A nova era Targeryen escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Princesa Julieta criança




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P.O.V. Julieta.

Meus pais são imortais, nós temos dragões de estimação e eu tenho seis anos.

Eu não sei porque eu tenho olhos azuis. Acho que herdei da minha avó, Isabela. Os cabelos escuros eu herdei da minha mãe.

O meu avô Pablo fica velho. Ele é o único membro da minha família que fica velho.

—Feliz aniversário! Hoje você faz sete aninhos querida!

—Mamãe! Podemos ir para a Inglaterra fazer compras e passear no shopping?!

—Por mim tudo bem, mas temos que pedir pro papai levar a gente.

—Porque o papai tem que levar a gente?

—Porque só ele e a tia Solara sabem como ir e voltar.

—Eu vou chamar o papai.

—Espere Julieta!

P.O.V. Rei Henry.

Eu estava em reunião com os lordes dos sete reinos quando uma pessoinha invade o salão de reuniões e dá a volta na mesa. Ela sempre fazia isso, sempre dava a volta na mesa.

—Papai! Papai!

—Julieta... estou em reunião.

—E dai? A sua reunião é mais importante que eu? Mais importante que o meu aniversário?

—Seu... Oh, sim hoje é seu aniversário. Era por isso que a babá estava tão ansiosa atrás de mim.

—Você esqueceu meu aniversário?!

—Amor, o papai está com muita coisa na cabeça.

—Então você esqueceu? Seu feio! Eu te odeio!

Ela saiu correndo da sala e bateu a porta fazendo um estrondo.

P.O.V. Henry.

Agora faz sentido porque a babá de Julieta, os confeiteiros e todos os demais empregados do castelo estão em polvorosa atrás de mim. Não acredito que me esqueci do aniversário da minha própria filha.

Julieta é a coisa mais importante para mim neste mundo.

Eu fui até o quarto de Julieta e minha mãe e minha esposa estavam na porta olhando pra mim de braços cruzados e cara de bravas.

—Eu sinto muito.

—E vem dizer isso pra mim? Não é pra mim que se tem que dizer isso não.

—Eu estou muito decepcionada com você Henry Targeryan!

—Não mais do que eu comigo mesmo.

—Mamãe!

Eu entrei no quarto e ela olhou com cara feia pra mim.

—Oi Princesa...

—Eu chamei a mamãe. Você não é a mamãe. Você é o papai feio que esqueceu do meu aniversário! Seu feio!

Ela atirou uma almofada cor de rosa em mim.

—A tia Solara vai levar eu e a mamãe no shopping e você não tá convidado!

Julieta mostrou a língua pra mim.

—Assim você parte o meu coração.

—Você partiu o meu primeiro.

O rostinho dela estava inchado o que significa que ela estava chorando.

—Posso entrar?

—Mamãe! Me ajuda que roupa eu coloco?

—Se nós vamos para a Inglaterra tem que ser as desse lado do armário. E o papai? Ele vai com a gente?

—Não! Ele foi desconvidado.

—Ah, mas o papai te ama.

—Não ama não. Ele esqueceu meu aniversário, a confeiteira Margareth nem fez um bolo pra mim, nem um pequenininho.

—Me desculpe ter esquecido seu aniversário. Foi sem querer.

—Tá bem. Mas, como recompensa você vai levar a gente no shopping e vai carregar as sacolas e nós vamos tomar sorvete com um monte de calda de chocolate!

—Feito.

—Agora você tem que sair.

—É?

—É. Porque você é menino e os meninos não podem ver as meninas trocarem de roupa. 

—Tem razão.

—E você tem que mudar de roupa.

—Um beijinho?

Ela me deu um beijo na bochecha. E depois delas se arrumarem fomos para a Inglaterra num shopping que tinha uma cascata de chocolate.

—Amei. O homem que inventou esse tal sorvete deveria ser condecorado.

—É que ele já morreu pai.

Solara, Marina e Julieta compraram o shopping inteiro. Especialmente sapatos para as duas primeiras. As mulheres parecem ter um fascínio por sapatos neste mundo.

—Vamos no salão! E eu vou pintar meu cabelo de azul aquamarine.

—Vai?

—Só umas mechas.

—Eu posso também?

—Não. Você é muito novinha, não quero que comece a estragar seu cabelo agora.

—Own.

—Mas, podemos pedir pro cabeleireiro cortar, encaracolar ou alisar, fazer escova, hidratar ou um penteado bonito.

Eu aproveitei e deixei o rapaz cortar meus cabelos e comprei barbeadores novos e cosméticos que os meus estavam acabando.

Nós passeamos, fomos visitar o pai de Marina. Ela é muito apegada a ele e o que encontramos a abalou demais.

—Papa? Papa?

Ela entrou na casa e deu um grito.

—Marina!

—Não. Papa. No papa.

Ao contemplar aquela cena cobri os olhos de Julieta.

—Leva ela daqui. Temos que chamar a polícia.

O Senhor Pablo estava morto. Ele estava sentado na sua poltrona preferida e a televisão estava ligada.

Logo as autoridades vieram, levaram o corpo e médicos especialistas determinaram que a causa de sua morte foi uma parada cardíaca fulminante e que ele acabara de falecer.

Fomos preparar os rituais funerários do meu sogro que era tão boa pessoa. Ele foi enterrado ao lado da esposa e nós voltamos pra casa, Marina estava inconsolável.


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