O grande confronto escrita por Emily Hardwell


Capítulo 3
Conversa atrás da porta


Notas iniciais do capítulo

gente, por favor, não deixem de acompanhar



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O tempo começou a se arrastar, um mês se passou e os jogos começaram a se aproximar.

Durante esse tempo, me comuniquei mais com meus amigos, porém nada de muito estranho aconteceu.

As coisas mais empolgantes que aconteceram foi, que “na próxima aula”, eu e Maria Eduarda nos atacamos na aula de judô. Na verdade, foi algo engraçado de se lembrar. Como ela me venceu no primeiro raound e como EU venci o segundo. Mas eu não queria derruba-la no tatame, eu queria estrangular ela, mas infelizmente não é permitido.

E, meu aniversário de dezesseis anos era depois de amahã e ainda não havia caído minha ficha, já o tempo estava esfriando e, minhas roupas de frio estavam saíndo da minha mala.

 

—Podem me explicar como é a prova do arco e flecha?

Embora o garoto problemático _qual era o nome dele mesmo? _já tivesse explicado, eu havia esquecido.

—Você usa o arco e flecha para para acertar qualquer coisa que acha que é o seu alvo.

Gabriel disse comendo uma torrada de café da manhã. Virou um hábito nosso pegar comida do refeitório, levar para fora e comer em uma mesa abandonada perto de uma árvore legal.

—E para quais provas eu preciso treinar mais?

Eu perguntei com um pão com mortadela na mão.

—Eu acho que... todas.

Amanda respondeu.

Continuamos comendo e, comendo e, com... conversando.

—Do que eu preciso para as provas?

—De um maiô, para a prova do lago.

Os dois disseram uníssono a parte do maio, mas só Gabriel comentou a prova do lago.

—Quando é que nossa aula vai começar?

Foi agora que percebi que tudo que saia da minha boca, eram perguntas.

—Acho que... AGORA!

Gabriel gritou ao ver meu relógio, que estava em seu pulso (foi uma aposta que fizemos, que se ele acertasse a hora sem ver o relógio, ele usaria o meu durante uma semana, mas ele só pode me devolver amanhã). Nós largamos todas as comidas, colocamos as sobras em um saco negro, fomos correndo joga-lo no lixo e continuamos a correr para as salas de aula.

—Vocês sabem quantas vezes já me atrasei? NUNCA! Um coordernador de atividades nunca, em hipotese alguma, pode se atrasar!

Ele disse, mas eu sabia que ele estava contendo um sorriso.

—É, nós sabemos ser rebeldes.

Amanda ironizou rindo.

Chegamos na sala de aula no horário de história.

—...E assim, nasceu a internet. Vejam se não são a Maria Antonieta e Hamida Djandoubi e, para qua entendam, Hamida e Maria Antonieta foram duas mulheres guilhotinadas e, vocês duas também serão por chegarem atrasadas para a explicação de como foi criada a internet.

Meu professor de história, Marcos Young, tinha uma versão muito mal feita do bigode de Hitler na primeira guerra mundial, só que ele era muito mais velho e malvado.

—Me desculpe, professor, mas acho que já sei o que preciso saber sobre a Guerra Fria.

Amanda segurou um riso, mas parece que a nossa sala não consegue suprir um "Ah, eu não deixava!".

—Bem, acho que vocês não me deixam escolhas a não ser deixa-las em detenção depois das aulas da manhã.

Ele havia um sorrisinho escondido no rosto. Amanda levantou os braços e bradou:

—Isso! Consegui minha décima detenção!

Devo admitir que ela me surpreendeu.

O sorriso de Hitler se desfez.

—As detenções não são para as pessoas ficarem felizes, então, só Maria Antonieta varrerá as salas mais tarde.

Ela cerrou os punhos e deu um sorriso malicioso.

—Me desculpe, professor, mas é para meu próprio bem.—Ela falou subindo na cadeira e depois na mesa. Quando conceguiu a atenção de todos, começou a cantar e dançar:

"O professor Young tinha uma fazenda

a fazenda era prata

o professor Young tinha uma fazenda

e uma vaca dourada!

 

O professor Young tinha uma fazenda

com a grama prateada

o professor Young tinha uma fazenda

E uma cadela esfomeada!"

 

Cara, ela é criativa!

—O.K., eu te boto em detenção se você parar de cantar. _Ele disse.

—É ótimo fazer negócios com o senhor. _Amanda falou sorrindo.

O resto da aula foi chata, mas que aula de história não é chata?

Fiquei feliz quando acabou pois, depois, era intervalo.

Nesse tempo, fui até a sala do diretor para ver onde conseguiria o maiô para a primeira prova.

Os dois se ofereceram para ir comigo, mas eu recusei para ver se, realmente, sabia andar por esses corredores. E descobri que não sabia.

Infelizmente (ou felizmente), o Albert estava no mesmo lugar de onde o vi pela primeira vez _que bom que lembrei o nome dele.

—Você sabe onde é a sala do diretor?

Não disse oi por que ele não era o tipo de pessoa com quem devesse ser educada.

—Oi, fofinha. Sabia que você ia voltar! Vocês sempre voltam.

Ele falou com um sorriso safado.

—Olha, não me chame de fofinha se tiver amor a sua vida. Então... onde é?

Continuei a insistir.

—Suba as escadas e é a segunda porta a direita.

Ele murmurou desanimado.

Não disse obrigada, pois não gostaria que ele se achasse demais.

—Ah e, a propósito, o baile dos novatos é semana que vem e eu ainda estou sem par.

—Eu sei o por que.

—Pode se fazer de durona, mas eu sei que depois você vai me convidar.

—Olha, eu não sei em que realidade alternativa você vive, mas nesta aqui, eu nunca te convidaria.

Algumas pessoas me acham rude, mas quem me conhecem realmente, sabe que eu não sou (bem... minha mãe me acha um doce).

Fui na direção que ele me indicou e vi o amário dos zeladores e, a partir dali, sabia me virar.

Enquanto andava devagar para a sala do diretor e vi que o garoto da redação estranha estava andando ao meu lado e, como gostaria de aparentar uma pessoa normal pelo menos a primeira vista, me apresentei.

—Prazer, meu nome é...

—Clear. É meio difícil não saber seu nome, afinal, não nos esquecemos facilmente da garota que xingou todos dessa escola de babacas

No início, fiquei encarando-o com o cenho franzido, tentando lembrar quando isso havia acontecido, até que então finalmente me lembrei que, no meu primeiro dia de aula, fui a frente da sala e generalizei aquele colégio inteiro e, nesse mesmo instânte enquanto me recordava, senti minha face começar a corar.

—Realmente, eu fiz isso mesmo, mas não se preocupe, eu fiz isso antes de descubrir que muitos pessoas dessa escola na verdade são muito legais.

—Claro, eu já vi você com Gabriel. Depois de conhecê-lo, é meio difícil não achar a escola legal. _ Eu não havia entendido muito bem o comentário dele mas, pelo que eu assimilei, acho que ele estava querendo dizer que eu gosto do Gabriel. Tomara que eu tenha entendido errado.

—Como assim? _Questionei com uma sobrancelha levantada.

—Vocês ficam grudados o tempo todo e, considerando a reputação dele, é muito fácil sugerir que ele te fez mudar de ideia quanto ao nosso colégio de uma forma bastante persuasiva. _Ai, meu Deus, é sério isso?! Não creio que ele está falando isso para mim! Ele acabou de pensar errôneamente da garota errada. No mesmo segundo que consegui entender a frase, parei. Simplesmente parei no meio do corredor, com o maxilar rígido e com um olhar bastante irritado. Quando ele notou que eu tinha ficado para trás, não continuou a andar e se virou para mim, tentando entender o porque de não estar do lado dele, então comecei a avançar sobre o garoto, com o dedo levantado de uma forma acusadora e apontado para ele.

—Escuta aqui, você não tem o direito de supor coisas a meu respeito, pois até agora, essa foi a primeira vez que eu troquei uma palavra com você e, até então, não te dei nunhum motivo para presumir nada sobre mim. Eu não gosto do Gabriel, ele é apenas meu amigo e, se você é burro o suficiente para não me conhecer e sair por aí espalhando falsos boatos, você não é nada além que um babaca sem vida própria cuja a diversão é ficar especulando sobre a vida alheia. E qual seria o problema se eu gostasse dele?, afinal, eu não preciso dar satisfações da minha vida pessoal para você e nem para ninguém. Agora, se me der licença, preciso ir para a sala do diretor. _dei uns passos em frente, mas depois e parei e me virei para ele. _Ah propósito, irei te dar uma dica, você não pode sair por aí provocando pessoas dessa escola, porque, quem sabe, meus remédios poderiam não estar fazendo efeito e a história acabaria muito mal para você.

Ele nem reagiu, afinal, nem dei tempo, mas ele ficou com uma expressão de uma pessoa que viu um fantasma, mas eu o ignorei e continuei meu caminho, mas, logo depois de passar por ele, ele já começou a se desculpar.

—Olha, eu não... realmente... me desculpa. Eu não queria te ofender.

Pensei um pouco, olhei para ele, levantei uma sobrancelha (coisa que eu adoro fazer) e disse:

—Que essa seja a última vez que você se mete em minha vida. _Ele concordou com tais termos e continuamos a caminhada em silêncio até ele quebrar a quietude.

—Você falou que vai para a sala do diretor? _Assenti. _Achei que irira para a biblioteca.

Ao ouvir isso, franzi o senho e o fitei.

—Tem uma biblioteca aqui?

Pois é, mesmo já tendo passado um tempo por aqui, nunca soube de uma biblioteca. Ele me olhou como se dissesse: Claro, que escola não teria uma biblioteca?

—Sim. Uma bibloteca enorme com todos os fatos do colégio. Então... você não vai para lá, né?

Percebi que só estavamos fazendo perguntas.

—Não. Vou só para a sala do diretor mesmo.

Nós nos dissemos thau e fomos para os nossos caminhos.

 

Enquanto fui para a sala, escutei uma coisa muito, MUITO estranha.

—...não me importa se ela não está pronta, não podemos parar os jogos. Não podemos ser os primeiros a quebrar as regras! _Eu conhecia aquela voz de algum lugar. Ah, lembrei! Era essa mulher que pediu para todos os novatos irem para o auditório.

Escutei a voz de uma mulher falando em um tom poderoso.

—Mas ela não pode morrer. Nossa situação já está preta e, se mais um deslize desses ocorrer, algo ruim pode acontecer como da úlima vez.

O diretor disse parecendo acanhado.

—Mas por que só ela te intriga? Todos podem morrer!

Morrer? Como assim?

—É mais provavel que ela morra do que os outros por estar despreparada.

Ele falou ainda na defensiva.

—Então deixe ela morrer!

Ela exautou um pouco alto demais.

—Shiii. Você que ser pega? E, qual desculpa usaremos dessa vez?

—Sei lá. Perdida na floresta, levada por quatis, devorada por cães selvagens, qualquer coisa!

— Pense. Mortes a cada quatro anos no mesmo lugar não faz as pessoas desconfiarem?!

A conversa parou um pouco até que a mulher continuou a falar.

—Ela tem histórico? _Ela pergunta e, como assim histórico?

—Acho que sim. A avó dela. _Repetindo, como assim histórico? E o que que tem haver com a avó da tal garota?

—Já falou com ela?

—Já, mas ela é tão teimosa quanto uma mula.

—Então invente algo.

Um grande silêncio se passou, como se pensassem em algo para fazer com a tal menina.

—Podiamos expulsá-la.

O diretor falou. Outro silêcio apareceu, mas foi menor do que a anterior.

—Sim. E por que não fazê-lo agora? Porque, quando os jogos começarem, não poderemos fazer isso, já que, a não ser por mortes, os jogos não podem continuar com menos de doze pessoas. Me recuso a quebrar as regras!

Ela perguntou impaciente.

—Precisamos de motivos para excluí-la da escola, e, na verdade, se ela “desaparecesse” misteriosamente durantes os ogos, algum aluno mais experiente poderia tomar o lugar dela.

—Só que teria que ser voluntário e nós dois sabemos o quanto isso é difícil enquanto os jogos acontessem. Maldita Clear!, tinha que aparecer e complicar minha vida!

—Nossa! Como você odeia essa menina! Aposto que você queria que ela acabasse como a Helem. _Pelo som de sua voz, parecia que ele estava se divertindo com a cena.

—Sim, eu queria que ela acabasse exatamente como a Helem. _Terminou dizendo irritada.

Espera um pouco, eles estavam discutindo sobre mim? Devorada por cães selvagens? Expulsa? E quem é Helem? Fiquei tão distrída que quase não percebi passos se aproximando.

Olhei desesperadamente para os lados e vi um banheiro feminino. Entrei apressadamente em tal lugar (que cheirava a ovo podre ), me tranquei em um do boxes e me sentei na tampa baixa do vaso com os joelhos dobrados e com os pés para dentro, de forma que não dava para ver que eu estava lá.

Em menos de dez segundos, ouvi a porta se abrir e um barulho de saltos andando em direção aos outros boxes.

Um minuto se passou e minha posição começou a ser desconfortável. Ouvi que o boxe se abriu e a pessoa que estava lá foi lavar a mão. Enquanto ouvia a água da pia cair, escutei um murmurar que parecia ser da mulher que estava na sala do diretor. Olhei pela fresta da porta e vi como ela era.

 

—É a Supervisora Lucy!

Gabriel falou depois de eu ter explicado toda a situação para os dois.

—Tem certeza que é ela?

Amanda questionou com os braços cruzados.

—Tenho. Afinal, ela tem cabelo grisalho sempre preso em coque, óculos meia lua e usa uma blusa branca para dentro da saia negra e grande e, além do mais, só ela tem coragem de enfrentar o diretor. _ Assim que disse isso, murmurou:_É claro que é uma mulher!

Era para não escutarmos isso, mas escutamos. A reação de Amanda foi engraçada. Ela apertou os olhos, ficou encarando-o e fingiu que iria avançar, o que o assutou, fazendo-o recuar. Eu dei uma risadinha.

—E quem é a tal de Helem? _ Eu perguntei uma coisa entre as outras milhares de perguntas.

—Não faço a menor ideia. _Respondeu Gabriel.

—Eu, idem. _Amanda falou sorrindo.

Ouvi o sino tocar.

—Amanda, teremos que ir. _ Ela apertou os olhos e depois arreglou-os e bufou, percebendo do que estava falando.

Fomos pegar as vassouras no familiar armário dos zeladores e fomos varrer as salas como castigo.

—Sabe, eu andei pensando sobre os seus dons e tenho uma teoria que ter alucinações e escutar vozes seriam um efeito sobre poder ler mentes e ver o futuro. Então, isso pode ser verdade?

Amanda demorou um tempo para responder (acho que ela estava analisando minha teoria).

—Tanto pode ser verdade como é verdade. _Ela respondeu sem olhar para mim.

Parei de varrer um pouco e a encarei.

—Então você não é louca?

Ela deu um suspiro e me olhou com um sorriso infantil.

—Surpresa! Eu, sua amiga mais louca, não sou louca!

Entortei a boca e aleguei:

—Agora estou com vontade de dar uns tabefes na sua cara!

Assim que terminei de falar, ela começou a rir insanamente (ela tem certeza de que não é louca?).

Depois de um tempo, enquanto varriamos, olhei para Amanda e perguntei:

—Amanda, por queria tanto ficar em detenção?

Sem levantar os olhos, ela me respondeu:

—Por que, com vinte detenções, a pessoa é expulsa.

—Puxa! Se eu soubesse disso, você poderia ter aprendido comigo. Eu sou mestre em expulsões.

—Quantas?

—Leia minha mente. _Ela olhou para mim e, logo depois de passar um fleche de cores em seus olhos, ela o arregalou e disse, surpresa:

—Como assim você já foi expulsa de DEZOITO ESCOLAS? Eu sou uma garota pior que você e ainda estou na luta para ser expulsa dessa!

—Sou encreiqueira, fazer o quê!?

—Como você conseguiu uma proeza como essas?

—Não gosto de falar disso. Por que não lê minha mente?

—Não uso meus dons toda a hora, sei lá, para não me sentir mais estranha.

—Ok. Quando tenho grandes surtos psicóticos, as coisas ficam... um tanto... complicadas e, por isso, uma garota já ficou internada em um hospital em estado grave. Mas não se preocupe, ela está viva. _Ela ficou um tanto quanto espantada por causa da minha confissão _Mas, por que quer tanto ser expulsa?

—Porque, quem sabe assim, meu tio para de ser um babaca e volta para cá.

—Você não o vê a quanto tempo?

—Há dois anos.

Nossa! Eu não sabia disso.

—Mas, onde você fica nas férias?

—No inverno, eu fico aqui mesmo, mas no verão, eu fico em lares de adoção.

—Você sabe onde ele está?

—Sim. Sempre que tentamos rastrear sua placa, mostra que ele esta no Caribe.

—Eu... sinto muito.

—Não sinta. _ Ela falou botando sua vassoura encostada em uma cadeira perto dela, caminhando para a mesa de professores e sentando-se lá._ Não é sua culpa._ Ela secou o suor de sua testa com seu antibraço e bebeu um grande gole da garrafa que estava ao seu lado._ Bem... vamos continuar.

Quando ela já estava com a mão esticada para pegar sua vassoura, ela caiu para trás, ficou se debatendo no chão como um peixe com os olhos brancos e falando "A estrela que nunca pertenceu aos céus está entre nós, a mesma estrela que destruirá nossa destruição e que trará as chamas da assolação, que acabará incendiando as ruínas incineradas ou se queimando.".

Ela repetiu duas vezes isso e pensei seriamente em chamar a enfermeira, mesmo sabendo que isso não era nem um pouco normal.

Assim que terminou de recitar pela terceira vez, ela desmaiou.

Tentei acorda-la com tapinhas na cara, mas não deu muito certo.

Quando ela acordou, abriu os olhos lentamentei e falou:

—Não fique me olhando como um fantasma, me ajude a levantar!

Eu lhe ajudei a se sentar quando me perguntou:

—O que aconteceu?

—Você ficou se debatendo no chão e falando coisas estranhas.

—Droga! Achei que isto já tivesse passado.

—"Isto" o que?

Ela botou as mãos na cabeça e começou a falar:

—Quando eu tinha 7 anos, isso aconteceu pela primeira vez. Foi depois que meus pai morreram, no colégio. Acharam que eu tinha epilepisia, mas eu não tenho. Isso é um tipo de premonição.

Nossa. Que... interessante.

—Você não me disse nada sobre... a premonição, quando você me explicou sobre suas... anomalias.

Demorei para falar, mas acho que não escolhi muito bem as palavras.

—Porque eu achei que já tivesse passado e, a primeira vez que isso aconteceu foi no momento da morte dos meus pais. _Puxa. Obviamente, isso não me deixou calma.

Voltamos de onde saímos e vimos Gabriel novamente lá, porém ele estava lendo um caderno. Sem tirar seus olhos daquilo, ele perguntou:

—Que horas são?

—Vinte e cinco e setenta.

Amanda falou olhando para o pulso vazio. Ele fechou o caderno e olhou sériamente para ela.

—Estou falando sério.

Suplicou Gabriel.

—São... quatro e quarenta e três da tarde.

Eu falei olhando para meu relógio.

—Obrigado, Clear. Thau. _Ele falou.

—Espera. Onde você vai? _Eu perguntei.

—Decorar meu trabalho de história, mas primeiro vou pegar um livro na biblioteca.

De repente, me lembrei de algo que podia responder algumas de minhas perguntas.

—A biblioteca!

Amanda fez uma careta como quem não está entendendo nada, e dá para entender o por que. Um fleche de cores se passou em seus olhos, ela botou as mãos na boca e começou a balançar a cabeça positivamente.

—É verdade! Vamos lá!

Gabriel, visivelmente, estava boiando.

Olhei para ele e falei:

—Coitadinho do Gabriel. Não sabe do que estamos falando.

—Não mesmo! E como é que eu vou saber se vocês não me contam? Céus, vocês meninas. Mesmo sem dizer uma palavra, já sabem do que o assunto se trata. Parece até que vocês leem mentes!

Eu me segurei muito para não morrer de rir e, Amanda também _Nós tivemos que botar a mão na boca para disfarçar. Coitadinho do Gabriel.

—O que foi? Qual é a piada?

Amanda tentou ficar séria _mas não conseguiu _e falou para Gabriel:

—Nada, mas você realmente queria saber do que estavamos falando?

—Sim! Bem... pensando melhor, vocês são meninas, então...

—Você quer saber ou não?

Ela falou botando as mãos na cintura.

—Eu quero. _Ele assentiu com com a cabeça.

—Mas você tem que prometer que não irá nos dedurar, mesmo que isso seja contra seu regulamento de "coordenador de atividades". _Eu falei. Ele botou a mão no peito, como sinal de desdem, e falou "Eu prometo".

—Tudo bem. Clear e eu vamos para biblioteca procurar se tem alguma coisa sobre o que ela ouviu.

—Tá, mas o que isso tem contra as regras? _Ele me perguntou.

—Nada. Só queria que isso tivesse ênfase. _Eu falei.

 

Assim que entrei na biblioteca, perdi todo o meu folego. Eu gosto muito de ler, mas nunca havia visto tantos livros assim

—Uau. _ Eu deixei um suspiro escapar.

—Eu sei. Tive a mesma reação. _Gabriel falou. _Então, eu vou pegar o livro que preciso de história e, me mandar. Tchau. Ah, e, Clear, toma seu relógio. _Ele falou tirando-o de seu pulso e colocando no meu.

Ele foi andando até uma bancada onde um homem de meia idade estava, pegou um livro que estava lá em cima, falou alguma coisa com ele e foi embora. Amanda foi na mesma direção da bancada e eu a segui.

—Olá... Charles. _Amanda falou olhando para sua plaqueta de identificação. _Você...

—O senhor. _Ele corrigiu Amanda.

—Claro. O senhor sabe se tem um livro com as informações do colégio?

Ele levou a mão ao queixo, coçou sua barba aparada, franziu as sombranselhas grossas e escuras e falou:

—Não, mas meu colega, o SENHOR Jesper, deve saber se tem. Ele sabe todos os livros que estão aqui.

Uau! Da-lhê paciência para gravar todos esses nomes.

—Mas aqui tem algum livro sobre os Jogos de Inverno? _Amanda perguntou.

—Sim. Terceira fileira, quinta prateleira e... registros 963 e 369.

Assim que ele disse, seguimos suas instruções vimos dois livros, que os titulos eram "Os antigos jogos de inverno" e "Tudo sobre os jogos de inverno".

Eu não sei o porque, mas alguma naqueles números me incomodaram. Eu sei que já vi-os em algum lugar, mas não consigo me lembrar.

Os livros eram grandes, mas aho que eu consigo lê-lo em três dias.

Levei um para uma mesa e Amanda levou o outro.

Eu me sentei e abri o primeira livro na primeira página. Primeiro capítulo: "A descoberta de Houdair". Ahhh, que chato! Minha mãe sempre falou para nunca julgar um livro pela capa, mas qual é?! Vou ter mesmo que ler um livro sobre os jogos de inverno?

"Há muito tempo, nas épocas medievais, um jovem desportista queria ampliar todas as visões dos esportes e..." Bla, bla, bla. Chatice, chatice, chatice.

A única coisa que eu consegui entender mesmo foi que não havia nada sobre as coisas que eu escutei atrás da porta.

—Como aqueles idiotas conseguem fazer isso? _Falo para mim mesma, porém em voz alta, o que fez Amanda escutar.

—Quem consegue fazer o que?

—Ah, nada, são apenas dois amigos de trabalho da minha mãe e, nesse trabalho, eles prescisam fazer muita pesquisa, mas conseguem achar o que querem quase em um piscar de olhos. _Ao dizer isso, ela leu minha mente e, por fim, falou.

—Nossa, esses irmãos do F.B.I. são lindos!

—E, infelizmente, velhos demais para você. _Nem corrigi ela na questão do F.B.I., afinal, para que me desgastar se ela poderia muito bem ler minha mente direito.

—Pelo que li em sua mente, são velhos demais para você também. _Quando ela disse isso, meu rosto tomou um tom meio avermelhado, afinal, ninguém precisava saber que eu sofria uma quedinha pelo irmão mais velho.

E esse foi meu exaustivo dia. Nunca pensei que diria isto, mas estou feliz por estar fora da biblioteca.

Droga! Eu ainda tenho que apresentar aquele maldito trabalho de história amanhã! Sorte minha que já preparei meu discurso.

Acho que agora posso me dar ao luxo de ter meu pesadelo irritante. Assim que deitei em minha cama, adormeci.

Era o clássico, o que me deixou um pouco alarmada. Eu mal pensei direito no meu pesadelo, pois estava nervosa com o trabalho de amanhã.

 

—Clear... _disse Amanda sutilmente _ ACORDA! _Isso me tirou da cama com um pulo.

—O que foi, garota? Incendio? _Eu perguntei com voz cansada e com meus olhos quase fechados.

—Não, mas nós temos que tomar café da manhã antes de apresentar o que preparamos para história e, feliz aniversário!

—Obrigada, mas eu não te contei sobre o meu aniversário.

—Querida, eu li sua mente. Você não precisa me contar nada.

Que bom saber disso. Agora eu vou pensar duas vezes antes de tramar algo para ela. Verdade... hoje é meu aniversário! Parabéns para mim!

Nós duas fomos para o nosso ponto de café-da-manhã com a comida já em mãos quando percebi que Gabe não estava lá, como de costume.

—Onde o Gabe está? _Perguntei a Amanda, pois ele sempre chegava em nosso ponto antes de nós.

—Aquele nerd falou que ía para a biblioteca decorar um pouco mais seu discurso. Eu juro, o estudo ainda irá mata-lo. _Amanda sendo Amanda.

—E você? Já preparou o trabalho?

— Já. _Essa foi a última palavra que dissemos até irmos para a aula.

 

—Então... a época que era para eu estudar era muito “uou” porque eles lutavam de espadas e, a única coisa triste dessa época era não existia internet. O que tornava essa época ainda mais louca era que eles derrotavam dragões e queimavam bruxas nas fogueiras. Devo continuar? _Amanda perguntou, já na frente da classe.

—Se você continuar assim, vai tirar zero. _O professor falou.

—Então vou continuar. _Ela disse para o professor de história _Um carinha muito louco, que havia expulsado os alienigenas do Egito, falou pro resto do pessoal, “Escuta aqui, cambada, como somos muito fracassados, vamos esperar Amanda Elleonore Pepper nascer porque ela vai ser uma garota muito incrível”. E aqui estou eu, presa no colégio, mas não se preocupem, pois, assim que eu sair daqui, serei a visionária mais importante que já existiu. _Ela abriu os braços como carencia de reconhecimento e balançou suas mãos sorrindo. _Fim!

Como nossa classe adora uma baderna, todos lhe deram uma salva de palmas e, ela, retribuiu com exageradas reverencias.

—Bem... você sabe matemática, né? _O professor perguntou.

—Sim _Amanda assentiu e começou a balançar sua cabeça positivamente.

—Então calcule isso: o trabalho valia dez pontos e, sua apresentação tirou seus dez pontos. Com quantos pontos você ficou? _Perguntou o professor irônicamente.

—Fácil! Com onze. _Amanda falou rindo.

—Muito bem, Amanda! Parece que você andou estudando.

Depois de algumas pessoas que falaram sobre um monte de coisas, ele chamou meu nome para explicar sobre o meu trabalho.

—A revolução francesa ocorreu quando...

—Em quais anos? _Perguntou o professor, atrapalhando-me na apresentação.

—De 1789 até 1799.

—Em que cidade começou, exatamente?

—Paris. Agora posso continuar?

—Sim. Continue.

—A revolução francesa ocorreu quando a França estava enfrentando uma grande crise econômica por conta da ganância da nossa querida rainha Maria Antonieta que, se me permitir lembra-lo, foi como o senhor se referiu a mim. _Ele deu um sorriso irônico. _Continuando, com as festas extravagantes e, não podemos esquecer de sua obsessão por bolo, os camponeses ficaram revoltados e, por isso, fizeram a revolução francesa. Ah e, lembrando, Maria Antonieta foi decapitada.

—Muito bem, Clear. Acho que tirou um... uma nota que sairá no seu boletim. _Nossa! Que informação “oculta”! _E, cuidado com bolos, minha queria rainha. _Falou irônicamente.

—Não se preocupe. Eu terei. _Afinal, por que alguém me daria um bolo? Bom... eu sei que é meu aniversário, mas quem se daria o trabalho de me fazer um bolo?

Depois de algumas pessoas, era aula livre para todos os alunos e, para continuar com o nosso plano, ou seja, ir para a biblioteca ler livros chatos sobre os Jogos de Inverno.

Fomos para a biblioteca, ainda sem ter visto Gabe, terminar de ler aqueles livros ou ver se o senhor Jesper está lá, para ver os fatos do colégio.

Infelizmente, o cara que eu já conheço ainda estava lá, ou seja, o carinha que eu queria que estivesse ali não está. Pegamos os livros e continuamos a le-los.

"Ele tirou a idea..." e blá, blá, blá. Nada do que eu estou procurando. Terminei de ler o livro e ainda não vi nada importante. Fui pegar outro livro na seção que o senhor sei lá falou, mas antes de começar a ler, o homem que eu já conhecia chegou perto de nós duas e falou:

—Meninas, acho que terão que voltar depois, por que está na hora do almoço.

Obrigada, Deus!, por me deixar comer.

Quando fui almoçar, vi meu prato pronto, todo organizado e bonitinho, com um bolinho de arroz, feijão do lado, lazanha do outro e peixe no canto e, tudo junto formava um rostinho sorrindente.

—Feliz aniversário, Clear! _Amanda falou se sentando ao meu lado.

—Espera, você fez isso? _Perguntei incrédula, afinal, desde quando Amanda faz essas coisas?

—Mais ou menos, Gabriel fez a maior parte. _Era de se esperar, mas onde está Gabe? Dei um abraço nela e agradeci-a por isso. Enquanto pensava nas hipóteses de onde meu amigo poderia estar, Amanda se levantou.

—A onde você vai? _Perguntei.

—Pegar minha comida. Não é só você que precisa comer! _Falou indo se servir.

Enquanto comia o olho do meu rostinho feliz, alguma coisa chegou perto do meu ouvido e sussurrou:

—Feliz aniversário! _Virei bruscamente para trás, alarmada, afinal, que pessoa que não é piscopata faz isso? _Ei, se acalme. Sou eu. _Disse Gabriel se divertido com meu espanto.

—Nenhuma pessoa normal faz isso, só para sua informação. E obrigada pelo almoço.

—De nada, bonitinha. _Qual é? Me chamar de bonitinha? Tudo bem, eu sou uma garota controlada. NÃO ME CHAME DE BONITINHA!_Então, como está seu dia? Quero dizer... como está seu dia, florzinha? _Dei um pequeno sorriso provocador palo canto da boca e me inclinei para frente.

—Eu sei que você só está tentando me provocar. _Ele deu o mesmo sorriso que eu, também se inclinou e disse:

—Não estou conseguindo?

—Não mesmo. Bom... quem sabe um pouquinho.

—Que pena ser só um pouquinho. _Ele abriu mais seu sorriso, de um jeito que eu pudesse ver todos os seus dentes extremamente brancos, por qual qualquer garota derreteria (menos eu). Enquanto conversávamos, uma garota que estava atrás de Amanda na fila começou a correr e gritar como uma louca até que bateu sua cara em uma pilastra, enquanto isso, Amanda pegou tranquilamente o resto de seu almoço e veio se sentar conosco.

—O que você fez com a pobre garota? _Eu perguntei para ela, já sabendo que fora sua culpa.

—Eu só contei algumas coisinhas sobre o futuro dela. Nada de mais.

—Me fala. _Pedi séria.

—Tá bom! _Ela se defendeu com as mãos para cima. _Daqui algum tempo, ela vai arranjar um namorado, depois ela vai engravidar aos dezessete e descobre que seu namorado estava traindo ela e eles vão terminar. Quando o filho dela estiver com um ano, o namorado dela vai pedir para voltar o namoro e ela vai ser burra demais para aceitá-lo de volta e se casam. Ela vai trabalhar como garçonete e, quando ela voltar do trabalho vai ver seu marido com outra na cama dela. Ela fica muito triste e vira uma mãe solteira jovem e alcoólatra obsessiva.

Uau! Parece enredo de novela mexicana.

—Coitada da garota! E você disse tudo isso para ela?

—Sim. Sou sincera.

—Não, isso é maldade! O que a pobre garota fez para você?_Gabriel falou se infiltrando na conversa. Não sabia que Gabriel tinha descoberto os segredos de Amanda.

—Puxou assunto comigo. _Encarei-a boquiaberta. E isso lá é motivo? Ela não fez isso comigo quando começamos a ser amigas.

—Mas isso não chega nem a ser uma resposta! _Gabriel argumenta.

—Eu também vi que ela iria descobrir meu segredo e isso iria acabar me matando. Então me julgue, mas eu acho que é bem melhor deixar uma garota bater de cara em uma pilastra do que morrer.

—Como assim você acabaria sendo morta por isso?

—Eu viraria uma cobai de testes por isso e, assim, morrendo.

Nos damos por vencidos (afinal, era uma boa justificativa) e voltamos a nos ocupar com nossos pratos. Enquanto comíamos, a moça da cantina chegou perto da nossa mesa, deu um papel para Amanda e falou:

—Te vejo depois do almoço, Amanda.

—Obrigada, Léia. _Amanda falou sorrindo para a moça da cantina com uma redinha na cabeça. _ E é assim, meus amigos, que eu consigo minha décima primeira detenção.

—Amanda, como podemos ser amigos? _Gabriel perguntou abismado, mas eu o entendo.

Quando terminamos o alomoço, eu me levantei e falei:

—Vamos para a biblioteca?!

—Nossa, esqueci que eu tenho reunião de monitores e coordenadores. _Disse Gabriel um tanto feliz por não poder ir a biblioteca.

—Amanda?

—Desculpa, mas você ouviu a Léia. Infelizmente, eu não vou poder ir para a boblioteca nessa missão chata porque eu fiquei em detenção. _Amanda disse com um sorriso na cara.

—Bom, então eu vou para a biblioteca sozinha, no meu aniversário. _Para falar a verdade, não me importo de ficar sozinha no meu aniversário, mas eu simplesmente queria ir para a biblioteca com meus amigos. Então eu fui para meu destino, que, infelizmente, era bem entediante.

Li umas duas frases e não me lembro de nada mais. Acordei com um velho de cabelos brancos e com muitas rugas em sua face, mas espera, eu dormi?

—Menina, não se pode dormir na biblioteca e, ela já está fechando.

Droga! Eu ainda li nada sobre os fatos do colégio!

—Senhor, o seu nome é Jesper?

—Sim. Parece que você sabe ler crachás. Agora, se me fizer o favor de sair da biblioteca, eu agradeceria muito. _Que senhor mal educado!

—Olha, eu irei embora, mas só se o senhor me disser se há algum livro com os fatos do colégio.

—Tem, sim. Agora, você poderia ir embora?

—Ainda não. Onde ele está?

—Por que quer saber?

—Porque sim!

—Okay. Está bem naquele armário com porta de vidro. Pode ir embora agora?

—NÃO! Posso pegar o livro?

—Não. Hoje é o último dia que a biblioteca vai ficar aberta. Como é que você vai me devolver o livro nas férias?

—Mas eu preciso dele!

—E eu preciso que você saia daqui! Agora, VAZA!

Chato!

Como eu conceguirei o livro agora? Droga! Droga! Droga! Droga! MAS QUE DROGA! Não... deve haver algum jeito d'eu conseguir aquilo.

Assim que saí de lá, ouvi a porta bater com um estrondo. Que senhor mal humorado.

Eu fui andando sozinha até o meu escuro "rancho”, pensando se minhas chances de saber o que havia acontecido com minha avó realmente tinham acabado. Quando abri a porta do refeitório, as luzes se acederam e Gabriel e Amanda pulara gritando "SURPRESA!". Eu quase caí para trás e me apoiei na parede atrás de mim.

—Seus loucos sem noção! Querem que eu tenha um ataque cardíaco?

—Ah, que isso, Clear. Nem precisa agradecer! _Amanda falou com certa indignação enquanto ela e Gabriel vinham ao meu encontro.

—Tá, obrigada, mas nunca mais façam isso comigo! _Eles me ajudaram a ficar em pé normalmente, se afastando da mesa que estavam, mostrando um bolo de cenoura sem cobertura, mas eu o amei pelo simples fato de que ele significa que eles se importam comigo.

—Você não achou realmenteque deixaríamos seu aniversário de dezesseis anos despercebido, achou? _Argumentou Gabriel.

—Okay. Agora, assopre sua velinha. _Amanda disse mexendo em seu bolso e tirando uma caixa de fósforo, acendeu um e o botou em cima do meu bolo. _Faça um pedido.

Obedeci sua ordem e, antes de fazer o pedido, olhei para os dois e disse “Seus idiotas.”. Eu até poderia contar qual foi o meu pedido, mas assim ele não se realizaria, não é mesmo?! Nós finalmente nos sentamos e começamos a comer meu bolo.

—De onde vocês arranjaram esse bolo? _Eu perguntei.

—Eu fiz durante minha detenção na cozinha. Então, descobriu alguma coisa?

Eu falei que não e contei o que havia acontecido na biblioteca.

—Você está me falando que vai ficar sem saber de tudo isso porque você dormiu? Caso você não saiba, a biblioiteca não irá mais abrir.

Assim que Gabriel disse isso, tive a ideia mais louca e audaciosa que já passou pela minha cabeça.

—Boa idéia! _Amanda disse, já sabendo do meu plano.

—O que você está pensando? Caso não tenham percebido, eu não tive a ideia e nem sei ler mentes.

—Gabriel, mesmo se eu não pudesse ler mentes, eu iria saber do que se trata. _Amanda falou.

—Tudo bem, mas eu não entendi. _Ele disse na defensiva.

—Isso é porque você é o santinho do grupo. Você não entende porque tem uma mente pura.

Gabe deu um sorriso malícioso e falou, alternando olhares entre mim e Amanda:

—Sei... uma mente muito pura. Agora, é sério, o que vocês pretendem fazer? _Gabriel nos questionou.

—A Clear vai roubar um banco _Amanda falou e caiu na gargalhada e, até eu fiquei com dúvidas. _Por favor, nem ela é tão louca a esse ponto. Ela só pretende invadir a biblioteca.

 

 


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Notas finais do capítulo

calma que o próximo já está vindo aí rsrs



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