A nova era Targeryen escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Julieta.
Meus pais são imortais, nós temos dragões de estimação e eu tenho seis anos.
Eu não sei porque eu tenho olhos azuis. Acho que herdei da minha avó, Isabela. Os cabelos escuros eu herdei da minha mãe.
O meu avô Pablo fica velho. Ele é o único membro da minha família que fica velho.
—Feliz aniversário! Hoje você faz sete aninhos querida!
—Mamãe! Podemos ir para a Inglaterra fazer compras e passear no shopping?!
—Por mim tudo bem, mas temos que pedir pro papai levar a gente.
—Porque o papai tem que levar a gente?
—Porque só ele e a tia Solara sabem como ir e voltar.
—Eu vou chamar o papai.
—Espere Julieta!
P.O.V. Rei Henry.
Eu estava em reunião com os lordes dos sete reinos quando uma pessoinha invade o salão de reuniões e dá a volta na mesa. Ela sempre fazia isso, sempre dava a volta na mesa.
—Papai! Papai!
—Julieta... estou em reunião.
—E dai? A sua reunião é mais importante que eu? Mais importante que o meu aniversário?
—Seu... Oh, sim hoje é seu aniversário. Era por isso que a babá estava tão ansiosa atrás de mim.
—Você esqueceu meu aniversário?!
—Amor, o papai está com muita coisa na cabeça.
—Então você esqueceu? Seu feio! Eu te odeio!
Ela saiu correndo da sala e bateu a porta fazendo um estrondo.
P.O.V. Henry.
Agora faz sentido porque a babá de Julieta, os confeiteiros e todos os demais empregados do castelo estão em polvorosa atrás de mim. Não acredito que me esqueci do aniversário da minha própria filha.
Julieta é a coisa mais importante para mim neste mundo.
Eu fui até o quarto de Julieta e minha mãe e minha esposa estavam na porta olhando pra mim de braços cruzados e cara de bravas.
—Eu sinto muito.
—E vem dizer isso pra mim? Não é pra mim que se tem que dizer isso não.
—Eu estou muito decepcionada com você Henry Targeryan!
—Não mais do que eu comigo mesmo.
—Mamãe!
Eu entrei no quarto e ela olhou com cara feia pra mim.
—Oi Princesa...
—Eu chamei a mamãe. Você não é a mamãe. Você é o papai feio que esqueceu do meu aniversário! Seu feio!
Ela atirou uma almofada cor de rosa em mim.
—A tia Solara vai levar eu e a mamãe no shopping e você não tá convidado!
Julieta mostrou a língua pra mim.
—Assim você parte o meu coração.
—Você partiu o meu primeiro.
O rostinho dela estava inchado o que significa que ela estava chorando.
—Posso entrar?
—Mamãe! Me ajuda que roupa eu coloco?
—Se nós vamos para a Inglaterra tem que ser as desse lado do armário. E o papai? Ele vai com a gente?
—Não! Ele foi desconvidado.
—Ah, mas o papai te ama.
—Não ama não. Ele esqueceu meu aniversário, a confeiteira Margareth nem fez um bolo pra mim, nem um pequenininho.
—Me desculpe ter esquecido seu aniversário. Foi sem querer.
—Tá bem. Mas, como recompensa você vai levar a gente no shopping e vai carregar as sacolas e nós vamos tomar sorvete com um monte de calda de chocolate!
—Feito.
—Agora você tem que sair.
—É?
—É. Porque você é menino e os meninos não podem ver as meninas trocarem de roupa.
—Tem razão.
—E você tem que mudar de roupa.
—Um beijinho?
Ela me deu um beijo na bochecha. E depois delas se arrumarem fomos para a Inglaterra num shopping que tinha uma cascata de chocolate.
—Amei. O homem que inventou esse tal sorvete deveria ser condecorado.
—É que ele já morreu pai.
Solara, Marina e Julieta compraram o shopping inteiro. Especialmente sapatos para as duas primeiras. As mulheres parecem ter um fascínio por sapatos neste mundo.
—Vamos no salão! E eu vou pintar meu cabelo de azul aquamarine.
—Vai?
—Só umas mechas.
—Eu posso também?
—Não. Você é muito novinha, não quero que comece a estragar seu cabelo agora.
—Own.
—Mas, podemos pedir pro cabeleireiro cortar, encaracolar ou alisar, fazer escova, hidratar ou um penteado bonito.
Eu aproveitei e deixei o rapaz cortar meus cabelos e comprei barbeadores novos e cosméticos que os meus estavam acabando.
Nós passeamos, fomos visitar o pai de Marina. Ela é muito apegada a ele e o que encontramos a abalou demais.
—Papa? Papa?
Ela entrou na casa e deu um grito.
—Marina!
—Não. Papa. No papa.
Ao contemplar aquela cena cobri os olhos de Julieta.
—Leva ela daqui. Temos que chamar a polícia.
O Senhor Pablo estava morto. Ele estava sentado na sua poltrona preferida e a televisão estava ligada.
Logo as autoridades vieram, levaram o corpo e médicos especialistas determinaram que a causa de sua morte foi uma parada cardíaca fulminante e que ele acabara de falecer.
Fomos preparar os rituais funerários do meu sogro que era tão boa pessoa. Ele foi enterrado ao lado da esposa e nós voltamos pra casa, Marina estava inconsolável.
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