Família De Marttino. Recomeço(degustação) escrita por moni


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Amo vocês



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   Pov – Kevin

   Eu nem estava pensando em nada. Só quis mesmo ser gentil com uma moça bonita. Por que tanto drama? Mulher preconceituosa e irritante. Tão jovem e mesmo assim tão cheia de rancor.

   Encosto a moto no canto da mecânica, era apenas isso que ia fazer, deixar a moto pegar a mochila e subir, para minha casa. Depois do encontro com minha mãe tudo que quero é ficar longe de gente como essa senhorita Grimaldi. Senhorita primeira dama. Arzinho arrogante.

   Subo a escada lateral a mecânica, uma porta discreta com entrada independente. Minhas grandes janelas com as cortinas abertas enchem o lugar de luz.

   Abro um vinho e aspiro o perfume só para sentir o cheiro de casa. Tomo um gole e sigo para o banho. Depois me estico na cama. Vontade de voltar a trabalhar e colocar o passado de volta em seu lugar. No canto seguro da mente.

   Me pergunto o que fui fazer lá. Não sei bem o que esperava ouvir. No fundo acho que buscava um real pedido de desculpas pelo passado. Bobagem. Não Eleonor, ela não se arrepende.

   Tento entender seu lado, nossa vida foi mesmo um inferno. A guerra entre ela e meu pai durou toda uma vida e quando Dick acenou com aquela vida mágica ela simplesmente não pode resistir.

   Tudo teria ficado bem se ela e o novo marido não ficasse tentando de todos os modos me moldar a vida que eles queriam. Eu estava ainda machucado, na defensiva. Era só revolta, só magoas e tudo que eu queria era jogar em cima de todos minha frustação.

   Carrie era a única que me inspirava alguma calma, a única que me deixava com vontade de melhorar. Então aquela decepção. No fundo me fez mais bem do que mal. Por pura vingança eu quis mudar, me fortalecer e dar a volta por cima, só para não dar o gostinho a elas de me ver por baixo.

   Acho que Carrie sempre foi daquele jeito. Eu é que não via, encantado demais para enxergar a verdade. Completamente iludido em meu primeiro amor. Único, foi uma boa lição, não caio mais nessa.

   Não foi o fim, isso é natural, pode acontecer, foi como tudo aconteceu a traição, a mentira, as mentiras.

   Foi bom deixar tudo para trás, hoje me sinto outro. Busco paz, busco equilíbrio por isso não entendo como aquela garota conseguiu em três segundos me tirar do sério. Tinha tempo que não acontecia.

   Até me sinto meio culpado, se encontra-la de novo eu tento consertar, mas se ela for arrogante de novo mando para o inferno. Se mando, ela vai ver só.

   Acabo adormecendo, acordo com a casa escura, passo a mão pelo rosto e encaro o relógio. Sete e meia. Preciso comer alguma coisa. Descansar e amanhã retomar a vida. Péssima semana de férias essa minha.

   A geladeira está vazia, dei tudo que tinha para os caras da mecânica antes de viajar. Me visto e desço até a lanchonete uns metros de casa.

   A grande vantagem em viver numa cidadezinha como essa. Tudo pertinho.

   Está quase vazia, tem poucos turistas essa época do ano, além disso é um dia de semana e as família cozinham seu próprio jantar, as vezes, aos sábados e domingos as famílias se reúnem aqui para comer e conversar.

   Não olho muito em torno, só caminho para o balcão, nunca me sento em uma mesa. O lugar me lembra as lanchonetes americanas, não por acaso. O dono é um americano que como eu veio em busca de um pouco de paz e ar livre.

   ―Boa noite, John, uma cerveja e um sanduiche caprese, como sempre.

   ―Agora mesmo. Chegou hoje? – Ele me questiona abrindo a cerveja e me servindo a garrafa.

   ―Tem umas horas. Obrigado. – Dou um longo gole na cerveja enquanto ele se afasta para preparar meu sanduiche. Sinto um vulto se sentar uns bancos depois de mim. Olho para o lado e a primeira dama está lá, com um vestidinho de princesa e cabelos na altura do ombro bem arrumados, lisos e com uma presilha na lateral. Tão arrumadinha que chega dá agonia.

   Ela me provoca alguma irritação que não sei explicar, mas me lembro da minha promessa de tentar ser gentil e talvez pela força do meu olhar pouco discreto sobre ela, a garota se volta e nosso olhar se encontra. Ela logo se irrita. Dá para ver no modo como desvia os olhos. Deixo a garrafa sobre o balcão.

   ―Boa noite senhorita, bom tê-la de volta. – John diz entregando o cardápio.

   ―Obrigada. – Ela abre o cardápio, nem puxa conversa com ele. Parece que não está na Itália onde todo mundo tem sempre algo a dizer. Foi o que mais gostei quando cheguei. Esse jeito expansivo e falante do povo italiano.

   ―Boa noite. – Digo a ela. A moça se volta um momento. Sorrio. Puxo os cabelos e faço um coque, é só um vicio, sempre me vejo lutando com os cabelos compridos, mesmo que Filippo insista em dizer que faço de proposito, não posso negar que costuma funcionar.

   Com a delicadeza de um puro sangue selvagem ela simplesmente me ignora e volta seus olhos para o cardápio mais uma vez. Insuportável. Definitivamente.

   Um alerta dispara em mim. Me diz para continuar com minha cerveja e ignora-la, mas acontece que não consigo.

    ―Quando alguém cumprimenta é de bom tom responder. Boa noite senhorita Grimaldi.

   ―Não falo com estranhos. – Ela fecha o cardápio. – Um tramezzino de queijo de cabra, por favor. – A mulher é uma geleira. Que diabos que eu tenho que ficar tão incomodado com isso? – Uma água apenas. Obrigada senhor.

   John da um meio sorriso de deboche em minha direção quando pega de volta o cardápio e eu viro a garrafa de cerveja.

   ―Mais uma John. – Ela quer que eu seja um bêbado arruaceiro, então não é má ideia assusta-la um pouco. Ele me serve um tanto confuso, não sou de beber muita cerveja. Uma para acompanhar um sanduiche vez ou outra, nada mais.

   Ganho seu olhar um tanto assustado. Me faz sorrir ao levar a garrafa a boca sem desviar os olhos. A manga da camiseta sobe um pouco por conta dos músculos do braço, ela revira os olhos e volta a encarar o bar atrás do balcão, meu sanduiche chega primeiro.

   Deixo a garrafa de lado e dou uma mordida, ela toma um gole de sua água e quero muito parar de percebe-la, mas ela parece que me convida a admira-la.

   O ronco de três motos soa do lado de fora, ela olha um tanto assustada. Todos nós olhamos. É raro ter gente assim por aqui, mas três caras entram rindo alto e trocando soquinhos. Caminham em direção ao balcão. Não são daqui. Me acenam por pura afinidade, tatuagem, cabelos longos, pulseira de couro, nos confundimos como membros de um mesmo tipo de gangue. Aceno de volta.

   ―Queremos uma garrafa de vinho. – Um deles pede a John.

   ―Que vinho? – O outro ri. – Uísque. Uma garrafa.

   ―Duas! – O terceiro pede. John pega as duas garrafas, o cara olha para ela. A primeira dama foca os olhos no sanduiche um tanto assustada. Ok, sinto alguma pena, não devia. Ela bem que merece um susto para aprender a não ser grossa com caras legais que oferecem ajuda. – Oi gata. Sozinha?

   ―Aqui estão as garrafas. – John. Entrega num pedido discreto para que os caras deem o fora.

   ― Uma volta de moto, gata? A noite está linda. – O cara insiste.

   Um deles tira umas notas do bolso para pagar a conta, fico de olhos abertos, não vou deixar a garota ser molestada, não importa que seja insuportável, se passarem do limite eu faço algo.

   ―Aqui não é um bar. – John avisa. – Se puderem ir.

   ―Só estamos de passagem. – O mais velho que pagou pelas garrafas avisa. O outro continua a olhar a sua nova conquista. Ela continua a encarar o prato e estou oficialmente com pena.

   ―Já foram ao Museu da Ducati?

   Ganho todos os olhares. Sabia que para três motoqueiros em uma viagem como essa um museu da Ducati chama muito mais atenção do que uma mulher bonita.

   ―Aqui? – Um deles me pergunta.

   ―Bolonha. – Aviso. Um deles abre a garrafa, pede copos. John entrega e eles se servem e me servem. Um casal entra e se senta em uma mesa pequena ao lado do balcão. Dou um gole no uísque. A ingrata vai ter que me agradecer depois, por que eu odeio uísque, meu paladar acostumado com os melhores vinhos não acha nada divertido.

   ―Como chegamos? – Vou explicando sobre a viagem, a vista e tudo de bom que vão encontrar no caminho.

   A garota fica esquecida e me divirto vendo a pressa com que devora o sanduiche em busca de deixar logo o ambiente. Os caras agradecem as dicas, pegam as garrafas e deixam o lugar depois do segundo copo. No caminho olham descaradamente para a moça a mesa com o namorado.

   Uma pequena discussão começa entre o casal quando eles saem. Os caras ficam bebendo do lado de fora. Sentados em suas motos. A primeira dama termina o sanduiche, mas se mantem sentada. Fico rindo internamente de seu dilema, eu ou os três motoqueiros do lado de fora?

   Agora que já devorou o sanduiche e não tem mais motivos para ficar eu noto como a água se torna saborosa e ela fica ali, dando goles esporádicos fingindo distração.

   Ela não sai, eu também não saio. Não vou perder a chance de ver sua reação.

   ―Você é irritante sabia? – Ela me diz se voltando. Ergo uma sobrancelha sorrindo. Sim, estou sendo cínico, mas ela nem agradeceu eu ter distraído seus novos amiguinhos. – Não sabe que é constrangedor ficar olhando assim para alguém?

   Ela tem razão, eu não faço isso, mas ela me provoca com essa fingida indiferença.

   ―Perdoe primeira dama. Não foi minha intensão. – Faço uma mesura. Ela devolve com uma careta que a deixa linda. Continuo a olhar para ela.

   ―Escuta forasteiro, por que não pega sua moto, seus amigos bêbados e deixa a cidade de uma vez?

   ―Você é muito preconceituosa.

   ―E você muito atrevido. – O casal aumenta a voz, fica de pé, o rapaz paga a conta atirando notas no balcão. Quando o casal se dirige a saída a primeira dama da Itália fica de pé decidida a aproveitar o fluxo e assim que passa por mim eu aceno para John que fica rindo de mim quando sigo o casal brigando e a primeira dama os seguindo.

   Sou o último a chegar do lado de fora, bem a tempo de levar um soco vindo de não sei onde. As duas moças se encolhem. O namorado ciumento está definitivamente apanhando do trio e me sinto na obrigação de ajudar.

   No primeiro segundo eu só quero mesmo separar, ignorando o soco que levei e nem mesmo acertou de jeito, mas então um segundo soco me acerta e tudo tem limite.

   Eu que estava a pouco tomando um uísque ruim com os caras agora estou trocando socos como quando tinha vinte anos e era um garoto briguento sobre uma moto envenenada.

   Felizmente, ao menos nesse momento, brigar foi algo que a vida me ensinou e quando mando um deles a nocaute e já me concentro no segundo os motoqueiros escutam a gritaria e uma sirene. Se põe de pé encerrando a briga, ajudam o amigo meio tonto a subir na moto e se afastam.

   O rapaz pega a mão da namorada e os dois seguem apaixonados para longe, ela achando lindo que o namorado está todo estrupiado. Vai beijando os machucados e falando com voz melosa.

   Ninguém vai me agradecer? Olho para a primeira dama. Os olhos dela são de pura repulsa.

   ―Feliz, forasteiro?

   ―Ahm? – Nem sei o que dizer, a moça sai pisando duro e fico ali, de pé, na frente do bar, com John ao meu lado rindo feito um idiota. O único carro de policia para e dois policiais descem pedindo explicação.

   O riso de John se espalha ainda mais. Eu entrei numa briga que não era minha, todo mundo foi embora e sou o único que tem que se explicar? Depois que consegue domar o riso, John explica que apenas ajudei e os policiais seguem de volta para a sua soneca.

   Vou para casa querendo estrangular alguém. Mulher irritante, fico mais irritado com ela que com os caras briguentos e mesmo o casal de namorados.

   Acordo de péssimo humor. Nunca acordo de péssimo humor, mas hoje estou. Vou para vila em minha moto. Queria muito dizer umas verdades para a garota mais irritante do mundo.

   Me sento atrás do meu computador. O cheio dos toneis de vinho não são o bastante para me acalmar.

   ―Bom dia. – Vittorio cumprimenta.

   ―Para quem? – Pergunto sem olhar para ele. Vitttorio ri. Vejo que se movimenta a minha volta.

   ―Brigou na rua? – Ele pergunta e ergo meus olhos. – Sim. Tem um machucado no canto da boca.

   ―Eu me meti numa maldita confusão que não tinha nada que ver comigo. E irritante!

   ―Acontece. – Ele se senta ainda risonho. – Se deu bem?

   ―Melhor que os babacas, mas não sou esse cara que briga.

   ―Eu sei. Esquece.

   ―E ela nem para me agradecer.

   ―Ela?

   ―A primeira dama! – Aviso e ele ri de novo. – Uma garota. Metida, irritante, arrogante, uma idiota.

   ―Uma garota que não caiu em seus encantos? Filippo vai amar saber disso.

   ―Fui ser gentil, só isso, ela me vem cheia de grosserias. Desnecessário. Depois nos encontramos na lanchonete e ela fica se achando tão irritantemente superior.

   ―Entendo. Primeira dama?

   ―É. Isso mesmo, aquele tipo que fica em busca do príncipe ajeitadinho. Sabe? Que quer só fazer boa figura ao lado de um idiota na alta sociedade.

   ―Ela te tirou mesmo do sério. – Vittorio diz e suspiro.

   ―Esquece. Tem sorte. Não tem garotas como Gabriela por aí.

   ―Não. Tenho a garota mais perfeita do mundo. – Os olhos dele até brilham e acho divertido. Vittorio era tão fechado e infeliz e Gabriela resolveu as coisas para ele.

   ―Como está o bebê?

   ―Lindo. Vincenzo está lindo, nem sei o que estou fazendo aqui. Devia estar lá olhando para aquela coisinha perfeita.

   ―Devia. – Eu digo a ele. – Trouxe um presente para a Bella, uma boneca que comprei numa loja de bonecas. Não numa que vende roupas para bebês. Foi bem mais fácil. – Bella a filha mais velha de Vittorio é linda, mas já me fez passar algumas angustias. Quis ser legal com eles e passei umas horas com ela e o primo Matteo num shopping, horas de puro terror em que perdi as crianças, e ainda tive que comprar um manequim numa loja de roupas infantis.

   ―Ela vai gostar.

   ―Ela pediu. Pediu mesmo, literalmente ela disse. Tio Conan, não esquece meu presente.

   ―Minha pequena não sabe muito ser discreta. Adivinha quem chegou?

   ―Não faço ideia. – Ele não vai querer que adivinhe, não estou num bom dia.

   ―Valentina.

   ―Finalmente a irmã perdida decidiu aparecer. Que bom. – Imagino que Pietra deva estar nas nuvens com a neta morando um tempo com ela. Todos eles procuraram muito pela irmã perdida. – Como estão?

   ―Está... bom, está tudo em suspenso. – Ele me conta.

   ―Não se deram bem?

   ―Sim. Só... tem muitas coisas a serem ditas, mas acontece que não dizemos nada.

   ―Acho que não entendi.

   ―Todos nós, ela e eu, vovó, meus irmãos, os outros irmãos, ficamos só no campo das superficialidades. Entende? Como se tivéssemos medo de levar as conversar para o campo da intimidade e quebrar um pouco o encanto da visita?

   ―Entendo. Deve ser mesmo difícil. Ela é legal?

   ―Valentina é doce, delicada e tímida. – O irmão é só elogios. – Foi criada só pela mãe, muito reclusa, o oposto da Gabriela, ainda mais da Kiara, ela é gentil com todos, mas é como eu digo. Está fechada ainda.

   ―Normal ser assim no começo, eu acho, vocês todos estão ainda aprendendo a ser uma família. – Acompanhei muito as relações dos De Martinos. Foi difícil no começo. Aos poucos eles estão estreitando laços, mas até serem mesmo naturais acho que leva tempo.

   ―Gabriela diz isso. Ela faz bem a Valentina. Na verdade sinto que sou a pessoa que a deixa mais a vontade, ela fica mais tranquila perto de mim.

   ―Como você mudou. – Conto a ele. Vittorio era o afastado e reprimido e agora é o cara com quem a irmã perdida que acaba de chegar a família se sente melhor.

   ―Para melhor.

   ―Sem dúvidas. Deixei o presente da Bella em casa. Saí irritado, não conta para ela que cheguei, ela vem atrás de mim me cobrar.

   ―Não conto, ela está na escola.

   ―Amanhã fico no escritório e você, não sei o que faz aqui. Vá paparicar seu bebê.

   ―Kevin, você é ótimo. Vou mesmo. Aproveitou para resolver suas coisas? – Faço que sim, cheguei dizendo que era sozinho, um tempo atrás contei por cima para Vittorio um pouco do meu passado, sem nomes ou detalhes. Ele sabe apenas o que a garganta não travou.

   ―Foi bem rápido, um jantar que acabou no meio e foi bem esclarecedor.

   ―Quer conversar? – Vittorio é um bom amigo, mas hoje não, ele está tão feliz com seu bebê de poucos dias que não tenho intensão de perturba-lo com um assunto que nem sei se quero rever.

   ―Outra hora te conto. Agora vai ficar com sua família.

   ―Vamos marcar um almoço em casa para conhecer minha irmã. Antes do Filippo partir. Adoro essa coisa de me vingar dele.

   ―Quando quiser. – Digo voltando minha atenção ao computador.

   Vittorio deixa o galpão e tento me concentrar no trabalho. Minha cabeça que veio a viagem toda pensando em minha mãe, Carrie e o passado agora está cheia de visões da primeira dama irritante e seu olhar superior.

   ―Dispensou seu patrão Kevin, agora trabalha. – Balanço a cabeça para afasta-la e me concentro no trabalho. É disso que preciso, trabalhar e não pensar em nada. Ninguém para ser mais exato. Não pensar nela.


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Notas finais do capítulo

Beijosssssssssssss