Em meio a sangue, gritos e morte Hana Kinoshita nasceu. Uma bela jovem à frente de seu tempo, com longos cabelos rosados e olhos aguçados ao mundo se encantou e lutou como os guerreiros de sua família ao lado do amado Madara Uchiha.

Uma paixão ardente se deu perante os dois quando ainda eram jovens. Quando o coração daquele que havia aprendido a amar e lutar por ainda era permeado apenas pelos mais singelos sentimentos, mesmo vivendo em meio a uma guerra secular. Ela filha de um dos principais samurais que jurou lealdade aos Uchihas e ele? Aquele que um dia iria representar a família diante o mundo. Liderando todos nos campos de batalha e determinando cada detalhe durante os tempos de paz.

Ela cresceu o seguindo pelas tendas dos acampamentos, o considerava o homem mais bonito daquela família de guerreiros, “o mais poderoso” em seus pensamentos. Mas no fundo ela sabia que ele era apenas um jovem rapaz, que necessitava de carinho e atenção, fazendo com que ela jurasse em seu intimo que o seguiria de batalha em batalha até o final de sua vida.

Quando percebeu a amizade que nascia entre o amado e um Senju ela temeu por tudo e por todos, mas a chama da esperança de que um dia aquela guerra, que perdurava por anos afinco, se finalizasse com uma união e boa convivência entre todos aplacava os tremores de seu coração.

A esperança lavava seu peito a tal ponto que prometerá abdicar do juramento de samurai, caso a paz finalmente reinasse entre as terras do oriente. Um juramento que não deveria ter feito, mas que só havia sido aceito devido a ela ser quem era e ser reconhecida por aqueles que ela jamais imaginou que um dia a reconhecesse.

Naquela época, Hana achava que seus sentimentos corriam de forma unilateral, mas logo após o juramento, em um simples final de tarde debaixo de uma cerejeira, ela compreendeu que era recíproco. Madara Uchiha a reconhecia não só como uma grande guerreira, mas como a grande mulher que ela era com uma simples declaração e uma promessa de casamento.

A filha de um samurai, aquela que havia enfrentado tudo e todos para lutar juntamente com os homens de seu pai seria a futura senhora Uchiha. Debaixo daquela árvore eles selaram o amor diversas vezes ao longo dos anos. Com a morte de Izuna Uchiha, Hana conheceu um lado que jamais imaginou apreciar no amado A dor o transformou em algo impetuoso e vingativo. Ela visualizou uma mancha negra o corroendo e o levando para longe de si.

Hana fez tudo o que pode em seu alcance para afastar Madara de um futuro cheio de magoas, ressentimentos e vingança, mas durante uma batalha seus esforços chegaram ao fim em um ato impensável de amor e proteção. Ela previu um ataque de ninjas adversários e tomou a frente, sendo violentamente golpeada. Aos pés de Madara a jovem guerreira cairá. Enquanto buscava por palavras e ar, sangue vazava de sua boca.

— Não se movimente, por favor!

— Eu...

— Não fale! Por favor, Hana!

— ... sempre...

— Não!

— ... te amarei...

— Não fale, vou tira-la daqui!

— ... por todas as...

— Hana!

— ... as minhas... vidas...

O homem robusto, obstinado e comandante daquele esquadrão não conseguia se mover. A batalha que antes passava em flashes rápidos caminhava vagarosamente, fogo negro podia era visto ao redor do casal logo que todos ouviram os gritos de negação de Madara Uchiha.

Uma perda angustiante atingia novamente aquele homem. Todos em campo deviam temer por suas vidas graças ao poder que sentiam emanando dele, mas a compaixão que sentiam e o pesar pela dor do ser grandioso que se mostrava fragilizado a frente de todos era maior do que o medo.

Com um beijo cálido de despedida Hana Kinoshita finalizou sua terceira vida. Uma vida regada de amor singelo e recíproco em meio a batalhas e sangue.