Inerzia escrita por Captain Marvel


Capítulo 15
Già Finito


Notas iniciais do capítulo

[ATENÇÃO] Capítulo mais polêmico que mamilos!

É tiro, porrada e bomba que vocês querem, @s? Então se preparem pois este capítulo está cheio de acontecimentos!

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740029/chapter/15

 

 

Após receberem a ligação da filha, os pais correm à casa de Thiago, onde a encontram chorando. Ouvem-na dizer com detalhes sobre como Daniel havia mudado, aos poucos mostrara seu lado agressivo.

Assustam-se a princípio, ao mesmo tempo em que se sentem culpados, pois insistiam que era o homem perfeito com quem deveria se casar. Abraçam-na, confortam-na. O pai conversa com o ex-policial se poderia dar-lhes uma força caso o agressor saia de controle. Anui.

Vão diante da porta de sua casa. Pâmela toca a campainha. Ouvem passos pesados se aproximarem. O rosto do (até então) noivo se revela.

À sua espera estão a jovem, Fábio, Maria, Thiago e Rodrigo.

— Vejo que trouxe uma escolta com você. — diz exibindo um sorriso irônico. — Qual mentira contou a eles?

— Daniel... — Rodrigo se manifesta, passando a frente de todos. — Está sendo acusado de agressão física, verbal, além de ameaças à Pâmela. Quer admitir a culpa ou vai culpar a vítima como a maioria dos agressores faz? — cruza os braços diante do peito, esperando sua resposta.

— Não sei que porra ela disse, mas como podem ver, está muito grudada com esse babaca! — aponta para o vizinho. — Me ofereci a ajudá-la com o tratamento de seu problema cardíaco, sou um excelente namorado e é assim que me retribui? — direciona-se a ela.

Fábio toma a frente da filha, parando ao lado do advogado.

— Some da minha casa!

— Sogro, não vamos confundir as coisas...

— Eu disse: SOME DA MINHA CASA! — dá ênfase nas últimas palavras.

O loiro trinca os dentes, exibindo o ódio que sente.

— Vocês vão me pagar! Todos vocês vão me pagar!

— Ah, uma ameaça! — Thiago pontua. — Ótimo! Na frente de quatro testemunhas ainda... — balança a cabeça negativamente. — Isso que se julga inocente, hein! — provoca.

Cerra os punhos, fitando-o com raiva.

— Até logo, Dan Dan! — Rodrigo zomba. — Nos vemos no tribunal! — dá dois tapas em suas costas, o vendo passar por eles.

[x]

Após explicarem à família qual procedimento deveriam fazer com relação ao agressor, os amigos voltam para casa.

O advogado dormiria lá, pois já está tarde. Portanto, decide assistir TV, enquanto ouve o outro entrar no chuveiro para aliviar a tensão.

Roda alguns canais quando vê uma notícia que tiraria o sossego do justiceiro:

“Neste momento os policiais estão tentando conter uma rebelião na Fundação Casa na Unidade Luz*. Até agora foram registrados alguns disparos, gritaria e confusão. Não se sabe se houveram mortos ou feridos.”

— Thiago, sai do banheiro! — bate à porta.

Resmunga algo embolado. Sai usando uma toalha.

— O que foi car...? — antes que terminasse a frase, vê a notícia na TV. — Prepara meu uniforme e minhas armas.

[x]

Graças ao feriado e ao horário, São Paulo está sem trânsito, o que facilita sua chegada ao local indicado pelo fiel companheiro.

Estaciona sua motocicleta duas ruas para baixo. Prepara-se psicologicamente antes de invadir. Inspira; expira, soltando o fôlego devagar.

Com o fuzil em mãos, dá um chute no portão enorme, que se abre com facilidade. Provavelmente alguns presos já haviam conseguido fugir. Anda devagar por ali, olhando para ambos os lados.

Em um dos corredores, encontra um policial ferido que se rasteja pelo chão:

— Justiceiro! Ajude-nos! Eles estão incontroláveis... — suplica. — Você é nossa salvação!

— Quantos policiais estão feridos?

— Vários. Seis mortos. — ao ouvir aquilo, seu coração se dilacera. — Ainda têm quatro tentando contê-los, mas terão o mesmo destino se não ajudá-los.

Acena com a cabeça, correndo na direção da gritaria.

Encontra nove garotos, cada um fazendo um policial de refém, enquanto outros quatro apontam armas e fazem ameaças.

Ao verem a imagem da caveira, uma tensão acompanhada de medo tomam conta dos presentes.

— Não atire, senão matamos! — um garoto, que deveria ter aproximadamente seus quatorze anos, ameaça.

O homem aponta sua arma para outro menino, que segura uma faca, trêmulo.

— Eu tô avisando pra não atir... — Sem que o permita terminar a frase, acerta sua cabeça com um tiro certeiro.

Os outros policiais começam a se atracar com os criminosos restantes; o anti-herói distribui vários tiros, socos, pontapés; até que veja cada um dos transgressores mortos.

Ao final do massacre, há sangue por todos os lugares. Os demais infratores se recolhem em suas celas, amedrontados. Os funcionários encaram a figura imponente e aterrorizante sumindo em meio à fumaça proveniente das balas.

[x]

No dia seguinte, Pâmela desperta com enxaqueca. Ao olhar no relógio, constata que ainda são 05h12min.

Vai à cozinha, ouvindo os cochichos de seus pais, ao mesmo tempo em que leem o jornal.

— Bom dia, princesa! — Maria a cumprimenta; abraçando-a, acariciando sua face. — apenas sorri se aproximando da geladeira para tomar um copo de leite quente.

Ouve seu pai comentar sobre algo acontecido na noite anterior. O justiceiro atacara novamente.

— Que horror! Esse filho da puta matou crianças! — comenta indignado, bebericando seu café em seguida. — Foi um holocausto só!

Abismada com o que acabara de ouvir, a ruiva vai à sala, onde liga a televisão. Por sorte, o canal exibe justamente a matéria sobre o ocorrido.

“O justiceiro atacou novamente ontem à noite e novamente levantamos o questionamento: Herói ou vilão? Após ser acusado de matar um homem trabalhador, agora é acusado de matar nove crianças na Fundação Casa.”

Irrita-se ao ouvir a jornalista chamar Antônio de “trabalhador”.

“Fomos às ruas perguntar a opinião do povo sobre o pseudo-herói da nossa cidade!”

Corta para um repórter questionando a várias pessoas completamente diferentes o que acham sobre o homem.

“— Acho que está fazendo o correto, eliminando os vermes da nossa sociedade! — um jovem usando óculos e roupas sociais se manifesta.

— Não se pode combater o mal com o mal. Ele só está gerando mais rebeldia! — uma idosa comenta.

— Onde já se viu isso!? Matar crianças? É a este que chamam de herói? Elas não têm culpa que nossa sociedade as ignoram e maltratam desde que saíram do ventre de suas mães! — uma garota, que deveria ter aproximadamente sua idade, com cabelos cor-de-rosa, protesta.”

Seu pai surge atrás dela, desligando a TV. Antes que reclame, orienta-a para que não ocupe sua mente com esse tipo de coisa e volte a dormir.

Despede-se deles; deita em sua cama, cobrindo-se. Não consegue adormecer. Apenas se questiona quem e por que o tal justiceiro fazia tudo aquilo.

[x]

Antes de ir ao trabalho, Daniel pega seu telefone, ligando para o número que Elaine havia salvado em seus contatos.

— Oi Dani! — ouve sua voz animada, atendê-lo. — Sentiu saudade?

— A Pâmela com aquele filho da puta vão me processar. É provável que façam uma denúncia contra mim.

— Ah relaxa, lindinho... Sem provas não conseguirão nada! — conforta-o. — Mas de qualquer forma, vou falar com ela hoje na aula.

— Venha pra minha casa amanhã de manhã. Estou precisando daquela massagem que só você sabe fazer... — o loiro pede, fazendo-a rir.

Encerra a chamada.

[x]

Na faculdade, a ruiva encontra Carolina que começa a enchê-la de perguntas sobre seu sumiço do dia anterior.

— Antes de te responder qualquer coisa, por que você e a Elaine contaram para o Daniel que fui à casa do Thiago?

— O quê? — franze a testa. — Nem vi o Daniel ontem! — clarifica. — Aliás, nem a Elaine... Ela disse que tinha que resolver umas pendências e foi embora mais cedo. Quando percebi que já faziam umas duas horas que você não voltava, fui pra casa também!

Fica pensativa. Uma das garotas a traíra. Uma delas contara a Daniel que fora procurar o vizinho. Agora teria o trabalho de saber quem mentia.

A morena passa as mãos diante de seus olhos.

— Está ao menos prestando atenção no que estou falando? — abre a boca para responder, todavia é cortada quando uma figura loira surge de braços abertos diante delas.

— Oi amigas! — cinge-as. — Como vão?

— Foi você quem contou ao Daniel que fui à casa do vizinho? — é direta.

A outra arregala os olhos, cravando-a confusa.

— Claro que não! Nem vi o Daniel! — mente. — Por quê? Aconteceu algo?

Bufa. Seria um trabalho árduo descobrir quem é a mentirosa.

— Por nada. Hoje não vou beber com vocês! — fala, saindo.

Elas se entreolham desconcertadas. Havia se tornado ritual embriagarem-se todas as sextas-feiras após a aula.

[x]

Desce do ônibus, sozinha, temendo qualquer coisa que possa lhe acontecer.

Vai à casa de Thiago, toca a campainha. Vê-o atender aturdido, usando uma bermuda curta, sem camisa.

— O que aconteceu dessa vez? — ergue as sobrancelhas.

— Posso entrar? Preciso de conforto!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* O bairro da Luz fica localizado no Centro de São Paulo *

Chocados? Assustados? Curiosos? Contem as reações de vocês! seus feedbacks são importantes pra mim! E aos leitores que sumiram, por favor, voltem 3

Confiram a playlist de Inerzia!
Disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=FgiQ9N56Wq0&list=PLA_XPR6FvEOEA4bUcSBO5c-73ye6TmQ8j
Disponível no Spotify: https://open.spotify.com/user/12174300242/playlist/1C3z6U8X5Tj68tnifTRjHo
Disponível no Deezer: https://www.deezer.com/br/playlist/4161878966



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inerzia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.