Cristais de gelo escrita por J S Dumont


Capítulo 19
Capitulo 19 - Reencontro com o passado


Notas iniciais do capítulo

olá meus amores tudo bem?
estou aqui mais um capitulo para vocês, espero que gostem e mais uma vez peço que comentem e se possivel também recomendem a fic e favoritem nessa reta final
beijos beijos e nos vemos nos comentários ;)



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19. Reencontro com o passado

Embora eu tivesse feito uma difícil revelação, o jantar acabou se tornando menos tenso, tanto que quando paramos de falar daquele assunto desagradável, meu pai começou a se interessar mais em saber sobre a vida de Peeta, e no final das contas, meus pais e minha irmã pareceram gostar bastante dele, também eu já imaginava que isso fosse acontecer, Peeta era um doce de pessoa, um cavalheiro ao extremo. Eles só precisavam conhecê-lo um pouquinho, para se encantar com ele assim como eu.me encantei.

Depois do jantar fomos para sala, e minha mãe levou café para nós, e embora meu pai tenha mudado de atitude conosco estando mais simpático comigo e com Peeta, eu ainda achei que ele estava um pouco estranho, parecia nervoso e olhava seu relógio de pulso em todo momento.

Depois de um tempo o vendo assim, achei melhor despedir-se e voltar para fazenda.

— É, eu acho que está na hora de ir não é amor? – perguntei a Peeta, que estava terminando mais uma xicara de café e colocando a xicara na mesa de centro.

— Ah ainda está tão cedo... – disse minha mãe.

— Só amor que temos que pensar que eles não moram aqui perto, é uma viagem longa não é? – meu pai perguntou.

— É uma hora e meia... – Peeta respondeu.

— Então... – meu pai se levantou. – Um dia combinaremos de irmos até a fazenda ver vocês... – ele disse, e eu sorri, levantando-me junto com Peeta.

— Nós adoraríamos! – eu disse.

— Sim, vocês seriam muito bem recebidos! – Peeta falou.

— E eu vou adorar ver esses dois fofinhos, eles são uma graça! – disse Prim, com os olhos brilhando. Peeta tinha mostrado a foto de Logan e Alex para Prim e meus pais, Prim sempre gostou muito de crianças e ficou encantada em ver a foto dos dois.

— Tenho certeza que eles irão adorar você! – disse Peeta, e então nos despedimos Primeiro dos meus pais e depois de Prim, e enquanto caminhávamos em direção a porta, eu senti-me aliviada, pois no final da conta tudo parecia ter acabado dando certo.

Pelo menos era o que eu pensava, quando ao sair pela porta de casa, caminhando em direção ao carro, eu vi um carro conhecido parar bem atrás do nosso. E um homem loiro descer rapidamente dele, meus olhos se arregalaram, apertei o braço de Peeta com força, quando vi que se tratava de Cato.

— Finalmente... – disse Cato com uma voz forçada para mim, ele veio como um animal furioso em nossa direção, Peeta entrou bem na minha frente, e encarou Cato seriamente. - Sai de perto da minha mulher! – Cato falou, num tom alto.

— Ela não é mais a sua mulher... – Peeta falou calmamente, fazendo Cato rir ironicamente.

— Eu não me lembro de termos nos divorciado!  - ele disse, parando de rir e agora nos encarando seriamente.

— Um papel não quer dizer nada, mas falando nisso os nossos advogados irão te procurar para darmos inicio a esse processo... – Peeta falou e cato bufou.

— Quem disse que darei o divorcio? – ele falou furioso. – E eu quero falar com a Katniss, é meu direito! – Cato disse, querendo empurrar Peeta para ele sair da frente, mas meu pai logo foi se aproximando, ainda com o braço sendo segurando pela minha mãe.

— Deixa minha filha em paz! – ele falou, fazendo Cato parar o que estava fazendo para olhá-lo com as sobrancelhas franzidas. – Minha filha já me contou o que você fez com ela esses anos todos, seu desgraçado! – ele disse, com o dedo em riste.

— Eu não fiz nada... Eu dei tudo para sua filha, ela que foi uma ingrata...

— Seu mentiroso! – eu gritei, o interrompendo, querendo sair de trás de Peeta, mas ele continuou me segurando.

Cato me olhou seriamente, eu correspondi o seu olhar.

— E você ainda tem a coragem de negar quando eu falava que você não prestava, em pouco tempo de separação já tá dormindo com outro... – ele falou, Peeta num gesto rápido, aproximou-se dele e lhe acertou um soco no rosto, ouvi minha mãe gritar, e vir em minha direção, me segurando, eu fiquei olhando a cena apavorada.

— Parem, por favor! – eu pedi, enquanto via Cato empurrar Peeta, e também lhe acertar um soco, mas o meu pai entrou no meio deles, para fazer com que a briga parasse.

— Tenha um pouco de dignidade e vai embora Cato, você não é mais bem vindo aqui! – meu pai o expulsou.

Cato passou a mão nos seus lábios, que escorria um pouco de sangue devido ao soco que Peeta lhe deu e depois lançou-me um olhar estranho, ao mesmo tempo que era furioso também era bem assustador, o meu estomago revirou-se enquanto eu observava ele entrar dentro do carro dele e rapidamente ele deu ré, para virá-lo e ir embora, em alta velocidade.

Lágrimas caíram dos meus olhos, enquanto aproximava-me rapidamente de Peeta, colocando as minhas mãos em seu rosto.

— Está tudo bem? – perguntei.

— Sim, ele já foi embora, não vai mais te importunar... – ele falou.

— Me perdoa, eu falei para ele que vocês viriam aqui, só que eu ainda não sabia que Cato tinha feito isso com você minha filha, se eu soubesse, eu nunca teria falado para ele... – meu pai disse, aproximando-se de mim, e pegando as minhas duas mãos.

Eu confirmei com a cabeça e sorri forçadamente para ele.

— Tudo bem pai, eu te entendo, eu que peço perdão por não ter contado antes para vocês... – eu falei, e então abracei meu pai, e enquanto eu colocava minha cabeça em seu ombro, mais lágrimas caíram dos meus olhos, eu já imaginava o quanto seria tão terrível reencontrar Cato de novo.

+++

Enquanto voltava para fazenda, os meus olhos permaneceram grudados na janela do carro, foi difícil rever Cato, principalmente porque vê-lo fez com que as terríveis recordações do que vivi ao seu lado voltassem em minha mente, encostei minha cabeça no vidro da janela e soltei um longo suspiro.

Senti a mão de Peeta segurar a minha mão e então o olhei, fora impossível naquele momento não me lembrar do olhar ameaçador de Cato, eu sabia, eu tinha certeza de que aquele não seria o fim, ele iria tentar ir atrás de mim, eu tenho certeza disso.

— Está tudo bem meu amor? – Peeta perguntou, apertando mais forte minha mão.

— Se eu disser para você que não estou com medo do Cato, eu estaria mentindo... – respondi.

— Fique sossegada, eu não vou o deixar chegar perto de você! – ele disse, eu sorri para Peeta, só que o sorriso saiu meio que forçado.

— Eu não tenho medo só por mim Peeta, eu morreria se ele machucasse você ou as crianças... – eu respondi.

— Isso não irá acontecer, estamos seguros na fazenda! – ele falou, forcei um sorriso e olhei novamente para janela, eu não sabia por que, mas eu não estava certa disso.

Eu soltei um longo suspiro, enquanto voltava a olhar para a janela, estava chovendo forte e não dava para ver muita coisa, os vidros estavam embaçando com facilidade, o que fazia com que Peeta andasse em baixa velocidade.

Iriamos demorar mais de uma hora e meia para chegarmos á fazenda.

+++

Os próximos dias por incrível que pareça foi bem mais sossegado, embora tivermos passado por momentos difíceis, Primeiro a morte de Glimmer, depois meu reencontro com Cato, ainda assim, parecia que novamente o tempo estava fazendo com que as coisas voltassem a se iluminar de novo.

As crianças estavam novamente ficando mais sorridentes e voltando a brincar, eu não tinha tido mais noticias de Cato, ele não havia ido atrás nem mesmo de meus pais o que me deixava mais aliviada. Já tínhamos ido falar com um advogado, que falou que iria começar com o tramite do divorcio, na mesma semana Peeta também contratou uma ajudante para Tara, o que eu achei melhor, afinal, os dias acabaram sendo corridos e eu não tinha mais como continuar trabalhando na livraria, tivemos que dar mais atenção ás crianças, perdemos alguns dias conversando com advogados e a família de Peeta também viria essa semana a fazenda para ficar uns dias lá para nos ver e ver as crianças.

Eu comecei a falar com meus pais e com Prim com mais frequência do que antes, e eles já estavam pensando em um dia que viria nos visitar na fazenda, Finnick e eu também falávamos no telefone quase todos os dias, cheguei a contar para ele sobre meu rápido reencontro com Cato, e também de eu ter contado para os meus pais o real motivo da separação minha com Cato, como imaginava ele gostou muito de saber disso, afinal, ele sempre me aconselhou a falar a verdade aos meus pais, eu que sempre fui muito cabeça dura e sempre adiava isso. Mas como ele mesmo disse, nunca é tarde para se fazer a coisa certa.

Peeta e eu também acabamos tendo que adiar o dia de ver uma escola para as crianças, afinal, preferimos esperar elas melhorarem e esquecerem pouco a morte da mãe, agora as vendo um pouco mais animada, Peeta e eu decidimos não adiar mais, logo fomos as escolas da região, a procura de uma perfeita para Logan e Alex.

Peeta decidiu visitar as três melhores escolas da região, elas eram mesmo linda, as salas de aula eram espaçosas, tinha muito espaço para as crianças brincarem, o parquinho era lindo, todos os funcionários muito simpáticos e eu não fazia ideia de qual delas era melhor, uma das funcionarias falou com a gente sobre o material didático e o método de ensino, e depois de irmos as três escolas, voltamos para a fazenda conversando sobre elas. Peeta queria que eu opinasse em qual eu achei a melhor, mas eu não conseguia opinar, porque eu havia gostado das três.

Então eu dei a ideia de levarmos as crianças nas três escolas, para que elas mesmas pudessem dizer qual delas elas havia gostado mais, Peeta concordou, então no dia seguinte voltamos lá, agora com as crianças, elas pareceram animadas e felizes em visitar as três, depois passamos numa sorveteria, e enquanto pedíamos os sorvetes questionamos elas, perguntando qual delas eles haviam gostado mais, eles ficaram divididos entre a segunda e a terceira escola e no final das contas, acabamos optando por matriculá-los na terceira escola que visitamos.

— Legal agora vamos poder aprender de novo! – dizia Logan feliz, enquanto entrava no carro, para voltarmos para fazenda.

— O parquinho da escola é bem grandão, você viu o tamanho do escorregador Logan? – disse Alex, com um sorrisão enorme no rosto.

— É, ele é bem alto, parece que estamos subindo para o céu! – Logan concordou.

— É e lá vocês também terão aula de Frances, eu quero ver vocês dois falando Francês... – disse Peeta, ligando o carro, eu sorri para ele e peguei na sua mão, enquanto ele começava a dirigir de volta para casa.

+++

Quando chegamos em casa, as crianças já foram saindo correndo do carro para falar sobre a escola nova para Molly, enquanto Peeta e eu íamos até o nosso quarto, eu entrei nele, tirando o sapato que estava me apertando e logo eu senti Peeta me abraçar por trás.

— Você acha que escolhemos a escola certa? – Peeta perguntou próximo do meu ouvido, virei na direção dele, e coloquei os meus braços em volta do seu pescoço.

— As crianças adoraram, eu tenho certeza que sim! – respondi.

— É verdade, se elas ficarem satisfeitas, eu também fico... – ele disse, e então me deu um selinho, trocamos sorrisos. – Sabe você também, se quiser poderia começar a estudar, eu tenho certeza que isso te deixaria feliz... – ele disse, mordi os meus lábios enquanto pensava.

— É, eu iria gostar bastante mesmo... Eu vou fazer algumas pesquisas e pensar, qual área poderia me agradar mais! Para eu ter certeza...

— Sim, é uma decisão que tem que ser bem pensada, para você não tomar nenhuma decisão errada... – ele falou, mordi meus lábios e voltei a lhe dar um monte de selinhos. - Eu te amo! – o ouvi sussurrar, enquanto dávamos outro selinho, outro e mais outro. Meu coração batia forte, e era engraçado como eu nunca me cansava de ouvir ele me dizer isso.

— Eu também te amo! – eu disse, abraçando com força e dando agora um beijo de verdade nele.

Continua...


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