Belinda abriu seus  olhos  lentamente e   se espreguiço naquela deliciosa  cama. Quando ela por fim levantou.  Ela caminhou  até a entrada da tenda, espiando  o lado de fora.  Havia se passado uma semana desde que chegou no acampamento de  Renly e  também  uma semana que enviou   a carta a Robb.     E ao julgar pela demora, Belinda sabia que ele  havia se aborrecido com ela  ou pior  a trocado por  outra.

Ele  não podia fazer isso. Não depois de tudo  o que ela passou para chegar até ele.   Ela   conversaria  com seu tio  o convenceria a dar sua  mão a Robb novamente e dessa  vez  seu casamento  com o mesmo poderia também dar  início  a  uma  poderosa aliança.

 Ela começaria a  falar com seu tio, assim que   chegasse a resposta de  Robb. Afinal de contas, era apenas isso que ela queria.    Belinda chamou uma de suas aias e começou a distribuir  ordens.   A princesa  pediu por  um banho  e que lhe arrumassem roupas limpas.   Em breve, ela tomaria  o café   com seu tio e sua esposa Margaery Tyrell.

(...)

Ela  observava   a pratica  a sua frente.     Belinda  olhava  a  justa sua frente animada.   Aquele cavalheiro que lutava era  um dos melhores que ela  já viu.    Nos  últimos  dias, quase nada  a deixava feliz e entretida  por mais de  alguns  minutos.    Mas, aquilo era diferente.  Ela adorava ver as lutas e  seu desejo secreto era   um dia poder pegar uma espada.

Quando a  luta terminou o guerreiro tirou  o elmo e revelou  na verdade uma mulher para a surpresa  de  Belinda que  nunca  havia visto uma  mulher lutar. Aquilo só serviu para aumentar seu desejo oculto de lutar uma vez na vida.    Ela observou animada  Brienne de Tarth pedir  um lugar na guarda.   Belinda  não podia conter sua animação repentina, ela certamente iria pedir  para  Brienne  lhe ensinar a lutar.

Contudo, algo roubou  sua atenção totalmente.   Ela  não pode acreditar em que ela viu.      Sua primeira reação foi rir e depois ela  se levantou  ainda  não acreditando que via Catelyn Stark.  Ela se levantou e   foi  até a   mulher de cabelos vermelhos.

—  Lady Catelyn!    -    Disse ainda surpresa.

— Belinda  você está  viva!  -    A  Stark diz  igualmente  surpresa. 

— Eu  não entendo, eu mandei uma carta para  Robb! Vocês  já deviam saber que eu estava  viva.  -  Belinda  diz abraçando a  mulher por instinto.   – Desculpe! – Ela  pediu se afastando.

— Pelo  o que?  -  Catelyn parecia confusa.

—  A  essa altura  você deve  me odiar  depois do que os Lannister  fizeram!    -  A  jovem olhou para  o chão envergonhada.    -   Lorde  Stark  foi um  bom  homem e ele  não merecia nada daquilo.   Meu irmão bastardo devia  pagar pelo  o que fez!

— Querida você não teve culpa, alguma.    -  Ela disse suavemente.    – Você só nasceu  no meio de  uma  cova de  leões.   Eu não  te culpo por nada.

—    Havia pessoas  lá que   amavam Lorde  Stark e também haviam pessoas que  queriam deixa-lo vivo.   -  Belinda   disse.  -  Eu tentei  fazer minha  mãe  conversar com Joffrey, mas aquele  monstro  só faz  o que ele quer.  

—    Eu agradeço pelo seu esforço.    -   Catelyn sorriu.

—   Eu posso falar com a senhora  mais tarde?  -   Ela perguntou. - Pois suponho que  não veio por  mim.  -  Belinda diz.

— Eu vim falar com seu tio  em nome de Robb.    -    A  mulher  explicou.

Belinda  não pode deixar  de sorrir  quando  viu ouviu   o  nome dele.  O que  não passou  despercebido por  Catelyn.     Belinda saiu do caminho e observou  a  Stark se afastar.

(...)

—   Por que  forjou   a própria  morte?  -   Catelyn questionou.

—    Meu tio me queria   com  ele, por eu ser  uma  Baratheon legítima.    Ele  disse  mesmo que  o povo  não quisessem aceita-lo, poderia atuar como rei Regente, governando em meu lugar.  Bem, isso ele me contou quando cheguei aqui.    -  Belinda  começou a falar.   -    Então  um amigo meu e mais dois guardas se  infiltraram no castelo e   me  “raptaram”.  Me colocaram desacordada em um  baú e  fomos de carroça  até  uma fazenda.   -  Belinda fez uma  pausa  para beber seu chá.  -   Lá eles pegaram minhas  vestes e colocaram  em  um  prostituta  morta,  depois   cobriram tudo  lá com  sangue e queimaram tudo. Deixaram minha coroa para trás como prova  e depois  começamos a viajar para cá.   -  Ela   finalizou.

— Você foi corajosa por ter passado por isso tudo.   -     A  Stark a elogiou.

— Eu não fiz isso só pela guerra ou pelo meu  tio.    Fiz isso principalmente por Robb.   – Belinda suspira.  – Sei que provavelmente ele  possa estar prometido a  outra, mas   eu  o amo  com todo o meu ser e sou capaz  de fazer qualquer coisa por ele.  -  A  jovem  diz  e   Catelyn pode ver a sinceridade nos olhos dela.

—Eu sei. Li a carta que mandou  para ele.   -   Respondeu.   -   Você  é  uma Baratheon! Uma  Baratheon e  eu  gostaria de te receber em minha família. 

—  Mesmo, eu sendo  também uma Lannister?   -   Indagou  Belinda.

— Você é  uma Baratheon, olhe só para  você é  mais  Baratheon que seus  irmãos.    -    Lady  Stark   sorriu.   – Isso é por que eles  são bastardos que vieram  do incesto,  muito diferente de você. 

—  Eu posso ir com você?   - Belinda perguntou.

— Se seu tio permitir.    -   Ela concordou.

—    Por que Robb  não respondeu minha carta?   -   Belinda quis saber.

—  As coisas estão corridas, afinal é de  uma  guerra que estamos falando.  Pode ser que ele  não tenha tido tempo para ler ou ainda nem ter chegado a ele, já que ele sai muito para enfrentar as tropas inimigas.   -  Catelyn  explicou a  garota.

Belinda   olhou a  mulher com compreensão.   – Entendo.    Você pode pedir ao meu tio para me levar para ver  Robb?   -    Belinda  olhou a  outra  com os  olhos pidões.

— Claro.

(...)

Belinda correu para  a tenda do tio, quando soube  que  Lady Stark estava falando com  o mesmo.  A menina estava ansiosa para  saber se seu tio    havia deixado.      Ela entrou   na tenda no exato momento, que tudo aconteceu.   Ela  viu  a sombra de  um homem matar seu tio.  Ela gritou ao ver o corpo sem vida do mesmo.

Mais uma vez perdia  alguém de sua família que amava.     O que seria  de sua casa agora?  Ela só tinha  seu outro tio Stannis,ela quase  não teve contato com o mesmo e pelo  que diziam  Stannis era um homem  chato e  seu próprio  pai dizia  coisas  negativas  a seu respeito.

Ela caiu em prantos e se arrastou  até  o corpo de seu tio em lágrimas.   Ela sentiu  alguém a segurar pelos  ombros e se virou para ver Edmund.

— Temos que ir agora!     -  Edmund  disse a amiga.

—Se quiser  comigo,  te levarei a Robb, mas se quiser ficar estará  na  mão de  Stannis.   -  Catelyn diz com pressa.

—  Edmund, eu preciso ir com elas.   -   Belinda diz ao  amigo.  

— Eu sei e eu vou  junto.   – Edmund  sorri para   a mesma.  – Não sai  de casa para me  unir a   esse  Stannis que eu  nem conheço  e   não considero nada.   

Os  quatro fugiram rapidamente do acampamento e    nesse dia Belinda soube realmente  que em tempos de  guerra vale de tudo. Inclusive matar  a  própria família, pois parte dela sabia que   aquilo  era obra  de  Stannis.