P.O.V. Aegon.

Já fazem dezesseis anos que os sete reinos foram unificados.

As demais casas tombaram só sobrou uma. A minha.

Os Targeryen, filhos do fogo. 

Agora eu preciso de uma noiva, mas eu não consigo aceitar nem mesmo tolerar qualquer uma das ladies que me foram apresentadas. Eu quero uma Rainha!

Não muito longe dali...

P.O.V. Amara.

O meu nome é Amara Hale eu sempre me senti deslocada, sempre. Como se eu não pertencesse á vida que era pra ser minha, á minha casa, meus pais.

Hoje é meu aniversário e eu fiz um pedido. O meu pedido me trouxe até uma floresta no meio do nada, quando um grupo de bandidos vestidos com roupas medievais me ataca.

Eu entro em pânico e eles são arremessados longe. A força veio de mim e eu nem sei como.

Eu fui caminhando até chegar aos portões de um castelo. Quando ia passar os guardas me pararam.

—Quem é você?

—Meu nome é Amara Hale. Pode me dizer onde eu estou por favor?

—Você está no castelo do Grande Rei Aegon Targeryan.

—Você tá falando sério?

—Sim.

—E em que ano estamos?

—Mil quatrocentos e cinquenta.

—Caramba! Obrigado.

P.O.V. Aegon.

Estava cavalgando pelos bosques quando vi uma cabeleira negra passando e gritei:

—Detenham-na!

Os guardas a agarraram e ela revidou. Um dos meus melhores homens voou longe e ela pareceu surpresa, chocada como se desconhecesse a própria força.

—Moço! Ei moço!

Ela correu até o guarda e colocou a mão sob sua garganta.

—Ainda tem pulso. Ótimo.

Eu fui até ela e ela falou:

—Eu não sei como eu fiz isso. Juro que foi sem querer.

—Eu sou o Rei Aegon Targeryen.

—Muito prazer. Oh! Eu... sou Amara. Amara Hale.

Ela acenou com a cabeça desajeitadamente demonstrando que estava claramente desconfortável com a situação.

—Eu nunca conheci alguém como você Amara Hale.

—Achei que diria isso.

—Você tem um sotaque diferente. De qual dos sete reinos você veio?

—É... de nenhum. Eu vim da Inglaterra mesmo. Sou do Reino Unido.

—Reino Unido. Nunca ouvi falar. E quem é o seu soberano?

—Soberana na verdade. Rainha Elizabeth II.

—Uma soberana mulher?

—É. Tem algum problema com isso?!

Perguntou num tom de voz revoltado, indignado colocando as mãos na cintura.

—Não. Absolutamente.

Eu desci do cavalo para olha-la melhor. Ela era de fato muito bela.

Seus cabelos eram negros, brilhantes e sedosos como os de nenhuma outra lady. Os olhos eram dois orbes verdes, profundos e penetrantes emoldurados por longos cílios, sua boca era pequena, mas os lábios eram carnudos e tinham um aspecto molhado.

—Quem são seus pais?

—Amélia Blakely e Jonathan Hale.

—Sobrenomes diferentes?

—Eles foram casados, mas são divorciados agora.

—Filha de pais divorciados? Deve ser difícil para você.

—Na verdade não. De onde eu venho quase todo mundo tem pais divorciados.

—E esse seu nome Amara o que significa?

—Graça, misericórdia.

—E vós sois misericordiosa?

—Depende.

—De que?

—Eu não perdoo aqueles que me traem, mas também preciso de provas antes de condenar alguém. Provas concretas.

—Peço gentilmente que me acompanhe na minha viagem de caça.

—E eu gentilmente recuso. Eu não vou ver um animal inocente ser morto por um nobre.

—As damas tem estômago fraco.

—Acredite, ninguém tem mais estômago do que eu. Eu só não aceito que vá tirar uma vida por esporte. Com licença.

Ela seguiu a trilha foi-se embora. Em direção ao vilarejo.