Revival escrita por BeehCooki


Capítulo 4
Wife


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, estou tão feliz em saber que a fic está sendo bem aceita e que muitas pessoas estão gostando e é por isso e por essas pessoas que eu posto mais um capitulo em sinal de agradecimento. beijos e espero que gostem



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Ponto de vista da Marjorie.

Fazia apenas alguns minutos desde que Niklaus saiu pela aquela porta, eu estava estranhamente feliz olhando as gotas de orvalho escoando sobre a vidraça. O dia estava acinzentado e pelo jeito era inverno, minha estação preferida do ano. Não pude deixar de sorrir, mesmo que fosse difícil saber que uma bruxa conspirou contra mim e me fez perder parte de minhas memórias e consequentemente oitocentos anos de vida, sei que para quem tem a eternidade parece pouco, mais para mim é muito eu fui forçada a deixar minha família, meus amigos, minha vida.

Nunca fui a favor de vinganças, nem no ápice da minha época sombria eu era descontrolada mais sou e serei sempre a favor da vida. Seja ela humana, sobrenatural ou até mesmo natural. Defendo os meus ideais minha mãe sempre disse que nós fazemos o ciclo da natureza, não nascemos para depois morrer e sim nascemos para poder viver.

Abri a porta da sacada e caminhei mesmo descalço até me debruçar em seu parapeito, sentia a minha mente viajar enquanto apreciava o leve toque da brisa gélida contra minha pele. Ainda suja de sangue senti minha alma ser lavada pela chuva que já estava engrossando, enquanto permanecia de olhos fechados. Eu sinto o passado queimar em minha pele, o futuro entrelaçar em meus dedos e o universo em sintonia mostrando a minha essência. Eu queria correr em minha forma lupina sentindo o cheiro da floresta mais sabia que se ousasse fazer tal feito machucaria pessoas inocentes.

— Hey ruiva. Desse jeito você vai ficar doente.

Viro-me depressa

— Não fico doente faz muito tempo. – falei com um sorriso de orelha a orelha. – Eu abraçar-te-ia agora mais... – fiz uma careta apontando para o meu vestido sujo e quase encharcado.

— Se eu dissesse que não me importo estaria mentido. Minha jaqueta é nova Jorie quem sabe depois que tomar um banho? Trouxe-lhe uma muda de roupas Nik não vai se importar se você tomar banho no banheiro dele acho até que ele ficará louco em saber que perdeu a oportunidade de dar uma espiadinha em seu corpo sensual.

— Desde quando ficastes tão atrevida Bekah! – Acusou Marjorie sentindo as bochechas esquentarem.

— Os tempos mudaram Jorie, Toma logo teu banho que eu mostrarei como se divertir no século vinte um. Esses frascos contem produtos para o cabelo só é colocar um pouco na mão massagear e retirar após alguns minutos. Essas são as roupas de baixo. – apontou para um conjunto de calcinha e sutiã. Fiz uma careta. Eram minúsculos. – Escolhi um vestido meu espero que sirva amanhã farei algumas compras para você. Eu senti tanto a sua falta – murmurou emocionada.

— Eu também irmã. – disse enxugando uma de suas lágrimas.

Tomei um banho de banheira que já estava preparado e lavei os cabelos com os produtos que por sinal os deixaram mais sedosos e cheirosos. Sequei-me com a toalha e logo após vestir-me.

— Céus é tão curto. – exclamei olhando para o espelho. – E justo. – resmunguei olhando meus seios pequenos que de tão marcados a qualquer momento pulariam para fora.

— Jorie. – escutei uma voz no cômodo ao lado, era Niklaus!

Penteei meus longos cabelos apresada e encarei meu reflexo no espelho. Niklaus era o meu marido, algo dentro de mim revirava-se sempre que ele chegava perto com aquela voz rouca, seu sotaque arrastado, sua pele macia...

 - Marjorie! – gritou ele batendo na porta do banheiro.

Abri a porta irritada erguendo uma das sobrancelhas.

— Estava a banhar-me.  – falei voltando a atenção novamente para o espelho. Seus olhos percorriam cada extensão do meu corpo. – Niklaus o que queres?- perguntei repousando a escova no armário da pia para logo em seguida encara-lo.

— Você está muito bela love. – disse abrindo um meio sorriso, senti minhas bochechas corarem. – Precisamos conversar sobre alguns detalhes...

— Obrigada. – agradeci.

Niklaus estendeu-me a mão e conduziu-me a cama, nos sentamos um a frente do outro enquanto nos encarávamos.  Nos primeiros minutos só se ouvia as nossas respirações descompassadas.

 - Então...- comecei sem saber ao menos o que falar, eu não sabia como agir ao seu lado.

— Eu preciso que você confie em mim Jorie, as coisas estão acontecendo tudo muito rápido e aqui está tudo uma bagunça.

— O que aconteceu nestes anos? Quero dizer o tempo em que fiquei presa em um caixão. – perguntei diretamente.

— Muitas coisas...

— Não fuja do assunto, eu não gosto de mentiras! – falei na defensiva.

— Nós estamos novamente em New Orleans, tivemos que fugir anos atrás desta mesma cidade por causa de Mikael, Foi aqui onde às bruxas te enfeitiçaram por isso algumas memorias dos anos que passamos aqui foram apagadas. Encontrei a cópia de Tátia há dois anos e quebrei minha maldição lobo, consegui criar alguns híbridos mais muitos morreram e só sobraram-me alguns, Nesse meio tempo eu dormir com uma loba chamada Hayley, e ela acabou... - sua voz falha por alguns minutos. - Engravidando, o que deveria ser impossível devido ao fato de vampiros não procriarem.

E você por acaso é só a droga de um vampiro? Lobisomens procriam Niklaus. — falei me sentindo-me um pouco estranha, franzi o cenho com a estranha sensação de dejavu. Niklaus paralisou por alguns segundos seus olhos arregalaram-se e por um instante sua feição ficou assustada, eu fui um pouco grossa mais eu estava confusa. Eu tenho memórias dos nossos momentos felizes nós nos amávamos certo? Certo! Mais eu não sei se eu o amo agora. Meus nervos estão fervendo e meus sentimentos estão embaralhados.

 Calma Marjorie! – repeti mentalmente Niklaus ainda me encarava sem saber ao certo o que dizer, ele abriu a boca diversas vezes mais o som não saia. Eu não poderia esperar mesmo que ele sendo um hibrido milenar não se relacionasse com outra mulher sendo que a sua estava parcialmente “morta” e que provavelmente não iria acordar tão cedo. Bom ele não desistiu de mim certo? Certo! Se ele estivesse desistido eu ainda estaria em um caixão.

— Tudo bem, pode continuar a história. – falei depois de um certo tempo.

— Você não está furiosa? – perguntou o loiro com certa cautela.

— Por hei de estar? – rebati sua pergunta.

— Por que somos casados? Por que eu lhe trai?

— Isso não chega a ser uma traição. Você teria me traído se nós estivéssemos juntos mais não estávamos ou estamos. – falei convicta do que era ao certo a se fazer.

— Não estamos? Mais é claro que estamos! – Niklaus falou um pouco alterado.

— Eu não sei... - murmurei baixinho eu odiava sua possesividade.

— Obrigada por entender love. – disse afagando uma de minhas mãos. – Agora estamos juntos e as coisas serão diferentes, Hayley infelizmente foi um caso de uma noite que gerou um fruto futuro, ela está morando conosco agora as bruxas dessa cidade a atraíram para cá e lançaram um feitiço.

— Por que não estou surpresa. – murmurei sarcástica fazendo-o soltar uma risada.

— Se ela sair da cidade eles a matam e matarão o meu filho também, Marcel roubou a nossa cidade ele agora se autodenomina rei. Nos culpa por termos fugido e o deixado para trás. As bruxas estão proibidas de andarem livremente, os vampiros reinam e os lobisomens foram exilados.

Fechei os olhos enquanto revivia a lembrança.

“Eu estava horrorizada Klaus puxou-me para fora do teatro principal tão rápido que eu não tive nem forças para gritar. A cidade estava em chamas, eu me sentia irritada.

— Largue-me Klaus! Meu filho não pode morrer Largue-me! Deixe-me matar Mikael. – eu berrava com os olhos cheios de lagrimas. Enquanto era puxada pelo loiro, Não sabia onde estava Rebekah e nem Elijah, na certa foram buscar Kol e Finn, teríamos que fugir novamente.

— Ele está morto Jorie, Mikael a matará sem piedade vamos. – Niklaus Gritou.

Nosso reino estava caindo os prédios estavam em chamas, às pessoas corriam e imploravam para sobrevivem, Senti meu coração se apertar.

— Marjorie! – ouvi alguém gritar pelo meu nome. Comecei a me sentir tonta e a cabeça fervendo, meus olhos estavam pesados, mas antes pude ver uma estranha figura de uma mulher um pouco mais afastada murmurando coisas desconexas. Bruxaria!”

— Eu não queria abandoná-lo, Nik. Ele já sabe que eu estou viva? – perguntei apreensiva.

— Não.

— Chame-o aqui para eu velo então. Falando nisso onde está Elijah, Kol e Finn eu quero velos também.

— Finn está em algum lugar do mundo com Sage. – fiz uma careta – Eu sei amor você a odeia.

Gargalhei alto. Ela tentou me matar incontáveis vezes, aquela ruiva falsa.

— Kol está em algum lugar da América Latina, Elijah bem ele teve algumas complicações com Marcel, mas não vem ao caso agora. Rebekah está por ai e bem nós temos que nos manter escondidos, a cidade já não é mais a mesma e Marcellus não pode saber sobre o meu filho. Tudo vai se resolver. - disse convicto.

— Tudo bem. – murmurei me levantando ouço o seu telefone tocar.

— Onde você está Klaus? Ficou de me encontrar no Rousseau’s e até agora nada.– acusou uma voz do outro lado da linha demonstrando irritação.

— Já estou a caminho Marcellus e lembre-se a pressa é a inimiga da perfeição. – Klaus disse

 - Eu já te disse suas piadas estão vencidas, meu amigo.

— Em dez minutos chego ai. - disse Niklaus desligando o aparelho.

— Eu preciso ir volto em breve Love, qualquer coisa me chame.

— O que preferes, sinal de fumaça, bruxaria, ou um pombo correio? – perguntei irônica.

— Bom pelo visto seus transtornos de humor ainda estão intactos, isso me encanta love. Quando voltar te trago um celular até mais. – disse se aproximando para me beijar, quando seus lábios estavam a centímetros de se tocarem com os meus virei o rosto. Ocasionando um beijo na bochecha. – Eu te amo.

— Eu... Explorarei a casa. – falei calçando uma sandália baixa fiquei mais alguns minutos no quarto e apenas quando ouvi a porta da frente se fechar resolvi sair.

Passei pelo escritório, sala, quartos, ateliê de pintura até chegar na cozinha meu ponto principal não me contive abrindo um sorriso largo.

Sai abrindo as portas vendo tudo diferentes, peguei algumas porcelanas e pus na bancada como não sabia ao certo o que comer então eu optei por frutas que já eram as mais conhecidas por mim.

— Desculpe eu não... deixa para lá. – falou uma mulher com cabelos castanhos um pouco temerosa, eu sentia seu coração acelerado e os batimentos cardíacos do bebê. Ela já estava de costas pronta para subir as escadas quando resolvi chamar a sua atenção.

— Hayley? – perguntei a deixando surpresa por alguns segundos, mais maneou a cabeça para o lado indicando que sim, acho que ela não esperaria que Niklaus falasse dela. – Sou Marjorie creio que não ouvistes falar de mim.

— Ninguém me conta nada por aqui. – resmungou um pouco magoada.

— Queres comer alguma coisa? – falei indicando a cozinha a mesma assentiu ainda um pouco relutante. – Eu creio que não sei preparar nada desculpe-me, mais posso dividir as frutas com você. – tentei ser prestativa.

 - Quem é você? – perguntou direta enquanto sentava-se em um tipo de banco perto da bancada onde deixei o prato no centro. – Sabe os Mikaelsons não estão recebendo muitas visitas no momento e você deve saber o porquê, Rebekah disse que você é família. Suponho que seja tia do bebê milagroso. Mas você não se parece nem um pouco com eles. Sabe uma ruiva na família. – pelo seu tom de fala deduzi um pouco de sarcasmo.

— Na verdade na família Mikaelson existem duas ruivas a natural que sou eu e a falsificada da Sage esposa do Finn que você ainda não teve o desprazer de conhecer. – falei revirando os olhos. Ela soltou um riso – Sou Marjorie Ann Maragon Mikaelson ou só Jorie como preferisse, meu nome é absurdamente grande eu sou a esposa de Niklaus Mikaelson.

Seu semblante mudou, e a pele empalideceu. Eu falei algo errado? Acho que ela vai desmaiar.

Lembro-me de rir, olhando para seu rosto

O jeito que você vira os seus olhos, o seu sabor

Você faz com que seja difícil respirar


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do ponto de vista da Jorie?
* esse é um trecho da musica Two is better than one



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