Once Again, You Haunted Me. escrita por Sunny Bunny


Capítulo 1
Capítulo 1. Once Again, You Haunted Me.


Notas iniciais do capítulo

Meninas cujo título da fanfic é maior que a fanfic em si me add.

OLAAAAAR

Então, eu escrevi "Rest In Peace, My Love" para participar do DeLiPa20 (quer saber o que é? Eu explico na primeira fanfic. Lê lá *merchan*) e tanto eu quanto as pessoas que leram sentimos necessidade de uma continuação ou um complemento, por que sofrimento pouco é bobagem.

Eis que através daquilo surgiu isso e eu espero que vocês aproveitem.

A leitura pode ser feita tanto desta para aquela quanto daquela para esta. A ordem dos fatores não altera o resultado, neste caso. Ou talvez altere. Não sei, pode ser que eu seja tendenciosa oijasoajsoajs

Boa leitura e leiam as notas finais!



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Hoje, uma vez mais, você assombrou-me.

Acordei como se ressurgisse das profundezas de um oceano de dor e arrependimento e fingi para mim mesmo que estava tudo bem. Mas não estava. Não está.

Sonhei contigo essa noite. Novamente.

Como o eco de quem eu fui quando você estava aqui, levantei-me e vesti uma roupa qualquer. Tardiamente, percebi que era aquela camiseta que você esqueceu aqui na nossa última noite juntos.

Ela ainda tem seu cheiro.

Então, hoje, uma vez mais, você assombrou-me.

Seu perfume fez ruir o chão de cristal sobre o qual tenho caminhado e eu caí. Você não estava lá para me amparar e não consegui levantar-me por mim.

Você foi minha bonança; me fez acreditar que eu poderia caminhar sobre as águas quando a tempestade viesse, mas quando os trovões soaram ensurdecedores, encobrindo meus gritos de desespero, e relâmpagos me cegaram enquanto a chuva se misturava com minhas lágrimas, eu afundei; afoguei-me num oceano de arrependimento.

Acendi um cigarro e traguei com vontade... Aquela mesma que tenho de você, dos seus abraços, dos seus beijos, do seu sorriso, do seu olhar. Antes, a diferença era que você fazia-me viver e o cigarro era aquilo que, aos poucos, me matava. Agora, já não existe diferença alguma. Agora, só conheço a dor da sua ausência e nada me serve de alívio.

Desonrei o nosso amor que, ao longo da vida, foi meu farol. A luz apagou-se e eu não consigo mais saber para onde remar... Não sei aonde posso te encontrar, meu porto. Faço, então, da minha tristeza âncora, e espero.

O frio da solidão enregela-me até os ossos e sinto-me faminto de amor, perdido em meio à um mar que meus pesadelos encheram de monstros. O seu fantasma caminha sobre as águas e chama meu nome. Um grito congela em minha garganta.

Maculei nossas memórias, meu amor... Minha sina.

Eu a trouxe até aqui incontáveis vezes. O sexo que fiz com ela foi esclarecedor para ambos de nós e ela viu através de mim. E eu sei que ela viu você, pois sob a máscara que foi perfeitamente esculpida para mim, tudo o que sou é o amor que sinto por ti e que não cabe em mim.

Meu maior arrependimento é nunca ter dito tudo o que aqui escrevo. Em quinze anos, nunca lhe disse o quanto te amo. A intensidade desse sentimento é tamanha que eu sentia-me ensolarado ao seu lado, e agora tudo o que faço é chover.

Você chegou na minha vida como um furacão de sorrisos e abraços com os quais eu não estava habituado, varrendo a solidão que me cercava; você iluminou meus dias mais cinzentos e não me permitiu ver sombra alguma; o seu amor rugiu para mim impetuosamente e todos os meus demônios fugiram.

Assim que te afastei de mim, a solidão fez morada no meu pequeno bote à remo e meus dias todos tornaram-se em noite. Meus velhos demônios trouxeram companhia e agora me atormentam em maior número. “Você o mandou embora”, eles sussurram através das águas frias, “E agora ele jamais voltará.”.

Nós sabemos o quanto eles estão certos.

Alguns meses já se passaram desde nossa última conversa e todos os dias acordei e adormeci sentindo nada, senão arrependimento.

Você estava disposto a fugir; deixar tudo para trás e, juntos, poderíamos escolher um lugar qualquer para viver, onde ninguém saberia nossos nomes e nem conheceria nossos rostos. Você sempre foi corajoso... E eu, como sempre, me acovardei.

Esperei que você viesse até mim, que tentasse me persuadir vezes sem conta como sempre havia feito até então. Falhei em perceber nos seus olhos que aquela era sua sugestão mais absurda e desesperada pois, tal qual eu, você não sabia o que fazer, mas estava disposto a qualquer coisa por nós.

Falhei contigo no momento em que você mais precisou de mim e hoje as consequências da minha covardia me impedem de dormir.

Você pensa em mim tanto quanto penso em você? Não consigo deixar de me perguntar isso.

Sinto sua falta.

Seu cheiro, seu calor, suas mãos nas minhas; os abraços nos quais você me envolvia e me surpreendia; os beijos que você plantava em minha nuca, pescoço e descia; seu riso rouco ao pé do meu ouvido; seu olhar sonolento que costumava ser minha primeira visão do dia... Eu não posso viver sem isso.

Percebo, então, que não posso viver sem você e, mesmo que tardia, essa é a conclusão à qual cheguei depois de definhar longe da tua luz.

Hoje é o dia no qual nos casamos.

Elas estarão nos esperando naqueles endereços marcados em caligrafia tão cuidadosa em nossos respectivos convites.

Hoje é o dia no qual nos casamos e não um com o outro, como planejamos que fosse infinitas e sonhadoras vezes.

Hoje nós sabemos que a realidade é diferente do sonho que vivemos durante quinze anos.

Quinze anos.

Não quinze dias, nem semanas, nem meses.

Quinze anos.

Os melhores da minha vida e aqueles pelos quais vivi, pois antes e depois de você, apenas existi.

Hoje você se casa, mas não eu.

Não.

Hoje, uma vez mais, você assombrou-me.

Naquele sonho que tive, você me fez aquele mesmo convite que uma vez eu recusei. “Vamos comigo.”, você dizia. “Eu vou cuidar de você, vai ficar tudo bem.”

Naruto, eu acredito em você.

Hoje você se casa, mas hoje seu fantasma, que tem me assombrado, me obriga a retornar àquele lugar aonde tudo começou.

Você se lembra, não é mesmo?

Aquele ponto de ônibus ainda existe?

Vou descobrir isso por nós dois.

Em algum lugar dentro de mim, há um anseio de que você esteja lá.

Dessa vez, eu iria contigo... Aonde quer que fosse, desde que você estivesse ao meu lado.

Hoje, uma vez mais, você assombrou-me.

Hoje, gostaria de poder ver seu rosto uma vez mais.

Hoje, nem que pela primeira e última vez, eu diria o quanto realmente te amo.

Naruto...

Você estará lá?

Eternamente seu,

Uchiha Sasuke.”


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Notas finais do capítulo

Assim como a primeira, me ative ao número de palavras do desafio e ao tema (mesmo que essa não seja uma participante oficial -qq)

Você pode encontrar a primeira no meu perfil ou nesse link: https://fanfiction.com.br/historia/740607/Rest_In_Peace_My_Love/

Aguardo reviews lá e aqui. Não seja um fantasminha e compartilhe comigo as suas opiniões!

Um beijo!

@UmaSunnyBunny



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