Purple Light escrita por Isa
Notas iniciais do capítulo
E ai, gatinhas?
Tudo bem?
Aqui vão mais dois caps na nossa história.
Espero que alguém esteja gostando, ainda tem bastante coisa.
—Já estou indo. - Nina ouvi a voz de Anne quase na porta, mas mesmo assim continuou batendo. Estava com ódio. - O que é isso?
Anne abriu a porta e ela entrou como um raio. Louis e Gemma vinham atrás de Anne e deram de cara com as feições de Nina totalmente perturbada.
—Você não tinha o direito! - apontou o dedo na cara de Anne enquanto ela fechava a porta atrás de si
—Oow! - Louis se colocou entre as duas - Que tal irmos com calma?
—Ela é louca! - disse com todo seu desprezo por ela, mas Anne como de costume continuava com o rosto calmo e sereno
—Nina....... - Gemma se aproximou em uma tentativa de acalma-la, mas de nada adiantou.
—Eu disse que faria essa merda nos meus termos, quando estivesse prepara. E você me arma uma dessa?
—Não sei do que você está falando, Nina. - Anne finalmente se pronunciou com uma calma que fazia o cérebro de Nina querer explodir.
Poucos minutos depois Niall abriu a porta sem demonstrar nenhuma surpresa em ver Nina ali.
—O que foi aquilo? - ele perguntou ainda sem entender nada
—Pergunte a ela! - Nina apontou para Anne
—Alguém pode explicar do que estamos falando? - Louis pediu
—Estávamos no parque com Harry. Liam e eu. - Niall parecia afobado - Então Nina esbarrou nele e... - ele fez uma pausa olhando para ela.
—E o que? - Gemma não fez nenhuma questão de esconder toda sua expectativa
—Podemos dizer que não nos demos muito bem. - Nina respondeu com os olhos marejados - Mas essa não é a questão. Eu não estava pronta!
—Eu não diria isso. - Niall sorriu e todos o fitaram - Ele ficou... Intrigado.
No momento em que Niall terminou de falar Nina puxou todo o ar que podia para dentro de seus pulmões, as lágrimas em seus olhos a muito freadas por raiva agora tomavam forma para escorrer por seu rosto. E ela tinha certeza de que logo não conseguiria conte-las. Tinha esperança de que aquilo fosse só um pesadelo, algo que nunca precisaria começar. Mas agora percebia o quanto já estava enterrada em tudo.
—Eu não tive nada a ver com isso. - Anne se defendeu com um sorriso no rosto. Estava satisfeita apesar de nada ter sido planejado
—Intrigado é uma coisa boa, não? - Gemma não tinha certeza.
—Eu acho que sim! - Niall também sorriu e Nina cruzou os braços fitando o chão.
—E o que fazemos agora? - Louis se dirigiu a Anne.
—Está tudo pronto. - Anne encarou os olhos cheios de dúvidas de Nina e as duas seguraram o olhar uma da outra determinadas.
Flashback - 3 semana atrás
—Oi - Gemma sentou-se do lado da mãe que estava totalmente distraída. - Mãe? - Anne observava uma garota que brincava com duas crianças perto dali. -Alôo!! Quer que eu pegue o telefone dela pra você? - Gemma riu tirando sarro.
—Não. Eu já tenho o telefone dela. - Anne sorriu esperta
—O que? Mas... - Gemma fingiu pavor - Mas e o Robin?
—Ora, Gemma, não seja ridícula. - Anne revirou os olhos e as duas riram juntas, até o rosto de Anne tomar uma feição pesada de preocupação
—Como ele está?
—Do mesmo jeito - Gemma deu de ombros e Anne suspirou. - Ele aprendeu a andar no apartamento, não esbarra tanto nas coisas e... Nesse sentido melhor. No outro, você sabe, mesmo jeito.
—Eu sei - Anne suspirou aflita - Meu coração fica apertado em pensar nele sozinho lá.
—É o que ele quer, mãe. Temos que apoia-lo.
—É - Anne engoliu em seco - Mas eu preciso lutar por ele, Gem. Não posso deixar... - ela engoliu em seco - Enfim, esse é um dos motivos pelo qual eu tenho o telefone dela. - ela aponto para a garota com a cabeça
—O que quer dizer? - Gemma perguntou receosa.
—Eu sei que vai parecer loucura...
—Já parece!
—Harry nunca foi o mesmo depois do acidente - Gemma concordou com a cabeça - Seu irmão precisa se apaixonar, lembrar o quanto é bom viver. Precisa de alguém que o faça sentir que a vida valha a pena - Anne voltou a olhar a garota - Ele precisa se apaixonar por ela.
—MÃE!! - Gemma arregalou os olhos incrédula - Me diz que você não ta perseguindo essa garota.
Anne se endireitou no banco
—"Perseguindo" não é a palavra. - Gemma estava pronta para responder, mas a mãe abriu a bolsa pegando alguns desenhos e ela viu algo se mexer lá dentro - Olha...
—O que é isso dentro da bolsa?
—É só o Frank - Anne não deu muita importância
—E por que Frank, o chiuaua, está na sua bolsa? - Gemma o levantou
—Ele não é chiuaua, talvez chiuaua com alguma coisa, não sei. Mas eu o adotei - ela respondeu e Gemma olhou desconfiada - Ela trabalha em um abrigo de cães, como eu ia me aproximar?
—Tá legal! - Gemma soltou Frank - Eu estava preocupada com Harry, mas você conseguiu passar na frente dele.
Anne rolou os olhos e levantou os desenhos
—O que acha?
—Ah, meu Deus. SÃO INCRÍVEIS! - Gemma olhava abismada - São dela? - Anne respondeu que sim com a cabeça
—Lou mostrou para um amigo que mostrou para outro amigo que, por acaso, é editor da Vogue. E ele não só gostou como quer que ela crie uma coleção de primavera para lançar a marca na próxima estação.
—Meu Deus! - Gemma tampou a boca ao perceber as intenções da mãe - Você é doente, mulher!
—Gemma Anne Styles, não fale assim comigo. Está na hora de tomar medidas extremas. - então ela suspirou - eu só quero meu Harry de volta.
Gemma ia começar a falar sobre o quanto aquilo era errado em inúmeros gêneros e graus, mas entendia a mãe.
Assistir uma pessoa que você ama definhar emocionalmente aos poucos é doloroso demais, ainda mais quando não se pode salvá-la.
Então deu uma olhada na garota.
Era bonita, mas nada excepcional.
Estava de shorts jeans, camiseta e os pés descalços.
Os cabelos loiros escuro, que passava dos ombros, escondiam uma mecha roxa na parte de trás.
Um garotinho loiro correu até ela que o pegou nos braços virou-o de ponta cabeça, logo colocando no chão de novo para que fugisse.
Tinha uns 20 anos, mas se divertia como se ainda tivesse 5 e de baixo de seus cabelos desgrenhados que caiam no rosto encontrava-se um sorriso iluminado.
"Harry ia gostar dela" - ela sorriu sem perceber, mas logo balançou a cabeça voltando a si.
—Mas por que ela? E por que ela aceitaria fazer uma coisa dessas? - ela perguntou forçando-se a lembrar que era para um bem maior, mas Anne não respondeu.
Sabia os meios certos de conseguir o que queria, mesmo que esses passassem por tudo o que um dia julgara mais sagrado no mundo.
Por Harry ela faria tudo.
Flashback OFF
—Eu não sei se... - Nina abaixou o olhar de novo e Anne foi até ela segurando seus braços
—Você vai! - Seus olhares se mantiveram outra vez
Nina entrou em seu pequeno apartamento e passou seus olhos por tudo.
O lugar tinha uma cozinha não muito grande com um balcão onde geralmente fazia suas refeições, já que ao se mudar teve que escolher entre colar uma mesa de jantar ou o sofá da sala de TV. A sala, e seu quarto.
O único momento em que desejava algo maior era quando não encontrava mais lugares disponíveis para os cães que conseguiam resgatar. Se pudesse traria-os para morar com ela, mas provavelmente seria expulsa do prédio. E de repente ela se viu pronta para largar aquele lugar e se mudar para um apartamento duplex em um prédio de luxo na parte mais rica da cidade.
Layla abriu a porta do banheiro só de toalha, Nina estava tão anestesiada com toda a reviravolta que sua vida estava dando nas últimas semanas que nem ouviu o chuveiro ligado.
—Já tava ficando preocupada - A morena prendeu a toalha em volta do corpo
—Você não tem casa? - Nina perguntou sem dar-lhe muita atenção enquanto se jogava em seu velho sofá
—Tenho, mas você apareceu no abrigo parecendo uma louca, largou dois cachorros e duas crianças na minha mão e sumiu sem dizer nada. Nate pediu pra você ligar pra ele, falando nisso. - Nina nem se deu o trabalho de olhar para ela. - O que aconteceu?
Nina suspirou tão profundamente que Layla poderia jurar que aquilo havia doido.
—Eu o vi hoje. - Layla levantou suas pernas para sentar-se no sofá junto com ela
—E ai? - perguntou extremamente animada - Como ele é? Bonitão? Magricelo?
Nina riu da amiga. Com tantas coisa erradas nessa situação Layla se preocupava com a aparência de Harry.
Então se lembrou dele.
Usava uma camisa branca e um jeans meio surrado, nada demais. Mas aquele meio sorriso que dera enquanto tentava anima-la a deixou intrigada também. Ele parecia ter tão mais a mostrar naqueles lindos lábios que até dava uma pontadinha de determinação em Nina. Queria ver direito aquele sorriso.
—Ele é perturbadoramente bonito. - ela sorriu e Layla riu
—Ora, então pare de se lamentar agora, garota! Nem tudo vai ser de todo ruim afinal.
Nina riu junto com a amiga. Layla tinha razão, nem tudo precisaria ser ruim. Talvez ela à sua maneira pudesse, de algum jeito, tirar algo bom dessa situação.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então, o que acharam?
Até os próximos!
Beijinhos