A Arte de Ser Eu... escrita por MaluGibs
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde minhas tartarugas! Como estão nessa belíssima tarde chuvosa - ou não - ? Aqui estou eu com mais um capítulo, dessa vez pela primeira vez com o ponto de vista do Thyago. Espero que gostem e boa leitura :)
POV Thyago
— Senhorita Monteiro - dizia Patrick - devo dizer que a sua prova foi a melhor, como sempre! 9,2 não é para qualquer um. - Professor dos infernos!
— Não faço nada mais que minha obrigação professor. - Vadia. Acha que não vi essa piscadela?
— Tosc. Sínica. Tosc.
— E quanto a você, senhor Nunes - porque sempre ele tem que dar tanta ênfase no meu nome? -, vejo que não anda cumprindo sua obrigação.
— Achei que os seis gols que fiz no jogo da semana passada nos deu a vitória para a terceira fase. – alguns colegas meus riram, só não sei o porquê se não fiz nenhuma piada. Retardados!
— Tosc. Sínico. Tosc. - E você uma puta! Não tem inteligência nem para me insultar com algo diferente de mim.
— 2,4. A pior nota da turma, para variar.
O QUÊ? Não! Só pode haver algum erro, não tem como eu ter tirado menos de quatro nessa prova. Quatro até aceitava, mas 2,4? Isso é loucura!
— Talvez quando uma professoRA der a matéria e eu tosc. Dar tosc. Pra ela eu seja o melhor da turma também.
— Já chega Nunes, há anos você cisma em fazer essas insinuações bobas e infantis em relação à senhorita Monteiro - porque será não é professor? -, já está na hora de crescer. Se quer que suas notas melhorem, estude!
— Como se estudar ia me fazer passar, você me rodaria igual!
— Só uma pessoa pode fazer alguém rodar e esse alguém é...
Sabia que ele diria você mesmo, mas não o deixei ter o gostinho de terminar sua frase de professor exemplar.
—... A Maya, o "SENHOR" não precisa me dizer eu sei! Todo mundo sabe que ela é sua queridinha e a sua putinha, valeu? – Fui presenteado como o rosto dele vermelho de fúria, podia até jurar que vi fumaça saindo de seus ouvidos. Conseguia até imaginar o beco deserto onde ele desejava que nós dois estivéssemos agora para que ele pudesse me matar e esconder meu corpo sem que houvesse qualquer testemunha.
— Já chega Nunes, já para o SOI, leve isso com você - me entregou a prova - E traga assinada pelos seus pais amanha.
Desgraçado, e depois desses gritos todos até estou perdendo minha voz.
— Mas se meu pai ver essa nota, ele não vai me deixar jogar no sábado. - Conseguia ver o sorriso da vadia ao meu lado, ela era uma péssima atriz. Não consegue manter sua pose de mocinha ofendida nem por 40 segundos. Patético!
— Então acho que teremos uma ótima notícia para os reservas.
Levantei de minha classe, colocando sobre o ombro minha mochila fechada intocada desde o começo das aulas, saí da sala batendo a porta o mais forte que consegui e segui pelos corredores até a sala da minha mãe.
— Oi mãe! - cheguei dando um beijo em sua bochecha, só o fato de estar perto dela fazia eu me sentir um pouco melhor. Mas não suficiente para ela não ver o quanto estava alterado.
— O que faz aqui filho? - ela fez uma expressão de dúvida.
— Vim ver a mulher mais bonita do mundo! – beijei o topo de sua cabeça.
— Aram. O Que você aprontou? - pais tem um sexto sentido infalível.
— Nada... - falei olhando para qualquer coisa menos para ela, de propósito iria falar tudo para ela de qualquer jeito.
— Deixe-me ver... - ela olhou para a tela do computador e voltou para mim. - Hoje é quinta feira, não me diga que discutiu com o Patrick de novo?
— Olha isso mãe - lhe entreguei a prova - Não tinha como eu ter tirado uma nota tão baixa isso é ridículo!
— Eu que o diga – falou arregalando os olhos -, pode esquecer o seu celular pelo resto da semana.
— Está de brincadeira não é, mãe?
— Somente três dias, filho. Agora me dá ele!
Eu diria que minha mãe é bipolar com suas constantes mudanças de humor, mas era só uma tática que ela usava para que todos fizesse o que ela quisesse.
— Bom, o que você quer, tem mais coisa?
— Ele quer que você e o papai assinem para amanha. Mas você se lembra do que o papai falou da última vez? Que não ia me deixa jogar um próximo jogo, e...
— Você realmente gosta de jogar?
— Eu não tenho nenhum amigo aqui, até os nerds procuram ficar longe de mim por causa dos pais que eu tenho, quando eu to jogando, o pessoal milagrosamente sorri pra mim, me dá boa sorte e... É como se eu tivesse amigos sabe.
— Coitadinho do meu filhinho solitário - minha mãe bagunçou todo o meu cabelo como se eu fosse uma criança e começa a rir. - Está bem meu filho eu fico com sua prova, faço meu trabalhinho de artes aqui e amanha um pouco antes da aula você vem e pega, ouviu?
— Sim! Você é a melhor mãe do mundo e por isso eu te amo! - A abracei e a enchi de beijos, ela era minha melhor amiga, única na verdade. – E se não fosse minha mãe eu casaria com você! – A única pessoa desse planeta que valia a pena. O resto não valia nada, nem mesmo meu pai.
— Mas e se eu não fosse sua mãe, não deixo de ser comprometida.
— Eu faria seu casamento ir para o fundo do poço! - disse com um sorriso sádico no rosto que deixava claro que faria de tudo mesmo para sabotar aquela relação. Estava quase saindo da sala quando ela continuou flando.
— Ai, meu filho, você destruiria meu casamento?
— Sem pensar duas vezes.
— Nossa, isso é amor... Ou loucura! – ela sacode a cabeça – Não conhecia esse seu lado apaixonado.
— Só por você. – respondi com um sorriso de lado e ela deu uma risadinha.
— Não se esquece de que depois da aula você vai me levar pra casa, hein! Seu pai tem a reunião com os professores.
— Sim, te espero no carro.
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A aula acabou e eu já estava no meu carro - um jeep preto - escutando música e esperando minha mãe, desde que saí de sua sala estou aqui, não fiquei com ânimo nenhum de ver qualquer professor ou aula sequer.
Vi todos os alunos saírem, inclusive Maya, e depois de dez minutos minha mãe entrou no jeep.
— Vamos?
— Vamos.
Ao chegarmos em casa fizemos um lanche e eu me enfurnei no meu quarto até minha mãe chamar para o jantar. Nossa mesa era de quatro lugares, eu sentava de frente para meu pai e minha mãe entre nós dois.
— E aí filho, algo de interessante na aula hoje? – Cuidado! Cuidado! Ele irá farejar suas mentiras.
— Nada.
— E que tal falarmos de um jogo que vai ter menos um titular e mais um reserva nos próximos cinco sábados?
— Quem pai? - lhe perguntei com os olhos esbugalhados, ele sabe de tudo, o cretino do Patrick deve ter contado na reunião, só pode!
— Você! - ele começou a aumentar o tom de voz. - E saiba que nesses próximos dias de jogo você vai estar tendo aula, porque não estudou para a prova! E que vexame, dois e quatro antes ter tirado zero por não ter ido à aula. Que vergonha ter um filho inútil como você! O que você quer que pense os bem feitores da escola que o filho do diretor não tem capacidade de passar em uma simples prova de somar dois e dois!
— Estamos quase na final, eu não posso simplesmente sair do time todo esse tempo!
— Pode e vai, eu já falei com o treinador.
— Você não pode...
— Tanto posso quanto já fiz. – terminou com sua voz dura e seca, a mesma que estava acostumado a usar com seus alunos, os mesmos que como mariquinhas se cagavam de medo.
Minha mãe não falava nada, eu sabia que ela não tinha contado e era por isso que ela simplesmente não falava. Eu sabia que estava errado, mais ficar mais de um mês sem poder jogar, era loucura!
— E quem me dará as aulas? Não me diga que é o Patrick, se eu não aprendo nas aulas em sala de aula imagina fora delas.
— Como se você comparecesse a alguma aula para ter esse direito de falar que a culpa é do professor. E não, é uma aluna, quase tão inteligente como o professor, segundo as notas que vi.
Não, não!
— Não me diga que...
— É a aluna Maya Monteiro.
Puta que Pariu!
— Um doce de garota... – e eu já não conseguia ouvir mais nada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E mais uma vez você chegou ao fim de um capítulo, sei que é cedo, mas o que estão achado da fic? Sei que muitas pessoas podem não gostar desse tipo de personagem e por isso queria perguntar o que vocês sentem em relação a eles.
Tchau, Tartarugas! Até os comentários/MPs/PróximoCapítulo e tenham um bom dia, bjsss!