Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 25
Esconda-os para os encontrar


Notas iniciais do capítulo

Hellooo meu povo!!
É como dizem, quem é vivo sempre aparece rs.

Sim, eu sei. Eu demorei muito. E saibam que eu odeio quando isso acontece porque odeio atrasar a história e odeio ainda mais deixar vocês nessa espera, principalmente, nessa reta final.

O que aconteceu é que nessas últimas semanas minha vida está uma correria. Eu estava uma pilha de nervos se passaria ou não na universidade e eu não conseguia escrever um capítulo descente para vocês sem que eu tivesse alguma crise de ansiedade com tudo o que tava acontecendo, então eu resolvi tomar aquela pausa.

Então eu passei :)
E eu vivi felizes para sempre rsrs
(Não)

Foi mais complicado ainda porque tem que ir atrás de todos os documentos e isso é um verdadeiro inferno, então não achava tempo para escrever até essa semana.

Então me perdoem por essas semanas longe, por favorzinho ♥

Eu queria muito agradecer a linda recomendação da renatasouza19 em meio a esse período ♥ Obrigada minha flor :)
E queria agradecer também você que não desistiu de mim, viu! Principalmente a compreensão das meninas no grupo Olicity do whats ♥ (Elas me ameaçam, mas já estava com saudade daquelas ameaças).

Sem mais delongas, aproveitem que o capítulo ta bem grandão. Não lembro de ter escrito um tão grande desde os da Rússia.
Lembrando que esse capítulo teoricamente era pra ser o penúltimo, o próximo o último e mais um epílogo. Maaas se o próximo ficar muito grande, eu vou dividi-lo em dois, ok?! Não prometo nada.

Nos vemos nas notas finais e boa leitura :)



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Pov Narrador:

“Sua comida...” a voz de um dos homens do galpão a traz de volta para a realidade e ela pisca repetidas vezes antes do mundo entrar em foco novamente.

Ela suspira assim que olha para o prato fazendo com que a cabeça dela pesasse cerca de três vezes mais que o normal e ela tem certeza que a dor está também três vezes mais forte.

 “Estamos de mudança?” Felicity pergunta observando vários homens carregando algumas coisas do galpão e seus olhos vagueiam rapidamente para ver onde está o Alpha.

“Não, essas coisas estão. Você não.” ele diz pegando os resquícios da refeição anterior.

“Pode levar esse também, não tenho fome.” ela diz com os ombros caídos.

“Se eu fosse você eu comeria, vai ser a última refeição que terá.” ela tenta não estremecer com suas palavras.

“Não me diga que Carter e Isabel estão te pagando um adicional pra você me ameaçar assim.” para surpresa dela, ele ri.

“Ninguém vai te matar. Apenas as coisas serão transportadas para outro lugar o dia todo, então ninguém ficará aqui pra te dar comida.”

“Da mesma forma eu vou morrer.” ela murmura encostando a cabeça na parede. “Mas obrigada mesmo assim por esclarecer.” diz.

“O que você acha que está fazendo com ela, Nobu?” a voz de Carter a puxa para frente e ela tem plena convicção que se ele se aproximar um pouco mais ela joga esse prato de comida na cara dele.

“Apenas deixando a comida, chefe.” ele murmura rapidamente se levantando.

“Você está cada dia mais horrível, Felicity.” ele ri e ela não tenta revirar os olhos porque sua cabeça iria doer ainda mais.

“Será porque eu fui sequestrada.” murmura sem humor.

“Mas você não foi sequestrada.” Carter afirma em diversão.

“Apenas foi trazida e está sendo mantida contra sua vontade por um tempo indeterminado.” diz.

“O que está fazendo?” pergunta o encarando.

“Com você ou com essas coisas?” diz.

“Ambos.”

“Oh com você eu já te expliquei, não me faça perder tempo. Agora com essas coisas... você iria adorar saber. Mas eu seria um tolo se te dissesse. Então, vai ter que ficar na curiosidade mesmo.” diz se aproximando.

Tempo.

“É sobre o tempo, certo?!” Felicity diz o encarando e ele para em seus passos.

“O quê?”

“Você me manteve aqui não foi por querer me manter fora dos seus planos, e sim ganhar tempo.” diz e há um cintilar em seus olhos que ela não consegue ler.

 “Porque assim todos só se preocupariam comigo e esqueceriam essa maldita máquina! E a minha filha... bem, você adorou quando a levaram.. É por isso que você não hesitou em entregá-la. Você queria tempo para que assim o dia em questão chegasse, e de surpresa, o tão grandioso Alpha fosse ligado e a baboseira toda se desenrolasse...”

“Você sempre agiu sorrateiramente, debaixo dos panos, encoberto por um codinome, um bem merda por sinal. Atrás dessa cara deslavada de bom moço você se escondia, e até para se mostrar um vilão ridiculamente frustrante, você faz o que? Você se esconde em um galpão! Esperando que todos se esqueçam do que realmente está acontecendo...”

“Você me perguntou o que eu tinha visto no Oliver, o que o tornava melhor que você. E você sabe?! Tudo torna ele melhor do que você! Porque ele é exatamente o oposto de você. Ele não se esconde sob uma máscara, ele enfrenta. Seja o que for! Por isso não tenho dúvidas que ele está fazendo o possível e o impossível para encontrar minha filha, porque é assim que nós fazemos. Você é fraco, Carter. Só você não viu isso...”

“CALE A BOCA SUA PUTA!” ele grita em fúria a estapeando. Ela sente a cabeça girar em infinitas direções fazendo o palpitar da cabeça aumentar ligeiramente e um assobio de dor escapa de seus lábios.

 “Porque não importa o que aconteça, nós vamos fazer toda a merda que for possível para que essa máquina não seja ligada, nem que eu tome o conselho do Oliver e a quebre com marretadas. E que ainda possamos ver você e seus cúmplices sejam punidos. Sabe por quê? Porque nós não nos escondemos. Vamos lutar. Pela nossa família, amigos e por essa cidade.” Felicity sibila.

Ele se aproxima lentamente do rosto dela enquanto acaricia sua bochecha com o dorso da mão. Ela se afasta do seu toque no mesmo instante enquanto ele se inclina para seu ouvido. “É realmente lindo o seu pensamento, muito inspirador na verdade, mas eu espero no fundo do coração que o Oliver seja mesmo tudo isso. Esse homem forte que aguenta o que for. Porque será uma verdadeira lástima quando ele terminar tudo isso e ver seu corpo, aqui mesmo, estirado e sem vida. Pálido, gélido e sem pulsação. Porque  isso tudo pode acabar, uma vitória para vocês até. Mas será que ele será o mesmo homem que você exalta depois de te ver sangrar até a morte? Acha mesmo isso, Felicity?” murmura acariciando seus cabelos.

Ele sorri quando ela se torna tensa. “Foi o que eu pensei.”

(...)

 “Caitlin? Você está aí?” uma voz masculina pergunta da entrada do quarto seguido de um suave toque na porta.

Ela vira a cabeça ligeiramente do travesseiro e suspira ao reconhecer o dono da voz.

“Vá embora.” diz enterrando o rosto nas cobertas.

“Mas eu quero conversar.”

“E eu quero ficar sozinha. Por favor, vai embora.”

“Você não deveria mandar alguém que você nem sabe quem é embora.”

“Tchau, Thomas.”

“Quem disse que é o Thomas?” ela revira os olhos levantando da cama percebendo que ele não iria sair de lá tão cedo.

“Quem é então?” ela pergunta.

“Papai Noel?” murmura com uma careta no mesmo instante em que a porta se abre.

 “Por que está aqui, Thomas?” pergunta o encarando com um olhar triste.

“Eu... eu só queria te ver. Achei que precisasse de alguém.” diz gentilmente.

Ela suspira. “Bem, eu não preciso de ninguém. Vá embora.” murmura com a voz apertada.

“Sério? Você quer mesmo que eu vá?” ele fala suavemente e ela não consegue mais segurar as lágrimas e desaba se jogando na cama.

“Ei... não fique assim.” ele diz se inclinando ao lado dela.

“Eu estou apavorada, Thomas. Elas são minha família... Não consigo imaginar algo acontecendo com elas.” diz olhando para o chão enquanto ele fazia um carinho reconfortante em suas mãos incentivando a continuar.

“Eu não conheci meu pai, e minha mãe nunca apreciou minhas escolhas e com o tempo ela me abandonou igual como ele fez.  E depois que meu amigo de Central City morreu, Felicity se tornou a coisa mais perto de família que eu tenho. E então com a Mavi sendo minha afilhada, só fez aumentar o vínculo. E de repente a vida começa a ameaçar tirar as duas pessoas que você mais ama no mundo... é demais pra mim.” diz soluçando enterrando o rosto nas mãos.

Ele a puxa para mais perto de si a enterrando em seu  peito. “Temos que acreditar que elas estão bem.” diz limpando as lágrimas do seu rosto.

“Você não pode confirmar que elas estão bem.” murmura com as palavras abafadas na camisa.

“Não, eu não posso. Mas você precisa ter fé que elas estão bem.”

“Eu já perdi a fé muitas vezes, Thomas.” diz suspirando.

“Eu sei. Eu também.” diz engolindo seco tomando a atenção dela.

“Olhe, eu sei como é a sensação de perder alguém.” diz com a garganta apertada.

“Há alguns anos vi minha mãe morrer em um acidente terrível de carro. Meu pai... bem, ele não aceitou e nunca entendeu a morte dela. Depois do acidente ele nunca foi o mesmo.” ele diz desviando o olhar. “Ele morreu dezoito meses depois daquele dia.” diz engolindo pesadamente.

Ela aperta sua mão em um carinho reconfortante entre as dela trazendo a sua atenção.

“Como?” sussurra quase que inaudível.

“Ele teve um ataque. Foi instantâneo. Os médicos não puderam fazer nada.” diz simplesmente forçando um sorriso falso.

“Eu sinto muito que você teve que passar por isso.” ela diz não deixando de fitar seus olhos.

“Eu já superei. Ou pelo menos é o que eu tento passar para mim. Mas o meu ponto é que... eu deveria ser a pessoa mais desacreditada do mundo, principalmente em circunstâncias desse tipo. Mas uma vez, minha mãe me disse que, se nós não tivermos fé nas piores situações... quem vai ter?”

“É muito lindo na teoria, mas na prática é bem mais difícil que isso.” ela diz com pesar.

“Eu não posso prometer nada, Caitlin. Mas por agora, o que precisamos é de uma doutora lá embaixo para verifica-las caso elas voltem.” ele diz levantando o rosto dela suavemente. “Precisamos de você.” ela assente limpando as lágrimas.

“Bem, olhe para nós, estamos conversando civilizadamente por um longo tempo e não estou te estrangulando.” ela observa tentando aliviar o humor.

Ele sorri no mesmo instante. “Devo confessar que sinto falta de suas brancas e delicadas mãos estourando as veias do meu pescoço, trazia uma sensação de contentamento absurdo. Denomine-me de masoquista se preferir.” ele diz lançando uma piscadela.

Ela ri abertamente observando seus olhos vagarem pelo seu rosto.

“Obrigada, Thomas. De verdade.” ela diz encarando seus olhos e ele assente com um sorriso de canto mostrando as adoráveis covinhas.

“É... e eu sei que estamos afastados algumas semanas um do outro... mas é bom saber que nessas horas você está por perto para mim.” ela diz com um pequeno corar nas bochechas. “Mesmo sendo na maior parte do dia um irresponsável, arrogante, pé no saco, lunático, teimoso, idiota...

“Ok eu acho que já entendi...” ele murmura.

“... você é bom.” ela diz por fim. “E é muito bom ter pessoas assim por perto.”

“Espera... então está dizendo que eu torno sua vida melhor?” ele inclina a cabeça em confusão.

“Claro. Você é excêntrico, determinado e de quebra incrivelmente persuasivo quando quer.” ela diz convicta e ele observa com fascínio as palavras flutuarem da sua boca.

Por um momento ele fica totalmente paralisado a observando até que as palavras se registrem e a mente resolve funcionar. “É... o que você acharia se eu perguntasse claro, hipoteticamente, se eu poderia te beijar?” diz e de repente a boca dela ficou seca demais enquanto que o cérebro tentava processar algo.

“Eh, hum... quero dizer, hipoticam...” ele não espera resposta quando corta seus balbucios selando seus lábios com os dele em um beijo casto. Ela fica tensa no início, mas quando as mãos dele sobem tomando seu rosto, ela se perde nele enquanto aprofunda o beijo.

Suas mãos vagam para o cabelo dele enquanto o beijo se torna cada vez mais apaixonado a fazendo derreter-se enquanto um emaranhado de línguas dançava entre eles.

“Você... sabe que o significado... de ‘hipoteticamente’... é uma pergunta que se baseia em pressuposição chamada de hipótese e não algo concreto, certo?” ela diz ofegante.

“Eu adoro quando você fala coisa que eu não entendo. Então, posso te beijar agora não-hipoteticamente?” pergunta e ela ri não tomando tempo para pensar, o puxa pela camisa até seus lábios.

“Hey galera, Ollie disse que vão...” Thea entra no quarto abruptamente fazendo com o que o casal se separasse quase que imediatamente, resultando de alguma forma, em Tommy no chão, enquanto que o rubor no rosto da médica entregava toda a situação.

“Ei!” Tommy protesta se levantando.

“Não estávamos fazendo nada.” Caitlin diz quase como se tivesse decorado o texto.

“Eu percebi. Vocês só estavam empurrando a língua na goela um do outro de forma amigável.” Thea observa enrugando as sobrancelhas.

“Então, eu só vim avisar que Ollie junto com a liga da justiça encontraram Mavi e estão se organizando para irem até lá.” Thea diz.

“Mesmo? Onde? Como ela está?” Caitlin vem com uma enxurrada de perguntas.

“Eu não sei de muita coisa, mas disseram que ela está bem. Se vocês quiserem saber mais terão que se apressar, eles estão quase de saída.” ela diz não dando tempo de permanecer no quarto.

“Acho que eu deveria tomar a dica da Felicity e começar a respeitar as portas antes que esgote as minhas cotas de idas ao terapeuta antes dos meus vinte cinco anos.” Thea murmura fechando a porta rapidamente atrás dela.

“Você ouviu isso?” ela diz com um olhar esperançoso e ele não deixa de respirar aliviado.

 “Sim, acho melhor descermos...” ele diz com um pequeno sorriso e ela assente rapidamente.

Ela o observa ir até a porta do quarto quando o chama suavemente.

“Thomas...” ele se vira ligeiramente.

“Eu só queria dizer que a sua mãe deve estar muito orgulhosa da pessoa que você se tornou.” diz suavemente sentindo o seu ritmo cardíaco se elevar rapidamente. 

Ele sorri com um brilho nos olhos que ela nunca havia visto.“Realmente?” pergunta e ela não consegue segurar o sorriso quando assente.

“Doutora?” ele pergunta e ela ergue a cabeça.

“Seus pais são uns otários por não quererem estar perto de você.” ele diz e ela ri baixinho.

“Vamos?” pergunta.

“Logo atrás, dama.” murmura sorrindo de canto.

Eles se deslocam para a escada quando escutam ecos de algumas vozes na sala.

“Ok... Thea não brincou quando disse sobre a Liga da Justiça.” Tommy murmura observando dois homens fardados do que não parecia ser de longe a polícia.

“Está tudo bem?” Caitlin pergunta para Oliver assim que desce as escadas.

“Nós a encontramos.” ele diz com um sorriso bobo e esperançoso e ela sorri de canto assentindo.

“Thea nos disse. Mas quis dizer com essas pessoas assustadoras aqui na nossa sala de estar.” diz gesticulando.

“Eles são da Argus. Vão ajudar a recuperar Mavi.” ele diz.

“Eu ainda acho melhor pedir reforço policial, Oliver.” Sara intervém enquanto a campainha toca.

“Sara já conversamos sobre isso. Precisamos de provas, além de convencer seu pai de que sua irmã está louca e um mandato. Não dá tempo.” ele sibila.

“Oliver...” Diggle diz chamando a atenção do amigo conjunto de uma mulher de cabelos castanho curtos entrando logo atrás.

“Muito obrigado por vim, Lyla. Você não sabe como isso significa.” ele diz cumprimentando. “Pessoal está é Lyla Diggle, esposa do John e diretora da Argus. Ela também vai ajudar.”

“Devíamos isso a você. Além do mais, você é nosso amigo.” diz com um sorriso acolhedor.

 “Então... qual o plano?”Thea pergunta ganhando os olhares de toda a sala. “O que foi? Vocês têm um plano, certo?”

“Sim, Srt. Queen, os drones que enviamos seguiram as coordenadas que vocês obtiveram e já têm a localização delas. É um bairro um pouco afastado de Coast City, mas ainda entre os limites da cidade. Se partirmos agora chegaremos um pouco depois do amanhecer.” Lyla diz.

 “Não concordo com os seus métodos. E se um civil for pego na missão? A Argus vai se responsabilizar por isso?” Sara insiste.

“Não tem o que se preocupar, não estamos em missão, Oficial Lance. Estou fazendo isso para Oliver. Ele é um amigo, e se trata da filha dele em perigo e vamos recuperá-la. Apenas isso.” Lyla diz firme.

“Eu sei que isso não é o mais aconselhável e também sei que você está sentindo pela sua irmã, mas precisamos de você, Sara.” Oliver diz.

Ela suspira. “Certo, eu vou. Mas assim que sua filha estiver segura, nem você e nem a Argus poderão colocar as mãos na Laurel. A polícia irá cuidar disso, ok?” ela impõe colocando o casaco e ele assente.

“Eu sei que não é o momento, mas vocês não sabem o quanto me emociona ouvir que Ollie é um pai.” Thea diz segurando as lágrimas e Caitlin a envolve em um abraço de lado provavelmente sentindo o mesmo.

“Então é isso, melhor irmos.” Diggle diz ganhando um aceno do amigo enquanto que a esposa já os conduzia pela porta.

Thea vai a sua direção o agarrando em um abraço de urso.“Traga nossa garotinha pra casa. E tenha cuidado, Ollie.”

Ele sorri de canto dando um último aceno para o resto do grupo enquanto atravessa a porta, esperando que da próxima vez que passasse, estivesse com sua menininha em seus braços.

(...)

“É aqui.” a voz de Diggle desperta Oliver ligeiramente do seu pequeno transe e o força a olhar para a janela como se já a procurasse em todos os lugares possíveis.

“Pedi que parasse a van um pouco antes da entrada da rua. Assim não chamaríamos atenção indesejada.” Diggle diz ele assente.

“Lyla acho melhor irmos apenas John, eu e Sara primeiro. Um grupo muito grande chamaria atenção e além do mais, é apenas Laurel. Se a coisa fugir do controle eu mando um sinal pra vocês irem de backup, ok?” Oliver murmura abrindo uma mala que estava no chão com algumas armas de reposição colocando no coldre.

“Oliver...” Sara adverte.

“Sara não comece. Precisamos estar prevenidos, você como policial deveria entender.” ele diz a olhando atentamente. “Você tem a sua?” pergunta.

“Sim. Não pretendo usá-la, mas se for necessário não tenha dúvida que a usarei.” diz firme em uma respiração profunda.

“Vamos fazer isso da forma mais pacífica possível. Eu não quero que Mavi fique traumatizada além do que ela já está.” Oliver murmura assim que os três saem da van.

“Você conhece sua parte nisso, Sara.” ele diz a encarando e ela assente. “Sua vez.” ela segue em passos firmes sozinha apenas para parar em frente a casa.

Ela observa atentamente a fachada do lugar e espreita algumas janelas ao lado.

“Há duas janelas a leste no segundo andar. Devem ser os quartos.” murmura pelo ponto.

“Certo, assim que você entrar, saímos daqui.” ela assente seguindo até a porta.

Ela vai a passos lentos observando as casas ao redor na rua vazia e dá graças por ser um horário cedo onde a maioria das pessoas ainda estão em suas casas. Ela termina o último degrau da frente do local e toca a campainha para no mesmo instante forçar um sorriso gentil através da porta.

“Sara? O que faz aqui?” Laurel pergunta com um ligeiro pânico.

“Eu queria te ver.” diz dando um sorriso simpático.

“C-como você me encontrou?” pergunta desconfortável em um constante tique nas mãos.

“Não se preocupe, eu vim sozinha como pode ver.” os olhos de Laurel vagueiam pela rua atrás da irmã no mesmo instante. Quando não nota nenhum carro volta a encarar o rosto dela.

“Como você me encontrou, Sara?” pergunta mais uma vez.

“Eu mexi nos arquivos da SCPD sobre sua localização.” diz ganhando um arregalar de olhos da loira.

“Mas eu apaguei em seguida.” ela se defende. “Você tinha deixado um rastro, então eu segui até aqui. Mas não se preocupe, papai não sabe de nada.” diz.

Vendo o cintilar de desconfiança nos olhos da irmã ela continua. “Olhe, se você quiser consultar os dados da polícia você vai confirmar. Eles não têm nada mais sobre você.”

Laurel suspira olhando em volta da casa e Sara tira um dispositivo do bolso. “Se quiser ver eu te mostro até. Por favor, acredite em mim.” diz.

“Se você diz isso, então eu acredito.” ela diz dando um sorriso aquoso. “Senti sua falta.” diz a puxando para um abraço.

 Sara suspira enterrando o rosto nos cabelos da irmã. “Também senti.”

(...)

“Diggle não é tão alto, dá para escalar.” Oliver murmura pela terceira vez.

“Ainda acho melhor ir pelo telhado. O que acontece se ela sair da casa e te ver?” murmura ao lado dele.

“Sara vai distraí-la. E não temos tempo de dar a volta e entrar por cima, vou escalar logo por aqui e vai dar tudo certo.” diz começando a subir enquanto Diggle vigiava suas costas.

Quando ele chega base da janela, Oliver se apoia na pequena entrada de lado e a empurra com força apenas para notar que nem sequer saiu do lugar. Ele toma uma respiração profunda e empurra novamente, sem sucesso novamente. 

Ele suspira em frustração e raiva. “Merda, ela trancou. Não posso simplesmente quebrar.” ele diz forçando a abertura mais uma vez.           

“Usa isso.” Diggle puxa algo do coldre e o joga pra cima a tempo de ver Oliver pegar.

“O que é?” pergunta olhando o objeto.

“Força a abertura com isso. Corta até aço.” diz e ele não perde nenhum segundo a mais quando puxa a ponta do pequeno instrumento e torce na abertura da janela, com cuidado para quebrar o vidro. Ele suspira aliviado quando ouve um clicar e a fechadura cair na chão em um tilintar.

Diggle rapidamente a recolhe e se inclina na frente da casa para ver se havia chamado alguma atenção e volta ao posto quando percebe Oliver já empurrando a janela e logo entrando no quarto.

Nenhuma das visões que ele pudesse ter tido, o preparou para isto.

Mavi estava dormindo.

Recolhida entre os lençóis com um semblante de inquietude.

Mas parecia um anjo dormindo.

Seu peito se aperta a cada passo que ele avança.

Ele toma um tempo que sabe que não tem para analisar o seu corpo a procura de algum ferimento ou qualquer dano que Laurel possa ter a causado. Ele a mataria com as suas próprias mãos se houvesse algum resquício.

Ele enfim chega na pé da cama e não se contém quando a vê.

“Meu amor...” ele sussurra quase que inaudível com a garganta apertada.

Um ligeiro agito na cama faz com seu coração perca uma batida logo quando vê suas pequenas pálpebras vibrando indicando que ela estava acordando. Por instinto, ela se afasta no mesmo instante até o foco voltar aos olhos e se alargarem de forma instantânea quando percebe a figura masculina.

“Papai?” sua pequena voz doce murmurada pelo sono é o que faz com que ele se afunde de joelhos e as lágrimas escorram pelos seus olhos.

“Oh como senti sua falta, minha pequena.” ele diz já sentindo as lágrimas nublarem sua visão. E ele não tem tempo de reação quando ela se joga em seus braços e o aperta como se a qualquer momento ele fosse embora.

“Você está aqui.” ela diz próximo ao seu ouvido e ele não sabe se é o tempo que ela ficou longe ou a emoção, mas ele tem certeza que nunca se cansará de ouvir sua pequena voz.

“É claro que estou, princesa. Eu disse que nunca iria te abandonar.” ele diz enxugando suas lágrimas em seus olhos vermelhos.

“Aquela mulher é má, papai...” diz com a voz embargada.

“Eu sei, querida. Eu sei.” ele afirma, nunca deixando seu lado. “Por isso eu vim te tirar daqui. Mas precisamos sair logo antes...” sua fala é interrompida quando ele ouve passos ecoando da escada.

“Ela está vindo.” Mavi murmura apegada a seu ombro enquanto que ele fica tenso.

“Sara?” ele pergunta apertando o ponto. “Sara?” murmura mais uma vez.

“Diggle?” pergunta.

“O que aconteceu, por que ainda não desceu, Oliver?” ele pergunta impaciente.

“Sara não responde no ponto, melhor chamar o backup. Laurel está vindo pro quarto.” ele diz rapidamente.

“Preciso que fique aqui e se esconda, ok?” murmura suavemente para a pequena menina fechando a porta do quarto atrás de si.

(...)

Alguns minutos antes:

“Desculpe se eu te acordei, é muito cedo ainda.” Sara diz fechando a porta trás de si.

“Oh que bobagem, você não me acordou.” Laurel sorri. “Eu estou evitando dormir esses dias, na verdade. Nunca se sabe o que pode acontecer quando se está com a guarda baixa então pelo menos por enquanto eu estou evitando.” diz.

Sara não tenta estremecer com a suas palavras e força um sorriso olhando com preocupação para a irmã.

“Mas você precisa dormir. Nem que seja por um par de horas, Laurel.”

“Mas eu não preciso. Não me sinto cansada, ainda mais tomando essas vitaminas. Elas são bastante eficazes.”

“Há círculos escuros embaixo de seus olhos e você está bem mais magra, além de pálida. Fora essa tremedeira em suas mãos.” ela acusa. “Que vitaminas são essas?” pergunta.

Ela pega o frasco e o entrega. “Não tem o que se preocupar, isso me dá forças.”

“Isso inibi a dor. É um remédio forte, precisa de receita pra ter isso.” Sara acusa.

“Eu tenho algumas receitas que meu ex me deu. Agora pare de fazer perguntas e vamos comer alguma coisa.” diz mudando de assunto.

“Aquele italiano receitou isso pra você? Mas você não está doente, não precisa disso.” Sara tenta, mas Laurel a encara com raiva.

“Se quiser continuar aqui, Sara, sugiro que mude de assunto.” diz a encarando. “É o modo como eu protejo a mim e a Laura, então pare de criticar!”

Sara assente não querendo mais pressionar. Ela se senta no sofá ao lado da irmã. “Aqui está muito abafado, por que não abre as janelas?” pergunta sentindo o ambiente quente.

“Não posso, elas estão trancadas.” diz ganhando um olhar confuso da irmã. “É melhor assim. Não podem espreitar se tudo estiver coberto, entende?”

“Sim.” diz sentindo a garganta apertada.

“Você quer alguma coisa? Uma água, um café, chá? Tenho bastante coisa estocada, sabe, pra evitar sair ao máximo.” diz indo até a cozinha enquanto a irmã mapeava o local.

 “Como ela está? A menina. Está se comportando melhor?”   

“Não. Mas isso é porque tudo é muito recente. Você vai ver, me dê um ano comigo e ela estará um doce de criança.”

“Ah, e por falar nela, acho que quer conhecê-la de perto dessa vez.” Laurel diz indo subir as escadas.

Os olhos de Sara se alargam. “Não!” diz ganhando um olhar confuso da irmã.

“Quero dizer, ainda é cedo, ela provavelmente ainda está dormindo, não precisamos acordá-la.” diz rapidamente e o olhar desconfiado que Laurel não passa despercebido por ela.

“Certo.” diz curta.

“Eu acho que vou aceitar aquele café agora.” Sara diz forçando um sorriso quando um barulho em cima pega a atenção delas.

“O que foi isso?” Laurel murmura.

“Deve ter sido apenas Mav... Laura que acordou. Você sabe como são as crianças, não demora ela deve descer. Porque não vamos fazer aquele café?” pergunta a puxando junto com ela.

“Me desculpe por isso, mas tem algo errado.” Laurel diz e Sara não vê quando ela puxa algo repentino da mesa e a bate na cabeça fazendo a desmoronar no chão enquanto pega algo das gavetas

“Eu disse que ninguém me tira ela.” ela diz olhando uma última vez para a irmã antes de subir as escadas.

Ela calcula os passos lentamente quando entra no corredor e segue firme até o quarto da menina.

Ela sorri assim que entra. “Eu sei que você está aqui, Ollie. Você não mudou o cheiro do seu perfume.” diz olhando em todos os arredores do quarto.

“Bem, se você não sai. Vamos ver o que acha disso.” diz e com um movimento repentino ela puxa pelos cabelos a menina debaixo da cama.

“Larga. Ela.” ele aparece em um segundo apontando uma arma na sua direção.

“Eu te deixei desesperado.” ela diz o encarando com um sorriso.

“Eu disse pra largá-la.” ele sibila. “Feche os olhos, Mavi.” ele diz a voz um pouco mais suave.

“Abra os olhos, Laura. Não tem o que o que se preocupar.” ela diz.

“Eu disse pra soltar!” ele diz destravando a arma.

“Oliver!” Diggle aparece no quarto em questão de segundos com a arma apontada na direção dela.

“Não se aproximem!” ela diz arrastando algo do bolso o suficiente para que eles vissem. Oliver no mesmo instante se atrapalha na respiração e congela.

“Eu não vou ser obrigada a usá-la se vocês derem meia volta e saírem da minha casa.” diz mostrando de relance a faca.

“Abaixe isso, Sra.Lance.” Lyla aparece com dois homens da Argus nas costas.

“Papai...” Mavi murmura de olhos fechados com ligeiro tremor.

“Mantenha seus olhos fechados, Mavi. Está tudo bem. Já vai acabar.” Oliver sussurra com uma voz calma.

“Você não vai tirá-la de mim, Ollie...”

“Ela não é sua!” ele grita.

“SCPD! Largue isso!” Sara grita mostrando o distintivo atraindo a atenção da irmã.

“Desculpa Sara, não queria fazer aquilo com voc...”

“Dinah Laurel Lance, você está presa por documentação falsa e sequestro de um menor. E nessas circunstâncias deve aguardar em cárcere até o julgamento.” Sara diz  apontando a arma em sua direção.

“Sara...” ela murmura em choque.

“Mãos pra cima, Laurel. Por favor, isto não está sendo fácil para mim. Apenas deixe ela ir.” diz entre lágrimas.

“Desculpe... eu juro nunca quis te decepcionar.” ela diz deixando as lágrimas caírem.

“O que você fez com a sua vida...” Sara diz olhando atentamente nos olhos da irmã. “Olhe o que você está fazendo... Olhe o que nos obrigou a fazer. Minha irmã nunca, nunca agiria assim. Ela lutava pela justiça, defendia os inocentes. E é o que você deve fazer agora. Apenas largue isto e deixe a ir.”

Ela toma uma respiração profunda encarando toda a sala e se concentra na menina entre os seus braços se contorcendo ao máximo “O que eu fiz com a minha vida...” murmura quase como um sussurro.

“Eu nunca quis fazer isso, Sara.” ela diz com as lágrimas caindo e uma onda de vertigem a atravessa.

Ela libera o aperto da menina e a observa correr para Oliver e se instalar em seus braços como se nunca tivesse que ter saído de lá. Juntamente com a expressão dele, que suaviza no mesmo instante.

Ela olha para a irmã que já a desarmou com a faca e começava a puxar as algemas, quando de repente respirar se tornou muito difícil. Como se os seus pulmões fossem comprimidos à medida que cada segundo passasse. E como se tivesse saído em uma manhã fria do inverno, o quarto se tornou um gelo e a envolveu calmamente quando suas pernas cederam e ela caiu no chão em um baque oco. Sentindo a falta de oxigênio brincar com suas emoções, o seu nome era reproduzido repetidamente por alguém junto a ela agarrando seu rosto. Com mãos quentes e macias, alguém continuava a gritar, mas a cada instante ficava mais distante. Até que as pálpebras se tornaram, de repente, muito pesadas para se manter.

“Laurel! Respire, respire, droga!” Sara estava agachada junto com a irmã fazendo junto com a massagem cardíaca, mas apenas parou quando a cor definitivamente desapareceu do seu rosto e o seu olhar fixou em um ponto de seu rosto.

Sem movimentos mais.

Sem pulsação.

Morta.

“Sara...” Diggle a despertou tocando no seu ombro. Ela se sentou no chão como uma criança de quatro anos olhando para o corpo sem vida da irmã na frente.

“Eu sinto muito.” Oliver se manifesta incapaz de falar mais do que isso, enterrando a pequena cabeça loira em seus braços na curvatura de seu pescoço, a impedindo de ver a cena.

“Sara... podemos cuidar disso até que a polícia chegue.” Lyla se pronuncia dando um aperto forte no braço dela.

Ela assente dando uma última olhada no corpo. “Preciso ligar para o meu pai...” fala com a voz rouca.

“Podemos fazer isso...” Diggle tenta, mas ela balança a cabeça.

“Preciso... preciso dar essa notícia a ele. Não outra pessoa.” diz se levantando e saindo do local.

Diggle inclina a cabeça para o lado apenas para tomar um aceno do amigo em um suspiro profundo.

“Já posso abrir os olhos?” uma pequena voz murmura no peito de Oliver e ele rapidamente sai do quarto, mas nunca a deixando sair de seu aperto.

“Já querida. Acabou.” diz beijando o topo da cabeça dela.

“Onde está a mamãe?” ela murmura levantando a cabeça para encará-lo.

“Eu não sei. Mas eu prometo pra você que nós vamos encontrá-la.” diz e ela volta a cabeça para o encaixe de seus ombros, estando muito cansada para saber mais.

“Nós já vamos pra casa?” pergunta.

“Sim. Vamos pra casa.”

 (...)

“Essa falta de notícias me mata...” Caitlin murmura.

“Já fazem horas... será que alguma coisa aconteceu?” Thea pergunta com um poço se formando no estômago.

“Relaxem, e algo ruim tivesse acontecido já teriam ligado.” Helena diz com encolher de ombros. “Ou pode ser porque algo aconteceu e eles não puderam informar porque estão inconscientes ou algo do tipo...” diz ganhando um olhar de choque dos três.

“O que você ainda faz aqui? Você não tem uma casa ou um covil de mafiosos pra ir não?” Tommy diz revirando os olhos.

“Não e não para as duas perguntas. Acreditem, eu não estaria aqui se eu tivesse escolha.” diz.

“Sim, o único propósito seu é querer se vingar de Isabel. . Metade dessa cidade quer. Agora terá que entrar na fila” Tommy diz.

 “Eu ainda acho que tínhamos que denunciar Isabel a polícia.” Thea murmura.

“E dizer o que exatamente, Thea? Que a vice-presidente da QC sequestrou a assistente executiva do Oliver?” Tommy diz suspirando.

Um suave destrancar na porta chama atenção de todos e um grito afiado de Thea escapa assim que a visão permite ver quem entrou.

“Mavi!” ela corre até a pequena macaquinha agarrada a Oliver.

“Oh céus.” Caitlin a segue fazendo com a que a criança se recusasse a sair dos braços grandes e aconchegantes dele.

“Está tudo bem, são só eles.” ele diz com uma voz acolhedora.

“Oh pequena, que susto você nos deu.” Tommy é o primeiro a puxar para seus braços.

“Não a aperte muito, Tommy. Ela pode estar fraca.” Thea ressoa.

“Saiam vocês dois, eu preciso examiná-la.” Caitlin afirma.

“Por que não a levamos para o quarto. Tenho certeza que cabe todo mundo na cama e ela precisa descansar.” Oliver diz deixando a mala em um canto enquanto observava Caitlin subi as escadas com Mavi.

“O que aconteceu com Laurel? Vocês a prenderam, certo?” Thea pergunta seguida de Tommy.

“Ela está morta.”

“O que?” os dois perguntam ao mesmo tempo.

“Ficamos lá até a perícia chegar e constataram que foi overdose. Sara disse que ela estava tomando um remédio com muita frequência e em grande quantidade. Foi fatal, não poderíamos ter feito nada.” diz.

“Eu sinto muito pela Sara. Ela e o pai não mereciam isso. Mas não deixo de ficar aliviada ao saber que aquela louca não anda mais por aí.” Thea murmura.

“Eu também me sinto assim.” ele suspira. “Olhe, só não comente nada perto da Mavi. Nem a pressione sobre nada antes do sequestro. Eu quero que ela durma um pouco." as duas cabeças assentem .“Vou ver se Caitlin já terminou.”

“Eu falo com você na volta.” ele aponta murmurando para Helena que estava em um dos sofás.

Ela ergue as mãos zombando. “Eu não estava saindo de qualquer forma.”

“Hey... como ela está?” ele murmura batendo na porta suavemente.

“Bem. Não vejo hematomas, nem ferimentos. Ela está hidratada e saudável pra idade então ela foi bem tratada quanto a isso. Só diria para ela repousar esses dias, pode ser traumático e cansativo tudo o que ela passou.” Caitlin diz.

“Ela vai ficar bem?”

“Com uma boa noite de sono e muito amor e carinho, tenho certeza que sim.” ela diz dando um sorriso.

Ele sorri. “Obrigada Caitlin.” ela assente.

“Papai eu estive pensando.” Mavi murmura assim que eles ficam a sós e ele ri.

“Posso saber sobre o que?”

 "Você gosta que eu te chame de papai?”

“Eu amo.” Oliver admite. “Eu amo você e amo quando me chama assim porque você é minha filhinha. E saiba que eu vou ter muito orgulho de te chamar assim. Se você quiser, é claro.” ele esclarece.

Ela sorri e ele percebe o ligeiro crescimento do dentinho da frente que há alguns meses caiu.

“Eu quero. Papai Barry disse que quer também. Eu pedi para ele um novo papai quando fomos a Central City e ele te trouxe pra mim.” ela conta radiante e ele não consegue deixar de sorrir.

“Acho que quando tudo isso acabar, preciso falar com o papai Barry pra agradecer então.” ele diz acariciando seus cabelos e ela concorda bocejando.

“Acho que já está na hora da senhora dormir, certo?” pergunta.

“Não, eu fico acordada.” diz rapidamente.

“Mavi...”

“Eu não quero dormir.”

“Você sabe que não vou embora, certo? Eu prometi que nunca te abandonaria.” ele pergunta e ela morde o lábio.

“Mas eu preciso achar a mamãe. E além do mais, você não vai estar sozinha. Tia Thea, tio Tommy e tia Cait vão estar aqui pra qualquer coisa que precisar. E assim que der, eu volto para casa com a mamãe.” ele diz suavemente.

“Você promete?” pergunta.

“Prometo.”

“Promessa de dedinho?” diz oferecendo o dedo.

“Promessa de dedinho.” diz repetindo o gesto e beijando o pequenino dedo.

“Tudo bem, papai.” ela diz se instalando nas cobertas.

“Você vai ficar bem?” ele pergunta.

“Vou.”

“Quer eu chame a tia Thea pra ficar com você?” ele diz e ela assente no mesmo instante.

“Certo. Durma bem, minha princesa.” ele diz beijando o topo de sua cabeça.

“Hmm... kay.” murmura.

Ele suspira aliviado quando fecha a porta do quarto.

É como se um terço de dor tivesse desaparecido apenas lembrando que ela estava aqui.

Segura.

Ele faz seu caminho de volta para a sala de estar apenas para parar abruptamente.

É como se o interruptor fosse ligado e uma lâmpada cintilasse.

O galpão.

....“Certo, acho que aqui pode ser uma espécie de alojamento ou base. Parece ter todos os tipos de suprimentos, água.” John diz olhando nas prateleiras.

“E com toda certeza isso não era para mim.” Helena diz...

Felicity.

Era para ela.

Ela estava lá.


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Notas finais do capítulo

Pode soltar os fogos que o nosso bebê voltou pra casa!!!

Me falem o que mais gostaram nos comentários, hein!!
Será que foi o momento SnowMerlyn?
Foi a morte da Laurel?
A nossa bebê chamando ele de papai e ele concordando em chamar ela de filha?

Me diz o que tu achou também, leitor(a) fantasminha kkk
Eu sei que não teve momento Olicity nesse capítulo, mas não se preocupem. Confiem na mamãe aqui ;)

Muitos beijos e até a próxima sexta (eu espero) ♥



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