Last Trigger escrita por LaSarradaDeBM


Capítulo 1
First Impact




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A manhã estava fria naquele dia. Eu sempre tive uma paixão quase que imensa por dias frios, de alguma maneira me acolhem, combinam comigo, e com a chuva que cai todas as noites através de meus simples e castanhos olhos. Eu só não imaginava que aquele seria meu ultimo dia de inverno. Na verdade, ninguém ali imaginava.

[...]

Estávamos subindo uma grande avenida movimentada, a tão esperada social de Luan seria hoje. Luan é um lindo asiático no qual um dia eu cheguei a gostar; tratei de esquece-lo o mais rápido possível pois sabia que não daríamos certo, afinal, ele tinha namorada, que aliás era muito bonita, mas o foco da história não é ela e muito menos o meu estranho gosto por asiáticos.

Eu andava afastada de meu grupo, perdida em meus pensamentos, em meu próprio mundinho criado para esconder-me da cruel realidade em que vivia. Ouvi Vitor, meu melhor amigo, me chamar algumas vezes, mas não o dei atenção, e assim, ele acabou desistindo e voltou a andar mais a frente. Ele não tem culpa das minhas mudanças de humor repentinas, e principalmente, quando são causadas por algo irrelevante.

Só realmente caí na realidade ao ouvir o barulho de uma sirene de policia, não foi exatamente a sirene, e sim, o mau pressentimento que tive naquele momento. Olhei para frente, na direção que vinha o som, ajustei meus óculos e observei a viatura descer em alta velocidade e uma moto mais a frente. Parecia perseguição.

Não muito tempo depois, em um piscar de olhos, a moto, que vinha em alta velocidade, perdeu o controle e colidiu com o poste de luz a alguns centímetros de onde estávamos observando o ocorrido, e jogou o motoqueiro praticamente aos nossos pés -não perguntem como rs-, mais especificamente, dos meninos que estavam à frente, vulgo Vitor, Gustavo e Miguel.

Marcos, que vinha logo após com a namorada, Karla, era fascinado em gravar videos de suas atividades do dia a dia, filmou o exato momento do acidente, porém não a cara do sujeito por ainda estar de capacete.

Todos nós observávamos a cena, não sei ao certo por quanto tempo permaneci assim, eu estava meio distraída hoje, ou perdida. Desviei enfim meu olhar aos policiais que desceram do carro com suas armas apontadas para o sujeito, que já se posicionava em pé, como se nada tivesse acontecido. E em um movimento rápido, ele agarrou o mais próximo em sua visão, colocou o dedo no gatilho e posicionou sobre o peito de Vitor. Meu Vitor.

O cara que eu amava estava ali sendo feito refém de um bandido qualquer, que eu sequer sabia se era perigoso ou não, e eu não podia fazer nada, simplesmente não conseguia, mas não podia perde-lo. Eu aprendi da maneira mais difícil, a não me permitir chegar a esse ponto, independente das circunstâncias, eu não desistiria dele, e ao meu ver, isso também está incluso em meu presente, não somente no futuro.

Os meninos nos colocaram para trás -nós, meninas-, e fomos pouco a pouco, nos afastando.

— Deem mais um passo e ele morre. - exclamou aquele cara para os policiais, que no total eram cinco.

Eles não iam deixar alguém inocente sair ferido assim.

Não podiam.

Infelizmente o que eu não sabia naquele dia, era que em meio aos que se dizem "justos", havia alguém sedento por vingança, alguém cuja a vida fora meramente arruinada pelo ser humano que era dono da moto, alguém egoísta que não pensou nas consequências de suas atitude diante da situação em que se encontrava.

O som de um disparo ecoou em minha mente e logo em seguida, outro.

Só conseguia ver o sangue, sentir meu suor e minhas lagrimas escorrendo.

Alguém havia sido feridoVitor.


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