Highway to... Caos?! escrita por Anna Veloso


Capítulo 4
Vencendo Corvo




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Corvo não gostava de espadas, o que deixava Percy irritado. Ele se perguntava como uma pessoa que não gosta de espadas luta tão bem?!

Já fazia meses que ele só treinava com ela e nem ao menos conseguia por um dedo próximo de seu corpo.

Era frustrante, mas servia para estimular seu poder. Ele nunca imaginaria que era capaz de certas coisas antes daquele treinamento.

Ele viu a morte muitas vezes nos últimos dias, mas cada vez que abria os olhos e via Corvo se tornava mais determinado.

— Força filho de sardinha ou vamos ficar aqui para sempre. – Corvo provocou quando ele caiu no chão mais uma vez.

O que Corvo não contava para Percy era que ele estava superando as expectativas dela e de Caos.

Ele era bom, muito, muito bom. Talvez no momento certo ele chegaria a ser um General. Mas até isso acontecer Corvo iria se divertir dando uma surra no moleque.

No Vazio podia chover, fazer sol e nevar ao mesmo tempo. Tudo era escolha de Caos.

Naquele dia nevava e ventava. A música de Dede estava tão insuportavelmente alta que chegava até a arena de treinamento, era Highway to hell.

E foi naquele dia, com aquela trilha sonora que Percy conseguiu se tornar o tenente de Corvo.

A algumas semanas ele vinha se aproximando o suficiente para lhe dar um golpe, até que finalmente conseguiu.

Sua espada cortou a face da mulher não foi nada sério ou muito grande, na verdade era bem ao contrário, era um pequeno arranhão, mas era o suficiente e tudo o que precisava.

Ao ser atingida Corvo parou, ela estava de costas para o tenente.

Percy estava ofegante, mas mantinha um belo sorriso. A mulher se virou e o encarou seria, até que sorriu.

— Meu tenente Perseu Jackson, membro do exército de Caos, líder de meus soldados...Parabéns! Por ter me atingido... eu aceito a derrota.

Naquele momento não era a Corvo brincalhona que falava, mas um general de 300 anos que já havia lutado com deuses e monstros.

Perseu gargalhou soltando a espada e se jogando na neve. Nunca havia sentido tanto orgulho de si, naquele momento cada célula de seu corpo vibrava de satisfação.

— FINALMENTE! – Berrou o rapaz.

 

 

 

— Depois de oito meses finalmente o filho de tubarão me derrotou, então temos que comemorar. – Corvo disse.

—Eba! Que tal irmos a um Parque de diversões? – Dede disse.

— Sim, eu quero. – Caos disse alto e pulando na cadeira.

Percy imaginou que iriam comemorar, já que depois de tanto tempo finalmente ele era o tenente de Corvo, mas um Parque de Diversões?! Aquilo era... a cara daqueles malucos.

— Pode agradecer quando foram comemorar a minha entrada fizeram churrasco, a questão foi que o Dede e Zaan queimaram a carne. Terminamos o dia comendo macarrão instantâneo. – Luli disse de modo que só Percy pudesse ouvir.

Ali todos se negavam a usar os poderes para fazer tudo o tempo todo. Corvo vivia repetindo que os poderes depois de um tempo cansavam e deixava tudo sem graça. E sendo imortais, ficar entediado se tornava algo perigoso.

Por isso faziam de quase tudo, como comida, arrumas os quartos e toda aquela coisa mortal..., mas claro havia ninfas ali no Vazio para ajudar.

— Vamos ao mundo mortal? – Percy questionou quando viu que a decisão de ir ao parque havia sido tomada.

— Você se importa se formos? – Corvo questionou, já que depois do termino com Annabeth o filho do deus dos mares havia se afastado das questões dos acampamentos e do olimpo. Ela sabia que o jovem havia sentido quando a filha de Atena aceitou a imortalidade o abandonando.

— Não, é claro que não.

— Ok, mas para garantir iremos para Taiwan, tem excelentes parques e é bem longe de New York. Todos de acordo?

— Preferia ir em um show da Sia – Dede murmurou enquanto os outros confirmavam.

Percy se aproximou de Corvo.

— Não seremos, sei lá detectados. Afinal Caos também vai.

Corvo sorriu.

— Relaxa moleque, Caos sabe como usar a nevoa de forma a nos ocultar até mesmo dos deuses olimpianos. Ah sim, antes de irmos...Caos o moleque aqui precisa da sua benção.

O menino de dez anos sorriu para Percy.

— Vem comigo filho de peixe.

Corvo sorriu orgulhosa enquanto os dois se encaminhavam para o jardim norte, onde todos eram abençoados.

 

O jovem Jackson sempre estudou a história dos deuses, já que era parte de quem ele era também. Mas estar lá presente para ver Héracles realizando os doze trabalhos e Zeus se casando com Hera era algo que ele nunca imaginou ser possível.

Caos sempre concordou com a frase dos mortais que conhecimento é poder, e era por isso que todos do seu exército ganhavam conhecimento, eles viam tudo que foi feito desde o início, como se tivessem vivido cada momento.

Quando Percy viu toda a história reconheceu suas próprias batalhas no meio de tudo, e sentiu que realmente toda sua vida havia lhe encaminhado para ser parte do Caos. Apesar de ter sentido muita dor ao ver Annabeth partindo, ali naquele momento soube reconhecer que a linda história deles acabou no momento certo.

A mente de Perseu se abriu, toda a sabedoria que seu corpo suportava lhe foi dada.

— Perseu Jackson, filho de Poseidon, meu descendente, meu guerreiro, meu filho...você hoje se torna parte de mim. Caos e Ordem sendo um só, te dá por mérito, todo o poder para manter a balança da vida. Eu te abençoo.

A luz que brilhou após essas palavras alcançou toda a extensão infinita do Vazio e durou por três segundos, até se retrair e adentrar como poder no corpo do mais novo tenente do Caos.

Percy já não era mais um menino, já não era mais um semideus, não era mais o herói do olimpo.

Ele era o tenente de Corvo, servo do Caos e Ordem...era um deus.

 

 

Azula e Caos correram para a montanha russa sem se importarem com mais nada.

— Fechar um parque de diversões? Super discreto. – Percy disse rindo para Corvo que deu de ombros.

— Agradeça que não usamos a nevoa para fechar a Disney. Agora vá se divertir, porque você merece.

— E também porque amanhã é dia de irmos a Luna Leste. – Luli disse se intrometendo antes de ir atrás de Zaan em um brinquedo romântico.

Percy nunca havia tido permissão de sair em missões e muito menos para se aproximar de Luna Leste. Ele ficou realmente ansioso ao ouvir aquilo.

— Ave menino, relaxa. Pensemos sobre L.L. amanhã, por hoje eu quero comer e relaxar. – Corvo disse e saiu arrastando o tenente pelo parque.

 


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