Oliver Queen:

Eu sempre achei que responsabilidades não eram para mim. Claro, minha família era a mais rica da cidade, meu pai era o CEO da nossa empresa e eu? Bem, me acostumei desde cedo nos privilégios que o dinheiro dava. Com a família Queen e Merlyn fazendo parcerias desde cedo nas empresas, não demorou muito para eu e Tommy nos tornarmos melhores amigos. Enquanto crescíamos sempre nos acostumamos a estar cercados de mulheres, bebidas e carros importados. Era a vida que eu pedia a Deus! Até que o pior aconteceu, em uma viagem do meu pai para Rússia, ele foi encontrado morto, depois que o avião que ele estava “acidentalmente” caiu.

Óbvio que todos nós nos ficamos horrorizados e  quebrados ao saber disso . Na época, a polícia russa não prosseguiu com investigações, eles nem nos deram um motivo válido, simplesmente encerraram e arquivaram o caso. O que despertou minha curiosidade. Por que não investigar a morte de um CEO bilionário, sendo que nossa família daria todo o dinheiro necessário para a continuação do caso? Foi aí que percebi que havia algo errado. Foi o suficiente para que a dúvida se instaurasse em mim. Eu poderia estar imaginando demais... Mas por que nunca houve provas ou pistas de como o avião caiu? Apenas teria sido uma coincidência? A QC e o meu pai sempre foram aceitos em todos os lugares do mundo, por que alguém teria o matado? Eu precisava investigar por mim mesmo, foi aí que decidir ir para Rússia cinco anos atrás.

Eu praticamente virei um fantasma, a mídia sempre tentando me encontrar e se não fosse as poucas vezes que eu ligava para casa para informar que estava bem, minha família também não saberia dizer se eu estava vivo ou morto. Eu não podia arriscar, cada informação que eu conseguia e cada pista que ligava a uma pessoa, eu não poderia perder tudo isso. Eu devia isso ao meu pai, e a cada dia que passava eu estava mais convicto de que essa queda do avião não foi acidente.

 Então toda vez que eu falava com a minha mãe ou Thea e ouvia sua voz chorosa me pedindo para voltar, meu coração partia, eu queria largar tudo naquela mesma hora e voltar para Starling, mas não podia, eu precisava descobrir quem estava envolvido.

Mudei muito ao longo desses cinco anos, de um playboy que tinha tudo o que queria, para um homem crescido com grandes responsabilidades. Queria que meu pai estivesse aqui para ver a pessoa que me tornei, ele ficaria orgulhoso, esse foi o seu sonho para mim. Que eu largasse a vida de festas para me tornar um verdadeiro homem. Ele sempre pediu que eu me casasse, tivesse filhos e construísse minha própria família. Eu tinha uma namorada antes de ir para a Rússia, Laurel, mas terminei com ela antes de ir. Não era uma relação saudável, eu vivia a traindo com várias mulheres e ela só estava comigo pelo sobrenome Queen e tudo o que ele poderia oferecer. Eu nunca a amei e acho que ela só estava apaixonada pelo meu dinheiro. Então nunca encontrei alguém que eu pudesse me apaixonar. Também, o galinha que eu era, seria muito difícil encontrar o amor daquele jeito. Thea uma vez me disse que eu saberia quando eu encontrasse a mulher certa. Ela disse que eu estaria com um sorriso mais do que pateta no meu rosto e quando isso acontecesse, eu saberia que ela era a pessoa ideal. Parece até cômico minha irmã mais nova me dar conselho sobre amor, mas ela sempre foi melhor nisso do que eu.

Quando resolvi voltar para Starling, percebi que muitas coisas mudaram completamente. Minha mãe havia se casado novamente, com Walter Steele, ele parecia uma boa pessoa, ele fazia minha mãe feliz e amava a Thea, então tinha minha aprovação. Até Thea, que antes tinha uma vida de adolescente problemática aos 17 anos como dirigir bêbada e usar drogas toda noite, agora estava dirigindo a sua própria loja de roupas, Star Queen, ou apenas Star para os íntimos. Estava cada vez mais fazendo sucesso em Starling. Ela me disse que uma amiga que ela havia feito, que acabava de se mudar para cidade após eu partir havia a estimulado a criar responsabilidades e fazer seu próprio negócio. Ela disse que a partir daí elas eram inseparáveis, praticamente irmãs e que se encantou ainda mais por essa amizade ao descobrir que ela tinha uma filhinha e que praticamente virou tia dela. Tommy tomou jeito e fez o seu próprio negócio: uma boate nos Glades, “Verdant”, que surpreendentemente estava lotada todas as noites. Aparentemente Tommy ainda continuava o mesmo galinha de sempre, mas ele havia amadurecido nesse tempo e coincidentemente ou não, Tommy também era amigo dessa pessoa de Thea, que todos diziam ser maravilhosa e única.

Assim que eu voltei para a cidade, minha mãe e Walter, que até então era CEO, me contaram que na QC estava havendo desvio de dinheiro. Claro que na hora eu pensei que isso poderia ser algo aleatório, muitas empresas passam por isso, isso não teria nada haver com o meu pai, certo? Eu estava um tanto frustrado com os resultados que eu tinha, eu havia conseguido apenas alguns nomes, máfias que poderiam estar ligadas, mas nada de concreto. Foi aí que minha mãe me contou que iria me nomear CEO da empresa e eu a assumiria. Ela também queria contratar uma hacker, que era a melhor no departamento de TI da empresa e que iria ajudar a encontrar quem poderia estar fazendo isso com a empresa. E que para todos os efeitos, ela estaria de fachada como assistente executiva.

No dia em que eu conheci Felicity Smoak, foi totalmente explosivo e ao mesmo tempo perfeito. Nesses últimos cinco anos eu não fui de me relacionar sério com ninguém, sempre ficava com uma mulher apenas por uma noite e sem compromisso no dia seguinte, então não sabia como agir diante dela. Até ela aparecer com o seu balbucio incontrolável. Eu a conhecia há pouco tempo e já adorava quando ela divagava, era tão puro, embora ela tenha uma mente muito suja e dar sempre em situações indevidas um duplo sentido. Ela era tão rara e tão diferente das outras mulheres... ela era a Felicity.

Não pude deixar de implicar e provocá-la. Isso acaba puxando um sorriso nos meus lábios. Só de a ver corando parecendo um tomate de tão vermelha, por alguma insinuação minha ou pela sua falta de filtro, me fazia sentir diferente. Um novo Oliver lá, embora esse novo Oliver amasse irritar Felicity Smoak. Claro, no dia em que eu a conheci, achei que ela fosse mais uma na  lista imensa de mulheres que queria entrar na minha cama, mas quando vi o seu olhar de que me queria me queimar vivo, eu realmente fiquei com medo. Como uma coisa tão pequena pode ser tão assustadora? Ela não cansa de me surpreender! E por falar em surpresa, ao conhecer Mavi Chocolate Smoak... não consigo evitar que um sorriso no rosto escape ao lembrar dela tentando falar e não conseguir pronunciar o nome do meio. Ela simplesmente é uma Felicity em miniatura! Com cabelos claros, na cor de mel, olhos azuis oceanos e aquele rosto lindo com bochechas grandes e rosadas, não teria como não ser encantadora como a mãe. Eu já adorava aquela pequena princesa.

Thea me explicou tudo depois dela entrar igual um furacão na QC e ver Felicity e Mavi na presidência, que essa era a amiga que ela e Tommy tanto falavam. Então eu só fiz cair ainda mais por aquela loira com mente pervertida.

Saio dos meus devaneios quando sinto o elevador parar e dirijo para minha sala. Quando me aproximo dou de cara com aquele anjo lá me encarando e corando. O sorriso é imediato.

“Bom dia senhorita Smoak.” digo sorrindo.

“B-bom dia Oliv... Sr. Queen." ela diz gaguejando e agora percebo que ela estava olhando fixamente para o meu peitoral que estava um pouco exposto pela camisa social onde alguns botões haviam escapados mostrando o meu peito.

“Admirando a paisagem, meu anjo?" pergunto e ela cora até a alma ao perceber que a sua pequena secada no meu corpo não foi tão sutil. Ela murmura algo para si mesma que não consigo entender e logo se levanta.

"Eu preciso te dar." diz para logo arregalar os olhos e boca fazer um perfeito "o". "Não! Não preciso te dar, quer dizer eu preciso te dar, mas não no sentido sexual, eu preciso te dar uma informação e uma coisa. Não a minha coisa, ou que envolva a sua coisa... Deus, só piora!" ela fala colocando as mãos no rosto querendo se enterrar no primeiro buraco que visse.

Começo a rir internamente com as suas palavras descontroladas. Só a Felicity para tentar explicar o balbucio e colocar conotação sexual nele.

“As vezes eu queria costurar minha boca para sempre." ela diz ainda com vergonha.

“Não faça isso! Eu realmente amo o seu balbucio." eu digo olhando profundamente em seus olhos e fico alternando entre eles e seus lábios. Aquele batom vermelho deixava seus lábios tão convidativos e eu queria tanto prová- lós.

“Porque... não é você que não consegue controlar sua boca e acabar falando mais do que deveria em situações indevidas, principalmente insinuações sobre o seu corpo ou quão sexy você fica apenas em uma camisa social, igual estou fazendo nesse exato momento. E que vai acabar em 3,2,1." ela diz e balança a cabeça corando tentando se concentrar no que queria me falar antes.

“Você queria me mostrar algo?" pergunto ignorando o comentário anterior me controlando para não rir.

“S-sim, é algo que eu descobri sobre aquele projeto que eu te falei nos Glades." ela diz voltando para a mesa e pegando algumas folhas.

“Vem, vamos para a minha sala, não quero que ninguém nos ouça.” digo caminhando em direção à sala.

“Errr, você sabe que dá para ouvir tudo nessa sua sala certo? Comprovei isso no dia que você estava com Helena e deu para ouvir basicamente tudo. Mas isso aconteceu porque vocês estavam gritando igual loucos e não vamos gritar, certo? Não que eu não queira gritar com você daquele jeito. E eu não estou insinuando que quero fazer sexo com você,  eu estou falando de gritar, no sentido real... e não com insinuações sexuais com você. E eu vou calar minha boca antes de pular dessa janela de vergonha." ela diz me seguindo até a sala.

Viro de repente e ela para abruptamente de me seguir quase se chocando com o meu corpo.

“Não iremos gritar, Felicity." eu digo. “Mas se você quiser, terá que me pedir para isso.” Termino de falar com uma voz rouca e lanço um olhar malicioso para ela.

A vejo engolir seco e sentar hesitante em uma poltrona de frente para minha mesa.

“Então... desde daquele dia em que simplesmente mandaram a autorização para a presidência, eu fiquei pensando e como eu disse, aquele é um projeto que não poderia ter sido criado em pouco tempo, que é muito bem feito e planejado. Então por pura curiosidade eu entrei nos registros da QC hoje cedo e eu descobri que esse projeto já havia sido apresentado ao seu pai na época em que ele era CEO. Mas foi arquivado porque ele não aprovou." ela para e me olha.

“E eu fiquei pensando, por que insistir tanto em um projeto? Se seu pai já tinha vetado, por que te apresentar o mesmo projeto? Ainda sem uma reunião?” ela termina.

Eu penso nisso por um momento.

“Eu não faço ideia. Só sei que quem o fez, quer muito colocá-lo em prática. E por sinal, quem está responsável pelo projeto?" pergunto franzindo o cenho.

“Aqui diz que é seu nome é Adrian Chase. Mas ele não trabalha na QC de Starling, ele trabalha na Rússia com a atual CEO de lá."ela diz e eu engulo seco e penso naquele nome. Isabel Rochev.

“Sei que eles têm autonomia lá, mas todos os projetos, principalmente os que envolvem escalas mais amplas como cidades precisam passar pela sua autorização. E eu me pergunto por que os Glades? Por que não uma cidade da Rússia? O que os interessa tanto em um bairro perigoso?" ela termina confusa.

Eu procuro pensar em alguma coisa coerente. Isso não fazia nenhum sentido. Por que atuar em Starling?

“Felicity, preciso te contar uma coisa que pode ajudar." eu murmuro olhando firme para ela. “Não sei se você sabe, mas motivo por eu ficar cinco anos fora da cidade... foi para investigar a morte do meu pai. Minha família nunca se convenceu disso, mas as coisas sempre foram tão estranhas em relação à esse acidente, que eu não acredito que tenha sido apenas um acidente. E esse possível roubo da QC pode não estar ligado com a morte dele, mas meu instinto diz que quem está por trás desse desvio, tem ligações com quem mandou matar ele.” digo por fim.

“Eu também sempre achei estranho esse acidente, sabe, eu até cheguei a hackear  a polícia na época. Eu tinha acabado de conhecer a sua irmã e ela estava devastada e ansiosa por qualquer informação da polícia e eles não divulgavam nada. É como se não quisessem ou simplesmente não queriam que as informações saíssem. Aí eu invadi o site da polícia  e procurei por alguma coisa, mas eu não entendia russo e tentei traduzir, mas pareciam está ali somente para alguém que conhecesse profundamente o idioma e eu simplesmente não consegui obter informações.” ela diz frustrada olhando para mim.

Fico com a boca aberta depois dessa. Felicity hackeou a polícia russa para procurar informações sobre o meu pai? Ela não cansa de me surpreender!

“Você hackeou a polícia?" eu digo por fim ainda impressionado.

“Eu estou ouvindo algum julgamento por isso?" ela diz arqueando uma das sobrancelhas.

“Não, é apenas orgulho!" eu digo com um pequeno sorriso no rosto. E ela sorri timidamente.

“Então você acha que o roubo tem haver com a morte de seu pai. E você passou todos esses cinco anos na Rússia em busca de pistas sobre quem poderia ter sido?" ela pergunta e eu assinto.

“Uma dessas pistas me levava a Isabel Rochev, ela é a CEO da filial da QC em Moscou. Mas ela não tinha nada que a incriminasse, eu procurei por toda a Rússia algo sobre isso, mas nunca houve nada. Mas eu tenho certeza que ela está envolvida.

“E você já parou para pensar que não encontrou nada justamente por estar você estar na Rússia? Quero dizer, ali é o território dela, ela não iria esconder algum envolvimento no seu país de origem onde as pessoas a conhecem, ia ser muito óbvio. Se eu fosse uma criminosa eu pensaria assim. Não que eu queira ser uma criminosa ou esteja implicando que vou virar uma... eu não conseguiria nem se quisesse! Eu só estava fazendo uma comparação e não sei se fui clara o bastante..." ela começa a balbuciar.

“Eu entendi, Felicity." digo rindo. “Mas preciso que você hackeie novamente a polícia, isso deu certo na última vez, e eu falo russo, vai ver agora a gente descobre o que há naqueles documentos." digo por fim.

“Okay, mas acho melhor não fazer isso na QC. Se me rastrearem, o que eu acredito que  não vai acontecer e acredite, eu sei das coisas e confio no meu taco! Não que eu tenha um taco... ou que  eu esteja implicando algo nisso. Então... Prosseguindo, irão associar a imagem da empresa invadindo o servidor deles. E aí bye bye plano secreto.Então preciso fazer isso em casa. Não que eu esteja te convidando com segundas intenções para o meu apartamento, também não quero dizer que você não está convidado, é claro que você está... Até porque você é meu chefe, mas não estou te convidando apenas por seu meu chefe, longe disso, eu..." ela divaga novamente nervosa.

“Felicity, eu entendi o que você quis dizer." digo sorrindo de leve. “Pode ser hoje a noite?" pergunto.

 Felicity Smoak:

“C-claro hoje, sim” eu digo sorrindo meio nervosa e quando levanto acabo tropeçando e deixando cair a caneta vermelha para debaixo da mesa.

“Droga.” eu digo bufando e ele só faz rir.

Abaixo e vejo que vou ter que entrar debaixo da mesa mesmo. Entro procurando a caneta do demônio que me inventa de cair perto da cadeira do Queen. Isso é uma posição muito comprometedora: eu debaixo da mesa enquanto o meu chefe está sentado. E como se minhas preces estivessem sendo ouvidas, o ranger da porta de vidro soa e alguém aparece.

“Jesus Cristo, vão para um motel!" 

Dou um pulo no mesmo instante esquecendo que eu estava debaixo de uma mesa e bato minha cabeça com toda a força na maldita mesa. Vejo que quem entrou na sala foi o idiota do Tommy ,que agora está cobrindo os olhos murmurando algo sobre ficar traumatizado por resto da vida.

“Que droga!" digo me levantando e massageando a cabeça.

AGORA É OFICIAL, JÁ PODEM ME MATAR!!! TOMMY VAI ACHAR QUE NÓS ESTÁVAMOS FAZENDO SEXO ORAL EM PLENO EXPEDIENTE NA QC. ALGUÉM CAVA UMA COVA PARA EU PODER ME ENTERRAR VIVA!!! 

“Tommy, que diabos está fazendo aqui?" o Queen pergunta vindo até mim ver se eu machuquei muito minha cabeça.

“Heeey, eu também estou feliz em te ver, Ollie. Oi para você também Smoak. Não pensei que já tinham chegado nessa fase, Thea estava enganada ao pensar que vocês não iriam tentar nada até o final do mês." Tommy diz andando até nós.

“Quê?" eu e o Queen dizemos ao mesmo tempo.

“Você hein Smoak, só tem essa carinha de comportada. Thea vai ficar tão feliz." ele diz sorrindo amplamente.

E QUE PAPO É ESSE DE THEA FICAR FELIZ PELA GENTE? ME AGUARDE THEA QUEEN.

“Não pense besteira, Merlyn. Eu estava apenas pegando a caneta debaixo da mesa" digo corando.

 “Pegando a caneta? É assim que vocês jovens estão chamando isso hoje em dia?" ele pergunta confuso.

AI MEU DEUS, NÃO VAI SER SÓ A THEA QUE IREI MATAR HOJE, DEFINITIVAMENTE TOMMY VEM JUNTO SE NÃO CALAR ESSA BOCA!

“Tommy, você também é jovem..." Oliver fala tocando minha cabeça enquanto solto um murmuro de dor.

“Você é doido, Merlyn? Não aconteceu nada, eu abaixei para pegar a caneta que havia caído." eu finalmente falo vendo a confusão que iria começar a se formar.

“Não me repreenda, Felicity. Não era eu que estava em uma posição super comprometedora." ele diz com um sorriso malicioso. “E Thea disse que não demoraria para isso acontecer, só não sabia que ia ser tão rápido, é como ver meus pais fazendo sexo." 

“Tommy, não estávamos fazendo sexo... Não por falta de insistência da minha parte, mas infelizmente não estávamos.” O cretino diz encolhendo os ombros.

DEFINITIVAMENTE SERÃO TRÊS ASSASSINATOS!!! MERLYN, A QUEEN MAIS NOVA E O SAFADO QUE ATENDE PELO NOME DE OLIVER!!!

E Depois de esclarecer tudo pro idiota do Tommy como eu e o Oliver nos conhecemos, e explicar para o sádico como eu e Mavi conhecíamos Tommy,  o Queen falou.

“Espera, eu esqueci de perguntar... onde está Mavi? Você tinha dito que ela não tinha escola essa semana. Ela ficou com quem?" ele indaga me surpreendendo com a sua curiosidade pela Mavi.

“Ela ficou com Thea na Star." Tommy responde por mim. “Eu passei lá antes de vir pra cá, e ela disse alguma coisa sobre usar as bochechas da Mavi para atrair clientes.” ele diz pensativo.

O Queen ri e eu me enfureço.

“Vou matar Thea! Minha bebê está sendo explorada!" finjo irritação.

“Que nada, Mavi disse que queria barras de chocolate como pagamento e Thea achou justo e a contratou." Tommy diz rindo.

Não pude deixar de rir também. Minha pequena desde sempre esperta!

“Então... Eu vou vê se encontro gelo para botar na minha cabeça, se precisar de alguma coisa me avisa." digo indo em direção à porta. Quando toco na porta o Queen me chama e diz:

“Pode me trazer por favor, dois cafés, senhorita Smoak?" ele diz com aquele maldito sorriso molhador de calcinhas da Felicity.

É AGORA QUE FAÇO PICADINHO DE QUEEN E SE TOMMY SE METER ELE VAI JUNTO. VOU QUEIMAR O SAFADO VIVO!

Faço o meu melhor sorriso falso.

“Lamento senhor Queen, mas nossa cafeteira foi quebrada." digo quase estrangulando o palhaço. “VI-O-LEN-TA-MEN-TE!" eu soletro com os dentes cerrados enquanto Tommy ficava calado nos olhando como se fossemos seus pais em uma discussão e ele tivesse cinco anos de idade.

Saio antes que o Queen invente que eu tenha que comprar o café lá na rua.

ISSO JÁ SERIA JÁ O CÚMULO! EU IA QUERER RASPAR A CARA DO CRETINO NO ASFALTO.

(...)

Horas depois:

Eu estava tão pensativa, que nem reparei que já os céus de Starling já estavam escuros. Tento voltar minha atenção para a planilha que está no computador, mas não consigo me concentrar, só penso no que o Oliver falou sobre passar todos esses anos longe da família. Se pelo lado de Thea, já sei que ela sofreu bastante, imagine Oliver... não consigo pensar no ele deve ter passado nesses cinco anos sozinho. Eu preciso ajudá-lo a descobrir mais sobre a morte de seu pai. Ele e Thea merecem saber o que aconteceu e se posso ajudá-los, eu não vou hesitar.

“FELICITY?" o Queen grita do nada na minha frente  me fazendo dá um pulo da cadeira. Qual o problema do bastardo?

“Oliver! Você tá doido de entrar assim, quase me mata de susto!!!” coloco a mão no peito. “Vou colocar um sino em você!” eu digo.

“Eu estava te chamando várias vezes e você não olhava." ele diz achando graça da minha distração. “Você já está pronta pra irmos?" ele pergunta.

“Sim sim, me dê um minuto." eu digo arrumando minha bolsa e desligando o meu equipamento.

Ele começa a andar e eu o sigo até entrarmos no elevador, onde ele cede a passagem para mim entrar primeiro.

Entramos no elevador em um silêncio absoluto. Lembranças da nossa última vez no elevador com minhas insinuações sobre sexo no elevador voltam à minha mente e eu tenho vontade de cavar um buraco e me jogar. Como eu não consigo ter o controle do que eu falo? Só pode ser uma praga que foi jogada para mim. E o Queen deve ter percebido que eu estava olhando em um único ponto e quebrou o silêncio na mesma hora que o elevador abriu as portas.

“Você estava pensando sobre as posições sexuais no elevador que você disse naquele dia né?" ele diz sorrindo para mim.

O FILHO DA MÃE LÊ MENTES AGORA?

“C-claro que não... por que eu estaria pensando nisso, eu nem me lembrava que eu tinha dito." minto na cara de pau o seguindo para o estacionamento. Ainda bem que ele estava na minha frente, assim não daria para ver meu rosto, que com toda a certeza estava vermelho.

Enfim chegamos ao carro supremo e  líder dos Autobots, Optimus Prime. Essa história é engraçada, desde do dia em que usei este bendito carro, Mavi e eu estávamos com medo de alguma hora o carro virar um dos transformers e engolir eu e minha pequena. Então eu passei a chamar o carro do sádico disso. Ele nem sonha que eu penso assim.

“Optimus Prime é ótimo."ele diz entrando no carro e só agora eu percebi que ele estava rindo.

CHEGA! EU NEM VOU COMENTAR ISSO.

“Definitivamente é o meu recorde tantos balbucios, que não deveriam ser balbucios, em menos de um minuto!" eu digo colocando o cinto. “Você deve achar que eu sou uma louca." murmuro por fim.

“Eu não diria louca, você é única, é isso que te torna tão especial.” ele diz me olhando e eu coro levemente.

DESDE QUANDO ELE É TÃO ROMÂNTICO? AINDA BEM QUE ESTOU SENTADA, SE NÃO JÁ ESTAVA CAINDO NO CHÃO DEPOIS DESSA.  QUE EFEITO ESSE HOMEM TEM EM MIM, MEU DEUS!

(...)

“Então você não tá chateado que eu nomeei seu carro de Optimus?"perguntei franzindo o cenho depois de alguns minutos em silêncio.

“Não, Felicity, é até um apelido legal." 

“Oh, que bom."

 “E ah, não esquece que temos que passar na Star para pegar a Mavi. Preciso saber se mato Thea hoje ou amanhã por usar as bochechas da minha filha de forma comercial."

“Não se preocupe, Thea deu uma boa remuneração para o trabalho de Mavi." ele relembra sorrindo o que Tommy havia dito mais cedo.

Alguns minutos depois chegamos na loja e ele estaciona. Logo que entramos sinto um perfume suave de rosas, vejo os inúmeros vasos de flores vermelhas que se destacam na decoração. A Star é muito grande e luxuosa, mas Thea fez questão que a loja se tornasse confortável e aconchegante. A mistura perfeita de Thea. Toda vez que venho aqui, tenho vontade de levar toda a loja, Thea tem peças cada uma mais linda que a outra e não deixo de sentir um orgulho em relação à minha irmã postiça. Ela tendo a sua própria loja me deixa tão feliz! Embora, sendo ela quem desenha os croquis, ela faz questão de ficar e ajudar a atender os clientes. Saio dos meus devaneios quando ouço passinhos pequenos correndo para ver quem chegou na loja. Não precisa ser um gênio para saber que é  Mavi correndo, e o seu rostinho logo se alegra ou me ver, ou pelo menos eu achava que era para mim.

“Olhos Azuuuuuuis." ela vem feito o Flash e praticamente se joga nos braços do Oliver, que pega ela no susto, ao pensar que ela correria primeiro para mim.

“Olá, pequena princesa!" ele diz sorrindo e eu decido que definitivamente eu adoro o sorriso dele.

“Pelo visto já perdi a filha." murmuro  me aproximando deles ainda chocada por Mavi ainda não ter vindo falar comigo.

“Deixa de ser ciumenta, Felicity." ele diz beijando as bochechas fofas do meu pimpolho.

“Não mamãe, eu ainda te amo." ela diz se jogando dos braços dele para os meus. Sinto seu cheirinho de bebê e agarro a minha pequenina. Como senti saudades do meu bebê lindo.

“Também te amo, querida." digo por fim descendo ela enquanto Thea entrava na nossa vista.

“Minhas pessoas favoritas!" ela diz sorrindo e se aproximando para dar um abraço no Oliver primeiro.

“Pra que devo a honra da visita de vocês?" pergunta curiosa.

“Ué, não é obvio? Vim buscar minha filha? Tenho medo do que você tenha feito hoje com o meu bebê." 

“Ei, Mavi deu o seu preço e eu como uma boa empreendedora  aceitei." ela diz encolhendo os ombros.

“Mamãe eu ganhei barras de chocolate. E guardei uma para você." Mavi diz.

“Cadê então?” eu digo arqueando uma sobrancelha para ela.

“Eu comi." diz levantando a mãos para os lados com um pequeno sorriso.

“Sem mais açúcar para você hoje, mocinha." eu digo a pegando no colo.

“Dá para vocês me contarem que história é essa de agarramento na QC?” Thea diz sorrindo maliciosa.

VOU ESTRANGULAR TOMMY!!!

“Tommy é um fofoqueiro." o bastardo diz ou invés de desmentir.

“Não é nada disso que você está pensando, Thea. É uma longa história que Tommy tirou conclusões erradas... Embora eu tenha que concordar que a posição foi bem comprometedora, mas não aconteceu nada, até porque estávamos na empresa e não poderíamos fazer nada ali.... e por que tô falando disso meu Deus!" 

“Sim, entendemos, Felicity." ela diz dando uma piscadela para mim.

ÓTIMO!

“Então... vamos garotas?" o Queen pergunta.

“Mamãe, o Olhos Azuis vai jantar com a gente? Diga sim!" ela sussurra para mim, mas todo mundo ouviu.

“Sim, se ele quiser. Quer dizer, temos que fazer um trabalho da empresa e se ele quiser e não tiver nada para fazer ele pode jantar com a gente." eu digo corando.

“Claro, se estiver tudo bem para você." ele diz com um pequeno sorriso.

“S-sim, Thea, você também vem?" eu digo desviando o olhar dele para ela.

“Não, vou sair com o Roy." ela diz saindo para pegar a bolsa.

“Que-quem é Roy?" Oliver pergunta se virando para ela com os braços cruzados.

“Espera aí, Roy? O novo bartender da Verdant?" eu digo juntando os pontos.

“Sim, é ele, vamos sair hoje, então não vou acompanhar vocês. Mavi vem me dar um beijo de despedida." ela murmura.

“Dá para alguém me explicar aqui?" ele fala olhando para Thea.

“Roy é o namorado da tia Thea, igual você é da mamãe, Olhos Azuis." Mavi fala despreocupada jogando a bomba.

PUTA MERDA!!! COMO ASSIM NAMORADO? EU VOU PEGAR UM DESSES VASOS E ENTERRAR MINHA CABEÇA NELE, CERTEZA QUE ESTOU VERMELHA IGUAL UM TOMATE.

“Mavi, Oliver não é meu namorado." eu digo quase correndo dali com ela.

“Não? E o que a tia Thea para mim sobre..." ela fala e logo é interrompida.

“Shiiu, okay Mavi? Agora tenho que ir, amo vocês!" ela diz indo em direção à porta até desaparecer.

MUITO OBRIGADA THEA, AGORA VOU FICAR COM ESSA CARA DE BUNDA PRO OLIVER GOSTOSO QUEEN!

“Érrr vamos então?" ele pergunta

“Vamoooos." Mavi começa a pular animada. Ela definitivamente comeu muito açúcar.

Andamos até o carro e alguns segundos estamos indo para o meu apartamento.

QUE A FORÇA ESTEJA COMIGO E EU NÃO AGARRE ELE.

(...)

Chegamos enfim em casa depois de Mavi nos contar detalhe por detalhe como foi o seu dia e nos dizer mais sobre quem era o tal Roy.

“... então ele passou hoje lá na loja da tia Thea?" ele continua perguntando sobre o pobre Roy enquanto entramos no elevador.

“Sim, ele é legal, ele disse que vai me ensinar a fazer park... par... cou."ela diz se atrapalhando com a palavra.

“Parkour, querida.” eu digo a corrigindo.

“Isso, ele também é muito bonito, mas não tão bonito como você, Olhos Azuis. A mamãe disse ontem que você é muito lindo." ela diz e eu coro.

ATÉ MINHA FILHA ESTÁ CONSPIRANDO CONTRA MIM!!! ALGUÉM ME AJUDE AQUI.

As portas do elevador se abrem e chegamos no apartamento.

“Então você me acha bonito, mamãe." ele sussurra no meu ouvido assim que entramos me fazendo ter arrepios e outras coisas.

SABE AQUELE SORRISO MOLHADOR DE CALCINHA SER DESTRUIDOR? PODE  DEFINITIVAMENTE SUBSTITUIR E TATUAR NA MINHA TESTA “VOZ SEXY MOLHADORA DE CALCINHAS DA FELICITY."

SE COMPORTA SUA IDIOTA , SUA FILHA ESTÁ LOGO ALI.

Saio de perto dele ainda tentando me recompor e tiro os sapatos.

“Mamãe podemos ter pizza ?” Mavi pergunta se jogando no sofá.

“Você não se importa de comer pizza?" eu pergunto para ele que se senta ao lado da Mavi.

“Que nada, todo mundo adora pizza!" ele diz com um pequeno sorriso.

“Então você vai adorar a pizza daqui. É a melhor de Starling e olha que eu e Mavi entendemos disso." eu digo. Ouço Mavi sussurrar algo para ele que não consigo ouvir.

“...eu coloquei uma vez, cola no dinheiro do homem da pizzaria que ficava paquerando a mamãe, agora toda vez que ele vem, ele fica com medo de mim e não fala quase nada com ela." Mavi começa a rir e Oliver explode em gargalhadas.

“Isso parece diabólico! Não faça mais isso pequena princesa, mas estou orgulhoso de você, esse será nosso pequeno segredo." ele diz piscando para ela.

Depois de comermos e entrarmos em conversas divertidas, Mavi começou a bocejar. Nem mesmo o tanto de açúcar que ela comeu, fez com que ela ficasse acordada. Percebendo isso fui até ela e a peguei no colo, que repousou sua cabeça no meu ombro.

“Vamos mocinha, já passou do seu horário de dormir." murmuro a instalando nos meus braços.

“Olhos Azuis, vai com a gente, por favorzinho." ela diz acenando na direção do Oliver.

“Claro, vamos pequena." ele diz nos seguindo subindo a escada.

(...)

Não demorou muito para Mavi dormir, apesar dela estar divagando igual a mim sobre o quão foi divertido todo o seu dia, eu falei que ainda tínhamos trabalho para fazer e ela cedeu e acabou pegando no sono. Oliver estava descendo a escada na minha frente quando eu, do nada, tropecei em um dos ursos de pelúcia da Mavi nas escadas, que também apareceu do nada. E eu só pude tirar uma conclusão: eu estava caindo.

EU ODEIO A GRAVIDADEEE!

Tudo aconteceu bem rápido, enquanto eu espera pelo baque que nunca veio, senti alguém me segurar e aterrissar em algo duro e musculoso. Tentei descobrir onde eu pousei deitada. Ué, o chão não tem um abdômen definido. Então resta...

SANTO CRISTO EU ESTAVA EM CIMA DO SAFADO GOSTOSO MASTER!!! ALGUÉM ME ABANA PORQUE DE REPENTE FICOU MUITO CALOR. E ELE ESTÁ MUITO QUENTE.

“Você também está quente." ele diz encarando meus lábios.

MERDAAA AGORA EU ESTOU FERRADA. 

“E-eu imaginei você dizendo isso em outras circunstâncias..." digo corando igual um tomate.

ALGUÉM ME CALA PORQUE EU AINDA ESTOU EM CIMA DO QUEEN E O NEGOCIO TA FICANDO DIFÍCIL CONTROLAR AQUI EM BAIXO.

“Ainda bem porque, enfim, estamos sós." ele diz lambendo os lábios.

E DESSA VEZ NÃO FOI PRECISO O SORRISO MOLHADOR DE CALCINHAS APARECER PARA CUMPRIR SEU PAPEL...