O trem parou, indicando que finalmente chegaram na próxima cidade: Cidade de Las Neves. O mais engraçado é que não tinha neve nenhuma na cidade.

— Pelo nome achei que pelo menos as construções fossem brancas — a loira olhou ao redor.

A cidade era muito bonita, com pessoas andando de um lado para o outro, crianças brincando, e construções parecidas com as de Magnólia.

— Bem, o nome é esse por causa da fundadora: Carmen Las Neves. Nunca nevou por aqui — Laxus disse.

— Já veio aqui?

— Não. Eu apenas li naquela placa ali — apontou para cima.

— Tá brincando que tem uma placa assim, ainda mais na entrada da cidade... — gota.

— ... — deu de ombros, começando a andar.

Não precisaram andar muito, rapidamente encontraram uma pousada um tanto quanto... Estranha.

Parecia uma pousada normal e aconchegante, com um diferencial... Não tinha recepcionista. As chaves dos quartos estavam lá expostas, como se deixar suas coisas largadas fosse super normal.

— Então... Melhor procurar outro lugar — Lucy fazia menção de sair.

— Espera, tem uma placa.

Bem— vindos à pousada Las Neves

Coloque o dinheiro no caixa e a chave virá até você

Obrigada, de nada.

— Acho que o pessoal daqui adora uma placa — Happy ria.

— Então... O que custa tentar.

Lucy colocou o dinheiro, indicado em outra placa, dentro da caixa que tinha em cima da recepção. Uma das chaves voou na sua direção.

— Magia...

— Isso é bem estranho — Laxus também pegou sua chave.

— Vamos subir pra deixar as malas, depois descemos para almoçar.

— Peixe — subiu voando, com os olhos brilhando.

Os três subiram, guardaram suas malas e saíram da pousada. Logo na frente da mesma, havia um pequeno restaurante, mas estava lotado.

Por pura preguiça decidiram esperar na fila para poder entrar. Ficaram mais ou menos meia hora parados do lado de fora do restaurante até conseguirem uma vaga.

— Se eu soubesse que ia demorar tanto... — Lucy lamentou.

— Sua sorte é das piores, sua estranha — Happy riu.

— Ora seu...

— Se continuarem papeando nós vamos perder a vaga — Laxus reclamou, fazendo os dois se calarem e o seguirem.

Se sentaram e fizeram seus pedidos. Enquanto esperavam ficaram conversando coisas aleatórias, até a missão virar o assunto principal.

— Onde será que está a próxima parte do cajado? — Lucy perguntou.

— Não faço ideia... Os outros dois foram bem fáceis de encontrar, esse não deve ser tão difícil...

— A Dona Tamandra disse que ia nos ajudar... Qual será a ajuda dela dessa vez?

— Não sei... Só espero que não seja outra ilusão.

— A ilusão foi bem leg... — o gatinho foi impedido por um papel que voou na sua cara. — Papel voador... Olha, é a foto de uma árvore.

— Me deixa ver, Happy — pegou o papel — Que aleatório...

— Será que essa é a dica? — perguntou pensativo.

— Pode até ser... Mas devem ter milhões de árvores na cidade, estamos cercados por uma floresta — Laxus observou.

— Vai demorar muito sair vasculhando todas...

— Desculpe-me a intromissão — o garçom apareceu com os pedidos. — Mas eu reconheceria essa árvore de longe, ela fica na praça central da cidade.

— Sério? — Happy o olhou.

— Sim, não fica muito longe daqui. Na verdade é só vocês seguirem reto que chegarão lá facilmente — sorriu gentilmente.

— Muito obrigada — Lucy sorriu agradecida.

— Não precisa agradecer — sorriu envergonhado. — Agora se me derem licença. Tenham uma boa refeição — voltou para a cozinha.

— Nós vamos até lá depois do almoço? — a loira perguntou.

— Com toda certeza, embora eu ache que não vai ser tão fácil como imaginamos — Laxus a olhou.

— Pelo menos já sabemos por onde começar — Happy disse. — Agora podemos parar de falar? Estou com fome — colocou as patas na barriga.

— Novidade — Laxus zombou, fazendo a loira rir.

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— Agora entendi porque aquele garçom disse que reconheceria essa árvore de longe... Ela é enorme — a loira olhou para cima com os olhos esbugalhados.

— É maior que a árvore do festival de Magnólia — Happy olhava admirado.

— Então... Quem quer começar escavando? — Laxus perguntou.

— A Luxy.

— Porque eu?

— Você tem a Virgo, ela pode cavar e ver o que tem lá debaixo.

— Happy.. VOCÊ É UM GÊNIO! — abraçou o gatinho. — Abra-te portão da Donzela, Virgo — logo ela apareceu.

— Em que posso ajudar, Hime?

— Virgo, você consegue cavar abaixo da árvore para ver se tem algo lá? Mas não cause nenhum dano, por favor.

Virgo não respondeu, apenas sumiu, sendo possível sentir um leve tremor embaixo de seus pé. Em menos de um minuto ela já estava de volta.

— Não encontrei nada Hime... Mereço uma punição?

— Não Virgo, sem punição hoje... Mas obrigada pela ajuda — sorriu.

— Me chame de precisar Hime — disse antes de sumir.

— Não tem nada embaixo da árvore... O que vamos fazer agora?

— Esperamos até ficar de noite, assim vemos a árvore brilhando — Laxus olhava para a árvore enquanto falava.

— Essa árvore brilha de noite? Como sabe disso?

— Adivinha — apontou para uma placa.

— Eu devia ter imaginado algo assim — disse com uma gota.

— Podemos fazer algo divertido enquanto esperamos? — Happy perguntou.

— Tipo?

— Aquele parque aquático no final daquela rua — apontou para a uma na esquerda da árvore.

— ... Tem um parque aquático logo ali... — Lucy estava atônita.

— Parece divertido — Laxus sorriu.

— Então podemos mesmo ir? — o gatinho perguntou com o olhinhos brilhando.

— Claro, só vamos pegar nossas roupas de banho na pousada.

— AYE! Vou pegar minha bermuda e uma vara de pesca — voou feliz.

— Ei loira, vai ficar ai moscando ou vai vir com a gente? — Laxus passava a mão na frente do rosto dela, a fazendo sair do transe.

— Tem certeza que é certo ir até lá? Estamos numa missão... Não podemos ficar passeando por ai.

— Todos precisam se um pouco de diversão de vez em quando — sorriu para ela. — Não se sinta mal por isso, não é como se estivéssemos abandonando nosso objetivo. Estamos apenas aproveitando o tempo livre que temos, por enquanto.

— Mas e se a árvore for só uma coincidência? E se estivermos seguindo uma dica que nem dica é?

— Só vamos saber se essa árvore vai nos ajudar de noite. Por enquanto podemos esfriar a cabeça.

— Mas..

— Mas nada. Estamos indo bem, já temos duas partes do cajado, isso em menos de uma semana. Não é um pequeno momento de diversão que vai estragar nossos planos. Apenas pare de se preocupar — sorriu gentilmente para a loira.

— Sim... — se deu por vencida. — Então vamos logo, não queremos ficar para trás, né? — Lucy correu na frente.

— Estranha — riu, antes de a seguir andando calmamente.