Me chamam de Corvo (Bulletproof) escrita por Jéssica Sanz


Capítulo 22
Chong, Jojun, Balsa


Notas iniciais do capítulo

E esse é nosso último capítulo. Particularmente eu achei que ficou muito legal, mas sou suspeita pra falar.



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Uma coisa eu preciso dizer: meus Corvos ficaram lindos com os uniformes. As meninas com a maquiagem e os laçarotes eram sempre maravilhosas. Lá na arquibancada, estava Yonseo com nossa mascote, que também estava a caráter com seu vestido preto e laranja. Senti que ali perto também tinham alguns espectadores que só as duas conseguiam ver (talvez a Jiwoo também).

Todo mundo estava lindo, mas todo mundo estava nervoso. Também, com uma rotina finalizada pouco antes da competição, quem não estaria? Antes tivéssemos treinado na sexta-feira. Bom, não tinha como voltar atrás, só tinha como aquecer, repassar a rotina na cabeça e mentalizar o melhor. Tudo daria certo.

Assistimos três apresentações antes da nossa. Fomos para os lugares e começamos.

A primeira parte era mais tranquila, porque poucas mudanças tinham sido feitas a partir da rotina que treinamos aqueles meses todos. As três flyers lançaram com sucesso, enquanto o restante da galera cumpria seu papel nas elevações de spotter e na ginástica estática com as velas. Fizemos a dança com motions indo para os lugares da formação aviãozinho, intacta graças ao Sehun. Os saltos estavam sincronizadinhos, até o do Sehun, o que foi uma surpresa para mim.

Chegou a primeira parte de elevações com cinco flyers. Eram elevações simples com descidas na esponja, então a Tzuyu não encontrou problemas. Teve a dança nas elevações, que foi um ponto forte para a Tzuyu, já que ela sempre foi muito boa em pegar coreografias. A queda das flyers em berço aconteceu no exato momento de entrada de I Got a Boy.

Namjoon estava de base na elevação mais atrás e a esquerda. Foi o primeiro a dar partida na ginástica com carreira, fazendo aquele flic flac que me deixava de boca aberta. Atrás dele, veio uma galera nas estrelinhas. Foram várias linhas de estrelas e flic flacs em direções diferentes, até chegar em uma parte de ginástica mista. Finalmente, chegou o Not Today.

A elevação foi com três flyers. Eram um pouco mais complexas: Trocas de pernas no ar e o scorpion. Ficou ótimo, as meninas eram muito talentosas. Depois disso, desceram e foram para os mortais coligados. Primeiro, subiu Somin, na direita. Depois, subiu Mina, na esquerda. Depois, Sooyoung na direita, virada para Somin, e por último Joy na esquerda virada para Mina. No “throw it up”, As meninas que subiram primeiro, que estavam no centro, fizeram o mortal segurando a mão das flyers de apoio. Caíram em berço e saíram rapidamente. No “break it up”, as flyers de apoio caíram em berço. No “turn it up”, todo mundo começou a correr desesperadamente para formar a última elevação de cinco flyers. Nas pontas e atrás, Mina e Sooyoung. No meio de cada lado, Somin e Joy. E bem no centro e à frente… eu.

Subimos juntos, primeiro no Liberty. Tzuyu, como minha base traseira, juntou meu pé esquerdo ao joelho para estabilizar a posição. Namjoon, B.M e Sehun me davam sustentação no pé direito e até na canela para ajudar no equilíbrio. Descemos na esponja e contamos para subir de novo, dessa vez no Avião. O sorriso gigante não saía do meu rosto. Cheerleader sempre tem que ter sorriso exagerado. Se for flyer então…

Depois do Avião, descemos completamente. Me sustentei nos ombros dos meninos, já que não iria contar com a força de Tzuyu para me subir. Meus dois pés ficaram na caminha que os dois fizeram para o lançamento.

Um, Chong.

Dois, Jojun.

Três, Balsa.

No três, os meninos me jogaram bem alto, exatamente como eu pedi. Eu e as quatro flyers fomos lançados e fizemos o mortal com giro, caindo com tudo de volta nos braços das bases. Nisso, descemos e corremos para trás, para fazer a pirâmide.

Eu, Mina e Sooyoung subimos com rotação de 90°. Nos intervalos entre nós, J.Seph e Chanhyuk subiram Somin e Joy na elevação única, e demos as mãos, configurando a primeira pirâmide. Depois, as elevações únicas subiram na máxima, era a segunda pirâmide. Depois, voltaram à elevação única simples. Fechamos com uma ligação dos flyers em corrente.



Eu aprendi o lançamento nos cursos de coach que fiz, que foram dois, e pratiquei sempre que pude. Sobre o Liberty e o Avião, eu também tinha treinado equilíbrio, então nós testamos para ver se funcionaria. Basicamente, movemos os meninos das pontas para o meio, para me elevarem. Os stunts das pontas ficaram só com meninas.

Depois de apresentar, nos abraçamos e voltamos para o nosso lugar. Assistimos às outras apresentações. A competição foi até tarde da noite. Finalmente, chegou a hora de anunciarem o resultado, lá pelas onze. Como éramos o nível 2, nossa categoria foi revelada logo.

— Atenção para o resultado da categoria Co-Ed Nível 2. Vou pedir que as equipes concorrentes se concentrem nas laterais do tatame e que apenas os capitães venham buscar os troféus, que serão entregues pelo presidente da Associação Sul-coreana de Cheerleading. Em terceiro lugar… As Raposas da Kyungpook National University!

Imagine a farra das raposas. Pois é. Elas estavam a duas equipes de distância de nós. Fizeram o maior auê e a capitã foi buscar o troféu das mãos do presidente. Eu estava tremendo todinho.

— Em segundo lugar… As Abelhas da Universidade Sogang!

As Abelhas estavam lá do outro lado. Deu pra ver bem toda a comemoração delas, enquanto o capitão vinha correndo buscar o troféu. Cumprimentou o presidente e levou sua prata para as eufóricas abelhas.

Naquele momento, apenas uma coisa passava pela minha cabeça.

“A gente não precisa fazer nada incrível. A gente só precisa executar uma rotina com o mínimo de erros e com todos os elementos obrigatórios. Se pudermos fazer mais, faremos, mas só isso já é suficiente para superar as Abelhas”. Yumi tinha dito isso depois do primeiro Champions Cheers. As Abelhas tinha evoluído muito desde então, e nós também. Eu não sabia dizer quem tinha evoluído mais.

— E em primeiro lugar… Os Corvos da Seoul National University!

Foi o que ele disse, mas eu só ouvi até Corvos. Tudo ao meu redor explodiu na alegria sem tamanho dos nossos atletas. Eu perdi toda a força nas pernas e caí de joelhos com as mãos na boca. Eu não conseguia acreditar. Minha visão turva pelas lágrimas que chegavam não me permitiram ver com tanta nitidez o caminho de Namjoon em direção ao presidente e ao nosso troféu, mas minha pele, ainda pegajosa de suor seco, sentiu a aproximação do time que se uniu a mim. Nem todos podiam me tocar, mas eu sentia todos eles por perto. Eu sentia que estávamos todos ligados e a energia fluía pelos nossos corpos. Eu vi as pernas de Namjoon e percebi ele passando o troféu para o mar de mãos atrás de mim. Depois, ele se abaixou na minha frente e me ajudou a levantar. Ele não disse nada, e não precisava dizer. Qualquer coisa que ele dissesse seria parecido com “conseguimos”, e ninguém precisava me dizer que conseguimos. Eu já sabia disso.

Eu abracei Namjoon, e todo o time se juntou ao nosso redor e formou o maior abraço onde já estive em toda a minha vida. Em algum lugar acima de nossas cabeças, algumas pessoas seguravam nosso ouro. De algum lugar do lado esquerdo começou, baixinho, o nosso grito de guerra, que foi se espalhando pelas bocas e crescendo em nossos corações.

— VAAAAAAAAI CORVOOOOS!

Como o maravilhoso flyer que eu sou, subi nos ombros de Namjoon. Me deram o troféu e eu o ergui. Caminhamos, nós dois na frente e o time atrás, ao redor do tatame, passando perto da torcida eufórica. Fomos cumprimentados pelas torcidas de todos os times e pelos espectadores em geral. No fim da arquibancada, eu deixei o troféu com alguém ali perto, subi na grade e passei para a galera. Subi as escadas usando os poucos espaços vagos até chegar em Yonseo. Peguei Sunghee no colo e beijei seu rosto. Ela estava inexplicavelmente animada, como se soubesse de tudo. E, sinceramente? Aquela bebê era tão especial que eu não duvidava nada que ela estivesse entendendo a importância do momento. Namjoon apareceu pelo mesmo caminho de onde eu tinha vindo. Beijou o rosto de Sunghee e a minha boca. Yonseo pigarreou, estendendo a garrafinha de água. Eu tomei alguns goles.

— Parabéns, meninos — disse Yumi. — Não tenho palavras para descrever o quanto estou orgulhosa desse time.

— Vocês deram um show, hein… Muito merecido, esse troféu — disse Yoongi.

— Digam annyeong para a câmera — disse Hoseok, segurando uma handycam. — Transmissão ao vivo para Omelas?

— Que raios é Omelas? — perguntou Namjoon.

— Cadê todo mundo? — perguntei.

— Querido, se não tá tendo espaço nem para os vivos, imagina para os mortos. Já passaram dentro de mim umas cinquenta vezes.

— A justificativa não é essa, Yoongi — reclamou Yumi. — Hoseok fica cansado trazendo todo mundo, da última vez ele dormiu por dois dias quando voltou. Por isso, ele só trouxe os coaches dessa vez.

— Coaches? — perguntou Namjoon, abismado. — E desde quando Yoongi é coach?

— Desde a vida passada, meu caro. Mas não liga pra isso, não. Vai lá comemorar com seu time.



Namjoon estacionou a Ranger. Eu desci do carro e tirei Sunghee da cadeirinha. Levei-a para a frente da casa e bati na porta. Eu me lembro de ter dito para vocês que achava que os avós da Sunghee iriam acabar se disponibilizando para cuidar dela quando fosse necessário. Meus pais, desde o começo, ficaram encantados com ela e se tornaram muito abertos a qualquer coisa, mas eu nunca tive coragem de deixá-la por conta deles, por causa do Chung Ho. Visitava-os, apenas, tomando todo o cuidado para não deixá-la sozinha. Os Choi foram um pouco mais retidos. Interessaram-se na criança e abriram as portas, mas sentimos que era por educação e formalidade. Dessa forma, eu me sentia desconfortável de deixar Sunghee com eles. A única pessoa que eu sentia realmente disponível e feliz por estar com minha filha era a dona daquela casa, que acabava de abrir a porta.

— Boa noite, ajumma.

— Oi, Jin! Oi, minha princesinha. Está tão linda com esse vestidinho! Vem aqui com a ajumma. — Hyekyo pegou Sunghee no colo. — Cadê a bolsa?

— Com o Namjoon — disse, percebendo que ele se aproximava.

— Annyeong, Hyekyo Ajumma.

— Como está, senhor Kim Namjoon?

— Bem feliz, na verdade.

— É, fiquei sabendo que ganharam a competição ontem!

Alguém chamou a dona da casa lá dentro, e não era o marido, já que a voz era feminina.

— Desculpem. Estou recebendo visita.

— E a Sun não vai atrapalhar? — perguntei, preocupado.

— Não, não — disse, completamente espontânea. Hyekyo era aquele poço de alegria. Olhou para trás antes de dar um passinho na nossa direção e sussurrar. — São os Jeon.

Não pude deixar de esboçar um sorriso. Aquela mulher era simplesmente genial.

Meus pais ficavam extremamente bobos com a Sunghee, mas não sabiam que, na verdade, não eram avós dela. E não iam descobrir tão cedo. Essa era a parte que me incomodava naquela mentira: deixar meus pais encantados com uma bebê que não tinha o sangue deles e, pior ainda, deixar os Jeon, que perderam seu único filho naquele “acidente”, sem nem saber que tinham uma neta. Park Hyekyo estava me dando um grande presente ao permitir, de forma sutil, que Kim Sunghee tivesse ao menos um pouco de contato com seus verdadeiros avós paternos.

— Obrigado. Muito obrigado, ajumma.

— E posso saber para onde os pombinhos vão com essas roupas tão elegantes?

— Namjoon tá fazendo mistério.



Namjoon deixou a Ranger em um estacionamento. Fomos andando por uma rua até pararmos em frente a um restaurante muito chique.

— É aqui — disse ele, já entrando comigo.

Na recepção, uma moça estava no balcão com um mapa do restaurante que informava quais eram as mesas vazias.

— Reserva para dois, em nome de...

— Kim Namjoon.

— Que bom que você sabe o nome do seu capitão, Raina, porque se não tava fora do time.

— Credo. Que sorte você não ser tailandês. Lizzy, leve o casal à mesa doze, por favor.

— Oi, senhor Capitão. Oi, senhor Coach. Vamos para a mesa doze?

Lizzy nos levou até a mesa doze, onde nos sentamos antes dela nos dar dois cardápios.

— Me chamem quando escolherem, sim?

— Claro — eu disse, e comecei a olhar o cardápio. Em pouco tempo, estava horrorizado. — Mas esse lugar é muito caro!

— Eu sei. Esqueceu que estamos ricos agora?

— Tá, mas não significa que vamos gastar esse dinheiro todo comendo uma costela que eu posso fazer em casa com metade do valor.

— Mas vai ficar tão bom?

— Tá me ofendendo, Kim Namjoon. Vai ficar melhor.

Namjoon me olhou com aquela cara de que tinha vários argumentos, mas não iria usar nenhum. Pelo bem da noite.

— Você vai fazer desfeita com as meninas?

— Não, não… — segurei o riso, enquanto procurava uma opção mais viável. — A gente pode pedir só essa flor de cebola. E os dois refis.

— Qual é o problema em pedir uma costela uma vez na vida?

— Ah, Namjoon, você que sabe. Se a minha for melhor eu não olho na sua cara por uma semana, cê sabe, né?

Namjoon não respondeu. Chamou Lizzy e pediu uma tábua de costela e dois refis.

— De sobremesa… Traz esse sorvete boladão pra gente. É aquele que vem com caixinha surpresa?

— É isso mesmo — disse Lizzy, anotando tudo.

— Beleza. Vê esse pra gente, então.

— Que caixinha surpresa é essa? — perguntei, enquanto ela se afastava.

— Não sei, é surpresa, hyung.

Eu e o Namjoon jogamos conversa fora enquanto esperávamos o jantar, que por sinal demorou pacas. A sorte foi que tinha um pão de cortesia. Era um pão top, era escuro e tinha cheiro de mel. Até a manteiga era outro nível. Depois, chegou uma bandeja gigante de costela e os dois refis de refrigerante. Estava mesmo de arrasar, eu nunca vi um sabor parecido. Não cabia mais nada no meu estômago quando a gente terminou, mas ainda tinha a sobremesa. Lizzy trouxe o sorvete de cinco bolas de sabores diferentes e um monte de coberturas e confeitos.

— Aqui tá o sorvete, e aqui… a caixinha surpresa. Bom apetite.

Lizzy entregou uma colher a cada um e saiu. Eu não prestei muita atenção nisso. Estava no piloto automático desde que a caixinha fora colocada na mesa.

— Você não vai comer? — perguntou Namjoon, que já devia estar na terceira colherada.

Eu olhei da caixa para Namjoon e de Namjoon para a caixa. Era uma caixa pequena e quadrada, de veludo vermelho.

— Que caixinha é essa, Kim Namjoon?

— Isso? — perguntou ele, ingenuamente, como se a caixa tivesse simplesmente brotado ali. Ele repousou a colher apoiada na tigela. — Isso aqui é o seguinte… — murmurou ele, pegando a caixa e brincando com ela entre os dedos. Eu já estava mexendo meus pés euforicamente embaixo da mesa, já que não era uma caixa qualquer. — A gente já mora junto, trabalha junto, estuda junto, tem um time junto…

— Uma filha junto…

— Uma vida juntos. Então eu pensei que a gente podia… — Namjoon abriu a caixinha, virada para mim. — Formalizar isso.

A caixinha tinha dois belíssimos anéis de ouro. Eu já estava desconfiando, mas mesmo vendo os anéis, mesmo ouvindo aquelas palavras, eu não conseguia acreditar. Apenas sorria como uma criança encarando aquela imagem maravilhosa.

— Deixa eu ver se eu entendi — disse, mudando de posição, apoiando meu queixo na mão e o cotovelo na mesa. Queria ter certeza de que não estava sonhando. — Você quer…

— Eu quero casar com você — disse Namjoon, dessa vez rapidamente. O coitado tinha se controlado a noite toda, e de repente transbordava todo o nervosismo da situação. — Você quer casar comigo, Kim Seokjin?

Eu deixei escapar um risinho de felicidade enquanto as lágrimas começavam a se juntar nos meus olhos. Dessa vez, eu enxuguei logo, porque não queria que nada me atrapalhasse a apreciar aquele momento. Eu queria que durasse para sempre.

— Responde logo, por favor — sussurrou ele. Dava para ver no olhar brilhante o quão ansioso ele estava.

Eu me deixei rir mais uma vez enquanto esticava meu braço ao lado do sorvete. Namjoon segurou minha mão. Ambas estavam tremendo. Eu não era tão bom com palavras quanto ele, mas de repente veio em mim tudo que eu queria dizer naquele momento.

— Eu quero a vida toda com você, Namjoon. Eu quero terminar a faculdade e me formar com você, continuar acordando todas as manhãs para trabalhar na Big Hit com você dirigindo a Ford Ranger. Eu quero levar o time adiante e conquistar muito mais troféus com você. Eu quero ver com você a Sunghee crescer. Quero passar cada segundo que eu puder ao seu lado, porque você é a minha felicidade. Você é mais que o meu motivo para sorrir, e sabe disso. É o meu motivo de viver, de levantar da cama todos os dias sabendo que o dia, por mais cansativo que seja, vai valer à pena porque eu tenho você do meu lado. Então sim, é claro que eu quero casar com você.

Namjoon riu, de repente parecendo mais leve. Começamos a trocar os anéis enquanto ele falava.

— O mundo é um complexo onde se busca por amor. Eu também o buscava, e não acreditava que existisse amor verdadeiro. Eu dizia que eu queria amar, mas eu me encontrei. O novo e completo eu. Mas ainda estou confuso sobre quem eu sou. Desde que te encontrei, percebi que era um livro. Ou você virou minha página? Enfim… De qualquer modo, eu quero ser o melhor homem pra você. Talvez isso seja compreensível, já que você é tipo o mundo pra mim. Naquele momento em que você disse que morreria por mim, eu quis me tornar o Namjoon que você queria. Eu jurei a mim mesmo que eu faria isso. É muito complexo… Mas eu estava procurando por amor. Estou bem de qualquer jeito, desde que você me abrace e esteja comigo. Já que você é meu começo e meu fim.

Aigoo, e eu achei que estava arrasando na declaração… Às vezes eu sentia vontade de pedir a ele que fosse menos perfeito, só um pouquinho, só para eu me sentir melhor… Mas eu o amava daquele jeito. Tá, eu o amaria de qualquer jeito, ele era simplesmente maravilhoso. Simplesmente o homem da minha vida.

— É muito ouro pra um fim de semana só — brinquei, olhando para a aliança e pensando no troféu.

— Você merece todo o ouro do mundo, meu bem.

— Que absurdo — murmurou Lizzy ironicamente, ao passar pela nossa mesa. — Vocês estão destruindo a família tradicional sul-coreana.

Namjoon pegou a colher e voltou ao sorvete já meio derretido, sem soltar minha mão, antes de falar de volta.

— Abraxas te ouça.


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Notas finais do capítulo

Ih, mentira, não é o último capítulo. Ainda tem três capítulos de Epílogo (praticamente toda no Segundo Mundo).



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