Silent Pain - Love Doesn't Have Legs escrita por UnknownTelles


Capítulo 21
Milagres Acontecem


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Desculpem ter demorado com esse capítulo. Foi muita maldade ter deixado o capítulo 20 daquele jeito e sumir por três semanas, mas eu tinha uma prova que tava me deixando meio louca.
Graças a Deus já passou.
Esse capítulo está com algumas surpresas, espero que gostem! ;)
Boa leitura!



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•×• Evan's POV •×•

Seu corpo simplesmente ficou mole em meus braços. 

Eu nem sequer tive a chance de respondê-la. De pedir perdão pelo quão estupidamente me comportei, de tentar explicar os meus motivos — por mais que eu soubesse que nada pudesse justificar a minha imbecilidade.

Eu a abracei ainda mais forte como se o calor do meu corpo fosse capaz de trazê-la de volta. Eu sentia o coração dela bater contra o meu próprio fracamente, mas eu não sabia quanto tempo ele aguentaria. Eu não tinha tempo para esperar ambulância alguma. Ela precisava de socorro e até mesmo um segundo longe do hospital era um risco que eu não queria, não iria correr.

Levantei com Sarah em meus braços e observei seu rosto sereno. Como conseguia ser tão linda ainda era um mistério para mim. Seus cabelos castanhos adornavam seu rosto como uma moldura para a arte mais bela pintada em forma de mulher. E seus olhos... Apertei-a com força trazendo-a para mais perto de mim. Eu precisava ver seus olhos de novo. Aquelas duas pomas de chocolates que me fitavam com tanta determinação e inteligência que eu nunca havia visto antes. A primeira vez que a vi no escritório do apartamento conversando com Evelyn sem dúvida havia sido um momento... Único.

Com largas passadas desci o palco. Os guardas haviam contido o homem que já não segurava mais a arma. Tive vontade de ir até ele e atirar em seu corpo lentamente até implorar para que eu acabasse com a sua miséria, mas podia decidir sobre o que fazer com ele depois. No momento Sarah precisava de minha total atenção.

Atravessei o salão em apenas alguns segundos. Eu tinha certeza que Evelyn e Jonathan estavam gritando meu nome, mas eu não tinha como me importar menos. Meu irmão me alcançou quando passei pela entrada. Eu estava decidido a ignorá-lo não importasse o quanto protestasse para esperar a ambulância.

— Evan, tome — ele esticou a chave do seu Audi na minha frente. — Eu sei o que você está pensando. Já mandei o valete levar o carro pra frente do hotel. Apenas, vá.

Ele pôs a chave na minha mão que segurava as pernas de Sarah e correu de volta para o salão. 

Destravei as portas com a chave automática e coloquei Sarah deitada no banco de trás. Pressionei um rápido beijo em sua testa antes de mover para o banco do motorista e começar a dirigir. Estava pouco me lixando para os sinais vermelhos que ultrapassei, apenas fazia uma prece silenciosa para não chamar atenção da polícia porque eu não pararia nem que colocassem uma arma na minha cabeça. Teriam que me prender só quando chegasse no hospital e tivesse certeza de que Sarah estava recebendo o devido tratamento.

— Eu não vou deixar que nada te aconteça. Está me ouvindo? — Bati no volante em frustração enquanto trincava os dentes. — Voce tem que viver!

Depois de longos e torturantes sete minutos, cheguei em frente ao melhor hospital de New York. Parei o carro na entrada sem me preocupar em fechar as portas. Apenas peguei-a com cuidado em meus braços e corri para a recepção da emergência. Uma enfermeira saiu detrás do balcão e já veio em minha direção assim que atravessei a porta automática.

— O que aconteceu? — Perguntou checando o pulso dela.

— Tiro — respondi seco.

Logo outros médicos vieram e uma maca surgiu na minha frente. Depositei-a sentindo a maior angústia da minha vida. Teria doído menos ter arrancado meu próprio coração com as mãos e posto ali do que vê-la se afastar e não poder fazer nada eu mesmo. O sentimento e impotência era angustiante.

Assim que foi examinada por alguns médicos, eles me informaram que precisaria passar por uma cirurgia para a retirada da bala. Sem pensar duas vezes assinei alguns papeis como guardião. 

A sala de espera ao lado do centro cirúrgico foi onde me disseram para esperar. Sentado em uma das cadeiras, com os braços cruzados encarava o teto enquanto ansiedade me consumia interiormente. Aquela era a segunda vez em que passava por uma situação parecida, mas era a primeira em que eu desejava que a pessoa do outro lado fosse capaz de sobreviver.

— Evan — uma voz familiar me chamou.

Não me dei ao trabalho de virar para ver quem era: Jonathan. No momento só queria ficar em paz e deixar a culpa me engolir. Se acontecesse qualquer coisa a Sarah, eu jamais me perdoaria.

— Você! — Uma mulher gritou.

Fechei os olhos tentando calar todas as vozes ao meu redor, mas os abri subitamente ao sentir uma pequena e delicada mão agarrar a gola da minha camisa social. Eu havia jogado o terno do smoking em algum lugar, não me importando em saber onde.

Logo reconheci a pequena figura. Ela estava o tempo todo ao lado de Sarah durante a Confraternização. Tinha os cabelos castanhos escuro e olhos azuis royal que despejavam raiva em mim. O vestido que usava combinava com seus olhos, mas já não estava impecável como no início da noite, cheio de pregas de onde provavelmente havia agarrado tantas vezes.

— O qu-

Fui calado com um soco na cara. A pequena era mais forte do que parecia e seu pequeno show só acendeu a fúria que eu estava tentando manter contida por causa de toda a situação. Estava prestes a xingar aquela louca mulher quando ela inesperadamente jogou os braços em volta da mim apertando-me em um abraço por alguns segundos. Era uma posição estranha pois eu ainda estava sentado e ela, em pé.

— Obrigada por ter salvado Sarah — agradeceu da forma mais bizarra possível. — Mas só pra constar, eu ainda te odeio.

E dessa forma exótica ela se afastou e foi de encontro a um Jonathan tão surpreso quanto eu, ela o abraçou pela cintura e ele logo a envolveu como um enorme urso. Ele beijou a sua testa e sussurrou algo em seu ouvido. Logo depois ambos foram se sentar na parte mais afastada da sala. Eu estava um pouco surpreso com a cena, não sabia quem ela era exatamente nem como estava relacionada tão intimamente Jonathan, mas não ruminei muito o assunto. Tinha outras prioridades em mente.

Estando no banco mais próximo da porta do centro cirúrgico, queria ser o primeiro a receber qualquer notícia. Recostei a cabeça na parede já me preparando para a longa espera quando ouvi mais passos entrando na sala. Fechei os olhos tentando me isolar de qualquer um que não pudesse me dar notícias sobre Sarah naquele momento.

Sentia-me esgotado, como se tivesse corrido uma maratona por dois dias ininterruptos. O que tornava inevitável impedir que os pesadelos da minha hora de sono viessem me assombrar enquanto acordado sob forma de lembranças terríveis. Fechei os olhos e quase que imediatamente o dia em que tudo começou me veio a cabeça.


— Jonas, onde você está?! — Gritei para o corredor vazio fazendo conchas com as mãos em volta da boca para fazer o som sair mais alto. — Eu já procurei em todos os quartos! Já tô ficando cansado, sai logo do esconderijo pra gente apostar corrida!

Minhas pegadas eram o único som que podia ser ouvido no enorme e sombrio corredor da mansão.

— Buuuu! — Ele gritou atrás de mim me fazendo pular que nem um sapo e gritar junto.

— Muito engraçado —  cruzei os braços com raiva.

Ao contrário de mim, ele tinha um sorriso enorme no rosto. Parecia que ter chegado aos doze anos era o ápice da vida dele para atormentar o irmão mais novo de sete.

— Awwnnn, Evanzinho ficou magoado — debochou apertando a minha bochecha.

Dei um tapa em sua mão ainda carrancudo.

— Eu não me magoo, isso é coisa de mulherzinha! 

Jonathan caiu no chão de tanto rir, o que apenas serviu para me deixar ainda mais irritado.

— Não fale besteiras, Evan — ao som daquela voz, esqueci completamente todo o ódio que estava começando a sentir pelo meu irmão. Esse era o efeito que ela tinha em mim. — Homens também se magoam e choram. Quem foi que te disse tamanha asneira?

— Mamãe! — Corri em sua direção com os braços abertos.

Evelyn teve um pouco de dificuldade para me erguer no colo, o que estava ficando mais frequente conforme os meses passavam.

— Ora, pelo menos está fazendo as refeições corretamente. É só comer mais um grãozinho de arroz e eu não consigo te carregar mais, mocinho — disse beliscando o meu nariz. — Agora me conte, quem te disse que homens não podem se magoar?

— Eu vi num programa na TV.

Evelyn suspirou e me pôs no chão estendendo a mão para que a segurasse.

— Pois precisamos diminuir seu tempo assistindo TV.

— Ah, não! De novo não!

Aquela foi uma noite excepcional por muitos motivos. Primeiro que meu pai estava em casa e eu estava muito feliz que ia jantar com a gente. Segundo que ele não estava bêbado enfiado no escritório. Esses dois motivos já contavam como se fossem muitos.

Estávamos rindo de uma piada boba que ele contara, mas estranhamente o sorriso de Evelyn não parecia verdadeiro. 

Quando algumas empregadas entraram para servir a sobremesa, eu a vi. Ela nem mesmo me olhou, estava focada na figura de meu pai que não lhe dava muita importância. Ela serviu a cada um de nós — pareceu impressão minha que ela tenha quase jogado o prato de pudim de Evelyn em cima dela? — mas quando chegou no meu pai, demorou um pouco mais. Ela o olhava estranho e estava se inclinando muito na direção dele. Isso obviamente não passou despercebido a ele que devolveu o mesmo olhar estranho antes de descaradamente olhar o decote do uniforme que tinha os primeiros botões do vestido desabotoados.

Ele pigarreou e limpou a boca no guardanapo antes de pedir licença e se levantar. Eu lembrava bem daquele dia, pois o sentimento de decepção me preencheu. Eu tinha esperanças de brincar com ele a noite toda aproveitando que estava de bom humor, mas ele voltou ao jeito de antes e entrou no escritório. Quando olhei para Evelyn, uma expressão estóica vestia seu rosto, de forma que eu não sabia o que pensava. Em nenhum momento ela interrompera a sua refeição, nem mesmo pareceu reparar em como meu pai e aquela mulher se olhavam estranho.

Jonathan, ao contrário, parecia irritado e inconformado. Suas feições se transfiguraram de brincalhão para maduro. Subitamente, já não era mais o irmão que brincava comigo no corredor antes da janta.

— Até quando vai se prestar a toda essa humilhação? — Ele tinha os dentes trincados e as mãos fechadas em punhos. 

Ela demorou para responder, tomando o próprio tempo terminando de mastigar e dar um pequeno gole na taça de vinho.

— Termine a comida, Jonathan.

Ele levantou dando um murro na mesa fazendo todo o conteúdo em cima tremer. 

— Faça o que bem entender, estou cansado de falar a mesma coisa. A senhora pode se conformar com essa situação, mas eu já cheguei na minha cota — ele respirava pesadamente com os olhos cheios de fúria. — Aquele internato de que Walter falou, eu quero que me matricule nele. 

Isso pareceu finalmente tirar Evelyn de seu transe porque ela baixou os talheres no prato e encarou meu irmão surpresa. Ela nem mesmo o repreendeu por chamar o pai pelo primeiro nome.

— Mas você fez uma cena terrível pra não ir pra aquele colégio. Tive que insistir dias com o seu pai para que mudasse de ideia e ficasse com Evan na mesma escola.

— Estamos quites então, não é mesmo? Já que seus esforços para convencê-lo se tornaram inúteis assim como todos os meus esforços pela senhora têm sido inúteis todos esses anos.

— Jonathan, não permito que me falte com respeito! — Repreendeu-o ainda tentando manter a compostura.

— Como posso respeitá-la se a senhora não se dá ao respeito?

Ela estava prestes a respondê-lo, mas fechou a boca de novo sem palavras. Sem esperar mais um segundo, meu irmão saiu da sala de jantar. 

Poucas semanas depois desse incidente, Jonathan começou o ano no internato para meninos do outro lado do estado. Ele tinha permissão para visitar a família todo final de semana, mas ele nunca foi. Demorou um ano até que decidisse ir de novo para casa, mas então já era tarde demais. O meu pior pesadelo começou naquele ano quando meu irmão e único amigo me deixou só. 

 

O barulho que eu tanto queria ouvir me trouxe de volta para o presente. O cirurgião veio em minha direção e em um pulo eu estava de pé intimidando-o a falar o mais rápido possível.

— O senhor que é o guardião? — Perguntou.

— Sim, so-

— Eu sou o guardião — cortou-me uma voz que eu não conhecia.

Virei e me deparei com um homem em seus cinquenta anos, mas que já tinha todos os cabelos encanecidos. Seus olhos azuis e as sobrancelhas enrugadas mostravam  preocupação e confusão. 

— Eu sinto muito, mas preciso falar com o guardião de Sarah Wright. Quem de vocês dois é que é? — Inquiriu o médico um pouco impaciente.

— Sou eu — respondemos em uníssono.

O homem me encarava indignado.

— Me desculpe, filho, mas eu sou o pai dela. Acredito que isso já seja prova o suficiente de que sou o guardião legal. 

— Eu não tenho tempo para isso — Suspirei passando a mão pelo cabelo. — Doutor, quais são as novas?

— Ela está bem, fora de perigo iminente de morte. A cirurgia foi um sucesso e agora ela está sendo preparada para ser transferida para o quarto particular.

A garota de mais cedo que me dera um tapa pulou de alegria no pescoço de Jonathan enquanto falava alguma coisa incompreensível. Olhar para ela me fez perceber a quantidade de pessoas que estavam ali. Uma outra garota de cabelos pretos e olhos cinza estava abraçada a um garoto que era muito parecido com a que tinha me agredido. Evelyn estava próxima do que havia se apresentado como pai de Sarah... Nem nos conhecíamos e provavelmente eu já tinha o nome da lista dele de "manter longe da minha filha", mas não me importava com ninguém que não fosse ela naquele momento. 

Um casal mais velho que reconheci como o Sr. e a Sra. Kendrick também estavam ali, eram os donos do orfanato cujas crianças teriam se apresentado na Confraternização. Eles eram amigos de Evelyn desde que eu era menino então os conhecia bem. 

E ele. O motorista também estava lá: Hernández. Cerrei o punho e trinquei os dentes ao vê-lo. Odiava ter que ver qualquer um daquela família. Lidar com Carla era mais fácil sabendo que não tinha ideia do que acontecia à sua volta todos esses anos, mas ele e sua...

— Há mais uma coisa — o médico começou a dizer —, uma... Possibilidade que toda essa situação trouxe, e é isso que eu preciso conversar com o guardião.

O pai de Sarah se aproximou e fez menção de ir com o médico para um lugar mais reservado.

— Fui eu quem a trouxe até esse hospital e assinou a autorização para que essa cirurgia acontecesse, portanto, eu também sou guardião. Eu preciso saber o que quer que esteja pra acontecer com ela queiram vocês ou não — ordenei, meu tom extremamente calmo, mas autoritário. Sem mais paciência, finalizei: — mostre o caminho, doutor.

Sem ousar me contrariar, o médico nos levou a uma sala anexa. Quando nos sentamos, comecei sem rodeio:

— Que possibilidades são essas de que estava falando? 

Ele apoiou os cotovelos nos joelhos e entrelaçou os dedos enquanto alternava os olhos entre o Sr. Wright e eu.

— Vocês sabiam o que era que estava tornando a Srta. Wright paralítica? — Perguntou.

Fiquei em silêncio. Aquela era uma das mil e uma perguntas que me faziam queimar os poucos e sãos neurônios que eu ainda tinha. Desde que a vi pela primeira vez, desejava saber o que foi que acontecera para que uma mulher tão viva, inteligente e bela ficasse confinada em duas rodas.

Não.

Mais do que saber o que aconteceu, eu queria saber quem tinha feito isso e tirar unha por unha dos seus dedos. A pior coisa que se pode fazer a um pássaro é cortar-lhe as asas e era assim que eu via Sarah: como um pássaro ansiando pelo vôo, mas sem conseguir sair nem ao menos um centímetro do chão.

— Foi um... Acidente há alguns anos. Um covarde embriagado a acertou enquanto dirigia e desde então a minha menina não consegue mais andar — ele respondeu com a voz embargada e os olhos marejados. 

Franzi o cenho ante aquilo. Como um homem crescido e de cabelos brancos conseguia se mostrar tão vulnerável para estranhos? Ele era estúpido ou o quê?

O médico pareceu um pouco comovido pela história, pois seus olhos se suavizaram.

— Entendo que devem ser lembranças dolorosas. Sinto pressionar no assunto, mas é necessário devido ao que aconteceu hoje. 

— Seja direto — exigi.

Ele supirou antes de continuar:

— Nós temos dois tipos de nervos no corpo: os sensitivos e os motores. Grosseiramente falando, os sensitivos permitem que o seu cérebro receba todo o tipo de informação exterior que chegue ao seu tato como toques, calor, vibrações. Os nervos motores são responsáveis pelo movimento dos seus membros, como levantar os braços, sorrir, respirar... Andar. O acidente que aconteceu com a Srta. Wright fez com que os nervos motores que vão pras pernas ficassem comprimidos em sua raíz na medula. 

— Mas os nervos sensitivos não — afirmei tentando entender.

Ele balançou a cabeça concordando.

— Sim, por isso que ela ainda era capaz de sentir qualquer estímulo tátil, mas não conseguia mover a perna.

— O que o senhor está tentando dizer, doutor? — O Sr. Wright perguntou, parecia mais confuso do que eu em toda aquela situação.

— Eu estou tentando dizer que a Srta. Wright nunca perdeu a capacidade de andar. Ela apenas não podia por causa da compressão dos nervos. Sendo uma área bem delicada, acredito que os médicos na época acreditaram que era melhor não tratar porque havia altos riscos de torná-la tetraplégica, o que seria muito pior do que a sua situação atual — ele parou por alguns segundos para respirar. — O incidente de hoje foi realmente uma infelicidade, mas ouso dizer, uma felicidade ao mesmo tempo. A bala que atingiu a Srta. Wright não poderia ter sido mais precisa do que foi.

— O senhor está tentando dizer que a minha menina ter recebido uma bala é uma boa coisa?

— Não, perdão pela escolha de palavras. O que eu estou querendo dizer é que essa bala em específico acertou a Srta. Wright exatamente na lesão que pressionava o nervo motor das suas pernas. Dois cenários poderiam ter se desenvolvido disso: ela poderia ter tido toda sua medula destruída e exatamente nesse momento estar tetraplégica.

— Ou?

— Ou poderia ter seu problema anterior corrigido da forma mais impossível e milagrosa.

— E o que tudo isso quer dizer?

— Quer dizer, Sr. Roberts, que a Srta. Wright vai poder andar de novo.


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Notas finais do capítulo

QUE FINAL É ESSEEEEEE?
Gente, preciso que vocês sejam pacientes com Evan. Ele realmente é um pouco sexista, machista e quem sabe retardado, mas isso tudo está relacionado a algumas coisas que aconteceram com ele que ainda vão ser reveladas.
Olha, não foi fácil escrever na visão dele. Eu nem pretendia colocá-lo narrando a história em nenhum momento, mas depois pensei que não havia melhor forma de fazerem vocês sentirem um pouco do que ele sentiu se não fosse pelo ponto de vista dele.
Enfim, desculpem a nota grande. Espero que tenham se empolgado com o gostinho de revelações que estão pra começar a serem contadas. Finalmente, não é mesmo?
Boa semana a todos! Um obrigada especial para as novas marcações e comentários na história!
Beijo pra todos! Boa semana!



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