Uma Senhora Para Pemberley escrita por AustenGirl


Capítulo 32
Enfim Sós


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente… como estão? Espero que bem…
Enfim chegamos ao último capítulo dessa fic.

Eu estou com o coração apertado, não vou negar… mas ao mesmo tempo estou feliz por estar terminando mais essa fic.

Não vou me delongar muito aqui, mas espero honestamente que gostem ❤️

Boa leitura!



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Uma brisa e fria entrava pela janela entreaberta do quarto fazendo com que Elizabeth ficasse arrepiada.

Seria um eufemismo dizer que ela estava ansiosa, afinal ela estava as portas a ter sua noite de núpcias com seu marido e sua ansiedade e nervosismo estavam quase lhe causando vertigem.

Elizabeth estava prestes a pisar em um solo completamente novo para ela, e isso a deixava assustada. Para quem estava acostumada a estar sempre um passo à frente em tudo, estar um passo atrás era assustador.

Para se acalmar um pouco ela foi até a mesinha que havia do lado da cama e sorveu um gole de vinho que já estava servido. No trajeto de volta ela passou pelo espelho e parou na frente dele observando o próprio reflexo.

Ela ainda trajava o vestido de noiva e olhando para o espelho Elizabeth começou a retirá-lo para vestir a camisola de cetim que estava  sobre a cama. Enquanto fazia isso ela repassava em sua mente cada detalhe da cerimônia.

Tudo havia sido perfeito, exatamente como ela sonhara, porém quando colocou o vestido sobre a cama, ela sentiu seu coração apertar e um sentimento de vazio invadiu o seu peito.

Ela lembrou-se de um detalhe que até aquele momento ela tinha lutado para afastar de seus pensamentos. Seu sonho não estava completo, pois ela entrou sozinha na igreja. Seu pai não estava junto com ela para entregá-la ao seu marido.

Ao lembrar disso, lágrimas vieram aos seus olhos e ela deixou que elas caíssem livres pelo seu rosto. Neste mesmo instante, alguém bateu à porta do quarto e Elizabeth tratou de enxugar as lágrimas o mais rápido que pôde. Certamente era o senhor Darcy.

— Pode entrar. — Falou ela depois de pigarrear para disfarçar o tom de voz e ele entrou.

Ao passar pela porta ele ficou estático por alguns instantes e admirou a bela forma de Elizabeth que trajava uma camisola de cetim. Ela era longa e discreta, mas revelava muito mais que os vestidos costumavam revelar.

O senhor Darcy carregava consigo um pequeno castiçal com duas velas e de onde estava não conseguia enxergar bem o rosto dela devido a penumbra do ambiente, mas conforme se aproximou de Elizabeth ele percebeu que os olhos dela estavam marejados.

— Estava chorando? — Perguntou ele com preocupação. — Está triste? Não me diga que está arrependida.

— De forma alguma. — Elizabeth interrompeu-o prontamente. — Por favor não duvide de meu amor. Se há algo que eu me arrependo em nossa história, é de tê-lo abandonado uma vez.

O senhor Darcy acreditava nas palavras dela, mas, ainda assim, podia notar que algo estava errado com sua esposa. Será que ela estava com medo?

— Então porque chorava? — Perguntou ele aproximando-se cuidadosamente. — Por favor se abra comigo. — Suplicou ele.

Elizabeth não queria deixar seu noivo preocupado ou estragar aquele momento que deveria ser apenas de felicidade, mas lembrou-se da promessa que tinha feito a ele, de que compartilharia com o senhor Darcy todas as suas angústias e preocupações.

— É que… — Começou ela e sentiu as lágrimas molharem seus olhos novamente. — Eu estava lembrando do meu pai.

Ele sabia que Elizabeth era muito apegada ao pai, então logicamente ela sentiria a falta dele, em especial naquele dia tão importante. O senhor Darcy sentiu-se um pouco tolo por não ter pensado nisso antes.

— O senhor estava certo quando me disse que a dor nunca passa. — Disse ela. —  O que eu mais queria era que ele tivesse entrado comigo na igreja, para que eu pudesse compartilhar com ele toda a minha felicidade. Queria que ele tivesse me dado algum conselho paterno, ou simplesmente, beijado minha testa dizendo que tudo ficaria bem.

O senhor Darcy sabia que não havia nenhuma palavra a ser dita para aliviar aquele sentimento, então ao vê-la tão vulnerável, ele apenas abraçou-a junto de si e deixou que ela chorasse recostada em seu peito.

Conforme as lágrimas fluíam, o aperto que ela sentia diminuiu gradativamente e ao recuperar a serenidade ela sentiu-se mal por ter transformado um momento que deveria ser somente de alegria em um momento melancólico.

Não queria que seu marido pensasse que ela estava infeliz ou algo assim.

— Me desculpe por isso. — Sussurrou ela. — Eu não quero que pense que estou triste, ou que estou insegura sobre minhas decisões… eu só… eu sinto muito a falta dele.

— Eu sei. Não há motivos para se explicar ou se desculpar. — Respondeu o senhor Darcy, afastando-se um pouco para olhar nos olhos de sua esposa. — Sempre que precisar chorar, chore. Eu não conseguirei impedir suas lágrimas caiam, mas estarei sempre aqui para enxugá-las.

— Obrigada! — Falou ela levando uma das mãos ao rosto dele, acariciando-o. — Obrigada por não desistir de me conquistar quando eu lhe disse não, obrigada por me amar e me aceitar de volta. Obrigada por me fazer ser uma pessoa melhor a cada dia. — Disse ela olhando nos olhos dele.

O senhor Darcy emocionou-se com as palavras dela e como resposta selou seus lábios em um beijo carinhoso e singelo, mas quando o beijo começou a ficar mais profundo ele se afastou um pouco dela para poder falar.

— Se não quiser, não precisamos fazer nada hoje… Podemos apenas ficar juntos essa noite. — Disse ele, pois embora ele a desejasse, não queria que ela se entregasse a ele por um senso de dever.

Elizabeth sorriu com a sugestão dele. Como ele conseguia ser tão perfeito? Pensou ela enquanto ele delicadamente secava seu rosto.

Ela se recordou de que ele foi a primeira pessoa que a amparou quando ela recebeu a notícia sobre seu pai, e provavelmente foi naquele instante que a percepção que ela tinha sobre o senhor Darcy começou a mudar.

Obviamente ela não sabia na época, mas aquele momento triste desencadeou em vários outros e entre as perdas e ganhos que ela havia tido naquele percurso, o amor do senhor Darcy com certeza era sua maior conquista.

O senhor Darcy despertava nela a sua melhor versão e ela sabia que a recíproca era verdadeira, pois ambos amadureceram muito na companhia um do outro.

De certo modo, eles já haviam se entregado um ao outro, não de corpo, mas de alma e coração quando venceram o próprio orgulho e os preconceitos que ainda eram vigentes na maior parte da sociedade para viver aquele amor.

Pensar nisso a fez ter ainda mais certeza de que o amor deles deveria ser consumado por completo naquela noite.

— Mas eu quero. — Ela disse com confiança olhando nos olhos dele. — Eu estou pronta.

— Tem certeza? — Ele perguntou novamente.

— Absoluta. — Disse ela e para enfatizar sua resposta beijou os lábios dele.

Começou com um beijo calmo e cuidadoso. Nenhum de dois tinha pressa, e era como se estivessem descobrindo um ao outro.

Era um beijo diferente de todos ou outros que haviam compartilhado pois agora não havia mais comedimento ou o medo de serem descobertos por alguém. Não haviam mais restrições e o receio de ultrapassar algum limite. Naquele quarto eles podiam ser eles mesmos, sem nenhum receio.

O senhor Darcy compreendia que aquela era a primeira vez que Elizabeth estaria com um homem, então faria o que estivesse ao seu alcance para que aquela noite fosse inesquecível para ela. Ele vagarosamente ergueu sua mão até que seus dedos pudessem tocar o rosto de Elizabeth. Ela sentiu um arrepio gostoso quando sentiu a mão quente dele em seu rosto frio.

Elizabeth sentia como se estivesse nas nuvens. Era como se o universo se limitasse a apenas aos dois e não houvesse mais nada além deles. Tudo era abstrato, comparado a materialidade e realidade do que eles sentiam um pelo outro

.Embora ela ainda tivesse seus receios e ansiedade, eles foram aos poucos suplantados pelo desejo e a paixão que a acometiam naquele momento.

As mãos do senhor Darcy a seguravam-na firmemente pela cintura, deixando-a bem próximo a ele. Continuavam com aquele ritmo frenético até que em um certo momento ele tocou no ombro dela e esse movimento fez com que a alça da camisola caísse.

Sem pensar muito ele tocou naquela pequena parte de pele exposta e a beijou provocando um arrepio em sua esposa.

Quando ele parou ela beijou os lábios dele e então começou a andar de costas, puxando-o pela gola da camisa, conduzindo-os em direção a cama. O senhor Darcy ficou um pouco surpreso por aquela iniciativa, mas depois percebeu que não havia motivos para surpreender-se. Já deveria ter se acostumado com a intensidade dela. Elizabeth sempre fora uma mulher impetuosa, e naquele momento tão sublime não havia motivos para ser diferente.

Em nenhum momento eles quebraram o beijo, pois nenhum dos dois queria que aquele momento se perdesse.

Eles já estavam sobre a cama e continuaram beijando-se sofregamente. Ele estava sobre ela, e desceu uma das mãos pela perna dela até tocar na barra de sua camisola e até fez menção em tirá-la, mas não o fez. Teve receio que ela não aprovasse aquela atitude. No entanto, para encorajá-lo a continuar Elizabeth tomou a iniciativa de afastar-se e tirou sua própria camisola.

O senhor Darcy estava hipnotizado pela visão que Elizabeth lhe proporcionava. Por alguns segundos ele ficou apenas a olhando e isso deixou-a envergonhada.

Instintivamente ela se encolheu e olhou para baixo tentando esconder um pouco o seu corpo, mas ele impediu que ela fizesse isso.

— Não se esconda. Você é linda! — Afirmou ele e segurou os braços dela com delicadeza para que ela não se escondesse.

O senhor Darcy continuou olhando-a e um sorriso radiante brotou nos lábios dele. Ele colocou as mãos no seu rosto e a fez olhar para ele. Quando ela o olhou quase se perdeu naquele olhar. Um olhar repleto de admiração, que era capaz de enxergá-la como um todo.

Elizabeth voltou a beijá-lo e logo estavam deitados novamente. Ele desceu os beijos para o pescoço dela e ela sentia que cada beijo, cada carícia, a levava mais perto do paraíso. Elizabeth sentia-se no limite entre a loucura e a sanidade e os poucos o restante das roupas foram saindo de seus corpos e eles não eram mais duas pessoas. Eles se tornaram um só.

O senhor e a senhora Darcy se entregaram aquele momento e simplesmente pararam de pensar, deixando que as sensações que seus corpos proporcionavam um ao outro fossem capazes de traduzir o amor ardente que havia entre eles.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?

Daqui a pouco mais postarei o epílogo.

Aguardo vocês nos comentários!



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