Domando os corações escrita por Débora Silva


Capítulo 27
"Salva"


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todas ♥



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Ana dentro do quarto podia ouvir os gritos dela de socorro e seus olhos choravam recordando um passado tão doloroso e se via em Lisa sofrendo seu primeiro abuso e se tornando mulher nas mãos de um homem que era seu algoz e de repente os gritos pararam e ela se desesperou chamando por ele. Era somente uma menina e não merecia ser vitima daquele maldito mesmo que tivesse escolhido a vingança, era uma menina e merecia ainda o mundo e ele apareceu ali suado e com a roupa amassada.

— Está feito e a culpa é sua!!! - respirava pesado e Ana se desesperou com ele vindo para cima dela...

Ana estava apavorada e se encolheu como pode na cama, ela sabia que ele era louco e capaz de tudo, mas não de matar uma pessoa e ela gritou com ele já no pé da cama.

— Não vai me tocar seu maldito!!!!! - estava com ódio e medo ao mesmo tempo e tentava soltar sua mão a todo custo e já podia sentir que sangrava e ardia ao mesmo tempo. - Nunca mais vai me ter a força!!!! - respirava com dificuldade pelo desespero.

Augusto amava ver as mulheres sofrerem e ainda mais Ana, ele era louco por ela e mesmo que fosse a força ele a queria e queria muito. Para ele era ainda mais prazeroso quando ela sofria e seus orgasmos eram ainda mais intenso, puxou as pernas dela e deitou sobre seu corpo a fazendo gritar, pois seus braços quase rasgaram com o modo como ela estava presa e ele sorriu.

— Assim me deixa ainda mais excitado!!!! - beijou o colo dela e Ana mesmo naquela posição conseguiu morder a orelha dele o fazendo berrar. - Vagabunda!!!! - sentou o tapa na cara dela.

Ana sentiu o gosto de sangue na boca e sentiu que começava a perder as forças e que lutar não adiantaria nada já que ninguém chegaria para salvá-la e nem mesmo ela conseguiria se salvar sozinha daquele maldito pesado. Chamava por seu amor em pensamento e rogava por uma salvação, mas parecia que não seria ouvida quando sentiu sua roupa ser totalmente rasgada por ele.

— Você nunca mais vai voltar!!!! - falou sorrindo e cheirou a pele dela. - Nunca mais!!!!

Ana fechou os olhos e o único que conseguiu fazer naquele momento foi chorar baixinho enquanto ele a cheirava por completo sentindo o seu prazer no mais alto grau de loucura e ela esperou pelo pior, mas como um passe de mágica ela sentiu que nada mais a tocava e ela abriu os olhos com desespero e o viu no chão.

— Nunca mais tocará em mulher alguma!!!! - o chutou muitas vezes entre as pernas e onde mais conseguiu.

— Cassimiro... - Ela gritou respirando pesado.

Ele não a ouviu e não parou de bater nele até que o viu desmaiar com o rosto sangrando dos chute e então ele a olhou bufando como um animal. Cassimiro foi a cama e a cobriu para que não ficasse exposta e começou a desamarrar os braços dela que gemeu assim que foi solta quase não conseguindo voltar os braços para sua posição e ele a ajudou com toda a calma do mundo.

— A senhora está bem? - tentava falar com calma, mas a voz ainda era afoita. - Senhor Pedro já está chegando.

— Você me salvou!!! - falou com a voz embargada. - Meu Deus, como me achou aqui? - sentou melhor vendo os pulsos bem machucados.

— Eu achei por acaso esse lugar e fiquei observando por muito tempo até que consegui falar com seu esposo e com os gritos eu não aguentei esperar e bati em todos eles!!! - segurou a mão dela com calma. - Já está segura!!!

— Lisa... - falou com pesar se recordando do acontecido.

— A moça no chão? - ela assentiu. - Ela está desmaiada e bem ferida!!!

— Ela Não está morta? - os olhos voltaram a estar cheios de lágrimas. - Meu Deus... - falou com um peso a menos em suas costas.

— Foi por pouco... - ele constatou.

Ana respirou pesado segurando o lençol enquanto deixa suas muitas lágrimas de alívio cair por seu rosto e o olhava com imensa gratidão.

— Você me salvou e eu nem sei como agradecer... - soluçou.

— Um dia você também me salvou. - sorriu com calma. - Não precisa me agradecer porque isso não se cobra!!!

Ana o puxou para ela e o abraçou, era o modo como podia agradecer aquele menino e Pedro adentrou o cômodo com o coração aos saltos.

— Ana... - falou afobado.

— Meu amor... - soltou Cassimiro que se afastou levantando e dando espaço aos dois.

Pedro avançou em seu amor e a beijou na boca abraçando seu corpo com loucura e ela chorou ainda mais sentindo a paz e a segurança em seus braços, ele a olhou por completo e a pegou no colo para tirá-la dali. A polícia já estava no local, junto a uma ambulância que levou Lisa para o hospital e Pedro a levou para seu carro e dali saiu sem prestar conta alguma a polícia porque ele precisava se certificar que ela estava mesmo bem e logo prestaria esclarecimento do ocorrido.

— Você está bem, meu amor? - falou a olhando a seu lado no carro.

— Agora eu estou!!! - o abraçou forte e o beijou mais uma vez. - Eu te amo e não sei o que seria de mim se...

Ele a calou com mais um beijo para que não pensasse mais naquele mau momento e a levou para o hospital. Foram mais ou menos duas horas em que ela ficou sobre os cuidados dos médicos e logo a entrada dele foi liberada para o quarto e ambos sorriram um para o outro.

— Tudo bem? - ele falou com calma se aproximando da cama.

Ana estava com os pulsos enfaixados e um tanto sonolenta pelo sedativo que tinha recebido para se acalma, estendeu a mão para ele que sentou na beirada da cama segurando a mão de seu amor. Ana era tudo para ele e ele nem se quer conseguia pensar em não vê-la ou tê-la em sua vida, Augusto tinha ido direto para a prisão e Maria logo chegaria para estar com a mãe assim que acordasse já que teve que ser medicada por conta da gravidez.

— Eu estou viva e agora livre para sempre daquele maldito homem!!! - respirou com calma. - Ele por fim vai pagar por tudo!!!

Pedro se aproximou de seu amor e a beijou na boca com calma e logo acariciou seu rosto com todo amor e sorriu para o sorriso dela.

— Você está salva!!!

Ela o puxou para um abraço e ele se ajeitou na cama sabendo que ela iria dormir e que ele não sairia do lado dela para nada. Ana se ajustou nos braços dele e suspirou uma paz que era sentida sempre em seus braços e fechou os olhos deixando que aquele dia se fosse e as lembranças fossem deixadas de lado por um momento...


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