Domando os corações escrita por Débora Silva


Capítulo 3
"O primeiro olhar"




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— Não é porque eu estou nessa cadeira que eu não posso quebrar essa sua cara linda! – passou os dedos dando dois tapinhas de leve. – Você me respeita ou já sabe o que vai acontecer Ana Flor Vasconcelos.

Ele a soltou e saiu empurrando sua cadeira e ela sentou tocando o braço e mais uma vez chorou de raiva e daquela condição que era a sua vida. Ana olhou para os lados e secou seu rosto e pela porta da cozinha ela saiu quase que correndo e pegou seu cavalo de dentro do estábulo e saiu pela fazenda cavalgar, queria mesmo era fugir mais não podia a filha amava o pai e ela não estava disposta a revelar toda a verdade de sua vida para sua menina.

Da janela da casa augusto a viu sair e palitou os dentes naquela noite ela iria ter que dar a ele um "carinho" ou ele iria marcar ela novamente. Ana cavalgou ate que chegou à divisa das fazendas e olhou para aquele pasto verde e depois olhou para o céu azul sem nenhuma nuvem e suspirou queria fugir daquela vida mais não podia. Suspirou e cavalgou rápido ate a cachoeira e desceu de seu cavalo e sentou ali pensando num passado bem distante...

INICIO DA LEMBRANÇA...

Era fim de tarde, Ana estava sentada no chão da sala estudando para a prova que iria ter na manhã seguinte, ela dava graças a Deus que ainda podia estudar já que sair de dentro de casa para outras coisas não podia. Augusto entrou batendo o chapéu na perna e parou assim que a viu tão concentrada tinha loucura por aquela mulher e queria ela a todo momento.

Sorriu, pois tinha sido o melhor negocio que ele tinha feito e ao deixar seu chapéu e seu chicote na mesa foi ate ela que sentiu o cheiro dele de longe e seu corpo tremeu. Há um mês eram "marido e mulher' e ela somente tinha nojo dele já que somente abria as pernas para que ele não a machucasse.

Ana parou o que fazia e sabia muito bem o que ele queria com a aquele sorriso e ele abriu o cinto tirando e ao abrir as calças ali mesmo sem se preocupar com quem pudesse entrar, ele se ajoelhou frente a ela e a puxou pelas pernas que fugiu não queria e não iria fazer as vontades dele naquele momento.

— Vem aqui potranquinha dar um carinho em seu macho! – sorriu e ela se esquivou, mas era quase impossível sair de suas garras e ele a beijou na boca.

Ana o empurrou para que ele a soltasse e ele só fez deitar sobre o corpo dela beijando e apertando o corpo dela sem cuidado e ela chorou pedindo, por favor, que ele não fizesse mais ele estava cego de desejo que apenas levantou o vestido dela abrindo suas calças e Ana se debateu tanto que ele perdeu a paciência porque todo dia era a mesma coisa e sentou o tapa na cara dela sem dó e com tanta força que ela perdeu os sentidos desmaiando.

Augusto chamou por ela no mesmo momento e ela não o respondeu e ele saiu de cima dela e a pegou no colo a deitando no sofá tentou de todos os modos acordá-la ate que sem resultado chamou um medico que veio rapidamente. Augusto disse a ele que estavam conversando e que ela desmaiou, o medico acreditou desacreditando e por fim conseguiu fazer com que Ana voltasse a si e ele começou a fazer uma serie de perguntas a ela em relação a sua alimentação e tudo mais, Ana foi respondendo a ele com calma sentindo o rosto ainda arder e uma vergonha por estar naquela condição.

— Eu preciso que faça esses exames de sangue! – escreveu no papel e deu a ela.

— Porque ela tem que fazer esses exames doutor? – Augusto questionou sendo grosso.

O medico se levantou e o olhou.

— Suspeito que sua mulher esteja grávida! – os olhos dele se encheram de luz enquanto os de Ana choraram sem controle e ela saiu correndo das vistas deles e subiu para o quarto e se jogou na cama chorando muito...

FIM DA LEMBRANÇA...

Ana chorava sentindo lembrando-se de quando descobriu que estava grávida, mas não era pela filha e sim pelo modo como as coisas tinham acontecido e ela se sentiu um lixo de mulher e somente aquelas águas a acalmava e ela tirou sua roupa ficando apenas em uma lingerie branca e mergulhou deixando que suas lágrimas fossem junto com aquela água gelada.

Não muito longe dali Lisa e Pedro cavalgavam juntos e ela falava tanto e ele nem prestava muito atenção no que ela dizia apenas queria que aquele passeio acabasse logo e que ela fosse embora, pois ele já não tinha mais paciência a ela. Pedro tinha conseguido não passear na cidade mais da fazenda não conseguiu fugir e enquanto ela falava ele olhou para o lado no junto momento em que Ana saia da água.

Ele pareceu entrar em uma bolha e apenas olhou aquela bela mulher de costas da qual ele não conseguiu ver o rosto mais apenas via que ela vestia sua roupa para ir embora, ele ficou curioso e parou seu cavalo queria ver o rosto dela para que pudesse encontrar aquela mulher de uma estatura tão formosa que o deixou sem ar mais não por muito tempo...

— Pedro? Pedro, você esta me ouvindo? – ele voltou sua atenção para Lisa.

— O que foi? – ele voltou seu olhar para onde Ana estava mais ela já havia ido.

— Você não ouviu o que eu te disse? – ele bufou.

— Vamos embora! – ele adiantou seu cavalo na frente a deixando para trás.

Pedro apenas conseguia pensar em quem seria aquela linda mulher que estava ali praticamente nua se banhando para qualquer um que passasse a visse e ele ficou ainda mais intrigado e suspirou indo para sua casa...

[...]

ALGUNS DIAS DEPOIS...

Maria Flor junto com Augusto arrumaram tudo para a festa de Ana que não moveu um dedo naquela festa, não queria e não iria comemorar nada mais ela não tinha escolha ou voto em relação aquela festa em que a cidade toda foi chamada. Ana suspirava a todo momento em que via eles falando ou fazendo algo para ela.

Ana sabia que a filha queria somente deixá-la feliz mais o marido queria apenas exibi-la como um troféu e posar como família do ano e ela já estava farta dele, Ana o olhava com tanto nojo e não deixou que ele a tocasse a não ser na frente de sua filha. A festa estava pronta e Ana olhava da janela algumas pessoas já chegando e ela apenas tinha seu cabelo e maquiagem pronta já que Maria Flor ficou encarregada de trazer seu vestido.

Ela suspirou agarrada ao seu corpo e fechou os olhos no momento em que a filha entrou em seu quarto com o vestido nas mãos mais Ana não se virou e continuou perdida em seus pensamentos.

— Mãe aqui esta seu vestido! – ela falou e Ana sentiu o coração pular e se virou para vê-la.

Maria Flor tinha um lindo vestido rosa claro rodado ate o joelho e um pequeno salto nos pés, os cabelos soltos e uma maquiagem simples, sorria para a mãe como se aquele fosse o evento do ano para ela.

— Você esta linda minha filha! – sorriu.

— e a senhora também vai ficar com esse vestido! – estendeu a mão a ela e Ana se aproximou pegando e olhando.

— Eu não vou usar isso! – Maria riu.

— Vai sim mamãe e pode vestir ele agora que papai já te quer lá em baixo! – beijou a mãe e saiu.

Ana olhou o vestido e sentou na cama há muito tempo não usava uma roupa tão linda como aquela, era apenas botas, calça jeans e blusinhas das mais variadas cores, mas nunca mais tinha colocado um vestido mesmo com a existência de Augusto ela sempre ia de calça e bota. Ela levantou e desamarrou seu roupão e deixou cair no chão e começou a se vestir e quando estava pronta se olhou no espelho, retocou o batom e desceu.

Augusto ao vê-la paralisou com tamanha beleza e não pode deixar de sorrir, Ana estava linda e Maria sorriu largamente para a mãe e o vestido que parecia ter sido feito exclusivamente para ela...

Ela se aproximou deles e Augusto pegou a mão dela e viu que ela não usava a aliança e apenas a olhou Ana sorriu em desafio a ele e puxou sua mão delicadamente e olhou a filha que sorria radiante e foi ate ela a beijado e abraçando com todo seu amor. Mas Maria ao olhar para frente ver aquele grosseiro entrando na festa ela bufou e soltou a mãe de imediato e saiu sem dizer nada indo ate Pedro que cumprimentava um fazendeiro.

— O que ta fazendo aqui? – Ana apenas a observou de longe e não gostou do modo como ela abordou aquele homem.

Madalena olhou o filho e estranhou o modo como ela falava com ele.

— Garota sai do meu pé! – ele foi andar mais ela insistiu.

— Quem te convidou? – Ana vendo como a filha bufava se aproximou e falou com tom de autoridade.

— Maria Flor o que é isso? – ela se virou de imediato.

Pedro não pode deixar de sentir o perfume dela e a admirar da cabeça aos pés.

— Mãe, esse "grosseirão" não deveria estar aqui! Eu não gosto dele. – Ana suspirou entendendo de quem se tratava e desviou o olhar dela para o homem a sua frente.

Pedro a olhou tão profundamente nos olhos que ele poderia desnudar a alma dela somente com aquele olhar, Ana não foi diferente sentiu que ela o conhecia de uma vida inteira e se prendeu naquele olhar e foi como se os dois entrasse em uma mesma bolha e se perdessem naquele primeiro olhar...


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