Uma Senhora Para Pemberley escrita por AustenGirl


Capítulo 10
Um Grande Dia


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde Gente linda! Tudo bem com vcs? Espero que sim.

Primeiramente desculpa pelo pequeno atraso, essa semana estive um pouco sem tempo e inspiração, mas ainda bem que ontem consegui escrever, e hoje revisei :)

Muito obrigado pelos comentários e favoritos. É por causa de vcs que tenho motivação para continuar.

Desejo uma boa leitura para vocês e nos vemos nas notas finais. ♥



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O dia de Elizabeth com certeza seria atarefado.

Ao acordar pela manhã ela já fazia uma lista mental de tudo o que precisava fazer. Inclusive lembrou-se que na função de conversar com Maggie, ela esqueceu de avisar sua tia que teriam visitas para o jantar.

Quando ela avisou que o senhor Darcy e Georgiana viriam, a senhora Gardiner não escondeu sua preocupação. Imediatamente foi até a dispensa ver o que tinham e Elizabeth a acompanhou.

— Lizzy, deveria ter me avisado ontem que havia convidado o senhor e a senhorita Darcy para jantar! - A senhora Gardiner constatou enquanto mentalmente imaginava um cardápio para a noite. - Assim teríamos ido a feira e comprado alguns legumes frescos. Olhe estas alfaces! Então mais murchas que um maracujá-de-gaveta! - Falou ela e Elizabeth riu, mas também estava preocupada.

Ela não era do tipo que se preocupava muito com as opiniões dos outros, mas de forma alguma ela queria servir alfaces murchas para o seu noivo e sua futura cunhada. Seria muita falta de consideração.

— Tia calma... - Falou ela e a senhora Gardiner a olhou. - Maggie e eu vamos sair hoje a tarde. Posso passar na feira. - Completou Elizabeth depois de pensar um pouco.

— Tem certeza que dará tempo para tudo? - Perguntou a Senhora Gardiner.

— Sim... - Afirmou Elizabeth. - Nós vamos sair cedo, e voltamos cedo, assim posso ajudar no jantar. - Falou ela e a senhora Gardiner não teve outra opção a não ser concordar.

A manhã passou rapidamente, e Elizabeth ocupou-se ajudando a escolher um cardápio para a janta e a preparar algumas receitas com o que tinham disponível.

Quando ela estava em Longbourn ela raramente participava da preparação das refeições. Sua mãe dizia que suas filhas não seriam criadas para ficar esquentando barriga no fogão e sim para arranjar um bom casamento. Sendo assim ela e suas irmãs ajudavam mais na organização de algumas partes da casa e dos seus próprios quartos.

Agora que estava na casa dos tios, a rotina era completamente diferente. Ela gostava pois tinha muitas coisas com as quais se ocupar, porém reconhecia que a vida de dona de casa era cansativa.

Depois do almoço, ela não tardou em cumprir a promessa que tinha feito a Margareth, e foi ajudar a menina a se arrumar para sair.

— Onde gostaria de ir? - Perguntou Elizabeth enquanto amarrava um laço no cabelo da menina.

— Pode ser no balneário... - Sugeriu Margareth um tanto pensativa.

— Não acha que está um pouco frio para irmos ao balneário? - Elizabeth questionou e então foi arrumar o seu próprio vestido para sair.

— É... Um pouquinho frio. - Concordou Margareth balançando a cabeça afirmativamente. - Mas eu não vou entrar na água. Só caminhar. Eu nem sei nadar. - Argumentou ela com um jeito inocente.

— Se vamos caminhar, acho o Hyde Park uma opção melhor. - Disse Elizabeth lhe sorrindo e a menina deu de ombros. Ela preferia o balneário, mas para ela não tinha importância que fossem a outro lugar, desde que fizessem algum passeio.

Terminaram de se arrumar, e Margareth estava radiante por finalmente fazer um passeio com Elizabeth. A carruagem do senhor Gardiner as levaria, então logo chegaram ao seu destino.

Para um sábado até que o parque  estava relativamente vazio. Poderiam contar nos dedos a quantidade de pessoas que estavam na trilha em que as duas entraram. Talvez fosse por causa do horário, já que ainda era no início da tarde.

— Vamos para perto do lago? - Margareth perguntou e Elizabeth concordou.

As duas foram até o Serpentine e Margareth sorriu ao ver o grande rio. A menina foi até perto da beira começou a recolher pedrinhas no chão e jogar no rio. A menina ria achando muito divertida a sua brincadeira. Elizabeth não compreendia bem o que havia de tão divertido em jogar pedrinhas em um rio, mas gostou de ver a menina tão alegre.

— Por que não tenta? - Margareth perguntou olhando para sua prima. - É divertido! - Garantiu ela e Elizabeth acabou concordando.

Pegou um punhado de pedrinhas e aproximou-se da menina.

— Vamos ver quem consegue jogar mais longe? - Propôs Maggie com um sorriso animado e Elizabeth aceitou.

— Tudo bem. Eu começo! - Disse ela e então lançou sua pedra.

— Foi fraco! - Maggie disse e então tomou impulso para jogar a sua pedra.

A pedrinha dela foi mais longe que a de Elizabeth e a garotinha vibrou em comemoração. Elizabeth riu ao ver a animação de Margareth. A menina agia na maioria das vezes com tanta maturidade que as vezes nem parecia ter apenas oito anos, então era bom e revigorante para Elizabeth vê-la agindo como a criança que realmente era.

Fizeram um passeio divertido, ficaram um bom tempo brincando no lago. Margareth estava feliz por Elizabeth ter cumprido a promessa dela.

Antes de ir para casa elas passaram na feira e conforme havia prometido a sua tia, Elizabeth comprou legumes frescos para o jantar.

— Mamãe me falou que o senhor Darcy vai jantar conosco hoje. - Comentou Margareth enquanto segurava um dos pacotes de compras.

— E o que mais ela lhe falou? - Elizabeth indagou curiosa.

— Disse que eu não devo me intrometer nas conversas dos adultos e que a irmã dele vai também. - Disse a pequena dando de ombros.

— Ótimo. Quero que seja educada com eles!

— Eu sou uma moça educada! - Afirmou Margareth com convicção e era nessas horas que ela parecia ter mais idade.

— Eu sei que é. - Falou Elizabeth sorrindo e acariciando a cabeça da garotinha.

— A irmã dele é adulta? - Perguntou Margareth olhando para Elizabeth e com uma expressão de curiosidade.

— É um pouco mais velha que a Lydia. - Falou e a decepção de Margareth foi visível.

— Que pena! Eu queria que ela fosse criança. Para brincar comigo e com a Beth. - Explicou ela e Elizabeth riu. Margareth era mesmo uma graça.

Era meia tarde quando elas chegaram em casa. A garotinha começou a contar para a mãe sobre seu passeio e sua animação era quase palpável. Elizabeth sentia-se feliz por ter proporcionado uma tarde alegre para a menina. Agora ela teria que correr com os preparativos para o jantar e para se aprontar, no entanto, apesar do cansaço, ao ver o sorriso no rosto de Margareth, Elizabeth sentiu que aquele esforço valia muito a pena.

Ao chegar na cozinha, a criada e sua tia já estavam envolvidas e Elizabeth rapidamente juntou-se a elas para preparar o jantar.

Foi corrido e cansativo, mas elas conseguiram terminar a tempo e sorriram de alívio quando estava tudo pronto.

Enfim chegou o momento para ela se arrumar. Olhou em seu armário e não sabia qual dos vestidos escolher. Ficou alguns minutos indecisa até escolher um deles. Estava preocupada em estar bonita para aquela noite que seria uma das mais importantes de sua vida.

Depois de banhar-se e estar devidamente arrumada, ela foi para a sala esperar que as visitas chegassem.

(...)

O senhor Darcy e Georgiana foram pontuais ao chegarem para o jantar. Foram muito bem recebidos pela família Gardiner. Até mesmo Margareth, que mesmo sendo reticente com relação ao noivo de sua prima recebeu-os com muita cordialidade e educação, cumprindo com sua palavra a sua mãe.

Beth e os meninos estavam praticamente alheios a quem eram os dois visitantes, então trataram-lhes com a mesma educação como tratariam qualquer outra visita.

O noivo de Elizabeth não era muito acostumado a estar na companhia de crianças, pelo menos não com tantas ao mesmo tempo. A última criança com quem ele teve convivência foi Georgiana, que agora já tinha quase dezessete anos. No entanto, os filhos do casal Gardiner, pelo menos a primeira vista, pareciam ser crianças tranquilas.

Já Georgiana estava encantada com os pequenos. Trouxe consigo algumas sacolas, pois como sabia que haveriam crianças na casa, decidiu comprar presentes para eles. Deu duas bonecas para as meninas e um peão para cada um dos meninos. As crianças ficaram muito animadas com aqueles presentes e agradeceram várias vezes.

— Senhorita! - Disse a senhora Gardiner. - Não precisava se incomodar!

— Não foi nenhum incomodo. - Disse Georgiana animada. - Elizabeth comentou sobre as crianças no dia que fomos ao teatro. Eles são graciosos.

— Obrigado! - Falou a senhora Gardiner. - E ficam mais graciosos ainda quando dormem! - Sussurrou ela de brincadeira e todos riram.

Dentro de alguns minutos o jantar foi servido e via-se que havia sido preparado com esmero e dedicação. Estava delicioso, e melhor ainda que o jantar, eram as conversas agradáveis que eles estavam tendo durante a refeição.

Antes de chegar na casa do Gardiner, o senhor Darcy estava receoso e ansioso por saber como era aquela família.

Embora ele estivesse muito apaixonado por Elizabeth, essa paixão nunca o cegou com relação aos obstáculos que haveriam para a relação dos dois. Um desses obstáculos era a constante falta de propriedade que família Bennet por vezes demonstrara e o senhor Darcy teve a infelicidade de presenciar enquanto esteve no Hertfordshire.

No fundo ele temia que o casal Gardiner fosse como eles e que os assuntos entre eles seriam vazios e insípidos. Porém surpreendeu-se, pois foi exatamente o contrário. Ambos eram agradáveis e sabiam conversar sobre vários assuntos. Desde política a qualquer outra amenidade.

Ficou surpreso ao ter muitas coisas em comum com eles.

A senhora Gardiner inclusive revelou ser conterrânea deles, pois nasceu e cresceu no condado de Derbyshire.

— E como estão as coisas por lá? Não fui mais a Derbyshire desde que me casei! - Falou a senhora Gardiner com um tom nostálgico.

— Bom... O condado cresceu muito de uns tempos para cá! Tem várias casas novas. Mas continua belo como sempre. - Respondeu o senhor Darcy. - O movimento aumentou muito desde que construíram a nova estrada!

— Estou ansiosa para ir lá! - A senhora Gardiner falou. - E a senhorita gosta do condado? - Perguntou direcionando-se a Georgiana que pouco conversava durante a janta.

— Adoro. - Respondeu ela. - Mas tenho passado pouco tempo lá. - Disse ela.

— Sério? Por que? - A senhora Gardiner perguntou ingenuamente.

— Estive em Ramsgate até o último verão. - Respondeu ela um pouco hesitante. - Agora tenho passado muito tempo em Londres por causa dos meus estudos. - Disse e olhou de relance para o seu irmão, indicando que aquele era um assunto desconfortável para ela.

— Claro. Compreendo. - Disse a senhora Gardiner encerrando aquele assunto, pois todos viram que a garota e seu irmão estavam pouco à vontade.

O senhor Darcy respirou aliviado e aquilo foi mais uma evidência do bom discernimento que os Gardiner tinham.

— Estávamos planejando viajar para Derbyshire esse ano. - O senhor Gardiner mudou de assunto. - Até tínhamos reservado uma pousada em Matlock!

— E por que não foram? - Perguntou o senhor Darcy.

— Alguns imprevistos. - Falou a senhora Gardiner, não querendo entrar em tantos detalhes.

Eles cancelaram a viajem a devido a chegada de Elizabeth a Londres. A senhora Gardiner preferiu não se delongar naquele assunto pois não queria constranger sua sobrinha, ou fazê-la pensar que estava de alguma forma os atrapalhando.

— Mas foi só um adiantamento. Pretendemos visitar o condado assim que possível! - O senhor Gardiner continuou animadamente.

— Quando o fizerem, esqueçam a pousada em Matlock! - O senhor Darcy falou sorrindo. - Pemberley estará de portas abertas para recebê-los.

Elizabeth olhou para ele e sorriu com o convite. Ela pouco havia tomado parte na conversa entre eles, mas estava contente com tudo. Queria muito que o senhor Darcy tivesse uma boa impressão de seus tios, bem como que seus tios gostassem de seu noivo. Tudo estava ocorrendo da maneira como ela queria.

O casal Gardiner também mostrou-se grato pelo convite do senhor Darcy.

— Inclusive, lá tem um bom espaço para as crianças brincarem! - Falou Georgiana olhando para Margareth e Beth que sorriram para ela.

Margareth ainda não gostava do senhor Darcy, mas tinha de admitir que gostou muito da irmã dele.

O jantar seguiu da maneira animada como começou, e os assuntos foram surgindo com naturalidade. Porém quando a sobremesa já estava sendo servida o senhor Darcy começou a ficar nervoso.

Se aproximava do momento de pedir a mão de Elizabeth para o senhor Gardiner. Ele sabia que Elizabeth já havia falado previamente com eles, e a maneira como foi tratado durante o jantar evidenciavam que não teria dificuldade para receber a aprovação do senhor Gardiner. Contudo, ele sentia-se nervoso, pois aquele seria um momento decisivo para a sua vida.

A partir daquela noite ele seria oficialmente noivo da mulher que ele amava. Seria um marco nas vidas dos dois.

Assim que comeu o doce que fora servido, ele não tardou em falar com o senhor Gardiner.

— Eu gostaria de solicitar uma audiência particular com o senhor. - Falou ele aproximando-se do senhor Gardiner que prontamente assentiu.

Elizabeth viu quando os dois foram em direção a biblioteca e entraram. Ela e todos ali sabiam muito bem qual seria o assunto entre eles. Por puro nervosismo ela começou a roer uma das unhas. Ela sempre achou esse hábito deplorável, mas nem se importou com isso, pois deixou-se vencer pela ansiedade.

— Criança! - Disse sua tia aproximando-se. - Ficar sem unhas não ajuda em nada.

Elizabeth parou prontamente de roer a unha.

— Tem razão. - Disse ela e então levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro na sala.

A senhora Gardiner olhou para Georgiana e ambas compartilharam um pequeno riso. Elizabeth simplesmente não conseguia ficar parada. Alguns minutos depois os dois cavalheiros saíram da biblioteca. Ambos com um semblante descontraído e leve, indicando que havia dado tudo certo. Georgiana apressou-se em abraçar o seu irmão e dar-lhe os parabéns.

O senhor Gardiner aproximou-se da sua sobrinha e lhe deu um afetuoso beijo no rosto.

— Parabéns minha Lizzy. - Disse ele. - Seu noivo quer falar com você. - Disse e apontou para o senhor Darcy que aguardava por ela na porta da biblioteca.

— Obrigado tio! - Disse ela e beijou o rosto dele e a seguir beijou também o rosto de sua tia.

Andou até onde sei noivo e sua cunhada estavam e Georgiana deu-lhe um abraço afetuoso e apertando.

— Finalmente somos irmãs! - Disse ela para Elizabeth que correspondeu ao abraço com igual intensidade e afeto. - Estou muito feliz!

O senhor Darcy acompanhava contente a cena entre as duas. Elizabeth soltou-se do abraço de Georgiana e foi até ele. Os dois entraram na biblioteca em silêncio, até que o senhor Darcy tomou a iniciativa em falar.

— O jantar estava delicioso! - Disse ele com um sorriso tímido.

— Que bom que gostou. - Falou ela lhe sorrindo. Ele parecia estar nervoso, e isso a estava deixando nervosa também.

— E então... - Começou ela. -  Chamou-me aqui apenas para elogiar o jantar? - Brincou ela com um sorriso matreiro e ele soltou um pequeno riso.

— Não. - Respondeu ele. - Na verdade eu a chamei por que queria lhe dar algo. - Falou e colocou a mão no bolso da calça tirando dali uma pequena caixinha preta de veludo.

Os olhos de Elizabeth foram da caixinha para o rosto do senhor Darcy algumas vezes. Ele abriu o objeto e tirou de dentro um belo anel de noivado. Era discreto, mas muito bonito.

— Me permite? - Perguntou ele estendendo a mão para Elizabeth que depois de alguns segundos atendeu o pedido dele.

— Sim. - Falou ela em um sussurro, quase inaudível.

Ele deslizou o anel pelo dedo dela e ele coube perfeitamente, como se tivesse sido feito para ela.

— Que bom que acertei o tamanho. - Disse ele. - Georgiana me ajudou a escolher. Gostou?

— É lindo! - Disse ela olhando para o objeto que reluzia em seu dedo.

O cavalheiro ainda segurava a mão dela e Elizabeth estava sem palavras. Essa era uma reação difícil de conseguir dela, pois ela sempre tinha algo a dizer. Por fim ela olhou para o rosto dele e seus olhos se encontraram. Azuis e castanhos. Apenas ele e ela. Por alguns instantes foi como se nada mais existisse além deles.

Por puro instinto o senhor Darcy deu mais um passo a frente, ficando a pouquíssimos centímetros dela. Foi aproximando-se dela aos poucos e automaticamente seus olhos se focaram nos lábios de Elizabeth. Ele só pensava em quanto tempo havia esperado por aquele momento. Realmente achou que iria beijá-la. Podia até sentir a respiração dela batendo levemente em seu rosto, porém ela se desviou antes que ele a beijasse e afastou-se dele.

— Eu adorei o anel. É mesmo muito lindo! Obrigado. - Falou ela para que o ambiente não ficasse constrangedor.

A moça sabia o que ele faria, e uma parte dela queria aquele beijo tanto quanto ele. No entanto, a sua parte racional, dizia que não era o momento certo ainda. Sua curiosidade e vontade de beijá-lo eram grandes, mas ela ainda não sentia-se preparada o suficiente para tal intimidade.

— Que bom que gostou. - Disse ele sorrindo e respeitando o espaço dela.

Obviamente estava frustrado, porém não deixou transparecer. Não queria forçá-la a nada e estava disposto a esperar o tempo dela. O que o consolava era que agora que estavam noivos, não faltariam oportunidades para beijá-la.

— E então... - Começou ele. - Já contou à sua família sobre nós?

— Não. - Disse ela. - Ainda não contei. Pretendo escrever assim que puder para contar a elas e também responder as cartas que Jane mandou-me.

— Jane escreveu? Como elas estão?

— Estão bem. - Respondeu Elizabeth. - Ela contou algumas novidades. - Disse ela e ele assentiu encorajando-a a contar as novidades.

Elizabeth decidiu contar a ele o conteúdo das cartas, mas preferiu não omitir os detalhes envolvendo Lydia, já que não era um assunto relevante para nenhum dos dois.

Relatou com detalhes as palavras de Jane, sobre a mudança de ideia do senhor Collins, e expressou a ele o fato de não entender o a mudança de planos do seu primo. O senhor Darcy apenas a escutou e tentou não demonstrar reação alguma.

— Jane aceitou a proposta dele. Acha que ela fez bem? - Elizabeth falou por fim.

— Sim, fez muito bem. - Disse ele. - Será muito bom para elas não precisar sair de casa.

— Sim, concordo. Mas, eu sinceramente não confio muito em nosso primo. - Desabafou ela. - Ele tem se mostrado muito instável. E se daqui a um tempo decidir expulsá-las?

— Ele não faria isso. - Disse o senhor Darcy com grande convicção.

— Como pode garantir?

— Fique tranquila Elizabeth. - Ele apressou-se em dizer. - Sua família está segura agora. No que depender de mim, elas nunca ficarão desamparadas.

Quando ele disse isso, Elizabeth sentiu que havia sinceridade nas suas palavras, mas ainda assim sentiu-se desconfortável. Não queria que ele pensasse que ela contou aqueles assuntos a ele para penalizá-lo ou algo assim. Ele agora era o seu noivo, mas não tinha nenhuma obrigação financeira com sua mãe e suas irmãs.

— Tem razão. - Disse ela. - Elas estão bem agora.

— Sua irmã falou mais alguma coisa? - Perguntou ele.

— Ela disse que não se faz mais necessário que eu trabalhe com meus tios. - Disse ela e o Senhor Darcy acenou positivamente. Esse era um assunto em que ele e Jane concordavam.

— Ela também falou que eu posso voltar para Longbourn, se eu assim desejar. - Falou ela e ele se sentiu desconfortável com aquela conversa.

Se Elizabeth decidisse voltar para Longbourn, ficaria longe demais dele.

— Você quer voltar? - Questionou ele e sentia medo da resposta. Preferia que ela continuasse sendo governanta em Londres, do que fosse embora, e ficasse a milhas de distância.

— Não. - Respondeu ela sem pensar muito. - Sinto saudades de Longbourn, mas aqui é minha casa agora. - Disse ela e ele respirou aliviado.

— Além do mais... O Hertfordshire é muito longe. - Disse ela olhando-o. - Seria inconveniente para nós.

Quando ela disse isso ele sentiu além do alívio, uma alegria muito grande por ela tê-lo incluído na sua decisão. Ficou feliz que ela já pensasse neles como um “nós”, e não como duas pessoas independentes. Ele limitou-se a sorrir e concordar com a resposta dela.

Ambos decidiram sair da biblioteca, pois não era apropriado que ficassem por tanto tempo a sós.

A família Gardiner e Georgiana aguardavam pelo casal na sala, e todos sorriram quando eles chegaram. Qualquer um que os visse, não poderia negar que formavam um belíssimo casal. Até mesmo Margareth achava isso, mas não daria o braço a torcer tão facilmente.

Depois de conversarem mais um pouco, o senhor Darcy decidiu que já era hora de irem embora pois já estava tarde.

Sua noiva os acompanhou até o hall. Sua irmã e Elizabeth se despediram com um abraço e Georgiana foi para a carruagem. Quando chegou a vez dele se despedir, ele pretendia apenas beijar a mão dela como fez no dia anterior, porém antes que ele o fizesse, Elizabeth pegou-o de surpresa ao aproximar-se dele e dar-lhe um beijo no rosto. 

Ele com certeza não esperava por aquilo, mas gostou muito da iniciativa dela.

Quando entrou em sua carruagem um pequeno sorriso brotou dos seus lábios, ao lembrar-se dos bons momentos da noite agradável que tivera. Aquele beijo que Elizabeth lhe deu, embora não fosse o tipo de beijo que ele espera,foi sem dúvidas uma das melhores partes da noite. Aquele momento não saiu da sua mente.

Elizabeth nunca parava de surpreendê-lo.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? E esse quase beijo? kkk

No próximo capítulo veremos um pouco da repercussão que o noivado deles terá, agora que é oficial.



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