Timeless escrita por SwenAna


Capítulo 1
Capítulo 1 - All my soul


Notas iniciais do capítulo

Olá seres humanos, tudo bem aí na Terra?
Pra começar essa é a primeira fanfic que escrevo e público então perdoem os erros, eu revisei mas ainda tenho certeza que algumas coisa deixei passar por isso relevem.
Eu amo muito Swanqueen e pra mim É ENDGAME SIM, mesmo A&E não querendo por isso escrevi essa fic e ela se tornou o amorzinho da minha vida então só deem uma chance pra ela pq eu sei que o capitulo tá muito grande mas como eu decidi que seria uma one acabou ficando assim…
Nas notas finais tem o link de uma playlist que usei pra escrever e tem muita inspiração das musicas na história por isso escutem,Okay?
Bom, acho que é isso. Aproveitem a história nos falamos nas notas finais de novo....



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“Preciso de um café e um banho bem demorado” isso é tudo que consigo pensar após um dia exaustivo dando aulas, fico repetindo como um mantra e juro que estou quase sentindo o gostinho do café, mas é tudo imaginação mesmo porque não estou nem perto de conseguir nada disso que eu preciso. Tudo bem, acho que realmente estou reclamando demais por não estar em meu pequeno apartamento com o meu belo corpinho completamente jogado em minha cama com um livro incrivelmente interessante e aquele copo de café que apenas fica exalando um delicioso cheiro por todo o local. 

“Droga” resmungo baixinho quando percebo que já estou divagando de novo pelos corredores da faculdade em que dou aula. Mas era isso que eu estava tentando dizer eu posso não estar no lugar em que minha mente deseja projetar como tortura só que eu estou nesse exato momento de minha vida em um belo sonho, pois quem diria que a jovem sonhadora Emma Swan com seus 28 anos apenas já estaria dando aulas de literatura na grande Universidade de Boston. Sendo sincera nem eu mesma achei que teria essa chance enquanto fazia meu curso no Maine. 

Chegar ate aqui e poder todos os dias ao cruzar essas portas para em cada uma delas encontrar diversas pessoas as quais eu apresento um pouquinho do meu mundo favorito é simplesmente meu sonho de infância, porém ficar três períodos seguidos em classes cheias de calouros é um pesadelo. Não sei se não foi dito a eles que o ensino médio acabou ou se realmente é animação por uma aula de literatura, mas são turmas que não param e não estão ligando muito para mim que mais pareço uma sombra em frente à turma. Eles são literalmente as turmas mais cansativas em todo começo de semestre. Todavia graças aos Deuses acabei de dar minha ultima aula para calouros hoje e estou a uma aula de finalmente ir para meu doce lar.

Na sala destinada aos professores olho meus horários apenas para confirmar que minha turma agora é do ultimo ano de Jornalismo e quase posso ficar feliz já que é uma boa classe e eles não estão mais com a imaturidade de calouros. Pego meu material para essa aula e vou me direcionando a saída quando meus olhos são atraídos para a cafeteira da sala e posso sentir um sorriso formando-se em meu rosto ao constatar que ainda há café na pequena jarra térmica. Encho um generoso copo de café e sinto como se meu dia todo tivesse valido a pena apenas com esse momento. Um fato sobre mim é que sou completamente viciada em café, tudo com um belíssimo copo de café fica melhor, se eu tivesse tomado meu sagrado copo está manhã juro que até amar as turmas de hoje eu iria, mas como fui perder hora tive que ficar amargando até este momento que por sorte se tornou praticamente outro. 

Muito mais feliz caminho até a sala de numero 23 que fica no 4° andar, ao abrir a porta todas as vozes que havia antes vão cessando e uma paz já se instala em mim.  “Esse dia acabou de ficar perfeito nada mais vai acabar com ele” penso enquanto caminho para a minha mesa ao canto da sala e escuto apenas o barulho dos meus saltos quando entram em contato com o chão. Após depositar todos os livros que carregava pego apenas o especifico de hoje para dar inicio à aula.

—Boa Noite, queridos- me direciono aos meus alunos quando estou em frente a sala e a atenção de todos está sobre mim- Hoje iremos começar a analisar um dos nossos últimos livros do curso e será a obra de Ernest Hemingway que particularmente é uma das minhas favoritas então por favor peguem o livro “O Adeus às Armas”  para darmos inicio ao estudo do romance...-quando estou para terminar de falar sou interrompida pela morena de mechas vermelhas, umas das minha alunas mais criticas.

—Outro romance? Serio isso, Swan?- diz Ruby já revirando os olhos e mascando um irritante chiclete- Juro que prefiro um de seus livros gigantes a ter que ler romance.

—Possui algum problema com romances, srta Lucas?

—Clichê demais. “Quando um autor se apaixona por você, isso ti torna eterno”, eu não acredito em nada disso nenhum pouquinho.

—Qual é Ruby?  Vai ter a cara de pau de dizer que nunca se apaixonou por ninguém lobinha.-intrometeu-se  Killian Jones o famoso capitão da sala. Esses dois são incrivelmente amigos, mas quando começam a discutir em sala a confusão estava formada.

Vozes por toda a sala iam se elevando com cada um defendendo seu ponto e alguns estavam só colocando mais lenha na fogueira. “Foi tudo o que eu não pedi, não da para eu ter uma aulinha tranquila hoje.”.

Apenas me encosto-me a minha mesa e fico vendo a confusão, não digo nada, não grito, afinal já são bem adultos para mim me descabelar como aconteceria se fosse em colegiais. E como adultos que são os hormônios começam a acalmar e voltam a ser seres civilizados em uma sala de aula com exceção de Killian e Ruby que devem estar em um mundo a parte já e não param de discutir por nada. Decidida a continuar a minha aula os interrompo:

—Desculpa incomodar as crianças, mas se vocês quiserem continuem essa briguinha fora da sala que eu gostaria de voltar a minha aula, certo?

Não ligando muito para o que acabei de falar Jones pronuncia-se um pouco alterado:

—Swan, explica para esse ser aqui que o significado de amar. Porque só pode ser um animal para não saber.

—Sr Jones, poderia se acalmar um pouco, por favor.

—Eu hein, só estou dizendo umas verdades para esse animal de mechas vermelhas aqui.

Com esse comentário vejo os olhos de Ruby estreitando e posso jurar que sinto sua vontade pular e agarrar o pescoço de Jones do local onde estou. Tentando prevenir um acidente chamo sua atenção:

—Srta Lucas, poderia compartilhar conosco o que lhe incomoda tanto em histórias românticas?

—Não são reais, simples assim. Esse é o problema são historias que retratam o amor de forma bela e tudo mais porem nada disso nunca aconteceu com ninguém, além de serem previsíveis demais os seus “finais felizes”- termina sua fala com um dar de ombros e um irritante som de bolinha com chiclete.

—A senhorita não está errada Lucas- e a boca de Killian se abre mostrando que está pronto para argumentar contra e eu apenas levando minha mão pedindo silencio para continuar- Amores como os das historias são meio improváveis de acontecer, porém cada pessoa possui sim um amor eterno dentro de si e os livros são apenas os contos daqueles que tem coragem de compartilhar esse amor com o mundo.

E como eu esperava ao terminar de falar Ruby apresenta uma expressão de desinteresse por ainda não convencer-se e dar o braço a torcer.

—Tudo uma completa besteira. –finaliza como se eu nada houvesse dito.

Sinto-me levemente decepcionada, mas não tenho a capacidade de convencer todos a acreditar nos romances apenas posso continuar dando minha aula e é o que eu pretendia fazer ao voltar para frente da sala, contudo uma loirinha de cabelos cacheados que normalmente não se pronuncia durante as aulas interrompe meus planos e resolve que irá falar hoje e fazer uma pergunta que eu não tenho o mínimo preparo psicológico para responder neste momento:

— Você já encontrou esse seu amor eterno, professora?

Paro de caminhar apenas absorvendo as imagens que essa pergunta me traz. Meu amor eterno? Se eu já o encontrei? Bom, se contar estar com uma pessoa que virou minha vida de cabeça para baixo da melhor forma possível, então sim. Eu já encontrei essa pessoa, mas o estrago que causou em mim quando nos separamos não faz com que eu goste de lembrar toda essa sensação.

—Professora? Está tudo bem?- pergunta Rose trazendo-me novamente para a sala de aula e ao encarar meus alunos vejo-os com expressões intrigadas.

—Foi tão ruim assim, Swan? Sua cara não estava umas das melhores enquanto você viajava por seus pensamentos-Killian se pronuncia fazendo outra pergunta que não pretendo responder.

—Claro que foi seu idiota. Lindo no começo, mas terminou mal. Um clichê perfeito como eu disse, nada que dure realmente. – Ruby dispara com um sorrisinho vitorioso ao pensar ser a dona da razão nesse assunto.

E sem que eu consiga impedir mais memorias me invadem. Seu sorriso me volta à mente tão facilmente, seu cheiro que para mim sempre foi o melhor de todo o mundo parece agora estar por todo o ambiente. Lembranças que por cinco anos tentei enterrar o mais fundo possível em minha mente voltam como se fossem onde eles sempre deveriam estar para que todos os dias eu pudesse me lembrar dela, entretanto assim como as belas memorias as dos nossos terríveis momentos vem à tona também em um turbilhão e é como se eu estivesse sentindo tudo novamente. Sinto uma lagrima solitária escorrendo por meu rosto e a limpo rapidamente, mas vejo que toda a atenção da sala está em mim e no desastre que estou me tornando outra vez.

—Droga! Sinto muito por isso. Podemos focar em nossa aula agora?

Tento desviar de assunto não respondendo nenhuma pergunta já que nem me lembrava delas. Volto para perto de minha mesa na intenção de pegar outro livro para que assim abafe toda a conversa.

—Emma?-chama uma de minhas alunas no meio da sala.

—Sim, srta French?

— Conte-nos.  

Belle podia não ter completado sua frase, mas todos sabiam o que ela mencionava e enquanto eu olhava pela sala vi a curiosidade no rosto de praticamente todos, alguns já estavam se endireitando em suas mesas prontos para ouvir uma história que eu não pretendia que fosse contada.

— Eu não posso. Não é apropriado tratar desse assunto em sala, todos estão aqui para que lhes ensine literatura e não conte minhas historias.

—Qual é,Swan? Não venha com essa de “não é apropriado” que com a gente não funciona- intervém Killian- Além do mais você não pode perder a chance de provar para essa lobinha tapada que ela está errada.

Dito isso um burburinho começa por toda a sala e Ruby inicia uma estranha “dança” com suas sobrancelhas com se me desafiasse. Apesar de relutar um pouco quanto à ideia uma pequena voz diz que esta na hora de compartilhar essa história, está na hora de assumir o que me quebrou e que assim talvez me livre de algumas péssimas sensações que ela me traz. Então apenas coloco minhas coisas para o lado e acomodo-me em cima de minha mesa pronta para começar loucura de contar sobre meu amor eterno.

—Tudo bem, irei contar o que querem. Mas não esperem detalhes sobre a pessoa, vocês não saberão nada mais que a história.

—Poxa, mas qual é a graça ai? Queremos os detalhes mais sórdidos. - comenta Pan fazendo todos rirem.

—Verdade, Swan, queremos detalhes e não tem porque poupá-los- comenta Ruby e por uma momento se torna pensativa até que fala- A menos que nós conhecemos a pessoa, o que levando em conta sua cara professora estou certíssima.

— Ah mas é agora que queremos todos os detalhes mesmo. Conte logo Swan.- diz Killian com se impusesse algo.

Uma pena que não funciona assim comigo.

— Se vocês quiserem ouvir o que tenho a lhes contar será sem saber quem é, se quiserem algo a mais voltaremos ao livro. 

Então todos se mantem em silêncio e é nesse momento em que decido começar minha narrativa.

—Foi durante minha faculdade, se eu me lembro bem foi durante o meu quinto semestre que eu conheci minha pessoa...- e eu pretendi continuar mas sou momentaneamente interrompida.

—“Pessoa”, professora? Precisamos de mais detalhes, era homem? Ou talvez uma mulher? Nos de um nome ou um apelido pelo menos.

—Sr Jones, eu disse que não haveria detalhes lembra-se?

—Claro, love. Mas isso não são detalhes só estou facilitando sua história, assim você não tem que ficar se esquivando com palavras de duplo sentido. - reviro meus olhos para a tentativa de conseguir suas repostas e resolvo ceder um pouco.

—Certo, irei responder apenas isso depois sem comentários. Era uma mulher, sendo sincera uma das mais belas mulheres que existe nesse mundo. – E uma nostalgia se apodera de mim quando a vejo em meus pensamentos. 

—EU SABIA QUE VOCÊ GOSTA DE UM COURO, SWAN! – Grita Killian fazendo todos gargalhar, até eu comecei a rir com sua animação. 

—Satisfeita a curiosidade, posso continuar agora sem interrupções Sr. Jones?- digo após todos se acalmarem e voltarem a me fitar.

—Pode sim, minha querida professora caminhoneira - E ele não poderia deixar de lado as piadinhas, apenas reviro os olhos e tomo folego para continuar a reviver minhas memórias.

Como eu ia dizendo, foi durante meu quinto semestre que eu a conheci, na verdade eu não a conheci na faculdade em si. A primeira vez que a vi foi em uma cafeteria do outro lado da cidade onde eu trabalhava, e simplesmente foi uma mulher que me chamou atenção em meio a todas que entravam ali. Ela não possuía um jeito comum, longe disso, se for comparar a todos ali ela era como uma rainha em meio ao seu povo. Nela há um jeito altivo, como se o mundo pertencesse-a, eu juro que naquele dia eu parecia uma idiota encarando a todo o minuto, mas o que podia fazer se toda a minha curiosidade parecia ganhar vida com ela ali?

“Quando eu atendi foi que eu pude vê-la realmente pela primeira vez, possuía traços únicos, mas o que verdadeiramente me encantou foram seus olhos de um castanho tão profundo que me fazia ficar perdida neles. Ela possuía muitos murros envolta de si qualquer um podia ver isso, mas ao olhar em seus olhos era possível ver toda a fragilidade que a rainha possuía. Naquele dia não trocamos mais do que meias palavras, que foram seus pedidos e ela me agradecendo depois, também não foi naquele dia em que eu me apaixonei por ela, naquele dia eu apenas descobri que queria desvendar tudo que ela escondia e eu como amo as historias, estava completamente  encantada com as historias que aquela mulher podia ter. Porém passou semanas e ela não entrou na cafeteria em nenhum dia, bem lá no fundo admito ter sentido uma pontinha de decepção pois não conseguia a tirar da minha mente e minha curiosidade por ela não me abandonava. Como eu trabalhava pela manhã e pela tarde, só me restava cursar Letras durante a noite e depois de um mês um novo semestre estava começando  naquela noite de verão e tudo que eu queria era matar aquele início de semestre, mas eu fui e não podia ter feito coisa melhor. Andando pelos corredores meio perdida estava a dona de meus pensamentos. Ela estava do modo como a vi pela primeira vez, com uma de suas saias lápis, uma blusa de seda,  seu andar majestoso e um batom vermelho cobrindo seus lábios, essas eram as características mais marcantes dela. Não havia quem não a olhasse quando passava desse modo por qualquer local. 

Eu não sei de onde tirei minha coragem, mas enquanto ela caminhava com o olhar perdido procurando algo eu me aproximei e lhe ofereci ajuda. Arrependi-me desse ato no minuto seguinte quando com uma grosseria desnecessária, outra característica marcante dela que eu acabei por descobrir, ela me dispensou dizendo que não precisava de ajuda e naquele momento ela continuava a ser uma rainha para mim, mas se fosse para caracteriza-la seria a Evil Queen sem duvidas. Alias outra coisa sobre ela: jamais admitia que precisasse de ajuda, queria sempre mostrar que conseguia fazer tudo sozinha e era muito irritante, mas isso ia até você entrar em sua vida e encontrar todas as cicatrizes que ela possuía. A partir disso você entendia o porquê de ser assim e não perguntaria mais só estaria ali por ela. Mas quando eu fui até ela no corredor eu não sabia de nada disso e ao ser tratada de formar grossa, todo meu encanto se tornou um pequeno ódio, não havia razão para ela ser assim comigo eu não havia feito nada a ela então sim naquele momento eu passei a sentir raiva dela e de mim por fantasiá-la de outro modo. E nos mês que se seguiu apenas trocamos farpas nas aulas que possuíamos juntas e quando frequentávamos o mesmo ambiente o que era frequente já que me tornei amiga de sua irmã que fazia Letras junto comigo e era o oposto dela. Enquanto sua irmã possuía toda a felicidade do mundo em si, ela parecia que tinha chupado um limão e ficado azeda igual. Mas apesar de ser assim fui descobrindo que ela era sim como eu imaginava: cheia de histórias.

Ela cursava História, algo que me chocou no momento em quer soube, quando uma mulher com aquela pose e ar autoritário seria uma historiadora? Mas os porquês me foram explicados: primeiramente porque tinha uma curiosidade que conseguia superar a minha, mas também porque queria descobrir o mundo, não só o que vivemos hoje e tudo que conhecemos dele o que foi deixado há anos e que ainda ninguém conhece ela queria conhecer completamente. Enquanto eu cursava Letras porque queria ficar segura com os meus livros sem correr grandes riscos. 

Éramos opostos, mas nos completávamos de uma forma única e foi com o passar do tempo e sua irmã forçando-nos a ficarmos na presença uma da outra que nos tornamos amigas e eu me apaixonei, mas essa é pra mim a pior parte por que ela possuía alguém e eu sabia que ela nunca o largaria. Mas mesmo assim eu me apaixonei e tentei me afastar só que cada vez que a via e ela sorria eu me apaixonava um pouco mais e apesar de eu saber que eu não podia fazer isso que quem sairia na pior depois seria eu já que ela não sentia nada por mim e o melhor que eu podia fazer era não sentir nada por ela também, eu continuava a me apaixonar sempre um pouco mais. Então eu decidi que eu poderia sim ser amiga dela, estar ao seu lado e não amá-la. Eu só não queria deixar tudo o que ela era ir embora de minha vida.

Foi difícil isso, eu juro que foi. Mas eu passei a estar ali por ela, conhecer todas as particularidades dela e ela conhecia as minhas. Tornamo-nos inseparáveis, acho que ela passava mais tempo comigo do que com seu namorado que ao conhecer descobrir ser um babaca e ela só estava com ele pela família, por que o pai havia imposto aquilo e ela por amar muito seu progenitor jamais iria contra qualquer coisa nem que ela tivesse que esconder quem realmente era. Eu tentei a fazer mudar de ideia sobre isso, mas não havia como, perto de sua família ela era uma pessoa, porém quando era apenas nós minha Evil Queen era outra pessoa e era esse verdadeiro eu dela o qual me fazia ficar sempre encantada.

Entretanto o pior aconteceu em uma noite em que ela completamente frustrada, só não lembro exatamente com o que, decidiu que sairíamos para beber e bebida nunca foi exatamente meu forte por isso com apenas duas cervejas eu já estava completamente mais solta e dançando colada em estranhas...”— e meus alunos começam a rir me fazendo notar que todos estão me fitando concentrados no que conto e acho que nunca recebi tanta atenção de uma sala agora- Isso mesmo riam de mim, eu estava bêbada aquela noite então não me culpe pelos meus atos que ainda tem muito pra contar.

“E foi ai que descobri que ela podia ser bem ciumenta quando queria, ao me ver dançando tão perto de uma moça ficou tão possessiva que já havia pegado meu braço e me arrastado para o banheiro e eu nem consegui processar nada direito só fui tropeçando ao ser puxada. Eu fiquei irritada logicamente quando entendi o que havia acontecido, que direito ela tinha de me tirar de lá, eu não queria me lembrar do que eu sentia por ela naquele momento bêbada, só queria dançar e se tudo desse certo acabaria saindo com alguém que não me faria deixar de sentir mas me faria não pensar em tudo pelo menos por uma noite, mas não ela não podia me permitir isso. E nossas iras particulares levou a uma briga enorme, eu gritava com ela e ela me respondia de volta completamente nervosa . Andava em círculos o que me levava a entender que tinha mais coisa que ela não estava colocando pra fora, só que eu não estava me importando no momento e apenas sabia reclamar xingando-a, até que de repente ela se aproximou demais e me beijou. Eu fiquei sem reação no momento, foi como se eu ficasse sóbria do nada. Era a pessoa que eu esperava beijar á meses ali, tomando toda a atitude e me beijando. Quando ela estava querendo afastar-se eu tomei a frente e segurei em sua cintura aprofundando tudo. Não paramos até que precisamos de ar porem nada parou por ai, algo começava ali e logo nós entramos em uma cabine e foi ali minha ruina. Naquele momento o desejo estava palpável, eu sempre a quis mas agora eu podia ver que ela também me queria, então aconteceu. Eu a senti, senti seu corpo, eu pude tê-la pela primeira vez e ela estava ali totalmente entregue, seu corpo respondia a todos os meu toques, era como se tivéssemos o encaixa perfeito, eu fui ao céu tendo a ali mas também fui ao inferno quando a razão volto e ao olharmos nos olhos uma da outra caiu toda ficha dela e eu nunca sei o que passou em sua cabeça apenas sei que num minuto elas estava em minha frente recuperando o fôlego e no outro deixava o banheiro completamente desesperada. 

Ela se arrependeu disso eu sei, pois uma semana depois ela voltou a me procurar e me disse essas exatas palavras: “O que houve aquela noite foi um erro, estávamos bêbadas, só esquece e voltamos a ser amigas.”. E eu logicamente fiz o que? Aceitei e voltamos a ser como antes, mesmo tudo revirando dentro de mim eu só podia aceitar, por que preferia ter ela ali, vendo seu sorriso todos os dias, ouvindo sua voz do que tê-la longe por não aceitar que tudo que eu sentia não era reciproco. Eu podia conviver com isso, após ouvir o que me disse eu entendi que meu amor por ela era um erro e o melhor era colocá-lo no fundo do meu coração e nunca mais trazê-lo à tona. Seguindo essa ideia comecei a sair com outras pessoas, era algo bom podia conversar expor o que eu queria e quem eu era abertamente não tinha medo de passar alguma linha. Eu e ela nunca nós afastamos continuamos inseparáveis e como minha amiga eu contava a ela sobre meus encontros e minhas noites, acho que era besteira minha, mas toda vez que eu lhe contava algo via uma leve magoa em seu olhar e eu me agarrava a isso como se fosse uma prova de que algo ela sentia mesmo não demostrando. 

Passamos algum tempo nessa situação, eu vivia meus simples amores e ela com o babaca do namorado, eu já disse o quanto eu odiava esse cara? Não? Pois bem eu o detestava e era tudo reciproco e só passei a detestar mais quanto veio à tona toda a traição dele. Ele já havia se formado, e nós ainda estávamos no sexto semestre, por isso ele já possuía seu escritório e em uma das visitas ao local sem aviso prévio já que com sua namorada ela precisava da confirmação urgente pra alguma festa que estavam planejando. A morena me arrastou junto naquela ocasião simplesmente pra ter companhia, pois sabia que não éramos nada agradáveis na presença um do outro. Ao chegar à sala e abrirmos a porta vimos o meu querido babaca de olhos azuis com seu membro no meio das pernas de sua gerente de marketing, eu quase ri da cara que ele fez ao nos ver ali, porém eu olhei para aquela que eu amava e em seus olhos pude ver sua dor, o que aquela cena estava causando em seu interior. Então eu fiz o que precisava e a tirei dali o mais rápido que pude, só me deixe acrescentar um detalhe: antes eu me aproximei daquele babaca que não parava de dizer eu podia explicar, até por que somos cegas e precisávamos que explicassem o que era uma traição, e acertei um belíssimo soco em seu rosto de porcelana. Continuando os fatos, eu a tirei de lá, levei para meu apartamento e ficamos apenas uma ao lado da outra sem dizer nada, só ficamos ali sentadas uma assimilando tudo o que ocorreu e a outra apenas estava ali por quem amava.

Nós nunca precisamos conversar sobre o que vimos.  Eu sabia que ela não o amava, mas ela possuía nele uma certeza, um caminho certo pelo qual percorreria e o ter perdido era algo dolorido. Por isso a deixei chorar quando precisou e cuidei dela naquele momento, no dia seguinte ela decidiria o que fazer e essa decisão acabou sendo que deixaria qualquer relacionamento que possuía com o babaca. Sabíamos que seria algo difícil pelos planos que seu pai tinha em cima desse namoro e futuramente casamento, contudo ela se propôs a enfrentar e cada dia era uma nova tentativa de reunir ela e o babaca de olhos azuis. Mas ela mantinha-se firme, queria apenas continuar sua vida e mudar todos os seus planos para o futuro. Foi nessa época em que nos tornamos praticamente grudadas, ela passou a morar em minha casa já que na sua ela sentia-se presa às chantagens emocionais que seu pai fazia. 

Com ela morando sobre o mesmo teto que eu era mais difícil afastar tudo o que sentia porque ela estava ali dia e noite de maneira tão simples e livre se reconstruindo, mas era um momento dela e eu não podia impor nada do que eu sentia e faltava à coragem também então só estive lá cuidando dela enquanto ruía e voltava a se reerguer. Continuei saindo às vezes buscando ainda esquecer tudo ou encontrar outra pessoa que me fizesse sentir algo, contudo era um esforço em vão com ela tão próxima todas às vezes e sempre que eu lhe contava sobre minhas noites agora ainda mais via em seu olhar uma decepção, uma pequena dor e por isso parei tudo o que fazia antes passando apenas a ficar em casa com ela, o que era os melhores momentos pra mim. E com esses momentos minha destruição estava eminente, era nos momentos em que ficávamos juntas assistindo qualquer besteira ou conversando sobre coisas a toas onde nos aproximávamos perigosamente, nossos rostos ficavam muito perto e nossos corpos chamavam um ao outro só que eu não podia ceder, outra vez ela se arrependendo eu não aguentaria logo deixava minha razão funcionar e fugia da proximidade, fugia de seus toques, fugia dela. Eu conseguia me manter distante na maioria das vezes até que eu novamente fiquei bêbada por não aguentar a minha realidade, eu só queria fugir e beber se tornou algo bom, mas naquela noite foi a pior coisa que eu poderia ter feito. Eu não estava num bar e sim em casa com alguns de nossos amigos, todos riam, brincavam e contava suas historias e eu me mantinha quieta em um canto ao lado de minha morena apenas bebendo, bebi durante toda a noite. Nem notei quando todos foram embora e a casa finalmente ficou quieta eu só fui notar quando ela se aproximou colando nossas corpos. Ela havia notado que eu estava me escondendo e isso a irritava, então juntando a bebida que ela também possuía no sangue ela impôs seu desejo me fazendo perder a consciência daquela vez e ceder. E lá fomos nós tudo de novo, eu memorizei seus detalhes, beije seu corpo, eu amei como podia aquela noite...”

E enquanto contava o que aconteceu naquela noite com meus olhos fechados apenas revendo, como um filme, minhas memórias, sou despertada por um som estridente que tocava no corredor. Era um dos sinais indicando o final da aula e não sei se agradecia ou reclamava naquele momento. Eu gostaria de deixar essas lembranças irem, poder apenas lembrar-me delas com nostalgia não com a dor que já estou sentindo. Sei que meu rosto possui vestígios das lagrimas que já não consegui controlar, isso sempre acontecia quando se tratava dos meus pensamentos sobre ela.

Notando todos da sala ainda silenciosos abro meus olhos finalmente enfrentando os rostos daqueles que me ouviam tão atentamente. Ninguém ousou mexer-se mesmo com o fim de minha aula o que era de se impressionar já que sempre todos saiam em completo frenesi após o seu termino, porem dessa vez nenhum se pronunciava dando indícios de quer ir embora o relógio já sinalizasse 22 horas. E mesmo que eu não houvesse perguntado vários acenam a cabeça pedindo para prosseguir com a história então respiro fundo e estou para voltar quando a porta abre com tudo.

—Ninguém aqui vai embora não? O que está acontecendo aqui patinho? Fez lavagem nessas coisas para prestarem atenção em você é, quero a receita tá?- diz tudo de uma vez a ruiva que invadiu minha sala arrancando de mim pequenas risadas.

— Qual é Zelena? Somos todos os melhores alunos dessa universidade. – diz Ruby com um sorriso amplo que até então nunca tinha visto o que me da à quase plena certeza de que ela e minha amiga possuíam algo e eu interrogaria a minha cabelo de água de salsicha mais tarde, ela que me aguarde. 

Zelena sorria e estava prestes a rebater a garota quando foca seus olhos pela primeira vez em meu rosto e imediatamente todas as suas feições mudam para preocupada. Ela estava ao meu lado nas piores épocas e sabia quando algo estava errado.

—Oh meus Deuses! O que houve meu patinho?- pergunta já se aproximando e me abraçando. 

—Não é nada ruvinha, está tudo bem, só estava contando uma história á eles.

— E desde quanto você parece destruída ao contar história em suas aluas?- ela faz essa pergunta olhando de forma profunda em meus olhos.

—A lobinha ali foi reclamar dos romances e Swan estava provando a ela que amores são reais com sua história- explica Killian não dando tempo nem de me manifestar

—Você estava falando...

—Sim, ruiva. Eu contava sobre sua ela. – digo com um sorriso triste.

—E você esta bem? Quer continuar com isso?- seu modo protetor está ativado e vejo isso pela forma que me olha.

— Eu vou ficar bem, está na hora de me abrir sobre tudo e deixar finalmente ir. – tento tranquiliza-la

Ela apenas continua me encarando procurando vestígios sobre como estou, o olhar que ela me dava era como se estivesse analisando minha alma em cada canto possível e ao parecer compreender que preciso por tudo para fora mesmo que seja para alguns alunos que possuem aula de literatura por ser uma matéria extracurricular apenas, ela faz um leve movimento positivo com a cabeça e pega meu material que estava ao lado o colocando em uma cadeira para em seguida sentar-se ao meu lado sobre a mesa sem nada dizer. Apenas sentasse e pega minha mão como fez inúmeras vezes mostrando que estava ali e se manteria ali não importando o que acontecesse.

E novamente após respirar fundo e fechar os olhos buscando no que mantenho escondido em minha mente, as memorias que começam a vir freneticamente o que me faz começar a falar:

“Naquela noite eu a amei com tudo que eu tinha, eu deixei minha mente bêbada me entregar a ela e ela entregou-se a mim. Foi tudo um sonho até eu levantar pela manhã com o sol atravessando a janela diretamente para meus olhos, além de estar com uma dor de cabeça irritante pela bebida ao olhar ao meu lado na cama não havia ninguém e após olhar pelos cômodos de meu apartamento minha ficha caiu: ela havia fugido outra vez. Tentei fingir que aquilo não me incomodava ao fazer meu café, tentei me fazer entender que aquela reação já era esperada por mim, mas eu estava com aquele sentimento de ser usada e doía lembrar que ela havia desaparecido novamente após eu ama-la outra vez. Passei o resto do dia fazendo coisas inúteis, estava me movendo mecanicamente tentando nunca pensar nela só que era impossível não vê-la em cada canto de minha casa, as coisas dela permaneciam pelo local o que indicava que uma hora ela teria que voltar e eu não pretendia estar ali então arrumei uma pequena bolsa e passaria alguns dias na casa de algum amigo. Eu estava para sair quando vi a porta abrir mostrando a sua pequena figura parada do outro lado, seu olhar possuía uma leve inchaço mostrando que havia passando muito tempo chorando e ao me ver parada pronta para ir embora foi o momento em que vi ela ruir, como se ela não fosse suportar me ver deixa-la ali sendo que ela já havia feito isso comigo e eu continuava em frente escondendo tudo que sentia. Só que eu não podia suportar suas lagrimas por qualquer motivo e  mais uma vez fui ao seu encontro, deixei toda minha tempestade de lado para cuidar de seu mundo. Nós tivemos uma conversa quase honesta após os ânimos terem se acalmado, e ela disse que  estava gostando do tínhamos, que sua mente era um conflito mas ela sabia que me queria e isso foi o bastante para mim me permitir afundar. 

No nosso ultimo semestre de faculdade possuíamos algo. Ninguém sabia, mas estávamos juntas. Ela decidiu que era melhor não contarmos, pois se nem o fim de seu antigo relacionamento com o babaca a sua família aceitava imagina se eles iriam aceitar que ela estava com uma mulher agora. Eu entendi seu lado apesar de querer gritar que ela estava comigo em cada festa que íamos e todos a jogavam para seu ex, em cada momento que ela recebia convites para encontros, todavia eu não podia. Eu posso garantir que tentei respeitar seu tempo, que eu era a pessoa mais feliz quando estava somente com ela no apartamento que ela passou a residir também, só que eu comecei a me perguntar quando essa bola de neve que estávamos criando com todo o teatro que possuíamos iria começar a devastar tudo quando começasse sua decida. E nesse tempo houve brigas, eu tentei como das outras vezes não deixa-la entrar no meu coração, porém ela não me permitia estar sozinha e quando eu estava com raiva ela sabia como me enfrentar. Eu sentia que estávamos quebrando, que eu podia odiá-la, mas eu ainda a amava no fim de tudo. 

E eu sei que tinha uma parte de mim que era teimosa, que achava que a tempestade que vinha se formando com ambas no centro poderia ser controlada, mas como eu poderia aguentar? Eu não podia continuar me escondendo, não podia disfarçar que ao olha-la meus olhos brilhavam, não podia continuar me quebrando cada vez que alguém planejava juntá-la com outro. Eu me via com insuficiente. Eu não queria estar nas sombras atrapalhando seu futuro. Ama-la era tão difícil.

Eu havia prometido que estaria ali para cuidar dela sempre, só que chegou um momento em que eu decidi que precisava ir, que mesmo vivendo na luz quando estava com ela, havia uma escuridão que eu não podia suportar. Então durante uma discussão boba no qual gritávamos uma com a outra eu simplesmente desabei e sentada no chão em meio as lagrimas eu disse que a amava só que eu não podia suportar o que possuíamos naquele momento. Foi a primeira vez e ultima em que disse com todas as letras que o sentimento que eu possuía por ela era amor, entretanto não obtive resposta. “Tenha paciência, tudo vai ficar bem” foi tudo que ouvi sair de sua boca e eu vinha tendo paciência eu só não podia aguentar mais a destruição que aumentava em mim, nós estávamos cada vez subindo em uma colina maio e a queda estava eminente para mim, por esse motivo eu pedi para que eu apenas pudesse desistir, deixar de lutar e que ela me deixasse ir.”

“Após eu proferir essas palavras houve um momento de silencio, foi como se nem mesmo uma formiga ousasse se mover. Eu esperei agoniada alguma iniciativa sua no fundo eu ainda queria que ela dissesse que me amava e que podíamos continuar tentando, só que lá no fundo também eu já sabia o que viria a seguir. Ela não me disse uma palavra, virou-se e começou a organizar suas coisas. Eu não vi esse momento porque abraçava minhas pernas e em meu joelho eu escondia minha cabeça, somente ergui minha cabeça quando um bom tempo depois eu ouvi a porta fechar-se. Foi quando eu percebi que tudo tinha chegado ao fim, eu havia a perdido e aquilo doía como o inferno. 

Os dias que se seguiram eu passei em posição fetal chorando igual criança, até que no quarto dia levantei e revirei minha casa do avesso tentando tirar qualquer vestígio dela do local, vendo que mesmo trocando os moveis do lugar, lavando todas as roupas de cama e minhas a mulher que eu amava continuava ali mesmo tendo fugido como um fantasma de minha vida, eu fui para rua tentando querendo não sentir, mas ainda quebrando-me. Não procurei consolo com nenhum amigo, não queria me abrir, portanto apenas ergui minha cabeça e tentei continuar minha vida naquela cidade. Como eu já havia me formado, eu passei os meses que seguiram em busca de um emprego na minha área, trabalhar num café estava ficando exaustivo e qualquer coisa que ainda me fizesse lembrar dela eu estava fugindo já que sabia que jamais ela voltaria para mim. 

Não obtive qualquer notícia da morena no tempo que passou, eu realmente esperava que ela estivesse seguindo sua vida e no fundo conseguisse algo que a fizesse sorrir sempre com um de seus sorrisos que iluminavam o mundo. Mas o que eu não esperava foi o que aconteceu, quando cheguei de mais uma cansativa entrevista havia alguns papeis pelo chão e entre eles um chamou minha atenção. Era um belo convite de casamento, eu acreditava enquanto abria, algum dos meus amigos iria casar e eu estava feliz por quem fosse. A parte do convite eu acertei, mas os noivos não eram quem eu esperava. Aquele papel que estava em minhas mãos era o convite de casamento dela com seu ex-namorado... ”— tentei continuar, mas um soluço me escapou mostrando o quão intenso estava meu choro.

Todas as lagrimas que estiveram tanto tempo presas em mim escorriam livremente por meu rosto, bem em frente a uma sala cheia de alunos eu me permiti desabar para tentar outra vez me reconstruir. Minha melhor amiga, estava ao meu lado com um olhar tão terno que poderiam aquecer a alma de qualquer pessoa, ela continuava segurando minha mão e agora deixava minha cabeça descansar em seu ombro, molhando-o com minhas lagrimas. Eu estava inteira essa manhã, não esperava que ao final do dia eu estivesse reabrindo feridas que eu lutava para que continuassem fechadas. 

Vendo que eu já não estava em condições de continuar Zelena toma a frente da fala, já que essa parte ela incluísse.

—Não sei quanto tempo após o choro, Emma me telefonou me pedindo que fosse até ela. Eu não entendi nada no momento já que não sabia da história ainda e levando em conta o seu desespero ao celular ela precisava de mim. Deixando tudo o que fazia de lado rumei á seu apartamento e quando cheguei a encontrei arrasada, chorando sobre o convite de casamento da minha irmã. 

—Um minutinho na história, ERA PARA SWAN SER SUA CUNHADA COMO ASSIM?- diz Ruby em um tom elevado.

—Quem diria, não? Essa loirinha aqui queria entrar para a família Mills e nem havia contado a ninguém- brinca a ruiva me fazendo dar um meio sorriso e levantar a cabeça.

— Eu estava muito apaixonada pela irmã dessa doida aqui, eu só esqueci que na genética além de beleza vinha loucura também e acabei fazendo essa besteira de tentar entrar para a família- falo com um ar leve antes de terminar o que precisava dizer- E como todos já imaginam eu sofri muito com ela seguindo em frente justo com ele que a fez tanto mal e eu que disse que a amava estava com a alma e o coração partido chorando no colo de sua irmã, em frente a Zelena foi em que finalmente percebi o fim, apesar de ter passado quatro dias chorando ainda existia esperança, sempre existia esperança em mim. Então foi após aquele convite que me permitir empurrar toda minha dor para o canto mais escuro que eu possuía e continuar em frente. Apareceu uma proposta de vir para Boston lecionar e eu aceitei na hora pois precisava da distancia de tudo. Eu parti rumo a uma nova vida no dia de seu casamento, onde em meu caminho passei em frente a igreja a qual consagravam tudo e a vi deixando o local vestida com um lindo vestido e um perfeito sorriso nos braços de seu marido e foi que eu precisava para que pudesse continuar a ter coragem de abandonar tudo o que vivi no Maine.”

Finalizo dando de ombros e limpando os resquícios de lagrimas de meus olhos numa tentativa de me recompor mesmo sabendo que devia estar como o rosto todo manchado pelo rímel. Olho primeiramente para Zelena e a vejo com um sorriso descendo da mesa onde nos encontrávamos para poder me abraçar.

Eu não sei o que seria de mim sem minha ruiva que sempre se manteve do meu lado nos momentos que precisei, mesmo tendo sua irmã do outro lado ela nunca deixou de me proteger. Quando disse que me mudaria para Boston só faltou ela já estar com as malas prontas pelo tanto que ela insistiu em vir comigo e eu só não deixe na época por precisar me redescobrir sozinha. Porém como ninguém impede a senhorita Zelena Mills quando ela quer uma coisa em menos de dois anos ela já tinha conseguido uma vaga no mesmo local que eu e vinha com toda sua bagunça morar em Boston. E é por coisas como essa que eu a amo muito, ela com certeza é toda minha família hoje apesar de sua loucura e a trava que faltava em sua língua me preocuparem às vezes.

Depois de sair do abraço da ruivinha analisei meus alunos, alguns continuavam me olhando atentamente, como era o caso de Ruby que pela primeira vez demonstrava um pouco de amor em seus olhos, outros estavam tentando disfarçadamente limpar os traços de lagrimas e recompor-se , que era a situação de Killian que até agora não havia feito mais comentários por estar chorando baixinho. Sorrio levemente com todas as situações que encontro após me desmanchar em frente a eles e para finalizar meu conto digo:

—E foi isso o que aconteceu senhorita Lucas, eu tento apenas guardar os momentos bons. Mas tudo foi real e durou o quanto estava destinado a durar como ocorre em toda história de amor, ela não precisa ter o final feliz dos contos de fadas só precisa ser sua pelo tempo que tiver que ser.

Desço da mesa pronta para começar a arrumar o meu material já que tenho certeza que depois de tudo dito os alunos irão começar a ir embora, porém uma pergunta vinda de Ruby me surpreende e me faz parar o que fazia:

—Você ainda a ama?- eu acredito que a cara de espanto que fiz foi muito boa já que muitos começaram a rir. Recuperada da surpresa respondo honestamente.

— Eu jamais poderia deixar de amá-la mesmo tudo tendo acabado do jeito que lhes contei. Ela é parte de mim e sempre vai ser não importa o que nós aconteça.

—É real- diz Lucas simplesmente- Talvez você ainda consiga me convencer sobre o amor Emma Swan- completa sorrindo de forma divertida me fazendo sorri também pelo meu feito.

—E você voltou a vê-la, certo Emma? - pergunta agora Rose que possui um ar encantando em sua volta.

Não consigo responder essa pergunta, pois a porta da sala abre-se revelando a dona dos olhos castanhos que possuem minha alma e o do sorriso que é capaz de me dominar, bem em minha frente encontrava-se Regina Mills.


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Notas finais do capítulo

https://open.spotify.com/user/lorieswen/playlist/0sIa0lerXWuVcUgt9SPJal?si=6hDitOLC

Aaaaa se você chegou até aqui muito obrigado.
Escrever essa fanfic não foi fácil por em cada palavra ter que deixar todos os sentimentos irem e eu não sou uma pessoa muito boa com isso.
Não tenho pretenção de continuar a não ser que algo me inspire ou me peçam muito.
Me deixem saber o que acharam, comentem aí ou me gritem lá no tt (@swenalltime)
É isso por hoje, espero voltar logo com outra fanfic SQ por que ideias é o que não faltam.
Bjs pra quem quiser kk



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