em que eu passei por essa porta, tem como você se acalmar? –Ela deu de ombros parecendo irritada, mas finalmente decidiu se sentar e eu pude respirar aliviada.

Desde a maldita hora em que a linguaruda havia dito sobre o meu “momento” com o Oliver no elevador Donna Smoak não havia parado de gritar, eu já estava com uma puta dor de cabeça e Kathe parecia se divertir com o meu sofrimento.

—Ok bebê, eu já estou calma, mas agora quero detalhes. Então, vocês transaram? –A olhei de forma desesperada e percebi Kathe indo em direção à cozinha.

A desgraçada me joga na fogueira e foge, é assim que vai funcionar é?

—Mãe, pelo amor de Deus. Isso lá é coisa pra se perguntar? –Ela revirou os olhos e retirou os sapatos. –Querida, eu já te disse mil vezes que você não precisa ter vergonha de falar sobre sexo comigo, como você acha que veio ao mundo? –ALGUÉM ME JOGUE EM UM BURACO PELO AMOR DE DEUS. –Eles não transaram Donna, podemos ficar decepcionadas por enquanto. –Kathe retornou com o bendito bolo de chocolate e um copo de água acompanhado de aspirinas. Eu ergui a sobrancelha e ela me entregou o remédio. –É pra sua dor de cabeça, agora engole esse troço logo e para de me olhar desse jeito sua esquisita.

Tomei o remédio e voltei o olhar pra minha mãe, ela parecia analisar a minha alma e eu me encolhi no sofá enquanto Kathe se sentava ao lado dela. –Tem razão querida, minha bebê não está com cara de quem fez sexo quente com o gostosão Queen. Que pena, eu amo tanto o meu genro. –Trinquei os dentes e me levantei, seguindo em direção as escadas. –Ele não é o seu genro mãe. –Cinco segundos se passaram e eu já estava na metade da escada quando escutei um coro de duas loucas. –AINDAAAAA!!!!

Respirei fundo e praticamente corri pro quarto, tranquei a porta para garantir a paz por pelo menos cinco minutos e me joguei na cama, muitas coisas haviam acontecido em menos de 12 horas e eu estava me sentindo sufocada. Eu e Oliver havíamos conversado e colocado às cartas na mesa, eu havia feito a minha jogada e agora precisava esperar que ele fizesse a dele, o futuro do nosso relacionamento não estava mais em minhas mãos.

Minha vontade era de dormir até amanhã, mas me obriguei a levantar e caminhar calmamente em direção ao banheiro, me despi e ajustei a temperatura do chuveiro. Deixei que a água quente caísse sobre as minhas costas e ajudasse a relaxar os músculos que estavam retesados devido à noite dormida no chão, demorei o tempo que achei necessário e quando finalmente me senti pronta pra encarar o dia (e as loucas que estavam na minha sala), desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha felpuda.

Abri a porta do banheiro deixando o vapor sair e caminhei pra fora do mesmo totalmente distraída, mas quando me deparei com a cena à minha frente, gritei e me agarrei a maçaneta da porta como se a minha vida dependesse disso.

—Eu te disse que ela ia gritar Donna, ela sempre grita. –Minha mãe assentiu parecendo intrigada e se virou pra mim. –Filha, porque você sempre grita quando vê a Katherine? –Abri os braços e arregalei os olhos, Jesus eu precisava mesmo responder? –Como diabos vocês duas entraram no meu quarto? A porta estava trancada! –A mais nova revirou os olhos novamente e cutucou a minha mãe. –Eu também te disse que ela acha que as fechaduras dela são de outro mundo, não disse?

—Filha as suas fechaduras não são nada demais, a Kathe abriu a porta do seu quarto rapidinho. Aliás, porque você trancou? –Rezei a Deus para que eu não cometesse um suicídio (ou homicídio talvez) e caminhei em direção ao meu guarda-roupa. –Talvez porque eu queira privacidade? Vocês sabem o que essa palavrinha significa? –As duas bufaram em conjunto e cruzaram os braços. –É claro que sabemos o que significa, não é Donna? –Minha mãe assentiu e voltou a me olhar. –Mas porque você precisa de privacidade bebê? Nós somos ótimas companhias.

JESUS ME LEVA DESSE MUNDO POR FAVOR!

—Vocês tem um minuto pra sair do meu quarto antes que eu realmente decida matar as duas! –Kathe revirou os olhos enquanto minha mãe dava risada. –Ok, senhorita chata e antipática. Nós duas vamos fazer compras e você pode ficar aí com o seu mau humor. –A cria de satã mais nova saiu puxando a cria de satã mais velha e eu finalmente pude suspirar aliviada, mas minha expressão se fechou novamente quando escutei a voz da minha mãe.

—Ela logo vai melhorar querida, isso tudo é tensão sexual acumulada, uma hora com o Queen resolve isso e ela vai ficar calminha.

Escutei a risada da bendita viajante do tempo e me joguei no chão mesmo quando finalmente ouvi os passos delas se afastando. Meu Deus do céu, uma só já conseguia me deixar louca, agora eu preciso lidar com duas?

Me arrastei até a cama assim que ouvi o som do meu celular e temi que o mesmo parasse de tocar enquanto eu o procurava em meio aos travesseiros. Quando finalmente o achei, apertei o botão rapidamente e me arrastei novamente até o guarda-roupa.

Oi Curtis, aconteceu alguma coisa?—Escutei um bufo do outro lado e revirei os olhos pedindo a Deus que isso não significasse o que eu achava que significava. –Fora o fato de você ter dormido com o gostosão do seu ex noivo por quem você ainda é perdidamente apaixonada? Não, aliás, ainda é ex noivo ou vocês já foram pra terceira base? —É, Deus não quis ouvir as minhas preces dessa vez. —Ninguém foi pra base nenhuma Curtis, a gente só dormiu no mesmo lugar porque a luz acabou e pifou o elevador, Kathe e Diggle só conseguiram consertar aquela porcaria hoje de manhã, nós fomos embora e fim de história. –Que ele acredite e não faça mais perguntas, que ele acredite e não faça mais perguntar por favor! –Você sabe que eu não preciso estar olhando na sua cara pra saber que você está mentindo né?—Merda. –Ok Curtis, você venceu, eu preciso tomar café então me encontra na lanchonete perto do parque e a gente conversa.

Desliguei antes mesmo que ele pudesse falar mais alguma coisa e me obriguei a levantar do chão pra vestir algo, peguei as primeiras roupas que encontrei e o sapato que estava mais próximo de mim, mas incrivelmente eu ainda consegui olhar no espelho e me achar bonita já que mesmo que de forma desordenada, a escolha de roupas havia dado certo.

Desci as escadas lentamente e constatei que as loucas realmente haviam saído, pedi perdão a Deus por estar aliviada e pedi ainda pra que Ele tivesse misericórdia das pobres almas que topassem com elas. Caminhei até o estacionamento e saí com o carro rapidamente enquanto mandava um leve aceno para o senhor Terkins, o porteiro.

Aquela sensação de que estava sendo observada havia voltado com força total, mas apenas balancei cabeça e tentei ignorar, eu deveria estar me sentindo assim devido à descoberta da real identidade do Espectro e das suas motivações. Eu estava ficando paranoica e não queria me sentir assim.

Apesar da minha tentativa de tentar ignorar, respirei aliviada quando entrei na lanchonete, a sensação de estar longe do céu aberto era reconfortante e assim que eu vi Curtis sentado perto do balcão dos doces admirando uma torta de chocolate com morangos me permiti sorrir e deixar de lado as minhas preocupações.

Pelo menos por enquanto!

—Por que ao invés de ficar namorando a torta você não pede um pedaço e come logo de uma vez? –Sorri internamente ao perceber que o meu amigo havia se assustado com a minha presença e pude entender a satisfação que a Kathe sentia quando me assustava e me fazia gritar. –Meu Deus assombração, que susto que eu levei. Eu já vou pedir um pedaço, estava esperando você, achei que seria falta de educação começar a comer antes de você chegar. –Apenas sorri enquanto ele dava de ombros e acenava para o garçom, fizemos os nossos pedidos e assim que o rapaz virou as costas Curtis começou a me encarar como se eu estivesse com alguma coisa no dente.

—Ok, você está me assustando. Tá quase conseguindo ser pior que a minha mãe e a Kathe. –Eu disse quase porque era realmente impossível conseguir superar aquelas duas.  –Considerando que a Kathe sempre consegue o que quer eu levo isso como um elogio, agora me conte tudo e não me esconda nada. –Curtis sorria como um lunático e eu pedi aos céus que algo de interessante acontecesse na cidade para que as pessoas parassem de se preocupar com a minha vida sexual.

Curtis não mentiu quando disse que queria saber de tudo, ele perguntou até se eu tinha reparado na cor da cueca do Oliver, meu Deus nós nem havíamos ido tão longe, como eu ia saber disso?

Ok, era preta. Eu havia visto quando ele se inclinou pra me abraçar, mas o Curtis não precisava saber disso!

Quando finalmente acabamos com o interrogatório e ele anunciou que precisava ir embora, já se passavam das dez da manhã e eu decidi que ficaria rodando pela cidade até a hora do almoço e aí iria para o Big Belly almoçar por lá mesmo, as duas malucas não seriam agraciadas com a minha presença pelo resto da tarde.

Pagamos a conta e nos despedimos, eu entrei no meu carro e estava pronta para dar a partida quando o meu celular tocou.

Alô?—Eu não conhecia o número e o silêncio do outro lado da linha me fez ficar preocupada. –Tia Lissy, é você?—Pude perceber a voz infantil e automaticamente percebi que se tratava do William. –Sim querido, sou eu! Aconteceu alguma coisa? Aliás, como você descobriu o meu número rapazinho? —Escutei a risada gostosa do outro lado da linha e me ajeitei no banco do carro. –A Kathe me deu o seu número quando eu disse que estava com saudades de você, a escola soltou mais cedo então você podia vir me buscar pra gente poder passear? Meu pai me deu uma HQ nova e eu queria que você lesse pra mim.—Sorri diante do pedido inocente do garotinho e senti meu coração batendo mais forte. –Mas e a sua mãe, onde ela está? Você já ligou pra ela ou pro seu pai irem te buscar?—Por alguns segundos tudo o que eu escutei foi a sua respiração. —Minha mãe viajou ontem de manhã, por isso eu dormi na casa do meu pai com a Kathe e ela só vai voltar hoje à noite, eu não liguei pro meu pai porque eu quero ficar com você. Você pode ligar pra ele e pedir pra almoçar comigo Tia Lissy?—Me lembrei do Oliver dizendo que o filho era um garoto introvertido e me emocionei ao perceber que o garotinho realmente havia me deixado entrar com tanta facilidade. –É claro meu bem, eu ligo pro seu pai. Fique dentro da escola que eu estou indo te buscar tudo bem?—Ele apenas me respondeu com um “aham” e desligou o telefone.

Dei partida no carro e conectei o meu celular ao automóvel, apertei a discagem rápida e esperei que Oliver atendesse.

Felicity, aconteceu alguma coisa?—Oliver era sempre tão preocupado, eu ansiava pelo dia em que poderia ver todo esse peso sendo retirado dele. –Aconteceu que um garotinho muito lindo me ligou e pediu pra almoçar comigo, a aula dele acabou mais cedo e ele me pediu pra busca-lo. Tem problema pra você?— Por um minuto inteiro, apenas a respiração dele preencheu a ligação. –O William te ligou pedindo pra almoçar com você? O meu filho?—Ri alto diante da incredulidade dele e parei o carro ao observar o sinal vermelho. –Por que você está desse jeito? Achou que ele ia me odiar ou algo do tipo? Sinto muito senhor Queen, mas o seu filho parece gostar muito de mim. Eu já estou quase chegando à escola então me responde logo, tem problema ele almoçar comigo?—Oliver deu um suspiro alegre e eu podia visualizar o sorriso dele nesse momento. –Pode, com uma condição. –Franzi o cenho e percebi que o sinal abriu. —Qual?—Por algum motivo desconhecido eu me sentia ansiosa e percebi que estava prendendo a respiração enquanto esperava pela resposta dele. —Eu quero almoçar com vocês!

...

—Tia Lissy você veio mesmo! –O menininho saiu correndo em disparada na minha direção e pulou nos meus braços, eu me desequilibrei por um momento, mas graças a Deus consegui segura-lo. Quem diria que aquele garotinho que estava tão tímido há dois dias agora estaria correndo para me abraçar. –É claro que eu vim, não podia deixar de atender ao pedido do meu garotinho favorito. –William deu um largo sorriso e pulou para o chão. –Pra onde a gente vai agora? Ainda não tá na hora do almoço né? –Eu neguei com a cabeça e o guiei para o meu carro. –Não, ainda está um pouco cedo! Eu vou te levar em um parque que eu gosto muito de ir e vou ler à revistinha que você queria, na hora do almoço nós vamos ao Big Belly e o seu pai vai almoçar com a gente. O que você acha? –Ele assentiu rapidamente com a cabeça e percebi que seus olhinhos brilhavam, fiquei feliz ao perceber que ele havia realmente gostado da programação.

Dirigi calmamente e fizemos o caminho em um silêncio confortável, William olhava distraidamente pela janela e ao olhar pra ele eu me lembrava de mim mesma naquela idade, eu também era introvertida e era extremamente raro que eu sentisse vontade de me abrir com alguma pessoa, eu preferia ficar com os meus brinquedos eletrônicos e os meus quadrinhos, não gostava dos meus colegas da escola porque eles viviam me apelidando e aquilo me machucava, mas com o tempo eu aprendi a não me importar, percebi que enquanto eles estavam fazendo piadas eu estava preocupada em ser alguém de sucesso e um dia eu iria conseguir realizar os meus sonhos enquanto eles se limitariam a serem pessoas mesquinhas e vazias.

—Tia, é esse parque aqui? –Voltei à realidade com a voz doce do garotinho e percebi que estava quase passando reto pelo parque, dei ré enquanto sorria e confirmava com a cabeça. Assim que estacionei o carro, William praticamente pulou pra fora e saiu correndo, me assegurei de que não o perderia de vista e fui andando calmamente atrás dele, apesar de já saber segredos que até os adultos tinham dificuldades pra digerir ele ainda era uma criança e precisava agir como uma. Passados alguns minutos ele veio correndo em minha direção e percebi que já segurava a revistinha. –Vamos sentar ali pra você poder ler a revistinha pra mim! –Ele me puxou pela mão e eu o acompanhei de bom grado, eu realmente estava apaixonada pelo garotinho e o fato de ele ser filho do Oliver com outra mulher não me incomodava mais.

Sorri ao perceber que William estava me puxando pra mesma árvore na qual Oliver havia me prendido outro dia, será que ele teria se declarado caso a Samantha não tivesse aparecido para estragar tudo? Tentei me concentrar no presente e passei quase uma hora lendo a tal revistinha, eu tentava fazer a voz de cada personagem e William ria a todo o momento, ele estava sentado no meu colo e eu me sentia extremamente feliz.

Quando eu percebi, já estava quase no horário combinado com o Oliver. –Ei, precisamos ir agora se não quisermos deixar o seu pai esperando. –Ele assentiu e em um pulo já estava correndo em direção ao carro. Eu me certifiquei que ele estava devidamente preso pelo cinto de segurança e só então fui para o meu lado do motorista. Dei partida no carro e mal havia começado a dirigir quando vi William me olhando pelo retrovisor. –Tia, a Katherine vai almoçar com a gente? –Eu me lembrei da loucura de hoje mais cedo e estremeci. –Hoje não querido, mas prometo que vamos combinar alguma coisa ok? –Ele pareceu contente e assentiu. –Você gostou dela? –Percebi que os olhos do garotinho começaram a brilhar. –Aham, ela me disse que veio do futuro e que eu vou ser um herói assim como o meu pai, ela disse que eu vou salvar muita gente. Ela é do futuro mesmo tia Lissy? –Sorri na direção dele e assenti, eu não acreditava que a garota mentiria para o William então se ela estava dizendo que ele se tornaria um herói, ele se tornaria.

Assim que chegamos à lanchonete percebi o carro de Oliver já parado no estacionamento. –Olha só, o seu pai já deve estar lá dentro nos esperando. –William sorriu e saltou do carro, achei que ele sairia correndo assim como havia feito no parque, mas dessa vez ele me esperou e estendeu a mãozinha pra mim, eu sorri diante do gesto e caminhamos juntos até a entrada do Big Belly, assim que passamos pelas portas avistamos Oliver, ele estava entretido em algo no celular, mas parou o que estava fazendo assim que nos viu e percebi o olhar dele se dirigindo pras nossas mãos unidas, os olhos dele brilhavam e por um momento eu me permiti fantasiar que aquela era a minha família.

Caminhamos até o homem que eu amava e ele nos recebeu com um sorriso no rosto, William deu um leve abraço em Oliver e se sentou ao meu lado, eu me limitei a dar uma piscadinha para ele e logo fui retribuída com um sorriso de canto e um olhar caloroso.

—E então filho, como foi o seu tempo com a Felicity? –William deu um sorriso gigantesco e pegou minha mão, percebi que o gesto não passou despercebido por Oliver. –Foi muito legal, a tia Lissy leu a HQ que você me deu e ela comprou sorvete pra mim também, ela disse que eu posso almoçar com a Katherine outro dia, eu posso não é pai? Eu gostei muito da Katherine! –O homem à minha frente sorriu e acariciou os cabelos do filho. –É claro que pode campeão!

—Então, vamos fazer os nossos pedidos de uma vez porque eu estou morrendo de fome. –Meus garotos gargalharam alto chamando a atenção de algumas pessoas à nossa volta e concordaram.

Sim, pelo menos por esse momento eu me permitiria chama-los de MEUS garotos!

...

—Foi um almoço muito divertido. –Oliver e William sorriram e nesse momento pude realmente notar a semelhança entre os dois. –Realmente, obrigada por me deixar vir! –Eu pisquei de leve e lancei o meu melhor olhar conspiratório para o garotinho. –De nada, William e eu vamos deixar você participar das outras vezes também. –O Queen júnior soltou uma risada gostosa e concordou com a cabeça. –Bem, agora eu tenho que ir. Preciso deixar o William em casa com a Raisa e ir pra prefeitura. –Eu me limitei a assentir e suspirar de leve, nós tentamos prolongar o momento o máximo possível, mas uma hora ou outra teríamos que voltar para a realidade.

Eu me abaixei e dei um abraço apertado em William e assim que me levantei voltei o meu olhar pro Oliver, ele pareceu querer falar algo, mas logo percebeu que o filho estava ali e me deu um sorriso. –Campeão, porque você já não entra no carro? Eu preciso conversar um assunto de adulto com a Felicity. –O garotinho anuiu com a cabeça e me lançou um último olhar antes de se dirigir na direção do carro, o veículo estava consideravelmente longe, mas não o suficiente pra que Oliver não pudesse observar cada movimento do filho.

—Então, que assunto de adulto é esse que você tem pra tratar comigo? –Oliver me lançou um sorriso de menino e eu me senti derreter por dentro. –Eu queria saber se você não gostaria de jantar comigo hoje? –Eu dei um sorriso contido, mas nessa altura do campeonato o meu coração já estava fazendo um tremendo rebuliço. –Eu adoraria jantar com você! –Ele assentiu rapidamente e deu um passo quase que imperceptível em minha direção. –Que horas eu posso passar pra te pegar? –Meu Deus, a noite toda se Deus quiser! –Não precisa me buscar Oliver, é só você me dizer o nome do restaurante e eu te encontro lá, além do mais não quero dar mais munição praquelas loucas que estão na minha casa. Não precisa se preocupar comigo, eu vou chegar ao restaurante sã e salva! –Oliver me lançou um olhar amoroso e deu mais um passo em minha direção. –Eu sempre vou me preocupar, afinal você é a minha garota, esqueceu? –Olhei no fundo daqueles olhos azuis que eu tanto amava e foi a minha vez de dar um passo em sua direção. –Não esqueci, mas confesso que fico feliz em saber que mesmo depois de todo esse tempo e todas as situações adversas eu continuo sendo a sua garota.

Oliver meneou a cabeça e acabou com o espaço entre nossos corpos, ele enlaçou a minha cintura e abaixou a cabeça até encostar a testa na minha. –Você sempre vai ser a minha garota Felicity, não importa o que aconteça ou quanto tempo passe! –Lágrimas chegaram aos meus olhos, mas eu segurei cada uma delas firmemente, me limitei a aproximar ainda mais nossos rostos e roçar os meus lábios nos dele. –Nos vemos a noite senhor Queen. –Ele se afastou sorrindo e eu me senti uma adolescente boba prestes a ter o seu primeiro encontro.

Acenamos uma última vez e eu fui em direção ao meu carro suspirando feliz, não era uma reconciliação completa, mas estávamos caminhando pra isso eu podia sentir!

...

—AI MEU DEEEEEEEEEEEUS!

Senhor, porque diabos eu fui contar que ia jantar com o Oliver? As duas malucas já estavam gritando há quase vinte minutos “Ai meu Deus” sem parar. –Tá legal, já chega né? Respirem e se acalmem porque eu não quero voltar a sentir dor de cabeça. –Eu tive que usar um tom mais duro, mas dei graças quando vi que isso surtiu efeito, minha mãe e Kathe pareceram se acalmar e se sentaram no sofá, porém a mais velha logo deu um pulo e saiu correndo para o quarto. –Ok, o que foi isso? Eu nem consigo distinguir qual de vocês duas é a mais doida. Além do mais porque ela precisa ficar toda surtada sempre que falamos do Oliver? –Kathe sorriu e pela segunda vez eu vi aquele olhar maduro no rosto dela, o mesmo olhar que ela havia me lançado quando estávamos no quarto da Thea.

—Ela é sua mãe e ama você, Donna não teve a vida mais fácil do mundo e aprendeu a lidar com tudo usando o bom humor, às vezes pode parecer que ela é feliz e contagiante demais, mas é o jeito dela de mostrar que está feliz por você. Toda mãe sonha em ver o filho com um sorriso diário no rosto e a Donna sabe que o seu sorriso diário tem nome e sobrenome. –Eu me limitei a assentir e suspirar, Kathe era tão espontânea que às vezes eu até me esquecia desse lado dela, ela também conseguia ser extremamente madura e responsável e eu via pelo seu olhar que apesar das “doidices”, ela era mais sábia que muita gente que eu conhecia.

Me sentei ao lado dela e nesse momento minha mãe voltou descendo as escadas rapidamente, me preocupei quando ela perdeu o equilíbrio por um momento, mas ela logo se recuperou e correu para se sentar no chão a nossa frente. –Eu te trouxe um presente de Vegas, daquela lojinha da senhora Jerkins que nós sempre gostamos de ir sabe? Eu vi lá e achei que ficaria lindo em você, parece que eu estava adivinhando que você iria precisar! –Ela me estendeu a sacola e eu logo reconheci o trabalho artesanal da mesma, a senhora Jerkins era muito caprichosa em tudo o que fazia e a loja era o xodó dela. Retirei o embrulho de dentro da sacola e quando abri me deparei com uma lingerie de renda vermelha, a peça era extremamente linda, mas sensual demais. –Mãe, é linda, mas eu não vou usar isso hoje. Eu nem sequer vou chegar nesse ponto com o Oliver!

Minha mãe deu uma alta risada e trocou um olhar com a loira ao meu lado. –Nunca se sabe bebê, você precisa estar preparada pra qualquer tipo de situação. –Kathe pegou a peça das minhas mãos e a analisou. –Sua mãe tá certa, além do mais você não precisa estar com uma lingerie bonita só para o caso de ir pra cama com alguém, pode ser que você tenha um ataque do coração e precise de uma massagem cardíaca, a roupa atrapalha então eles vão ter que tirar a parte de cima, tudo em nome da sua saúde, aí você vai estar bem vestida. Imagina um monte de gente vendo você com a roupa de baixo toda rasgada e surrada? Que horror!

LOUCA, é a única palavra que tenho pra dizer sobre isso!

—Ok, eu vou usar. Mas vocês duas não cheguem perto de mim, estou começando a considerar a estratégia de interna-las em uma clínica psiquiátrica. –Me levantei rapidamente e praticamente corri para o quarto.

Eu demorei o tempo que achei necessário no banho e depois hidratei todo o meu corpo, coloquei a bendita lingerie e apesar dos meus protestos iniciais eu tinha que confessar que estava me sentindo bonita com aquelas peças. Voltei para o banheiro apenas com as peças íntimas e dediquei o meu tempo a escovar o meu cabelo, quando me dei por satisfeita coloquei as lentes de contato e fui para o quarto me vestir. Optei por um vestido verde marinho escuro com renda preta por cima e calcei um scarpin um pouco mais brilhante do que o meu usual, fiz uma maquiagem leve dando destaque apenas para os lábios vermelhos e pronto, eu estava me sentindo linda e preparada pra esse jantar.

Desci as escadas lentamente e percebi que a conversa morreu assim que as duas me viram. –Bebê você está tão linda! Depois ainda diz que não quer nada com o Oliver essa noite! –Revirei os olhos e vi Kathe apenas levantando as mãos em sinal de sorte, lancei um sorriso doce pras duas e caminhei até a porta.

Segui em direção ao estacionamento e percebi o senhor Terkins limpando os óculos como se quisesse me ver melhor, ele não estava acostumado a me ver tão arrumada assim e vi que o velhinho logo deu um sorriso maroto, acho que essa roupa gritava “encontro”.

Apesar de estar me sentindo imensamente feliz e ansiosa eu estava com uma sensação estranha e quando entrei no carro um arrepio percorreu todo o meu corpo, balancei a cabeça como forma de afastar as coisas ruins e dei partida no veículo. Oliver havia me mandado uma mensagem mais cedo informando sobre o local do restaurante e como eu não conhecia o lugar coloquei o endereço no GPS, depois de mais ou menos trinta minutos eu percebi que aquela porcaria só podia estar com defeito, pois estava me levando pra uma área mais afastada da cidade, o tal restaurante com certeza não ficaria ali. Desliguei o aparelho e dei meia volta no carro, conectei o meu celular no mesmo para poder ligar pro Oliver e dizer que eu estava um pouco perdida em relação ao endereço, mas antes mesmo que eu pudesse fazer a ligação o meu celular começou a tocar.

Eu não conhecia o número!

—Alô?—Tudo o que eu ouvi por alguns segundos foi uma respiração grossa e compassada, aquilo me deu um arrepio na espinha, mas continuei escutando. —Você já viu o sangue sob a luz do luar senhorita Smoak? É quase negro, uma coisa linda de se ver. É uma verdadeira pena que você não vai poder desfrutar de tal visão, mas o Oliver com certeza vai achar lindo, ainda mais sendo o seu.—Eu estava tentando manter os meus olhos na estrada, mas o meu corpo estava tão retesado que eu mal conseguia respirar. –Quem é você?—Eu perguntei mesmo já sabendo a resposta. —Oliver Queen é um homem quebrado e você senhorita Smoak é como uma cola que vive juntando os pedaços dele e impedindo que ele desmorone, bem, eu sou o homem que vai destruir essa cola.

A ligação caiu, mas antes mesmo que eu pudesse fazer algo me senti perdendo o controle do carro e percebi que a pista estava coberta de algo preto, parecia petróleo, tentei a todo custo virar o volante para o outro lado em uma tentativa desesperada de retomar o controle, mas isso só fez o carro derrapar ainda mais em direção a uma árvore.

Eu não pude fazer nada pra impedir, apenas senti a batida e o cinto de segurança comprimindo os meus órgãos internos, todos os vidros explodiram contra mim e aos poucos eu me senti perdendo a consciência, eu tentei lutar contra, mas a escuridão era mais forte que eu...

E então tudo ficou em silêncio!


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se que eu amo vocês e que se eu morrer eu não vou poder terminar a fanfic!!!!
Gente, não se desesperem tá, roubando a frase da Luna Lovegood(Outra autora maravilhosa), eu sou a disney e AMO UM FINAL FELIZ!!!

Comentem o que vocês acharam, favoritem, recomendem!

Beijooos!!!