Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 32
Segunda Chance


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final. Desculpa a demora mas é que eu não sou muito boa com finais e tava sem idéias e acabei indo para o óbvio.
Bem, aproveitem, espero que gostem ;)
Adiantando as notas finais, muito obrigada a todas :)



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– Bella, respire. – Carlisle disse para mim lançando um olhar terno e divertido. – Nervosa?

– Um pouco, o que é um pouco engraçado. – eu disse sorrindo sem graça.

– Engraçado? Por quê diz isso?

– Bem, pelo o que me consta, esse não é meu primeiro casamento. – ele soltou uma leve risada e depois assentiu.

– Acredite, sempre vai ser como se fosse a primeira vez. – eu o olhei carinhosamente e ele sorriu e logo depois estendeu sua mão, assim que a marcha nupcial começou a tocar. – Preparada?

– Sempre. – eu respondi sorrindo para ele e ele me guiou até à longa passarela vermelha coberta de pétalas de rosas brancas.

Eu olhei para os convidados e sorri lembrando-me dos últimos anos.

Havia se passado três anos desde a visita indesejada de Tânia. Ela estava bem melhor, dizia Eleazar, e aparentemente estava apaixonada por um humano. Irônico, não? Os Denali não compareceram ao casamento, hoje era o aniversário do humano de Tânia e eles queriam comemorar em família. Eu espero que ela finalmente seja feliz.

Eu consegui me controlar rapidamente perto dos humanos, e logo pude voltar para a casa. Carol chorou de felicidade ao me ver. Continuei a minha rotina de sempre, escola, casa, estudos, arrumar casa, cuidar de Carol durante dois anos. Claro que às noites eu passava com os Cullen, a minha outra família, mas ela, claro, não sabia disso. No ultimo ano eu já estava formada e preparada para a faculdade. Decidi pelo curso de Medicina, eu pretendia ajudar Carlisle no hospital e Edward admirava muito isso.

Edward, claro, decidiu pelo mesmo curso que eu. Nesse mesmo ano oficializamos o noivado e minha mãe quase desmaiou de tanta emoção. Ela estava feliz que eu havia conseguido um bom partido, coisas de Carol. Meu pai, Kevin, não aprovou nem um pouco, achava que era muito cedo e era uma irresponsabilidade, tive uma briga feia com ele no telefone (sim, telefone, já que ele nunca ia me ver e eu também não fazia questão de vê-lo) e ele disse que se eu o desagradasse não precisava mais considera-lo como pai. Aquilo doeu, mas eu mesmo assim o contrariei, se ele não queria participar da minha vida eu nada podia fazer. Alice disse que ele iria se arrepender no futuro e voltaria a me procurar. Eu esperaria ansiosa esse dia chegar.

Bem, era mais do que óbvio que Kevin não viria ao casamento, então Carlisle iria me levar ao altar. O que era mais do que perfeito, Carlisle era como um pai para mim. Durante a caminhada pelo corredor, que para mim parecia mais longo do que o normal, eu vi Charlie brincando com a bisneta de Seth Clearwater. Pois é, bisneta. Jacob me contou que poucos anos depois da minha morte na minha outra vida, Seth encontrou seu imprinting e logo se casou com ela. Jake me disse que os garotos curtiam muito com Seth por ela ser cinco anos mais velha do que ele, mas logo pararam porque não demorou muito e eles também encontraram suas almas gêmeas. Leah foi a que mais demorou para encontrar seu imprinting, 62 anos para ser mais exata.

Jake disse que ela com os anos foi ficando deprimida e estressada, e tentou suicídio algumas vezes. Quando ela estava melhor, resolveu viajar pelo mundo em busca de diversão. Quando ela voltou, trinta anos depois, ela estava acompanhada de um russo bem alto e loiro, o seu imprinting. Quando ela viajou ela deixou seu sobrinho, que ela mimava tanto, bem crescido e noivo para voltar trinta anos depois e vê-lo já com um filho adolescente. Seu sobrinho morreu anos depois, vítima de um acidente de moto, e ela ajudou a criar Jensen, o neto de Seth que agora era crescido e tinha uma menininha linda de doze anos chamada Lidia.

Charlie e Lidia eram grandes amigos. Charlie, que agora se parecia com um garotinho de dez anos, vivia falando de Lidia para todo lado. Jacob a chamava de futura norinha e Charlie quase morria de tanta vergonha arrancando assim risadas de toda a família.

Todos os descendentes dos lobos estavam presentes em meu casamento. Jacob era o único que ainda estava vivo dos “lobos originais”. Todos esses descendentes conheciam a história em que a Bella do passado estava envolvida e estavam maravilhados com a minha volta. Era como se a história se tornasse mais real para eles. Jacob disse que toda a nossa historia se tornou quase uma lenda para os Quileutes, uma lenda que era contada pelos antigos ao redor de uma fogueira.

Mais à frente eu avistei alguns de meus amigos humanos do colégio. Nem todos puderam comparecer, pois estavam muito ocupados com a vida da faculdade. A maioria dos humanos presentes eram colegas e conhecidos meu e de Edward da faculdade. Eu dei uma risada ao ver o olhar de fúria de Linda sobre mim. Linda tinha uma queda muito brusca por Edward e me fez ter várias crises de ciúme por causa disso, mas Edward tinha somente olhos para mim e ela logo se tornou insignificante. Eu não a culpava de qualquer maneira. Edward era lindo, maravilhoso, tão educado, romântico e compreensivo. Exatamente quem eu precisava para estar ao meu lado por toda eternidade.

Falando em maravilhoso, quando eu avistei Edward no altar, olhando com tanto amor e expectativa para mim, eu me senti ficar deslumbrada. Acho que eu nunca iria superar, eu sempre ficaria deslumbrada. Ele sorriu para mim assim que nossos olhares se encontraram e eu sorri de volta. Ela estava lindo, usava um terno parecido com o do nosso primeiro casamento. Meu vestido também lembrava o meu primeiro vestido, mas como o terno de Edward, ele ganhou algumas mudanças e toques de modernidade feitos por Alice. Estava tudo perfeito, como tudo o que a baixinha fazia.

Carlise me entregou para Edward que depositou um beijo carinhoso em minha testa. Se eu pudesse eu choraria. O juiz de paz iniciou a cerimonia e eu, sinceramente, não prestava atenção em nada, apenas em Edward, e eu desconfiava que ele estava do mesmo modo. Eu despertei apenas na hora de pronunciar os nossos votos. O mesmo que pronunciamos a mais de oitenta anos atrás.

Tudo depois passou como um flash. Joguei o buquê, brindamos e quase morri de tanto asco ao provar o champanhe, mas eu disfarcei bem. Cumprimentamos os convidados, partimos o bolo e, claro, dançamos boa parte da noite. Quando eu vi estava dando adeus aos convidados para partir para a Lua de Mel. Renesmee, minha filha, estava com a maquiagem toda borrada de tanto chorar.

– Pequena, não chore. – eu disse limpando um pouco seu rosto.

– Não posso evitar. Foi tão lindo, estou tão feliz mãe. Você gostou? Está feliz?

– É claro que estou minha filha, foi tudo perfeito, melhor do que o primeiro devo dizer. Ainda mais que você estava aqui para ver. – ela sorriu e me deu um abraço bem apertado.

– Aproveite bem a lua de mel, mãe. E volte pra mim intacta, ok? – Renesmee me olhou apreensiva. Ela sabia que da ultima vez a minha volta da lua de mel logo resultou em minha morte.

Eu sentia que ela se sentia um pouco culpada por isso.

– Eu voltarei. Me faça um favor?

– O que quiser?

– Pare de pensar besteiras. Não foi sua culpa, não me arrependo de nada e faria tudo de novo. – ela abaixou o olhar e logo me olhou sorrindo.

– Fico indignada com a facilidade que você tem de saber o que eu penso. Nem meu pai tem tanto facilidade assim. – eu soltei um leve risada e a beijei na bochecha.

– É para isso que as mães servem.

– Melhor se apressarem, ou vão perder o vôo. – Carol disse se aproximando de mim e Nessie.

Nessie me deu mais um abraço e foi para a entrada da casa ficar com os outros convidados. Minha mãe me deu um abraço bastante apertado e senti que ela tremeu um pouco.

– Querida, está tão gelada! Pegue um casaco ou vai congelar.

– Eu estou bem mãe, não se preocupe. – dei um leve beijo em sua bochecha e sorri para ela. – Até mais.

– Até querida, boa viagem. – ela disse com os olhos cheios de lágrima e deu um leve aceno.

Eu fui em direção à Mercedes preta, onde Edward me esperava com a porta do carona aberta. Virei para trás e dei o último adeus a todos os convidados que logo retribuíram. Entrei no carro, tomando cuidado para que meu vestido azul curto de seda não amaçasse. Alice não gostaria que sua obra prima ficasse amarrotada. Edward fechou a porta e logo ele estava ao meu lado no banco do motorista.

Nosso vôo foi tranquilo e logo estávamos aterrissando no Rio de Janeiro. Não haviam me contado aonde iriamos, mas eu já tinha uma leve suspeita.

– Ilha Esme? – perguntei com um sorriso nos lábios assim que entrei no pequeno barco acompanhada de Edward.

– Não. – ele disse com um sorriso nos lábios.

– Não? Aonde vamos então?

– É surpresa. – ele disse logo me dando um leve beijo nos lábios.

Navegamos pelo mar por cerca de 45 minutos e aos poucos nos aproximamos de uma ilha. Com a minha visão vampírica, foi fácil ver as fracas luzes que vinham de algum lugar dessa ilha.

– Deixa eu adivinhar, Ilha Rosalie? – eu disse sorrindo assim que coloquei meus pés nas areias brancas daquelas maravilhosa ilha.

Ela parecia ser um pouco maior que a Ilha Esme e a casa à minha frente ostentava luxo e simplicidade ao mesmo tempo. O que combinava perfeitamente comigo e Edward.

– Não, essa é a Ilha Bella. – ele disse me dando um largo sorriso.

A minha cara deveria ser de pasma, porque eu não acreditava nisso. Uma ilha, para mim?

– Essa ilha é... nossa?

– Não, sua. É um presente de casamento de Esme para você. Ela sabe que nós gostamos da estadia em sua ilha e resolveu comprar uma para você.

– Oh. – eu senti meus olhos arderem de tanta emoção. Esme era tão boa para mim. A mãe que toda garota queria ter. – Isso é... exagerado... mas incrível. Me lembre de agradecê-la assim que possível. – Edward sorriu e depois se aproximou de mim acariciando meus cabelos.

– Não acredito que eu tenho você de volta. Oficialmente minha pela segunda vez. Sabe, tenho que lhe confessar algo, no inicio eu não gostava muito de você....

– Eu me lembro. – eu disse fazendo um bico lembrando das idiotices que ele havia dito parra mim. Ele soltou uma leve risada e se aproximou mais, acariciando minha boca com o polegar.

– Eu queria você longe de mim, achava um absurdo você se parecer com... você mesmo. – nós soltamos uma leve risada e ele continuou. – Achava que era algum castigo divino para me castigar mais um pouco por ser o monstro que sou. Mas então eu vi que na verdade, eu gostava de você, e muito. Na verdade, eu a amei assim que a vi. Então aos poucos eu fui compreendendo que não era um castigo, era uma segunda chance que havia sido me dado. Quando se tem uma segunda chance, você tem que pegá-la, aproveitá-la ao máximo, e foi isso o que eu fiz. E estou tão feliz que você tenha me aceitado, uma segunda vez. Feliz que você não tenha fugido de mim e me amado, compreendido o que sou e o que eu passei. Muito obrigado por ter voltado para a minha vida, muito obrigado por me dar mais essa chance.

– Obrigada a você, por não ter se afastado e se rendido ao que sentia. Por ter me dado e cuidado da nossa filha linda. Por aceitar passar a eternidade ao meu lado.

– Você é absurda. Eu seria um louco se não aceitasse. Minha Bella, Belle, eu te amo.

– Eu também te amo Edward.

– Para sempre.

– E todo sempre.

Dito isso nossos lábios se tornaram um só e fomos para dentro do quarto para começar a aproveitar para valer cada dia da nossa segunda chance.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Tipo assim amores, eu não falei sobre o poder da Bella/Belle pq o poder dela só despertou por causa da urgencia de usá-lo em uma batalha com os volturi. E para ela começar a desenvolve-lo, melhor, descobri-lo, seria assim. Então seria outra história ou mais coisas que teriam que acontecer para isso, não foi o caso.
Bem, no mas, muito obrigada por todas que acompanharam a fic, a todas que comentaram e recomendaram. Leitoras fantasmas obrigada tbm, apenas por acompanhar, mas ainda espero que vcs apareçam nesse ultimo capitulo xD
Beijos, obrigada a todas. Nos vemos em Bem Real (que tá acabando) e Danger Zone (que tá no inicio ainda).