After the Rain escrita por Stormy McKnight


Capítulo 2
Meu Céu


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Segundo capítulo de After the Rain. Sim, eu acabei tendo que editar o título da fic, por causa de um probleminha com o título japa. Por isso, peço desculpas.

Boa leitura!



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Na manhã seguinte, acordei e ao me levantar da cama, vi que Noriko não estava lá.

Eu estava só de calcinha e sutiã.

Sai do quarto e fui para a mesa do café da manhã. Me sentei a mesa e Noriko me cumprimentou.

“Bom dia, Shizuka!”, ela disse com um sorriso carismático no semblante.

“Bom dia, Noriko!”, devolvi com um sorriso para ela.

Noriko me apresentou os pratos do dia, omelete com arroz japonês, missoshiro, arroz com furikakê, umas fatias de nabo, um pouco de peixe, havia muita coisa mesmo. Até chá verde havia.

“Quanta coisa, Noriko”, comentei.

“Quer que eu faça o seu prato?”

“Por favor.”

Noriko começou a selecionar a comida para mim.

Depois, ela me serviu.

“Aqui está. Bom apetite”

“Obrigada”

Noriko então foi se servir em seguida.

[...]

Depois de se servir, Noriko se sentou na mesa e se juntou a mim.

Agradecemos a comida juntando as mãos em posição de reza, e em seguida começamos a comer.

“Hoje vai ser um dia maravilhoso. Nós vamos às compras…”, Noriko comentou.

“A chuva de ontem já parou?”, quis saber.

Noriko interrompeu a refeição e foi até a janela do apartamento dela olhar o céu.

“É, parece que a chuva parou, mas está um dia cinzento, apesar de ter algum sol…”

Então a mesma voltou para a mesma e continuou a comer sua refeição.

“A comida está muito deliciosa”, avaliei.

“Obrigada”

“Só por curiosidade, como era o nome do seu ex - namorado?”, Noriko puxou assunto.

“Takeru. Takeru Inaba”, repliquei.

“Entendi. Parece nome de babaca.”, a tal debochou.

Olhei bem séria para Noriko. Não entendi o motivo do deboche, apesar de eu saber que o Takeru não me merecia depois do que ele me fez.

“Desculpa. Você é linda, Shizuka. Deixe os caras para lá. Eles não te merecem.”, Noriko pareceu suspeita.

“Desculpa? Como é que é?”, fiquei confusa.

“Eu...gosto de garotas. Nunca tive interesse em garotos.”, ela revelou.

Fiquei meio assim. Aquilo de certa forma me pegou desprevenida.

“Você é...lésbica?”, inquiri.

“Sim, e com muito orgulho”, Noriko replicou.

“E você?”

“Eu? Eu...nunca fiquei com uma garota antes, me desculpa.”, falei apreensiva.

“Tem sempre uma primeira vez…”, Noriko sorriu com certa malícia.

Então ela se aproximou aos poucos de mim e fixou o olhar.

“O que foi, Noriko?”

O meu rosto estava com um pouco de arroz, mas não foi por isso que eu fiz a pergunta.

“Posso te beijar?”, Noriko quis saber.

“Quê?!”, exclamei com os olhos já esbugalhados.

“Não vai me dizer que você está achando nojento pelo fato de sermos mulheres.”, Noriko revirou os olhos.

“Não, é que...eu também nunca beijei uma mulher antes. Mas, acho que eu gostaria de saber como é.”, comentei.

Noriko riu e então aproximou o rosto dela do meu e começou a me beijar na boca. Depois, ela passou a língua nos meus lábios e eu os abri capturando aquele beijo e então continuei a trocar beijos com ela.

Após algum tempo, fiquei avaliando aquele beijo. Eu estava bastante calada.

Noriko estranhou o meu silêncio.

“Você está quieta. O que achou do beijo?”

Voltei minha atenção para ela.

“Foi bom. Muito bom.”, respondi.

“Sério? Você gostou mesmo?”, Noriko pareceu cética.

“Sim, muito.”

“Então, você quer dizer que eu beijo bem?”, ela levantou a pergunta.

“Eu não sei...talvez?”, fiquei boba.

“Você é muito inocente. Você é virgem ainda?”

“Ahn...não. Eu perdi a virgindade com um cara…”

“Mas...você nunca ficou com uma garota antes, então você ainda não perdeu a virgindade com uma garota...interessante.”

“Bem…”

A teoria de Noriko me deixou perplexa.

“Isso é bom, eu vou tirar o seu selinho e...eu acho que vou conseguir trazer você para esse mundo Yuri.”, Noriko tentou me convencer.

Abandonamos a comida na mesa e fomos para o quarto.

Lá, nós nos despimos e ficamos nuas.

Noriko tinha o busto um pouco maior que o meu. Eu diria que era médio.

Nós então nos aproximamos uma da outra e agarramos nossas cinturas. Então fomos aproximando nossos rostos e nos beijamos outra vez.

Em seguida, nos jogamos na cama. Eu fiquei por baixo, e Noriko por cima.

Ela então se enfiou no meio das minhas pernas e começou a lamber minha vulva. Meu corpo começou a ofegar e eu fechei os olhos para sentir aquela sensação que me atiçava.

Logo soltei espasmos com as provocações de Noriko na minha região pélvica.

Eu jogava a cabeça de um lado para o outro tentando resistir a tentação.

Meu cabelo se desgrenhava todo ficando eriçado. E mais espasmos saíam do meu corpo enquanto Noriko me chupava.

Ninguém havia me atiçado como Noriko. Nem mesmo Takeru que eu amava tanto, mas no fim acabou me dando o pé na bunda.

Será que eu estava começando a gostar de garotas também?

Então Noriko interrompeu. Ela olhou para mim, eu olhei para ela...ficamos nos encarando por um tempo.

“O que foi, Noriko?”, senti o meu corpo esfriar, como se todo o tesão tivesse ido embora de repente.

“Você está gostando disso?”, “Quer que eu continue ou pare?”, ela me veio com essas perguntas.

“Você me atiça e depois me tira todo o tesão, e ai vem me perguntar se tu continua ou para?”, pergunta retórica aqui.

“Eu só estou perguntando porque eu não quero que pareça forçado. Eu acho que você deve fazer as coisas no seu tempo…”, Noriko explanou.

“Tudo bem. Desculpa. Pode continuar. Eu estou gostando muito disso.”

“Tudo bem, bebê.”, Noriko continuou.

Noriko veio engatinhando em cima de mim como uma pantera atrás de sua caça e depois começou a beijar o meu pescoço. Me arrepiei toda. Mas aquilo era bom.

Depois senti Noriko lamber o meu pescoço delicadamente.

Nori...ko!

Ela continuou a me atiçar, mas depois resolveu partir para os meus seios e começou a chupar o esquerdo. Surtei. Noriko hora passava a língua no mamilo, hora chupava ele…

Instintivamente comecei a tocá-la enquanto me atiçava. Esfreguei uma das minhas mãos na costa dela e senti a pele dela. Acho que depois disso minha mão se descontrolou e acabei deslizando-a até uma das nádegas dela e apertei suavemente. Fui me aproximando do orifício anal dela. Curiosa, introduzi um dos meus dedos lá, e o senti friccionar a parede do interior dele. Aquilo arrancou um espasmo de Noriko, mas eu continuei e friccionei a região. Insistente, eu queria ver Noriko atiçada, mas o máximo que consegui foi deixar o meu dedo ensopado com o líquido produzido pelo interior dela. Não me contentei com aquilo, e parti para a vulva dela. Friccionei-a tentando fazer com que Noriko atingisse o seu ápice.

Continuei tentando fazer Noriko atingir o orgasmo, mas minhas mão já estava ficando dormente, e eu fiquei frustrada, porque queria fazer provocá-la. Eu queria ver ela se desfazer em tesão.

[...]

Depois do sexo, nós duas estávamos estendidas na cama, completamente nuas.

“Noriko!”, eu a chamei.

“O quê?”, ela replicou.

“Bem, eu acho que não perguntei sobre você. Eu falei sobre mim, agora é a sua vez.”

“Eu sou monitora de crianças em uma creche.”, Noriko me contou.

“Então, você gosta de crianças?”, quis saber.

“Sim. Elas são tão fofas, especialmente as meninas.”, a mesma comentou.

“E você já pensou em ter filhos?”

“Já. Acho que seria muito bom,mas...gostaria de ter uma menina.”
Noriko então voltou a pergunta para mim.

“Você já pensou em ter filhos, Shizuka?”

“Nunca. Se o babaca do meu ex me amasse de verdade...talvez eu desejasse ter filhos com ele.”

“Mas, desde que ele me mandou a mensagem de texto no celular...foram-se as esperanças de qualquer futuro com ele.”

Então ela me interrompeu.

“A propósito. O seu celular estava molhado. Eu o pus no arroz para secar. Eu o peguei algum tempo antes enquanto você estava no banho e o levei para a cozinha.”, Noriko comentou.

“Ah, eu já estava perguntando onde estava o meu celular. Obrigada por avisar.”, falei.

“Você quer que eu pegue ele para você?”

“Não precisa. Eu não preciso dele agora. Eu quero ficar um pouco com você.”

Noriko sorriu para mim. Aquele sorriso pareceu me lembrar que dias melhores virão.

Aproximei o meu braço direito em direção ao corpo dela e logo recolhi. Fiquei com medo de tocá-la, pois não sabia se devia…

“O que foi Shizuka?”, Noriko olhou fixamente para mim.

“N-Nada.”, disfarcei.

“Nada? Você pareceu querer me tocar. Pode me tocar, eu deixo.”, ela consentiu.

“Sério? Eu...estava querendo sentir a sua pele…”, confessei.

Noriko sorriu para mim outra vez.

Então eu toquei o corpo dela e deslizei a minha mão até a genital dela e a mesma fez o mesmo com a minha.

Aquilo estava tão bom.

Ficamos esfregando nossas vulvas e provocando uma a outra até atingirmos o nosso Céu interior.

Me senti frustrada outra vez por não conseguir fazer Noriko não entregar sua vulva a mim. Estava chegando no ponto de sentir a minha mão adormecer.

Desisti e levei minha mão até os seios dela e então comecei a massageá-los suavemente.

Noriko parou de me tocar lá embaixo e começou a tocar meus seios, e depois foi deslizando a mão pelas minhas curvas fazendo um agrado. Me arrepiei um pouco com o toque dela.

Esse jogo dos sentidos foi mais interessante que o próprio sexo em si.

Então paramos ficamos deitadas olhando para o teto e vez ou outra nos virávamos e trocávamos alguns beijos delicados.

“Eu estou amando passar os dias com você, Noriko.”, falei para ela.

“Eu também, Shizuka. Eu já fiquei com algumas garotas antes, mas...você é especial. És a primeira que eu realmente gosto. Você parece uma boa companhia. Você tem um bom papo….e claro, também é bonita, mas...a sua personalidade realmente me encanta. Eu acredito que nós nos entenderemos muito bem.”, Noriko comentou.

“Eu realmente estou começando a gostar de você. Mas se não se importa, gostaria que fossemos devagar. Não estou dizendo que as coisas estão indo rápido demais, mas...me sinto confortável do jeito que está.”.

“Claro. Eu entendo, querida.”

Mais tarde fomos tomar um banho e trocarmos de roupa para sair na rua. Acredito que pelo tempo que ficamos ali na cama, já devia ser umas três da tarde ou mais.

Já na rua, vestidas casualmente, nós começamos a olhar as vitrines das lojas e as peças de roupas. Compramos algumas roupas e saímos com várias sacolas na mão, tudo comprado com o cartão de crédito de Noriko. Ela havia me dito que não se importava de pagar pelas roupas, que seriam um presente dela para mim. Perguntei se ela comprava roupas para todas as namoradas dela, e a mesma respondeu ela só mima quem ela realmente está afim de ter uma relação.

De certa forma eu sinto uma certa pena por ela gastar o dinheiro dela comigo.

Compradas as roupas, nós fomos almoçar em um restaurante juntas.

Comemos uma tigela de Udon e bebemos chá.

Passamos em uma farmácia que tinha uma parte de cosméticos com uma atendente fazendo demonstração de uma linha de cosméticos e Noriko insistiu que eu sentasse na cadeira e experimentasse o produto.
Eu fiquei com um pouco de vergonha, mas aceitei.

Sentei na cadeira da parte de demonstração e a vendedora começou a passar os cosméticos em mim. A mulher dava inúmeras explicações sobre o que o produto fazia, tentou me convencer a comprar os produtos pois disse que minha vida iria melhorar, essas conversas de vendedores.

Depois de um tempo na cadeira,comecei a avaliar os resultados daquela demonstração e parecia que os cosméticos haviam trazido alguma mudança.

Então foi a vez de Noriko experimentar os cosméticos.

Eu fiquei ali parada, com as sacolas na mão, observando a vendedora fazer a demonstração do produto em Noriko.

Logo, algumas mulheres se juntaram a mim e começaram observar a demonstração e a cochichar entre elas.

Quando Noriko saiu da demonstração, nós duas fomos perguntar o preço dos cosméticos para a vendedora, e ao ouvir o preço nós espantamos. Noriko disse que não ganhava o suficiente para pagar todos aqueles cosméticos, apesar de serem muito tentadores.

A vendedora continuou a insistir, mas Noriko fez um sinal de X com os braços e disse que era muito caro. A vendedora entendeu e nos agradeceu por ter participado da demonstração.

Eu e Noriko saímos da loja com as compras nas mãos e fomos para casa.

Aquele dia com Noriko foi muito bom.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Vou comentar algumas coisas que eu esqueci de mencionar anteriormente e que foram também introduzidas nesse capítulo. Vamos lá:

Missoshiro - É uma sopa de vegetais que se toma quente no frio.

Furikakê - É um tempero misto de algas, gergelim, etc, que se coloca sobre o arroz quando ele tá quente. Mas também dá pra colocar nele quando tá frio, mas quente é melhor.

Karê (Capítulo 1)- vem de "Curry Rice", arroz com molho Curry, um prato indiano que foi importado para o Japão. "Karê" é uma adaptação de "Curry", é como os japoneses pronunciam. O nome completo do prato seria "Karê Raissu". Mas, também se usa só "Karê". O prato é composto de arroz branco, mas também dá pra fazer com arroz integral, molho curry, batatas e uns pedaços de carne, que no Japão se usa carne de porco, no Brasil é com carne de vaca. É também um prato que se come no frio.

"Shizuka", o nome da PP, significa "Aroma do vento" ou "Perfume do vento". Escolhi esse nome porque é um nome que eu acho muito bonito, e eu nunca pude usá-lo em uma fic, porque tem alguns personagens com o nome, apesar de que eu acho que esse nome é como as Ana e as Maria no Brasil, Tem muito e é comum.

Acho que é só.

Até a próxima postagem^^



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