Apos a dínamo, continuamos conversando muito! Mas eu nunca fui certa dos meus próprios pensamentos, no fundo no fundo eu gostei muito de ficar com ele, mas ficava pensando que era errado, minha cabeça estava prestes a explodir, queria poder continuar nossa amizade, sem que rolasse atração entre a gente. Conversei serio com o Iel de que oque houve foi um erro, e que não deveria se repetir, ele concordou (só que nao)

Meu cunhado tem um sitio no interior, e queria passar um final de semana com todos juntos, o Léo (o gato) iria levar uma garota, sobrou eu e o Iel melhores amigos.. ou não! 

Eu estava tao nervosa de ir pro sitio com Iel, que estava querendo desistir de ir, por mais bom que fosse passar o final de semana fora de casa, num ambiente agradável, perto da natureza, calor, sol, piscina relaxando com os amigos, eu sentia que seria infiel com minha palavra de novo, com medo de acabar sedendo ao jeitinho do Iel, malandro, e não queria. 

— Thai por favor, eu te peço, eu trabalhei muito essa semana preciso descansar, ficar quietinho com pessoas que eu gosto, não quero ter que ficar lá de vela, vamos ficar de boas, preciso escrever uns texto pra um trabalho, sua ajuda vai ser ate bem vinda, vai ser legal você vai vê. Não da mancada comigo por favor.

Okay, Iel meu querido amigo, eu concordei de ir, mas era estranho, depois das nossas bocas já se conhecer termos que se cumprimentar no rosto. Fomos no carro conversando e ouvindo bos trances, e de vez em quando uns house que eu gostava e eles riam por achar ruim.

Chegamos no sitio já a noite, e todas os casais pegaram seus quartos, eu e o Iel fomos pro andar de baixo da casa onde tinha mais uma sala, banheiro e quartos, um quarto com cama de casal e o outro com beliche, ele apontou para o quarto de casal, eu para o de beliche. - Rimos.

— Vamos dormir aqui, um em cada cama. - Olhei pra ele falando com afirmação, e colocando minhas bolsas em cima da cama.

— Tudo bem, você quem sabe.

Adorava o jeito como ele não questionava oque eu dizia, mesmo que fizesse um bico com cara ruim.

Ficamos todos comendo churrasco e conversando na churrasqueira. Eu ficava olhando pra ele com um certo desejo oculto, ficava imaginando mentalmente o seu beijo, não queria demonstrar interesse, mas ficava pensando o quanto foi bom aquele noite.

Todos se recolhemos para seus devidos quartos, porem o nosso quarto tinha um cheiro muito forte de mofo, e nós dois somos alérgicos ( ate nisso combinávamos) . Então ele propôs de colocarmos o colchão na sala, onde era mais ventilado e não tinha aquele cheiro forte .

— Ta vendo, você não quis dormir na cama de casal e agora vamos dormir no chão, quem manda não me escutar cabeção. ele riu com deboche.

Nos aconchegamos no colchão, os dois sem sono olhando pro teto e respirando fundo.

— Vamos fumar um (beck) pra dormir? e tomar um vinho. Ele disse

— Pode ser, eu concordei. Eu não gostava muito de beber nem de fumar, mas talvez isso me ajudasse a relaxar e dormir.

Ficamos ali fumando e bebendo e conversando.

— Eu gosto de você. 

eu sorri.

— Eu amo o seu sorriso, eu sou louco por ele.

— Iel, para! - sorri mais sem graça ainda. e respondi. - Eu gosto de você um pouquinho. Sorri sarcástica. 

— Mas é verdade Thainara, eu não to brincando com você pode acreditar cabeçinha. Nem é meu tipo fazer isso, ser iludidor. Eu sei que você não acha certo eu ser casado. Mas nao tenho culpa se gosto de você, a gente tem se dado tão bem, nao sei nem explicar como fico quando estou do seu lado, fazia tento que eu nao sentia isso por alguém. Eu já não estou bem com a Daniela( mulher dele) a muito tempo, nossa relação é fria, basicamente eu to com ela pro sustento dela e da Hanny ( a filhinha dele) , é como se nos se suportássemos, eu não há amo Thainara, não sinto tesão e nem desejo por ela. Mas nunca fui de trair, aconteceu de eu ficar com uma garota nada haver comigo em um desses festival que eu fui, mas foi porque eu estava muito loco. Ja você.. você me faz bem, e eu não to brincando com você. A gente combina.

Deu um nó na minha garganta pôs eu pudi ver sua sinceridade no fundo dos seus olhos, que lacrimejaram. Eu realmente sentia que a gente combinava, ele era tao sentimental quanto eu. O abracei forte. — Eu acredito em você. Encostei meus lábios no dele por um longo tempo sentindo nossas respirações de cruzarem. A gente tinha muito carinho um pelo outro. Coisas que eu nunca tinha sentido por ninguém, nem se quer pelo Murillo que eu acreditei estar apaixonada. Continuei errada, mas resolvi que deveria tentar, afim de respeitar meus sentimentos e emoções, que já não dava mais pra disfarçar, meu frio na barriga ao vê-lo, um aperto no coração gostoso, sensação de conforto.

Ele me deitou sobre a cama, nos cobrindo com lençol tipico aquelas cenas clichês de sexo de filmes e seriados. Eu nunca tinha tido uma noite tao prazerosa, com tanta atenção e calma. Ele dizia o tempo todo o quanto gostava de mim me olhando nos olhos e sorrindo.

— Porque você ta rindo hein? - Perguntei enquanto ele estava cima de mim.

— Porque eu to feliz. Você me faz feliz.

Agora tínhamos acabado de ter uma conexão ainda mais forte.