Destinada escrita por Benihime


Capítulo 27
Capítulo XXV




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Lydia 

Me inclinei para analisar o mapa, perguntando-me quem poderia tê-lo feito, quem saberia o segredo. Todas as pistas apontavam uma única pessoa.

Foi você. Percebi, e Gaia riu baixo ao ser descoberta.

Só não conte a ninguém.

É claro. Você tem minha palavra.

— Lydia. — Atena chamou, impaciente.

— Ahn? O que foi, Tena?

— A profecia, sua cabeça oca.

Pelo modo como ela me olhava, era óbvio que já havia me chamado antes. Muitas vezes, talvez. 

— Ah, sim. Me desculpe, mana.

Obriguei-me a reunir concentração suficiente para ler:

Queima, mas não fere

Brilha, mas não ilumina

O terceiro dos doze clama

Por vingança em sua ardente chama

— O que?! — Hades quase gritou. — Isso é idiotice!

— Por que? — O tom de Gaia foi calmo — Todos sabem que você nunca perdoou Zeus por tê-lo aprisionado no Mundo Inferior. O que seria mais óbvio do que uma vingança sua, Hades?

Percebi que Hades estava prestes a começar uma briga e tratei de me interpor entre eles.

— Já chega. — Ordenei. — Tio, violência não resolve nada. E você, Gaia, por favor tente não provocar.

Isso esfriou um pouco os ânimos, embora Hades ainda parecesse furioso. Algum tempo depois senti Gaia em minha mente, naquela linguagem sem palavras que tínhamos. Ela queria falar comigo.

Minutos depois

Eu tinha certeza de que ninguém que nos conhecesse estaria ali naquele pequeno café em Amsterdã.

— E então? — Instei.

Gaia hesitou e, pela expressão em seus olhos, o assunto era complicado.

— Preciso de ajuda. — Revelou enfim. — Tenho ... Ouvido vozes. Elas tentam me influenciar. Venho tentando resistir, mas sinto que estou perdendo a batalha. Tenho medo de que o que aconteceu antes se repita.

— Pode me mostrar?

Ela pareceu surpresa pelo pedido, mas assentiu. Um momento depois, pude ouvir as vozes claramente. Gaia percebeu que eu me abalei e tudo ficou em silêncio de novo.

— Posso entender o seu lado agora. — Declarei. — Acho que eu também perderia o controle. Mas então ... Como posso ajudar?

— Existe um feitiço que pode ajudar, mas não posso lançá-lo em mim mesma.

— Tem certeza de que vai funcionar?

— Absoluta.

— Então a ajudarei. Você tem minha palavra.

Dez minutos depois

Enquanto Hades falava, notei Atena lançando-me olhares furiosos. Eu não precisava ser nenhum gênio para saber o motivo.

Eu devo isso a ela. Lembrei-lhe.

Ela não merece, e você sabe disso. Rebateu Foi a minha vez de olhar-lhe com ódio. Esse foi o maior erro que você já cometeu. Não, espere. Seu maior erro foi confiar naquela víbora.

Agora já chega! Gritei. Atena, seu orgulho a deixa mais cega do que os " tolos ignorantes" que você tanto despreza.

E quem é você para me criticar, Dama da Noite?

Suas palavras trouxeram as imagens de volta, os pequenos flashes de momentos que para sempre me assombrariam.

Marina caída na calçada molhada, com o corpo retorcido em ângulos estranhos ... Minha adaga perfurando o coração de uma garotinha, sob o olhar desesperado de sua mãe ... O tiro certeiro entre os olhos de um pai desesperado que tentava proteger sua família ... O hospital em chamas, o ar noturno sendo rasgado pelos gritos daqueles que estavam presos lá dentro ... O desespero da jovem mãe que lutava para se soltar de meus braços enquanto seu único filho se afogava nas águas turbulentas …

Aquele antigo título me paralisou. Atena percebeu que me atingira em meu ponto mais vulnerável.

O que foi, irmã? Vai ignorar mais uma parte de seu passado?

Atena, chega!

Minha vontade era pular em seu pescoço e destroçá-la com meus dentes.

Ou o que? Vai fazer comigo o que fazia com suas vítimas? Sabe que não tem coragem para isso. Você é uma covarde, Lydia, e uma hipócrita.

Eu ia dizer alguma coisa, mas Ares tocou meu ombro, distraindo-me. Bem a tempo, a propósito, porque logo depois Hades anunciou que queria que eu o acompanhasse na busca pela relíquia.

No Tártaro

Segui Hades na escuridão densa como tinta. Só não nos perdíamos porque ele segurava firme minha mão.

— Espere, tio. — Ele me obedeceu sem hesitar. — Consegue ver alguma coisa?

— Somente a aura da relíquia.

— Como eu pensava. — Sussurrei para mim mesma, e então declarei em voz alta: — É uma armadilha.

Invoquei um pouco de magia para clarear aquele lugar. O que vi imediatamente me fez desejar poder continuar na escuridão.

— Vamos. — Hades instou delicadamente. — Não é boa ideia ficarmos parados.

Meu tio voltou a tomar a dianteira e eu o segui. Chegamos a um abismo. Eu podia sentir a vibração que o lugar emanava. Era esmagadora. Eu também sentia que a relíquia estava lá embaixo.

— Posso pega-la. — Declarei. — Não cairei se usar o feitiço certo.

— Lydia, não.

— É a melhor opção.

— Lydia …

— É a melhor ideia que temos, tio. — Eu estava impaciente, e não queria admitir nem sequer para mim mesma o quanto disso se devia ao medo. — Se conseguir pensar em algo melhor, sou toda ouvidos.

Ele nada disse. Concentrei-me e uma corrente brilhante surgiu, firmemente presa às rochas mais sólidas e enrolada ao redor de minha cintura.

— Vou lançar um sinal assim que pegar a relíquia. Quando o vir, viaje nas sombras para fora daqui …

— Lydia, esse plano é loucura.

— Não é, não. — Rebati. — Fazendo isso evitaremos a batalha com o guardião da relíquia.

Após dizer isso, pulei no Abismo do Caos. Eu sabia que, se meu feitiço falhasse, seria uma queda eterna. Já havia sido avisada disso, mas pouco me importavam os riscos.

Um pouco mais abaixo, vi uma espada encravada na parede de pedra. Estendi a mão e, mal meus dedos tocaram o cabo da lâmina, meu feitiço se desfez e passei a cair vertiginosamente.

Aos poucos, conforme caía, tudo começou a desaparecer de minha mente, substituído pelo mais completo vazio. Havia, porém, uma última coisa que eu precisava fazer, embora não me lembrasse o motivo. 

Erguendo minha mão livre, deixei que minha palma se incendiasse, lançando para cima uma espiral de chamas. Depois disso, foi somente medo, até a lembrança me dominar, súbita e inesperada.

Afrodite ri, sentando-se ao meu lado no confortável sofá da sala de estudos particular de Hécate.

— Eu gostaria que você não interferisse, Paloma.

— E deixar que você continue mentindo, Verônica? Nem pensar!

A ironia com que elas dizem os nomes humanos uma da outra deixa claro a animosidade entre as duas.

— Ok, então me diga de que mentira está falando. — Interfiro, antes que haja uma briga.

— É, sim, possível escapar do Abismo do Caos, mas poucos poderiam. — Afrodite explica gentilmente. — Eu escaparia. E sabe por que? Porque tenho a magia mais poderosa de todas: um verdadeiro amor.

— Isso é ridículo. — Hécate protesta. — É preciso grande poder para resistir ao Abismo, apenas isso. Um poder que ninguém, nem mesmo os Titãs ou os deuses primordiais, jamais possuiu.

— Não ligue para ela, meu bem, todos tendem a rejeitar o que não conseguem entender. — A Deusa do Amor declara. — O amor é a chave, Lydia, não se esqueça disso nunca.

Na época aquilo me pareceu besteira, coisa do eterno romantismo de Afrodite. Naquele momento, porém, a lembrança fez com que meus pensamentos imediatamente se voltassem para Ares.

De repente, fui envolvida por uma luz dourada que emanava um calor agradável. Depois do que pareceram séculos, abri os olhos, que nem percebera haver fechado, e me vi na sala do conselho, onde minha família estava reunida. Hades foi o primeiro a vir até mim, claramente aliviado e satisfeito em me ver.

— Então, você conseguiu. — Ele disse. — Por que será que isso não me surpreende?

Sorrindo, lhe entreguei a espada, uma belíssima lâmina negra de ferro estígio.

— Bem … Eu lhe disse que conseguiria, não foi?

— Só mesmo você, Lydia. — Hécate declarou afetuosamente. — Como conseguiu escapar do Abismo?

— Consegui porque … Afrodite estava certa. — Respondi. — Não podemos mais zombar dela quanto a isso.

Todos me encararam, claramente surpresos ao me ouvir dar razão a uma deusa de cujas teorias eu sempre zombava. Eu os ignorei e fui até Ares, que abriu os braços assim que me aproximei. Aninhei-me em seu abraço sem protestar, satisfeita ao senti-lo enterrar o rosto em meus cabelos, me abraçando com tanta força que meus pés se ergueram do chão.

— Quando Hades nos contou o que você fez … — Ele sussurrou, e meu coração disparou ao perceber o tremor em sua voz. Era preocupação, pura e genuína.

— Pensou que eu não voltaria? — Sussurrei de volta.

— Não logo de cara. — Meu irmão admitiu enquanto me soltava. — A primeira coisa que pensei foi que, se havia alguém insanamente burro o bastante para isso, seria você.

Ri de sua tentativa de implicar comigo mas, honestamente, estava mais concentrada no braço que ainda envolvia minha cintura, mantendo-me junto a ele.

— E depois? — Inquiri.

— Depois comecei a me perguntar se, dessa vez, você não teria dado um passo maior do que o seu equilíbrio.

— E se eu tivesse? — Desafiei, satisfeita que todos os outros estavam ocupados demais discutindo o que acontecera para prestar atenção em nossa conversa em voz baixa. — Teria sido por um bom motivo.

— É, eu sei. — O Deus da Guerra declarou, para minha surpresa. — Mas me conte, como conseguiu sair de lá?

Eu ri mais uma vez, deixando que Ares me puxasse para mais perto de si. Só por um momento, me recostei contra ele, satisfeita em senti-lo ao meu lado.

— Você não sabe? — Zombei. — O amor realmente é a força mais poderosa de todas.

— É mesmo? — Ele rebateu, rindo. — Bem, ouvir justo você dizer isso é uma surpresa e tanto.

— Agora não, seu bobo. Depois falamos disso, está bem?

Ares ficou ao meu lado durante o resto da reunião, embora não tenha dito mais nada. Quando finalmente ficamos a sós, me voltei para ele e segurei seu pulso, sorrindo.

— Não tão rápido, Deus da Guerra. — Declarei. — Está tentando fugir de mim?

— Eu? — Seu tom era zombeteiro, porém seu olhar era terno. — Nunca, Lydia. Mas posso imaginar o que você vai dizer.

— Duvido muito. — Provoquei. — Você não seria capaz de adivinhar uma resposta nem que ela estivesse dançando na sua frente.

Ares mordeu a isca de minha brincadeira, pois vi a tão esperada faísca de raiva em seus olhos. Ah, como eu adorava aquilo!

— Por que você é sempre tão ... Tão …

— Irritante? — Completei, rindo. — Ora, Ares, a culpa é toda sua. Estar com você desperta o pior em mim.

— Para mim isso é paixão reprimida. — Ele provocou. — Vamos, admita.

Contive um sorriso. Eu adorava trocar farpas com ele, amava quando brigávamos. Era sempre divertido, de um jeito estranho. Ele me fazia sentir ... Viva, poderosa.

— Acha que seu charme vai conquistar todo mundo, não é? — Provoquei — Como você é convencido, Deus da Guerra.

Ele percebeu que eu estava brincando e relaxou, seus lábios se curvando em um sorriso malicioso.

— Contanto que conquiste você, não me importo com o resto.

— Mentiroso. — Rebati. — Elogios não vão levá-lo a lugar nenhum.

Normalmente essa seria a deixa para começarmos a discutir, mas ele não aproveitou a oportunidade. Ao invés disso, sua expressão se tornou séria.

— Está fugindo de novo. — Ares ressaltou — É o que você faz sempre que eu me aproximo. Se tem algum problema, Lydia, é melhor me dizer logo. Não faça joguinhos. Não combinam com você.

Olhei para o outro lado. Eu sabia que era tudo um jogo para ele.  Enquanto eu fosse um desafio, Ares permaneceria interessado. Ele era um jogador, e faria de tudo para conseguir seu prêmio, algo que eu jamais permitiria. Ou, pelo menos, não permitiria que ele soubesse que havia conseguido.

Ares

— Está bem — Lydia cedeu com um suspiro — Se é isso que você quer, vamos colocar as cartas na mesa. Chega de jogos.

Ela finalmente me olhou nos olhos de novo. Sua expressão era dura, mas seu olhar revelava que estava apavorada. Lembrei do comentário que Atena fizera sobre Lydia e um homem que a usara. Talvez fosse o motivo de ela ter tanto medo.

Lydia

— Continue negando, então, se é o que quer. Minta. — Eu nunca o ouvira falar com tanta energia, tanta convicção. — Mas eu sei a verdade e, mais importante, você sabe a verdade. Mentir para si mesma não vai diminuir seu medo.

Sua acusação imediatamente me deixou irritada. Se tinha uma coisa que eu não admitia era que questionassem minha coragem, que sempre fora minha maior qualidade.

— Não estou com medo.

— Então admita. — Ares instou. — Admita que também se apaixonou por mim.

— Pela milionésima vez, Ares, não estou apaixonada por você! — Exclamei. — Somos só amigos.

— Sua mentirosa. Se fosse assim, você não estaria aqui agora. — Ele rebateu. — Nem teria me abraçado daquele jeito quando retornou.

Antes que eu tivesse tempo para reagir, ou sequer para pensar, Ares me beijou.

Ares

Minha intenção era apenas mostrar a ela o quanto estava sendo boba, provar que eu falava sério, mas isso tudo se dissolveu em desejo no momento em que a toquei.

Senti seus braços envolverem meu pescoço com firmeza e então seus lábios se entreabriram, permitindo que eu a beijasse. Não durou muito. Suas mãos logo estavam em meus ombros, me afastando. Não ofereci resistência.

— Já falamos sobre isso, Ares.

Seu tom era cansado. Pude ver a dor em seus olhos, escondida por trás da fachada orgulhosa que ela tentava com tanto afinco manter.

Lydia

— Antes que você diga qualquer outra coisa, deixe-me falar. — Ares pediu. — Não decida nada antes de ouvir o que tenho a dizer.

— Vá em frente. — Cedi — Estou ouvindo.

— Bem ... Não é segredo que eu gosto de você. — Ele abriu aquele sorriso torto de moleque que fazia meu coração bater mais rápido. — Lydia, você é a mulher mais incrível que já conheci, e isso vindo de mim ... — Nós dois rimos com sua insinuação. — Enfim, já que você claramente não se lembra daquela noite, vou precisar dizer uma segunda vez …

Suas palavras trouxeram a lembrança de volta. A noite em que ele aparecera em meu quarto e dissera estar apaixonado por mim.

— Ares, não diga. Eu não ... Não posso.

— Já entendi. Alguém te magoou. Mas eu não vou fazer isso. Não vou te machucar, Lids.

Balancei a cabeça, sentindo as lágrimas arderem em meus olhos. A memória da última vez que vi Damaso ainda estava em minha mente, como se queimasse. As memórias da mágoa do passado não deixavam que eu me concentrasse no momento presente. Tudo em que eu podia me concentrar era no erro que cometera. Abri meu coração para Damaso e só o que consegui foi dor. Eu não sabia se podia confiar novamente.

— Lydia, me conte. — O tom de Ares foi suave, carinhoso. — Estou pedindo como seu irmão, e como seu amigo. Me conte o que aconteceu.

— Ele disse que me amava, agia como se fosse verdade. — Limpei algumas lágrimas que rolavam por meu rosto — Eu era jovem, boba. Claro que acreditei. Fui para a cama com ele. No dia seguinte, todo aquele amor sumiu. A única coisa que restou foi um bilhete dele dizendo que "foi divertido" me conhecer.

Não era minha intenção, mas dizer aquilo em voz alta quebrou meu autocontrole e me vi chorando. Ares deu um passo à frente e me abraçou. Eu me encolhi em seus braços como uma garotinha, apreciando a sensação de estar aninhada contra seu peito.

— Eu nunca soube — Sua voz era baixa, porém eu podia ouvir a raiva em seu tom. — Se tivesse me contado, esse cara teria pago caro por magoar você.

— E quem garante que qualquer outro cara não faria o mesmo?

Eu não faria. — Ele garantiu — Se eu tivesse a sorte de ter você, jamais te faria chorar.

— É o que você diz.

— Lydia, o que aconteceu não foi culpa sua. Aquele cara se aproveitou da sua bondade. Não deixe o passado te derrubar, princesa. — Suas palavras calaram fundo em mim. Ares limpou com o polegar algumas lágrimas que ainda teimavam em cair. — Você é forte, precisa ter coragem de confiar de novo. Não chore por um idiota qualquer que não merece isso.

— Obrigada, Ares.

Ele ergueu meu rosto com um dedo para que eu o olhasse nos olhos. Antes que eu percebesse, o beijo aconteceu.

Ares

O beijo dela era uma das melhores coisas do mundo. Seus lábios eram como um vício e eu tinha medo de jamais conseguir parar.

— Lydia — Consegui dizer — Lydia, eu me apaixonei por você.

Ela se afastou um pouco, sorrindo, parecendo ter esquecido seu medo.

— É bom ouvir isso.

— Não vai dizer que se também se apaixonou por mim?

— Não. — Foi sua resposta, acompanhada por uma risada baixa. — Seria fácil demais. Vou deixar essa resposta a seu critério.

— Pois eu acho que a resposta é sim.

Ela passou os braços ao redor de meu pescoço e chegou mais perto ainda. Nossos corpos estavam colados. Deuses, pensei, nunca mais deixo essa mulher se afastar de mim.

— Resposta correta, Cabeção. — Ela declarou — E não pense que não vou cobrar sua promessa, entendido?

— Sim, vossa alteza — Não consegui deixar de rir. — Me considere avisado.

Ela sorriu, mas ainda assim pude ver a sombra do medo em seus olhos. Em silêncio, jurei a mim mesmo que faria o que fosse preciso para erradicá-la.

Lydia

Ares reclamou meus lábios em mais um beijo e se afastou um pouco depois, mantendo nossas testas unidas.

Eu sorri. Pela primeira vez em décadas, o medo se fora. Tudo o que eu sentia naquele momento era alegria, a euforia mais pura. Ares retribuiu meu sorriso. Era a primeira vez que eu o via sorrir daquele jeito, feliz e despreocupado como um garoto. Naquele instante, tive certeza de que o amava.


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