Belinda  estava  olhando  o alvorecer pela  janela.  Ela tinha acordado triste.  Diversas  manhãs ela  acordará triste, pois ela se colocava   para pensar em coisas que não estavam ao alcance de suas  mãos.  Como por exemplo, o que ela  faria  com seu desejo ardente   por Jaime?  Ou  se   algum dia  ela seria feliz, sendo a senhora de Robb?

Ela era tão nova  para passar   por todos esses sentimentos confusos.  Ás vezes ela se cansava de ser a princesa Belinda e  imaginava como seria ter uma  vida diferente e  comum.  Quando ela resolvia compartilhar isso com sua  mãe, a mesma  garantia a Belinda que era bobagem e que ela deveria ser grata por ser quem ela  é. A princesa  Belinda.

A mesma  sorriu triste para o sol e  saiu da janela, pois  começava  sentir frio.    Belinda  ajeitou  alguns fios de seus  cabelos   cor de  mel que  saíram do lugar por causa do vento  da  manhã. Ela   já se  banhará  e   se  arrumará para  o desjejum.   Assim, que saiu de  seu aposento cruzou  com seu irmão  Joffrey.

—  Bom dia   irmão!  -  Ela disse em  uma falsa  alegria. Ela  adorava provocar Joffrey  que sempre  acordava azedo.

—  Péssimo dia!  - Ele  disse  e revirou os  olhos.  – Eu odeio esse  lugar!

— Fale baixo, garoto!  -  Repreendeu o mesmo.  – Não quero  que pensem que estamos  faltando com respeito, afinal estamos aqui  como  hóspedes   -    Belinda   disse   em um sussurro. 

— Deixem que  ouçam, não me  importo!  - Ele respondeu.   -  O que essa família poderia  fazer contra mim? Sou parte da  família real e  eles somente  lordes e ladys.   -  Ele  diz com  um sorriso  prepotente.

—  Nem  um pouco humilde, você  é.  -   Disse  olhando  para o irmão mais velho.  – Tenho pena  da   mulher que vai ter  que se casar  com um  idiota como você!  -   Belinda  diz sem se controlar.

Ela  só  sentiu uma ardência no lado esquerdo do rosto.   Ela  olhou  incrédula  para o irmão   mais velho.  Durante toda a  infância, os dois  tiveram  um  relação conturbada.   Principalmente, por que no começo Joffrey era  o centro das atenções e quando Belinda  chegou os  olhos de todos se  voltaram  para ela.   Ela  era  a princesa exemplar querida pelo povo e pelos seus  pais e  ele o príncipe herdeiro e cruel,  como Belinda    gostava de chama-lo. 

Joffrey passou a  infância tentando judiar  e  humilhar  a  sua irmã seja  pegando suas  bonecas de pano ou  sumindo  com seus  pincéis. Isso quando ele   não resolvia querer  dar  petelecos e beliscões nela, mas  sempre   que fazia  ou  tentava fazer isso, Belinda  contava Robert e o garoto apanhava e  era castigado. Então, ele se contentou  por um bom tempo em somente  discutir    com ela, mas aquele  tapa  foi uma  evolução grande na  relação deles dois.

Belinda  pulou  em cima de Joffrey arranhando seu rosto com todas  sua  força. Ela  também deu  dois tapas  um que cada lado  de seu rosto.  Mas  ela  não se  contentou e começou a  tentar  soca-lo, só que Joffrey a empurra para longe.  Os dois se ergueram e  Belinda que estava   furiosa  se  pôs  na frente  do irmão.

— Nunca  mais! Nunca  mais! -   Belinda  diz  gritando e  com o dedo em riste.   -   Ouse  encostar  um dedo em mim ou eu vou fazer você  pagar  caro, seu  verme!  -   Ela  disse   já vermelha  por  causa da raiva desmedida que sentia.

Belinda saiu dali o mais rápido que ela  pode. Ela  não sentia  fome  alguma  e por isso  resolveu andar  pelo lado de fora da  casa.  A  mesma passou  pelo  local onde  os filhos   do Lorde Stark treinavam.   Belinda  não parou por ali, ela queria  um pouco de  paz e por isso foi se esconder  novamente  nos  estábulos. 

Ela  se  sentou em um  tronco de madeira que estava ali e  não aguentou segurar  aquela  tristeza  sufocante dentro  dela.  Ela   baixou sua   cabeça  e começou a  chorar, tentando  não fazer muito barulho, pois  não queria que ninguém soubesse.

Belinda  não sentiu sua presença e  nem o ouviu chegar. Ela só sentiu   uma  mão acariciar  seus  cabelos.  Então   jovem princesa  ergueu o olhar  e  corou de vergonha quando viu que era Robb.   Ela   estava  embaraçada  por Robb ter visto ela  chorando.   Robb se  sentou ao seu lado,visivelmente preocupado.

—  Aconteceu alguma, minha  princesa?  -  Foi o que ele  perguntou.

—  Não, meu lorde . Nada aconteceu. -  Ela  tentou disfarçar.

— Alguém  está  lhe chateando?  -  Robb  indagou ignorando o que Belinda  havia acabado de falar.

Belinda deu um longo suspiro.  – Robb  não é nada   que se   deve ser mencionado, foi insignificante!  -  A   jovem disse  desviando seu olhar do rapaz ruivo, mas Robb não de deu por  vencido.

— Se fosse  algo tão insignificante, você  não estaria chorando, princesa. -  Robb  apontou o óbvio e  Belinda se encontrou sem desculpas  para  dar ao rapaz, então  ficou calada, encarando o chão.

Robb  segurou  o queixo  de Belinda   delicadamente  e  virou seu rosto em  sua direção. Belinda  pode  ver quando o belo rosto do rapaz adquiriu  um misto de surpresa e raiva. Robb   viu  sua   bochecha  ainda marcada pelo tapa que ela recebeu  mais cedo.

— Quem fez isso com você?!  -   Robb  diz  tão  bravo, que  chegou até a  assustar  Belinda.  Ao perceber isso, Robb procurou se  suavizar  para  não assustar a  moça. -  Desculpe.  – Ele  pediu envergonhado.

— Tudo bem.  -  Belinda  diz mais  calma.

— Mas, quem  fez  isso com você?  - Robb tornou a perguntar.

Belinda  mordeu o lábio  inferior , em um  ato de nervosismo e dúvida  se devia contar  ou não, mas o que ela  não  sabia  era  o quão sensual  Robb achou quando a  viu fazer esse simples gesto.

— Foi meu irmão Joffrey.  –Ela respondeu por fim.

Robb  então fechou  a cara, desde o  momento que viu o loiro esnobe, soube  que ele  não era grande coisa apesar de ser o príncipe  herdeiro  e ele  odiava  a  devoção que sua  irmã  tinha por ele.  Ele acariciou suavemente o lugar em que estava marcado  e  ali naquele  estábulo fez uma  promessa que  mudaria   bastante  coisa no futuro.

—  Eu prometo a você Belinda, que quando for  minha senhora eu  nunca deixarei  ninguém te ofender ou machucar.  -  Robb    prometeu olhando Belinda  no fundo de seus olhos.

Os dois  puderam sentir  um vinculo sendo formado. Eles  não souberam se era  um  vinculo de amizade,fraternal  ou   amor. O que os  dois sentiram foram que essa promessa  os  uniu de certa  forma.

Belinda   não soube que palavras  usar para expressar  sua gratidão e deleite com a promessa de Robb.   Ela  sempre vivia  dizendo a seu pai que  jamais  se casaria  com Robb e que  não poderia  ser feliz  com ele, mas  uma  nova  esperança nasceu em seu peito. A esperança que  ela poderia  ser  feliz sim ao lado de  Robb.    Como  forma  de  agradecer ela   se aproximou lentamente  de  Robb e  uniu seus  lábios  com os dele.