Like a Vampire escrita por NicNight


Capítulo 7
Capítulo 7- A pior descoberta


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥
Não se esqueçam de comentar, críticas construtivas são bem vindas



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Narração Victoria

Quando acordei, ao infeliz e horrível som do meu despertador, olhei ao redor do quarto e não vi nada mais que armários cheios de xícaras e um brilho lunar sendo a única luz presente no quarto, onde o também infeliz do meu noivo não estava.

—Que merda de horas são?- suspirei sozinha, enquanto esfregava meus olhos e pegava meu celular para olhar as horas- Duas da madrugada? Está brincando...

—Senhorita Victoria, acorde ou se não vai se atrasar para a escola- Ouvi a voz de Reijii, que estava parado na porta do quarto, provavelmente me repreendendo mentalmente pela minha forma delicada de acordar.

—Escola? Ás duas da manhã? Está brincando com a minha cara?- Eu disse, pegando uma gominha e amarrando meu cabelo no coque mais mal-feito já visto na eternidade.

—Se quiser ficar aqui, pode ficar, não me responsabilizo por você não passar no vestibular de Jornalismo- Ele ajeitou os óculos

Eu logo ia dizendo que preferia ficar aqui dormindo, mas resolvi não retrucar e somente levantei, irritada.

É tipo aqueles momentos em que a professora fala ‘’Quem quiser sair da sala, a porta está aberta’’ e você fica morrendo de vontade de ir só que não vai por amor-próprio, sabe?

Depois de cerca de uma hora no banheiro tentando ajeitar aquilo que as pessoas costumam chamar de cara, vesti meu novo uniforme(que, muito ao meu gosto, era curto e justo) E me olhei no espelho, antes de suspirar levemente.

Aquela então seria nossa nova vida... Finalmente eu e minhas irmãs havíamos nos reencontrado. Havíamos crescido,amadurecido, estávamos tão diferentes...Nessa nova casa,com essas novas pessoas, indo pra uma nova escola...

Está tudo quase tão normal que sinto que alguma coisa ruim vai acontecer. Afinal, nada na vida das Herbert é comum.

Desci as escadas correndo quando notei que se eu atrasasse mais alguns minutos, teria que ouvir Reijii gritando sobre o fato de eu ser extremamente preguiçosa. E pior: Seria obrigada a ouvir Sofie gritando.

Digamos que Sarah me contou que Sofie furiosa não é a coisa mais fofa de se ver.

—Olha só,A Bela Adormecida finalmente acordou- Marie disse, erguendo os braços como se dissesse ‘’aleluia’’ quando me viu.

—Primeiramente: Não estava dormindo, e sim arrumando o lixo que estava o meu rosto e o ninho que estava meu cabelo. Segundamente: Eu não acordei com um beijo de um príncipe encantado,mas sim com uma música horrível que é o meu despertador.- Resmunguei.

—Até porque esses meninos aqui estão mais pra sapos do que pra príncipes encantados- Lua disse, rindo levemente. Mas parou quando viu a cara dos meninos se fechar.

—Lógico, príncipes encantados não existem. Dã- Sofie disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e Nikki concordou com a cabeça.

Então aqui estamos, as duas garotas mais frias do planeta terra resolveram ficar juntas toda hora. Eu sinceramente mereço.

—Não seja tão rude, Sofie. Existem sim, a gente só não encontrou eles ainda- Sarah disse, com o sorriso sonhador e romântico de sempre.

Eu REALMENTE mereço.

—Oy, Seu bando de chichinasi! Parem de falar essas babaquices como se nós não estivéssemos aqui.- Ayato reclamou, recebendo um olhar de fuzil(Já muito feito naquela casa) de todas nós, exceto Sofie, talvez ela já tenha se acostumado.

—Nfufu, Ayato-kun, não atrapalhe a conversa sobre amor delas- Laito disse, com o sorriso pervertido que eu não agüentava mais  estampado no rosto.

—E o que diabos você sabe sobre amor, pervertido? Pra você amor é só comer uma menina, deixar ela na cama e já está de ótimo tamanho?-Nikki disse, revirando os olhos vermelhos rebeldes.

—NIKKI!- Marie gritou, corando levemente.- POR FAVOR, OLHE SUA LÍNGUA.

Eu já ia falar que Marie dizia coisas muito piores do que ‘’comer uma menina’’, assim como eu. Mas vendo que aquilo só iria dar em Marie brava comigo pela quinta vez na semana(Longa história) , eu desisti na hora.

—A GENTE PODE IR LOGO PRA ESCOLA?- Subaru gritou, quase me deixando sem tímpanos.

—Verdade...isso é tão problemático.- Shu disse, numa voz tão baixa que diferente de seu irmão mais novo, quase não deu pra ouvir.

—Sim...Teddy está ficando cansado- Kanato falou, olhando com seus grandes e aterrorizantes para o urso(Que eu imaginava ser um pirata, já que usava um tapa-olho e esse tipo de coisa)

—Ok, Senhoritas Herbert, entrem no carro- Reijii falou, abrindo a porta. Coisa que fez com que eu e minhas irmãs passássemos por lá rapidamente.

Meus olhos chegaram a brilhar quando entrei no ‘’carro’’ e digo isso entre aspas porque era uma limousine.

Não posso dizer que era a coisa mais confortável do mundo eu estar espremida entre Kanato e Nikki, mas pelo menos era o que tínhamos pra aquele dia.

Talvez aquela nova escola não seja tão ruim...

Quando chegamos na escola, eu agradeci aos céus por não termos sido notadas pelas pessoas do corredor.

Normalmente eu gostava de ser uma aluna nova, pois daquela forma eu podia desfilar pelos corredores tendo a certeza de que todos veriam a minha forma mais externa possível: Victoria Herbert, a garota mais popular e uma das mais desejadas possível. Uma daquelas garotas que podia ter o coração mais bondoso e sincero do mundo e um sorriso lindo, mas que o olhar era capaz de quebrar um coração.

Acreditem se puder, isso foi trecho de um jornal escolar publicado sobre mim no primeiro ano do ensino médio.

Para todas as pessoas que passavam,Lua, Sarah e eu tentávamos dar o sorriso mais amigável possível, já que Marie não estava com um sorriso muito verdadeiro e Sofie e Nikki estavam ocupadas bufando e resmungando atrás de todas nós.

Reclamonas...

Porém meu coração deu um salto quando uma mão puxou Sofie para trás.

Era um garoto: Alto, cabelos castanhos e olhos negros, uma cicatriz no lábio inferior e uma camiseta escolar que mostravam uma parte de seus braços musculosos. A aparência do rapaz era tão atraente que quase me atrevi a dizer que amaria estar no lugar de Sofie. Mas pelo bem da minha vida, fiquei quieta mais uma vez.

Odeio não poder falar o que eu penso nessa minha ‘’nova vida’’

—Hey, garota, qual seu nome?-Ele disse, sorrindo de orelha a orelha.

—Eh...Sofie.Sofie Herbert-Sofie já não parecia tão feliz assim.

—Belo nome. Assim como a dona dele- A cara de pau do garoto quase me fez rir, principalmente pela reação de Sofie ao cara estar dando em cima dela nem um pouco discretamente- Sou Joey, gostaria de sair comigo?

—É sério que você está me pedindo pra sair com você me conhecendo á tipo... um minuto?- Foi a única coisa que saiu da boca de Sofie, que estava tão em choque quanto todas nós.

—É o que dizem de amor a primeira vista, gata.- Ele deu uma piscadela pra ela.- Enfim, aqui está meu número, caso você decida ser menos difícil.- Ele entregou um pequeno papel pra garota.

Sofie segurou o papel com um número escrito com a cara mais chocada da face da terra quando o tal Joey começou a se afastar.

—Até logo, Sofie-chan!- Ele deu outra piscadela.

—Eu não acredito nisso!- Lua disse, dando uma risada longa, junto com um sorriso mais discreto de todas nós.

—Como sempre, Sofie arrasando corações onde quer que passe.-Sarah brincou.

—Cale a boca, Sarah- Sofie disse, e depois não demorou muito tempo para que as gêmeas se dirigissem a sala do segundo ano, Nikki e Lua pra sala do primeiro ano e eu com Marie para a última sala: a do terceiro ano
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—Marie, espera um segundo- eu disse, mexendo na minha bolsa descontroladamente- Eu esqueci meu celular na sala de economia doméstica, eu posso ir lá buscar ele?

—Claro, Vic!- A loira deu uma risada que me relaxou completamente-Só seja rápida, não quero Reijii reclamando sobre nosso atraso pra ir embora logo no primeiro dia de aula.

Eu concordei com a cabeça e saí em disparada para os corredores.

Aquela escola era muito diferente da minha antiga: Era maior, com mais andares e conseqüentemente, mais escadas para subir. A sala de economia doméstica, por exemplo, era no último andar. O que me dava um certo cansaço quando eu subia e descia as escadas( e quase caía várias vezes, devo dizer)

Chegando na frente da sala, depois de acalmar minha respiração ofegante e meu coração acelerado, percebi que a sala estava fechada. Uma vergonha delicada me invadiu só com o pensamento de alguém estar lá e de eu acabar atrapalhando alguma coisa, por isso resolvi olhar pela fechadura(Que muito ao meu gosto, era grande) para ver se alguém estava lá.

O que eu vi foi uma garota de cabelos castanhos curtos presa entre uma mesa e um garoto de cabelos vermelhos. Ou popularmente conhecidos como Sofie Herbert, minha irmã e Ayato Sakamaki, seu noivo.

—Você estava dando em cima de outro cara... Merece uma punição- A voz de Ayato não era a irritada-brincalhona de sempre. Era mais assustadora, sádica e...mortal.

—E-eu não fiz nada.- Meu susto foi maior quando ouvi a voz de Sofie gaguejar, algo que Ayato está fazendo estava deixando-a desconfortável, ou pior... com medo.- Ele estava dando em cima de mim, eu só respondi qual era meu nome... Então por favor, pare, está me deixando com medo...

Seja lá o que aquele garoto esteja fazendo, eu tenho que proteger a minha irmã!

Então... por que as minhas pernas estão tremendo tanto e imóveis quando dentro da minha mente eu estou corajosa?

—Tch, cale a boca, Chichinasi. Você é de Ore-sama e SOMENTE de Ore-sama. Se eu não posso te ter, ninguém pode- Dito isso, ele colocou seu rosto na área do pescoço de Sofie.

De começo eu não entendi, mas quando vi Sofie fazendo expressões de dores e choramingando um pouco( Na face mais sensível e delicada que nós poderíamos ver em toda a vida dela) E poucas gotas de sangue escorrendo pelo seu uniforme, uma lâmpada se acendeu em cima de minha cabeça.

Ayato então girou em torno de Sofie, então eu pude ver

Duas pequenas presas saindo de sua boca,manchadas de sangue. O mesmo sangue no pescoço de Sofie.

E então minha ficha caiu.

Eu... nós estávamos vivendo com vampiros.

Esse era o nosso problema.


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