Michael-Ângelo. Este era o nome do menino que não sabia tocar nenhum instrumento, que não sabia cantar, e surpreendentemente para algumas pessoas, não sabia desenhar nem pintar. Michael nascera apenas com o dom da beleza e o jeito rebelde do pai, o que para algumas pessoas era extremamente problemático. Diziam-lhe para ser mais como o irmão gémeo: gentil e educado. Mas com toda a sinceridade: quem pediu a opinião delas? Ele não podia ser como era?

Aparentemente, ele tinha que ter a gentileza de Angel e de Hinata, a felicidade de Christa, e as boas notas de Akira. Sinceramente, boas notas? Era apenas isso que era interessante do irmão? Então e o voluntariado no canil que ele fazia? Isso não poderia ser considerado gentileza?

Para Ângelo, a sociedade estava podre, principalmente com todos estes estereótipos de perfeição. Ele seria sempre ele mesmo, e não seria a opinião de alguém que o iria mudar. Ele era Michael-Ângelo Fudou, e tal como o progenitor, ele não ligava para a opinião nos outros.

Mas havia uma pessoa que era uma exceção. E por essa pessoa ele poderia mudar.

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—Desculpe pelo atraso Beth-chan.

Passando a mão pelos cabelos e batendo o pé (uma tendência que ele ganhou da mãe quando está nervoso), Michael aproximou-se da namorada um ano mais velha. Ele não fazia ideia em como conseguiu o coração dela. Ele era um problema maior que uma equação de matemática, e ao contrário dela, tinha zero talento em canto. A menina era reconhecida por seu talento, enquanto ele era reconhecido pela sua má fama.

—Não há problema Mich-chan. Ainda deve dar tempo para irmos ao cinema. Vamos.

Sorrindo gentilmente, a irlandesa pegou na mão do meio inglês, que retribuiu o sorriso.

Michael podia ter muitos podres, e pode ter cometido muitos erros. Mas ficar com Elizabeth nunca fora um.