Fate - Heroes Down escrita por Kamihate


Capítulo 1
Prólogo - A Sétima Guerra Sagrada


Notas iniciais do capítulo

Personagens e suas respectivas obras originais:

Frederica Bernkastel: Umineko No Naku Koro Ni (Visual Novel / Anime / Mangá)
Hisoka Morow: Hunter x Hunter (Anime / Mangá)
Akame: Akame Ga Kill (Anime / Mangá)
Rokudo Mukuro: Katekyo Hitman Reborn (Anime / Mangá)
Kikyo: Inu Yasha (Anime / Mangá)
Ryougi Shiki: Kara no Kyoukai (Mangá / Anime / Light Novel)
Ban: Nanatsu no Taizai (Anime / Mangá)



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Nunca imaginei que algum dia eu estivesse envolvido em uma guerra santa, com heróis que jamais poderia sonhar que existissem. Do alto da capela eu via as ondas baterem fortemente contra aqueles rochedos acinzentados que pareciam desejar por um fim ao se entregarem para as águas gélidas. Juntei o que me fora solicitado, uma fita vermelha desgastada, o círculo estava feito e não havia mais porque esperar, todo mana que juntei naquele dia foi gasto em menos de dez segundos quando coloquei minha mão sobre o começo do círculo, senti um choque percorrer pelo meu corpo, tive por alguns segundos vontade de vomitar, mas ao ver que algo aconteceu no centro do círculo mágico, me afastei ofegante para trás, cansado e enxergando as estrelas cintilantes com uma visão turva, o vento afastava a fumaça acumulada no local, em minha frente, uma garota de cabelos negros e com a pele branca surgiu, ela tinha um olhar sereno e portava uma espada que me fazia sentir a presença da morte, seus olhos diziam que ela já lutou em muitas batalhas, mas era exatamente isso que eu esperava.

— Você é Akame, não é? E pensar que eu invocaria uma classe Saber, logo eu, a vida é bem irônica. – A garota ficou me olhando sem demonstrar sentimento algum.

— Estou aqui para mostrar minha honra e cumprir minha missão, sou Akame, servo da classe Saber.

— Eu sou Kojiro Hakuro, mas pode me chamar como quiser, sou só um professor de magia sem muitos talentos, mas espero que possamos nos dar bem. – Akame sorriu pela primeira vez, não sei se ela viu que eu não era uma pessoa ruim, ou se estava apenas demonstrando respeito com seu mestre.

— Kojiro, vejo que você está bem cansado. – A garota ficou me encarando enquanto eu mal podia ficar em pé, aliás, eu nunca havia gastado tanto mana antes, nem acumulado essa quantidade, mas pelo que estou vendo, valeu a pena, Akame é uma das assassinas mais reconhecidas do século passado, até me surpreende ela ser da classe Saber e não da Assassina, mas isso era irrelevante no momento.

— Bom, fazer o quê, eu não sou acostumado com isso haha.

— Você vai lutar nessa guerra por qual motivo? Se não for um insulto perguntar.

— Nah, você é minha serva, e espero que seja minha amiga também, não precisa se segurar em me perguntar as coisas, quero criar uma boa relação entre a gente, mas bem, er, como posso dizer, eu só estou nessa porque me pediram, na verdade, o desejo é pra outra pessoa, caso vençamos.

— Então você luta por alguém.

— Bem, pode-se dizer que sim. – Eu fiquei envergonhado naquele momento e nem sabia porquê.

— Creio eu que você tem então a força necessária para seguir em frente sem medo.

— Bom, é o que pretendo, pelo menos vamos dar trabalho nessa guerra.

— Eu não posso prometer nada, você já sabe dos outros servos? Acredito que tenha alguns bem mais fortes do que eu.

— E o que te faz pensar isso? – Era fato de que eu fui o último mestre a invocar o seu servo, e mais fato ainda de que todos os outros eram teoricamente mais fortes que Akame.

— Eu sinto um enorme poder, posso dizer que sou a mais fraca nessa guerra, mas nem por isso vou abaixar minha cabeça. Já lutei com inimigos mais fortes e posso te dizer, mestre, nem tudo se resume em força. – De fato, ela estava certa. Nessa guerra, força não era o que mais importava, e eu estava disposto a provar isso para todos eles.

 

Croydon – Inglaterra

— Nossos últimos convidados parecem que estão prontos, mestre. Será que devemos cumprimenta-los? – Mukuro Rokudo olhou para seu mestre enquanto este mesmo apreciava um bom vinho sentado em sua poltrona de couro na sala principal de seu castelo rodeado de guardas.

— Não, ainda vamos aproveitar o momento, eu quero ver quem vai ser o primeiro a tomar iniciativa, vou considerar ter complacência por essa pessoa.

— Pelo visto você é generoso no fundo, mestre Claus. – Mukuro sorriu sarcasticamente sabendo que seu mestre era capaz de tudo para a vitória.

 

Brighton – Inglaterra

— Você sentiu isso, cara? Sentiu!? Hahahaha, a Saber parece tão fraca, considerada a classe mais forte, nem consigo sentir sua mana, e aquele mestre patético, isso não é divertido, não é mesmo Ban!? – Kurenai Yuna começou a socar a parede na sua frente com violência e mordendo seus lábios enquanto Ban a fitava com os olhos desconcertados, ele não entendia mesmo o que passava na cabeça de sua mestra.

— Bom... acho que não devíamos subestimá-la (?)

— O quê? O quê? O queeeeeeeeeeeeee? Pra uma porra de um berserk, você não está muito mole não!? Onde está sua empolgação?

— Tsc, cala a boca um pouco, eu só queria meu rango e depois eu veria se isso é ou não empolgante.

— Bem, se você decapitar essa maldita e aquele porco, você poderá ter mais de dez banquetes por dia. – Ban sorriu ao ouvir tais palavras de sua mestra, ele sabia que ela cumpria o que prometia, ainda mais sendo a filha de um dos magos mais poderosos da Inglaterra.

— Acho que vou me esbaldar então.

 

Cambridge – Inglaterra

— Está apreciando bem essa visão? Pois ela não logo existirá mais. Tudo que você verá será um mar de sangue, e pode ser que você faça parte dele, mestre Paul. – Bernkastel olhava para a lua prateada no céu aberto naquela casa de campo em que se encontrava com seu mestre, este, fumando um cigarro sentado em uma cadeira de balanço, apenas parecia não se importar muito com as palavras frias da bruxa.

— Que saco, você poderia não ser tão formal? Não estou acostumado com esse jeito fino de falar.

— Você é realmente um dos magos mais poderosos do mundo?

— Hã? Eu te invoquei, não é? A bruxa mais maligna e poderosa do universo como Caster, você acha que sou pouca coisa? – O homem continuou fumando sem olhar diretamente para a garota que também parecia não se importar com isso.

— Hm, realmente, acho que eu não devia julgar pelas aparências, kukukuku.

 

Londres – Inglaterra

— Mestre, tem uma guria estranha na porta, eu devia arrancar suas tripas? – Hisoka se curvou diante do seu mestre, Ignelio Ruffus, que mexia em seu computador concentrado.

— Eu disse pra não matar ninguém, ela é minha informante, pegue o pen drive e mande-a embora. – Hisoka, depois de amedrontar a jovem na porta do apartamento de Ignelio, entregou o pen drive para o mesmo que o colocou rapidamente em seu notebook.

— Ora ora, isso é surpreendente de algum modo, um reles estudante como você ser capaz de ter a foto de todos os servos já.

— Isso não foi nada, meus drones fizeram o trabalho pesado, era só eu descobrir onde eles estariam no momento de suas invocações, parece que essa Saber foi a última, ela não parece muito interessante, mas é com essas pessoas que devemos ter cuidado.

— Mestre, você é uma pessoa perspicaz. Por acaso você já sabe o nome de todos os servos?

— Posso dizer que sim, não subestime o ‘conhecimento’ de um neet.

 

Bedford – Inglaterra

— Shiki, me fale seu desejo, esse é o momento.

— Não quero.

— Mas é uma garota teimosa, não é? – Erika Astolfo, a princesa da Inglaterra, jantava na frente de sua serva, Ryougi Shiki, mas esta parecia não ter muita fome no momento.

— Eu apenas acho que não seria necessário dizer, sendo que isso poderia atrapalhar em nossas batalhas.

— Ara, e por que atrapalharia? Você é uma assassina não é? Eu não ligo.

— Porque o meu desejo pode incluir sua morte, Erika.

 

Algum lugar na Costa Norte da Inglaterra

— Chegou a hora, mestre. Nós seremos os primeiros a atacarmos. – Kikyo preparou seu arco e flecha e se levantou, olhando para a porta daquele dojo seriamente.

— Bem, você tem muita confiança sabia? Mas era o que eu realmente planejava, vamos acelerar essa guerra santa logo, eu não quero que inocentes se envolvam.

— Você tem um bom coração mestre, apesar de ter 3 meses de vida somente, porque você preza pelo bem de pessoas que nem conhece?

— Eu acho que isso foi uma herança que recebi, jovem. Você parece também se importar com as pessoas desse mundo, eu gostaria mesmo de poder passar mais tempo contigo.

— Você sabe que pode se curar com o desejo do gral.

— Eu não quero isso, eu já te disse. Meu único desejo é tornar esse mundo um lugar justo, eu, Yuki Kaito, vou vencer essa guerra.


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