Joana e a Teoria da Colcha de Retalhos escrita por Natfrança


Capítulo 3
Segundo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês, estou muito animada com esse novo livro, espero que gostem, tenho me identificado muito com esse tipo de leitura, deixe seus comentário se você gostou, e se não gostou também.



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Liza melhor e talvez unica verdadeira amida de Joana estava parada enfrente a porta de seu apartamento, Joana andava lento em sua direção e e encara suas expressões tentando em vão decifra-las.

— Porque não me ligou? - A menina alta de cabelos curtos perguntou, colocando as mãos na cintura, é ela estava brava. concluiu.

— E precisava respirar. - Joana, falou ainda cansada do passeio de metrô entregando a chave para a amiga que estava mais próxima da porta.

— Me mandasse uma mensagem, fiquei preocupada. - Liza afirmou girando a chave e entrando no apartamento, sendo seguida por Joana.

— Desculpa, joga chave ali. - Joana falou tirando a bolsa do ombro e a jogando no chão, caminhou até a cama enquanto tirava os sapatos, jogou-se no colchão, apesar de preocupada e cansada não podia  evitar sorrir pela oportunidade que lhe fora dada. O silencio no pequeno apartamento continuou, mas joana sentiu a capa pesar, abriu os olhos e Liza a encarava.

— E então? - A loira perguntou com expectativa.

— Eles querem me contratar. - Joana declarou colocando a mão no rosto e rolando na cama enquanto  Liza pulava no colchão.

— Sério, demorou quanto tempo a reunião? - liza perguntou após cair sentada ao lado da amiga.

—  Menos de trinta minutos, mas eles não querem publicar meu livro. - Joana afirmou vendo a a menina em sua frente adquirir uma expressão confusa.

— Espera, eu não acho que entendi.

— Eles querem que eu escreva pra eles, mas não querem que seja aquele livro. - A menina continuava refletir.

— Então você vai ter que escrever uma nova história só pra eles?

— Sim.

— Nossa, que ruim.

— É ótimo, é a primeira editora que não me recusa.

— Eles meio que te rejeitaram, sabe foi só um pedaço de você que querem.

— Ótimo vai fazer parte da colcha de retalhos. - Joana afirmou sem se deixar abater.

— Eu ainda não entendi porque você se refere a vida como um colcha. - Liza comentou deitando ao lado da amiga.

— Eu aprendi com a  minha avó, ela disse que a vida é uma grande colcha de retalhos, cheio de pequenas colcha de retalhos.

— Nós somos as pequenas colchas? - A alta perguntou abraçando Joana.

— Sim. 

— Amiga, vamos dormir um pouquinho antes de sair? - Liza sugeriu.

— Vamos.

Abraçadas as duas amigas caíram no sono, recuperando as energias, que se gastavam rapidamente.

— Acorda Jo. - Liza cutucava a amiga.

— O que foi?

— Faltam quatro horas pro show. - Essa observação fez com que Joana levantasse rápido , e a tontura que a percorreu dizia que tinha sido rápido demais.

— Então vamos nos arrumar. 

Joana foi tomar banho antes de Liza, quando Joana saiu do chuveiro Liza entrou prontamente,as meninas não podiam perder tempo. Após algum tempo escolhendo as roupas as meninas começaram a arrumar o cabelo, Liza fez com que seus cabelos ganhassem algumas ondulações, as chamadas Beach hair ( Cabelo da praia), Joana optou por alizar seus cabelos cacheados, o que levou muita paciência e pelo menos uma hora, para que o efeito fosse natural, agora o cabelo parecia mais longo assim como ela queria, Após um pouco mais de duas horas de preparação as meninas estavam prontas, uma ao lado da outra no espelho.

— Vamos tirar uma foto amiga? - Liza perguntou pegando o celular, ela já sabia qual seria a resposta da amiga.

— Claro.

Algumas selfies depois, as meninas já entravam no carro do Uber, que parecia bem animado em recebe-las.

—  Hoje é festa meninas?

— Não, é show. - Joana comentou, sentindo-se animada.

— Harry Styles? . - O rapaz perguntou.

— Sim. - A meninas declaram animadas.

— Minha namorada vai também.

— A que máximo.

— Queria poder ir, mas é noite dela e das amigas sabe.

E assim a conversa continuou, todos animados no carro, quando chegaram ao lugar onde seria o Pocket show, as meninas saltaram do carro com a promessa de carona gratuita, pois o rapaz viria buscar a namorada. 

O show conceitual, de lançamento de CD, seria realizada dentro de uma grande industria que tinha sido desativada a quase dez anos, a rua lotada deixou a dupla de menias mais animadas do que já estavam, tinha sido difícil comprar os ingressos que em menos de trinta minutos se esgotaram, a compra exigiu litros de café e uma noite mal dormida, mas no final saíram sonolentas, felizes e com dois ingressos para a pista vip, e doze parcelas no cartão de crédito de Liza.

Andaram até a fila bem a tempo de verem o carro com os membros da banda adentrar a lateral do prédio, Liza não podia conter-se, dava pulinhos e alguns gritos com mais algumas pessoas na fila, Joana com o celular fazia questão de gravar tudo, queria recordar-se do primeiro show que participaria na cidade grande.

Após algum tempo, Joana não contou, não queria medir a ansiedade com o relógio, as portas foram abertas e a fila começou a a avançar, Joana e a amiga não podiam conter o sorriso quando viram sua a proximidade com a porta,  de mãos dadas as meninas caminharam até a bilheteria e  entregaram seu ingresso, para a surpresa das meninas nenhuma pulseira foi colocada em seus pulsos, mas um carimbou com um H foi feito nas costas das mãos das meninas, Joana achou o máximo, não tinham como perder como ocorria com algumas pulseiras.

O lugar era maior do que aparentava por fora, um grande pavilhão iluminado e muito bem equipado, as meninas entraram pelo corredor e saíram em frente ao palco, lutando para se posicionarem e um bom lugar conseguiram um a direita do palco com uma boa visão de tudo.

— Eu não acredito que finalmente estamos aqui. - Liza gritou abraçando a amiga.

— Nem eu. - Devolveu Joana tentando gritar por cima da musica que tocava.

Após vinte minutos o lugar estava lotado, e a banda subia ao palco, e então o cantor entrou causando euforia em todos no lugar, mas não em Joana. a menina era fã dele, e  ao avista-lo conseguia ver que havia alguma coisa de errado.

As duas primeiras musicas tocaram tirando o publico do chão, Joana tentou ignorar o incomodo, convenceu-se que esta era sua reação por ver seu ídolo tão de perto, então ela cantou danço, e pulou com as pessoas ao seu redor.

Mas nas primeira palavras cantadas da quinta musica a sensação voltou, mas desta vez todos viram Harry sentar no palco e começar a chorar, enquanto parava de cantar e dava um gole de um fracos que tirou do casaco, Joana pode jurar que ele olhava diretamente em seus olhos. A plateia não podia entender nada, algumas pessoas começavam a filmar outras se organizaram em um code de "Harry eu te amo", mas os olhos de Joana continuavam fixos nos olhos do homem. Que após algum tempo, levantou-se e pediu que a banda começasse a próxima da lista, o show continuou, e aos poucos a animação voltava ao lugar.

— O que foi aquilo? - Liza perguntou prendendo a atenção de todos que estavam no carro, a menina de longos cabelos pretos que sentava-se no banco da frente voltou-se para olhar, Joana e Liza.

— Eu sei, foi maluco. - Aria a namorada to Motorista de Uber declarou, a menina parecia te dezesseis, Joana estava quase certa que tinha, por alguns momentos se pegou tentando adivinhar a diferença de idade da menina para o motorista, mas desistiu, voltou-se a cabeça para a janela, olhando para a cidade iluminada com postes e alguns outdoors.

— Ele está mal. - Joana comentou.

—Acho que foi o término de namoro.

— Será? - André o motorista se meteu.

Joana achava que não, mas achou melhor não comentar, fazia um dia que vinha reparando no comportamento das pessoas, claro a menina sabia que isso não fazia dela profissional no assunto, mas estava quase certa que aquele comportamento estava logado a algum tipo de vicio.

No meio da noite Joana estava em seu quarto mas não para de pensar em quantas pessoas deveriam estar presas no vicio sem nem ao mesmo perceber, sempre com aquela desculpa de "eu paro a hora que quiser", ou até mesmo sem a ajuda necessária para encarar o vicio, Joana sentou-se na cama e abriu o notebook e só o largou quando a sol começava a entrar pela janela. A Jovem havia lido várias e varias matérias e pesquisas sore os vários tipos de vicio, estava decidida seu livro iria falar sobre isso. ela só precisava descobrir um pouco mais sobre o assunto, encontrar algum viciado que a deixasse acompanhar sua rotina, a menina riu sozinha.

— Como eu vou fazer isso? - Perguntou a si mesma. - Desculpa incomodar, mas eu vi que você é viciado, eu posso andar com você por uns tempos? - riu novamente, a ideia era realmente absurda, mas a menina lembrou-se de  ter lido em algum dos sites que acessou algo sobre o sistema de apadrinhamento, voltou a pegar o computador, e em um ato quase impensado, "quase", a menina mandou varias mensagens para casas de apoios e até mesmo retiros que cuidavam especificamente disso. Cansada fechou o fino computador e colocou na mesinha ao lado da cama esfregou os olhos olhando para o pequeno apartamento, deitou-se e caiu em um sono profundo. 


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