Edward p.d.v

Me doía ter que deixar Bella logo após fazer amor com ela. Eu me sentia um nojento por isso, parecia um daqueles humanos que usa a mulher e depois se levanta como se nada tivesse acontecido. No entanto, foi necessário. Eu espero que a desculpa que eu dei tenha servido porque na verdade a urgência era outra, e eu sabia que envolvia Tanya.

Mas não queria que Bella se envolvesse. Ela ficaria muito nervosa e poderia agir inconsequentemente por ainda ser uma neofita. O caso é que, logo após eu e Bella terminarmos, eu vi na mente de Tanya que seu quarto estava destruido e ela estava na mata andando de um lado para o outro pensando no que fazer. Eu teria ignorado, mas os seus pensamentos pareciam que estavam gritando para mim e foi impossível.

Eu não pretendia fazer nada, até o rosto de Charlie ficar preso na mente de Tanya.  Logo eu vi que ela estava correndo e a cabana aparecer em sua visão. Eu não sabia o que ela pretendia, mas logo pude ver que coisa boa não era. Sai o mais rápido que pude do quarto e tentei aparentar o mais calmo possível. Por sorte Bella concordou em ficar no quarto e me esperar, acho que a desculpa que eu dei serviu.

Corri o mais rápido que eu podia e logo eu estava em frente a cabana que agora era de Nessie e Jake. Lá dentro eu pude ouvir um choro. Era Nessie, eu conhecia esse choro. “Levado, meu Deus, o que faço?” Nessie pensava enquando colocava as mãos na cabeça e tentava não gritar de pavor. Eu entrei correndo na casa e a encontrei olhando pela janela do quarto de Charlie.

– Filha, o que aconteceu? – ela se jogou em mim me abraçando e começou a chorar mais. Em sua mente as imagens do que havia acontecido.

“Ela acabava de colocar Charlie no berço adormecido, se virou para pegar o ursinho dele preferido e quando retornou viu Tanya com ele nos braços. O sorriso doentio no rosto de Tanya lhe causou asco e medo. Ela apenas se virou e saiu correndo. Nessie tentou ir atrás, mas sendo uma híbidra não conseguiu alcançá-la. Voltou para casa desesperada sem saber por onde começar e o que fazer”.

Eu não conseguia acreditar que ela havia feito isso. Sequestrado o meu neto? Por quê? O que ela ganha com isso?

– Cadê o Jacob?

– Visitando o afilhado, Neitan. – Nessie disse entre soluços. – O que vamos fazer pai? Eu me sinto tão perdida. – Nessie começou a chorar mais e eu tentei acalmá-la.

– Ligue para ele. Ele deve saber o que houve e vir imediatamente para cá. Depois ligue para os Denali, caso ela apareça por lá eles precisam estar a par da situação e nos ajudar. Vou avisar os outros, vamos precisar de todos para realizar uma busca.

Nessie assentiu e foi em direção ao telefone, eu sai de lá e liguei para casa enquanto tentava achar o rastro de Tanya na mata.  O telefone tocou uma vez antes de ser atendido por Alice.

– Não precisa explicar nada Edward. Eu tive uma visão com você explicando tudo, já estamos indo.

Desliguei o telefone e me concentrei no rastro que estava desaparecendo. A chuva, que antes eram apenas chuviscos, estava engrossando e levando o cheiro de Tanya com ela. Consegui sentir seu rastro por mais alguns metros e depois apenas havia uma leve nuância no ar. Parecia que ia para o oeste, mas eu não podia ter certeza porque havia um leve aroma no lado oposto. Ela pode ter ficado indecisa por qual caminho seguir, ou se aproveitado da chuva para me confundir. Independente de qual situação, eu não sabia por qual caminho seguir.

– O rastro está fraco. – Jasper disse assim que se pôs ao meu lado.

– Sim, e não dá para saber que lado ela seguiu.

– Eu percebo. – Jasper acentiu e olhou para Alice. – Você realmente não consegue ver nada? – Jasper perguntou a Alice que o olhou triste.

– Ele é um híbrido e atrapalha a minha visão. – Jasper acentiu e eu vi preciosos segundos serem desperdiçados com essa conversa.

– Vamos nos separar. Jasper e Alice desçam para o leste, eu e Rose iremos para o oeste. Emmett, vá em direção ao Canadá e fique de olho para saber se ela não irá cruzar a fronteira e ir rumo ao Alaska. Esme, por favor, cuide de Nessie. – eu pedi e todos eles acentiram. – Quando Carlisle chegar diga para fazer uma ronda. Ela pode voltar atrás de mais alguma coisa.

– Pode deixar meu filho. – Esme disse e me deu um beijo na testa antes de partir.

– Onde está Bella? – eu disse me dando conta que ela não estava com eles.

Alice a teria chamado e, se não fosse o caso, ela pelo menos teria ouvido a comoção e ido atrás. Algo no rosto deles me diziam que a notícía não é agradável.

– Ela não estava em seu quarto, Edward. Eu fui avisá-la, mas não a encontrei. A janela do quarto estava aberta e havia um rastro dela indo em direção à floresta. – eu fiquei atônito, o que Bella queria na floresta? Caçar? Ela ainda não estava com sede.

Ela pode ter ido atrás de mim, então porque não me encontrou?

– Você consegue vê-la? – perguntei a Alice que negou com a cabeça.

– Isso quer dizer que algo impede a sua visão. Ela não está com Nessie porque a pouco eu estava com ela e não havia sinal de Bella, nenhum lobo está aqui ainda e ela não poderia ter ido em direção à reserva. Isso significa...

– Que ela está onde Charlie está. – Rose completou meu raciocínio por mim.

O meu desespero aumentou. Meu neto e meu amor podem estar a mercê de uma louca.

– Não temos tempo a perder. Temos que encontrá-los antes que outra tragédia caia sobre essa família.

Todos assentiram e começaram a correr na direção que cada um devia. Eu podia sentir em suas mentes que o peso das minhas palavras os assustava.

Bella p.d.v

Logo que Edwrad saiu eu fui atrás. Não sabia que direção ele havia tomado, então segui o seu cheiro. No entano, no meio do caminho, escutei algo ao longe correndo e um choro de criança. Eu sabia que não eram humanos, eu sabia que aqueles passos eram de vampiros. Uma coisa veio em minha mente no mesmo instante: Charlie! Aquele choro parecia com o dele. E que vampiro estava com ele? Todos estavam em casa, eu verifiquei antes de sair, o cheiro de Edward ia na direção oposta. A não ser que... Tanya! Tanya estava com Charlie. Isso não me cheirava nada bem. Não pensei duas vezes e logo eu corria em direção àqueles passos.

Corri durante uns vinte minutos tentando achar o dono (ou dona) daqueles passos. A chuva atrapalhava a rastrear, mas eu estava perto o bastante para ouvir os passos que de repente pararam em uma colina. Eu continuei durante alguns metros e não demorou muito para minhas suspeitas se confirmarem. Tanya estava com Charlie no colo, e ambos estavam próximos de uma ladeira. Ela me olhava com ódio e segurava Charlie com força exagerada fazendo-o soltar um berro alto de choro.

– Pare de me seguir! – ela comandou quando eu tentei me aproximar. – Fique onde está, você não quer ver seu precioso Charlie rolar ladeira a baixo, quer? – ela disse segurando Charlie no ar e o colocando na direção da ladeira. Um sorriso doentio brotando em seu rosto. – Imagine o que Edward vai falar quando souber que ele morreu por sua causa. 

– Minha causa? – eu perguntei incrédula.

– Eu pedi para você não se aproximar e nem me seguir, mas você não ouviu o que resultou na morte dele. – ela sorriu como se aquilo fizesse o maior sentido.

– É, mas quem terá matado será você, não eu. Imagine o que Edward vai falar quando souber que você o matou. – fiz cara de pasma zombando da burrice dela ele vociferou para mim.

– Pare com isso! Você não vai jogá-lo contra mim. Você é venenosa e burra, não vê que não está em posição para zombar de mim? – é, eu realmente não estava em posição.

– Tanya, dá ele para mim.  – eu comendei estendendo o braço.

– Não mesmo, ele é a minha barganha. – ela disse sorrindo para Charlie.

– O quê? – eu disse confusa

– Não devo explicações para você. Agora saia, vá embora. Ou Charlie...

– Ou o quê sua piranha? Você mesma disse que ele é a sua barganha. Não vai fazer nada com ele. – eu disse sorrindo triunfante.

– Quer dar uma de esperta? Pois bem dona espertinha, eu posso não matá-lo, mas não siguinifica que não posso quebrar cada osso desse moleque. – ela disse sorrindo meio malignamente o que me deu medo.

– Você não ousaria.

– Teste-me, vamos ver se não. – ela desafiou. – Vá embora. O meu assunto não é com você. Não agora pelo menos. – ela sorriu cínica e me encarou furiosamente.

 Ao longe eu ouvi passos. Eles se aproximavam, tinha certeza, eu tinha que ganhar mais tempo até estarem aqui.

– O que você quer em troca dele? – eu disse tentando ao máximo distraí-la com algo para ela não perceber a aproximação.

– O que eu quero? A única coisa que eu quis durante um século. Edward para ser meu par, alguém para estar ao meu lado. Estou a anos sozinha, não encontrei o amor, e quando eu finalmente me encanto por alguém ele me rejeita e me troca por uma humana qualquer e sem graça. Me troca! Eu que tenho tudo o que um homem pode querer e desejar! Eu aceitei isso no princípio, engoli a derrota que tinha um gosto tão ácido e amargo. Mas aí eu tive outra chance! Tentei me aproximar, mas ele não deixava. Estava muito ferido pela perda, então resolvi dar um tempo até ele esquecer. E quando o tempo foi o suficiente e eu volto, eu o encontro com uma cópia barata da antiga mulherzinha dele! Novamente sou esquecida, novamente tenho a chance de ser feliz e ter alguém do meu lado tirada. Não quero passar mais séculos sozinha e procurando por alguém. Para mim chega! – eu via que ela estava chorando silenciosamente e senti pena. Pena por saber que ela nunca teria o que quer dessa maneira.

– Mas você não está sozinha, tem a sua família.

– Não é a mesma coisa, e você sabe disso! Eu não aquento mais, e vou por um fim nisto hoje! – quando ela terminou sua frase, Edward e Rose entravam em nosso campo de visão.

Rosalie tinha uma expressão furiosa e Edward tentava aparentar que estava calmo, mas eu sabia que aquelas duas rugas em sua testa significam preocupação. Ele me olhou por alguns instantes e eu vi ali um pedido silencioso de desculpas. O meu coração se apertou.

– O que estão fazendo aqui? Não eram para ter me seguido! Era para terem pegado o outro rastro! Eu me comunicaria depois! – Tanya disse ficando histérica.

– Tanya, não se preocupe. Eu compreendi o que você fez e admiro. – os olhos de Tanya se arregalaram de alegria enquanto os meus se arregalavam de incredualidade.

– Verdade? – ela disse emocionada.

– Verdade. Percebi que você me ama e faria de tudo para ficar comigo. Admiro isso, por isso decidi ficar com você.

– O QUÊ?! – eu não me contive. Como ele pode fazer isso comigo?

Edward p.d.v

O grito de Bella fez meu coração doer mais e deixou o que eu estava prestes a fazer mais dificil.

– Oh, Edward, sabia que veria que eu sou a mulher ideal para você! – Tanya disse e em seus pensamentos eu só encontrava felicidade, mas também havia desconfiança. – Mas, se é isso, o que Rosalie faz aqui?

Rosalie, que até agora não entendera nada me olhava com fúria. Também pudera, ela não sabia o que estava acontecendo e eu só sabia porque lera na mente de Tanya pouco antes de chegarmos o que ela queria fazer. Ela queria me ter em troca da vida do Charlie, eu teria que ficar com ela se quisessemos que ele vivesse, e para garantir isso ela ficaria com ele até ter certeza que não era mais necessário, que eu era só dela. O que nunca iria acontecer. Agora eu precisava inverter a situação, parecer que eu a quero e tentar levar Charlie para longe.

– Rose está aqui para garantir que Bella será levada em bora para não termos problema com ela. – um soluço saiu da boca de Bella e palavrões eram emitidos pela mente de Rose.

Eu olhei para Rosalie com advertência e dei uma leve piscada, para que Tanya não visse. A expressão dela se suavizou.

– Rose, por favor. – “O que está planejando?” ela pensou, mas não disse nada.

Foi em direção de Bella e a segurou pelo braço.

– Vamos Bella, vai ser melhor assim. – Bella que chorava silenciosamente olhava para baixo e apenas acentiu.

– Claro, era de se esperar. Afinal, ele já fez isso outra vez. – o meu coração se apertou, e eu me amaldiçoei por fazer Bella passar por isso. Mas infelizmente, era preciso.

– Estou tão feliz que finalmente viu quem é melhor para você meu amor. – Tanya disse sorrindo e eu me aproximei dela.

– Claro minha amada. – como eu odiava ter que usar essas palavras com ela – Foi só uma questão de tempo e amadurecimento. E agora, podemos ir embora?

– Claro meu querido, claro. E aonde vamos?

– Vamos viajar pelo mundo, comemorar nossa união.

– Sim, isso seria perfeito! – ela sorriu e tentei ao máximo retribuir o sorriso.

Era mais dificil do que eu pensava.

Bella p.d.v

O buraco que estava cicatrizado e a anos esquecido estava aberto de novo. E como doía, eu preferia morrer a sentir aquela dor. Rejeitada e abandonada de novo por Edward.

– Eu sei que você só conseque sentir dor nesse momento e que apenas seus sentimentos prevalecem, mas use um pouco da razão Bella, e verá o que Edward está fazendo. – Rose disse para mim e eu não compreendi.

– O que você quer dizer?

– Mas...Edward... – eu ouvi a voz de Tanya ao longe, e como uma bela masoquista que sou, resolvi parar e escutar o que diziam.

– Tanya, como poderemos viajar se tivermos que ficar de olho nele o tempo todo? Como poderemos aproveitar nosso tempo juntos cuidando dele? Deixe que a mãe e o pai cuidem dele, assim passaremos mais tempo juntos e sem preocupações. – aquilo doeu, e muito.

Edward estava tentando se livrar do neto só para passar mais tempo do lado daquela vaca. Isso não é típico dele, isso... não faz sentido. Conhecendo o Edward que eu conheço, ele faria de tudo para tirar o neto dela e reverter a situação, ele nunca desprezaria sua família ou a colocaria em risco. Então por quê? A não ser que...oh, agora entendi a parte de usar a razão. Era um truque, ele só queria tirar o neto dos braços de Tanya.

– Não sei não Edward, você pode...

– Eu não irei te deixar...querida. Por que eu faria isso? Você é perfeita, ideal para mim, e eu percebi isso antes de você pegá-lo. Na verdade, quando você o pegou eu vi que você é bem mais perfeita do que imaginei, pois vi que faria de tudo por mim. – eu senti odio quando ele dizia essas palavras, mas eu vi o tom de persuasão por trás.

Além do mais, ele falava o que ela queria ouvir e de acordo com sua mente louca.

– Está bem. Você tem razão, é tolice minha. Pegue-o e leve para Rose, sei que ela está próxima.

– Obrigada querida, volto em um instante.

Não demorou muito e Edward apareceu carregando Charlie no colo.

– Aqui Rose, leve-o em segurança. E chame os outros. – Edward disse susurrando tão baixo que quase não pude ouvir.

Ele tocou meu rosto e olhou-me com ternura e sibilou um “eu te amo, perdoe-me”. Eu sorri e acenti, um tremendo alívio me preenchendo. Logo sibilei um “vamos pegá-la” e ele sorriu torto para mim.

Ele foi na frente, para Tanya não desconfiar, e quando eu apareci no campo de visão deles Edward segurava a mão dela.

– Olá querida, veio ver de perto a sua derrota? Finalmente Edward acordou e viu que eu sou a mulher ideal para ele. – eu sorri quando ela disse isso, na verdade, quase gargalhei. – Está rindo da sua própria desgraça? – Tanya disse zombeteira.

– Não, estou rindo da sua. – ela me olhou sem entender e bufou.

– O que está dizendo?

– Que vim ver sua derrota, não a minha. – eu olhei para Edward e ela seguiu meu olhar.

– O que ela está dizendo Edward?

– Sinto muito Tanya, mas eu menti. Eu não a amo, você não é ideal para mim. E qualquer um que prejudique minha família merece meu ódio e desprezo.

– Mas eu pensei, eu pensei...

– Tanya, eu não sei porque essa mudança tão profunda ocorreu em você e porque a loucura está te atormentando, mas isso não quer dizer que seus atos são plenamente justificáveis e aceitáveis.

– Como se atreve! Você... me solta! – Tanya puxava sua mão com força, mas Edward a segurava firme.

– Você não vai escapar. – ele disse em um tom sombrio e ela começou a se debater para ficar livre.

Eu fui até ele e o ajudei, seguramos os braços de Tanya para trás e a forçamos a ficar de joelhos. Não sabia o que iriamos fazer com ela, e não me interessava, só queria me livrar dela o mais rápido possível. Em meio aos gritos e ameças de Tanya, Edward disse para esperarmos pelos outros. E a cada segundo que se passava Tanya chorava sem lágrimas e gritava mais, mas nós a ignoramos.

Rosalie, Jasper e Alice chegaram primeiro. Alguns minutos depois chegou Emmett que levou Tanya em suas costas. Ela se debatia e o mordeu algumas vezes, o que só o divertiu e fez rir da cara da loira.

Chegamos em casa, Jacob estava lá e Carlisle também. Agora Jasper e Emmett seguravam cada um dos braços de Tanya.

– Onde está Nessie e Charlie? – perguntei preocupada.

– Estão na cabana junto com Esme. – Jacob disse, em seu olhar eu pude ver a fúria que sentia.

– O que vamos fazer com essa lambisgóia? – Rose disse com desprezo.

– E ainda falava que era minha amiga. – Tanya disse acusudoriamente.

– Nunca disse isso, interpretou assim porque quis. – Rose disse.

– Eu digo o que vamos fazer. Vamos despedaçá-la e tacá-la no fogo, é isso o que vamos fazer. – Jacob disse, tremendo demais para dizer mais alguma coisa.

– Fique fora disso cachorro!

– Hora sua sangue... – Jacob avançava em direção à Tanya e um rugido emeaçava sair de sua boca. Sabia que ele estava a ponto de se transformar.

– Jacob, pare. – Carlisle falou, o mais calmo que pode.

– Carlisle, por favor. Pela amizade que nossas famílias tem uma pela outra, não faça isso.

– Não irei fazer. – o alivio surgiu no rosto de Tanya junto com um sorriso vitorioso.

Alguns tinham a expressão contrariada ou desapontada, confesso que eu estava desapontada, mas Carlisle estava sereno e Edward sorria.

– Falei com Eleazar, vão pegar o próximo vôo que tiver e amanhã estarão aqui. Conversamos e chegamos em um acordo, seus atos são inadimissíveis, mas ambos concordamos que parece estar à beira da loucura. Ficará sobre os cuidados vinte quatro horas de sua família, não fará nada sozinha, não terá liberdade de nada. Será vigiada até decidirem o que fazer com você.

– Quer dizer, que serei uma prisioneira? Carlisle por favor...

– Tanya, sinto muito, mas não posso fazer nada por você. Não é minha responsabilidade, apenas vou vigiá-la para que não fuja, depois passará para os cuidados de sua família. Jasper, Emmett, levem-na daqui.

Carlisle disse encerrando o assunto. Durante algum tempo pudemos ouvir os gritos de Tanya pedindo por liberdade no quarto de hospedes. Mas logo eles cessaram e Edward me contou que Jasper estava usando toda sua força para controlar Tanya.

– Você me perdoa? Eu percebi o quanto te feri ao dizer aquelas palavras. – Edward disse quando me viu.

Eu acabava de sair de um longo banho e ele estava sentado na cama me esperando.

– Edward, confesso que no inicio eu realmente fiquei magoada, mas agora eu entendo. Não se preocupe, eu sei o que você fez, e sei que era o que tinha que ser feito. – ele sorriu torto para mim, mas ainda sim era um sorriso triste.

– Eu não suporto te fazer sofrer.

– Amor, esqueça isso. – Eu fui até ele e o beijei.

Passamos a noite aos beijos e caricias, nada mais. Precisavamos de carinho, e apenas a presença um do outro nos bastava.

*****

Na manhã seguinte Tanya foi levada embora, eu não sai do quarto porque ainda estava com muita raiva dela e sabia que a raiva dela era o dobro da minha. Seria desagradavel se ela começasse a gritar de novo, ainda mais na frente da família. Não queria que os Denali sentissem vergonha dela e por ela. Edward ficou o tempo todo comigo, saiu apenas para ver como Nessie e Charlie estavam.

Quando ele voltou, os Denali haviam ido embora. Junto a ele estavam Jacob, Nessie e Charlie. Eu fui até Nessie e a abracei, e depois depositei um beijo na testa de Charlie.

– Como vocês estão?

– Estamos bem. Charlie ainda está um pouco assustado e teve pesadelos com Tanya, mas logo vai passar. – ela disse dando um beijo em Charlie.

Eu sorri para os dois e eles entraram e sentaram no sofá e logo todos começaram a se interagir, a conversar e rir. Tanya estava esquecida, e eu queria celebrar com algo que ainda não havia sido estreado. Eu subi até o quarto de Alice e no meio do caminho a encontrei.

– Quero que toque algo bem bonito. – ela disse me entregando o violino, justamente o que eu estava indo buscar.

Ela sorriu para mim quando eu peguei o violino e retribui o sorriso. Desci as escadas e limpei a minha garganta para chamar a atenção de todos. Eles me encaravam sem entender, mas logo sorriram quando me viram com o violino na mão.

– Me acompanha? – perguntei a Edward que logo se levantou e foi rumo ao piano.

– E qual música minha amada quer tocar?

– Já vai saber. – sorri para ele e ele soltou uma risada gostosa.

Apoei o violino no ombro e com delicadeza, já que com uma pressão errada eu poderia destrui-lo, em pressionei meu queixo no violino. O afinei rapidamente, e logo o arco passava pelas cordas revelando as notas de uma melodia que eu achava que resumia muito o momento em que nos encontrávamos agora.

(Nothing else metters: http://www.youtube.com/watch?v=jExZz0wTgi0)

Os dedos de Edward deslizavam com suavidade sobre as teclas do piano. E logo fazíamos um belo dueto, e eu fazia algo que nunca havia feito como humana: tocar em duas cordas. Fiquei emocionada ao constatar isso e sorri enquanto tocava.

A música parou, aplausos soaram e quando no viramos para a nossa família eles estavam sorrindo felizes e encantados, Nessie tinha algumas lágrimas em seus olhos.

– Por favor meus filhos, toquem mais um pouco. – o pedido veio de Esme e todos acentiram.

Passamos a tarde assim, tocando melodias lindas e às vezes divertidas. Algumas vezes cantando junto com nossa família, e outras revezando com todos os instrumentos. Estávamos felizes, calmos, e tudo estava resolvido. 

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Fic nova, vai lá dar uma força?  http://www.fanfiction.com.br/historia/144129/Danger_Zone

Danger Zone

Bella estava cansada de sua vidinha superficial então resolve ir morar com seu pai em Forks afim de recomeçar. Ela deixava a sua antiga vida regada a popularidade digna de uma líder-de-torcida para se tornar uma nerd invisível. 

Edward acabava de chegar do Alasca com sua família e já se via preso em uma aposta com Mike Newton. O que ele mal esperava é que essa simples aposta poderia por um fim na sua felicidade para sempre.