Mudanças escrita por carolze


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e espero que vocês aproveitem bem!
Bjos



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Cecilia era um verdadeiro poço de agitação. Nada deu errado, ela estava empregada e muito bem empregada, diga-se de passagem! Tudo o que precisava fazer, era levar a documentação e começar essa nova fase.

Ela voltou em casa, pegou sua documentação e voltou a empresa, para que pudesse resolver tudo.
Tudo resolvido, começaria no dia seguinte, como pedido pelo senhor Lários. Que pelo o que a mesma já ouviu de alguns na empresa, não era um homem para brincadeiras. Mas apesar do que foi dito, ela tiraria suas próprias conclusões.

Depois de algumas semanas podia dizer que as pessoas estavam certas. Ele era um homem sério e ponto final.

Para Cecilia a rotina mudou, acordava-se sempre cedo, tomava café e saia de casa. O que ajuda no horário era que o ônibus não era lotado. Ou Cristovão, que é o advogado da empresa e por coincidência um dos poucos amigos, se não o único do Lários, lhe dava uma carona o que era ótimo. Cristovão era um bom amigo.

A rotina no trabalho não era exaustiva, pelo menos não fisicamente. Mas psicologicamente era uma outra conversa. Nas primeiras semanas Cecilia lembra com clareza, de praticamente tremer todas as vezes em que se colocava de frente ao senhor Lários e lhe dizia sua agenda. O homem o que tinha de bonito, tinha de intimidador também. Todo esse nervosismo, foi se acalmando, desde que ela fizesse tudo corretamente, ele não tinha do reclamar. Não que ele reclamasse aos gritos, não mesmo, ele falava baixo e de uma forma que fazia com que ela, que é uma mulher adulta e inteligente, se sentisse como se tivesse dez ano de idade.

Cecilia ainda lembra da primeira reclamação que levou, ainda está fresca em sua memória.

FLASHBACK ON

Fazia um mês que começara a trabalhar na Rey Café, tudo estava bem, o nervosismo sumiu, o senhor Lários estava em almoço e ela finalmente podia sair para almoçar também.
Cecilia pegava a bolsa, quando ouviu a porta da sala bater com estrondo. Da sala o senhor Lários a chamou. Ela pegou a bolsa e foi até ele.

— Pois não senhor?
 - Senhorita Santos a que horas seria o meu almoço com o grupo de executivos de hotéis do Rio de Janeiro?
  -  Ás 13h senhor, como deixei anotado na agenda.
 - Engraçado isso, cheguei no restaurante e os executivos me esperavam a mais de quarenta minutos. Você pode me explicar o porquê?
 - Ah... Senhor, eu marquei as 13h... Eu tenho certeza disso. Eu vou rever a agenda...
 - Não precisa senhorita Santos, o almoço foi marcado ao meio-dia, e você entendeu errado. A senhorita tem alguma ideia do que significaria pra empresa perder uma parceria como está?
Tudo o que ele falava era em voz baixa, e a olhando nos olhos. Tudo bem que na semana passada ela ficou sabendo que a sua irmã Fátima passava por problemas no casamento, e que isso a deixou preocupada mas não esperava que fosse refletir no seu trabalho.
— Eu sinto muito senhor Lários, eu fiquei sabendo de uns problemas da minha irmã...
— Eu não quero saber dos seus problemas pessoais. Que você os resolva quando chegar em casa e que aqui mantenha a cabeça no trabalho, se você não consegue fazer isso, vou procurar quem possa. Eu não vou tolerar outro erro desse tipo, ou de qualquer outro senhorita Santos. Estamos entendidos?
— Sim senhor.

Depois daquele dia, Cecilia redobrava o cuidado com as reuniões. Marcava tudo e dois dias antes, ligava confirmando o horários e o local. Pra que isso nunca mais voltasse a acontecer. Ela precisava daquele emprego.

FLASHBACK OFF

Alguns meses depois...

O dia seria tranquilo. Chegou cedo no trabalho, reviu a agenda do chefe e ele ficaria fora praticamente o dia todo. O que seria bem tranquilo pra ela. Ou assim, ela achava que seria. Já que assim que o mesmo chegou.
 - Senhorita Santos, hoje vamos passar o dia fora. Vou precisar que você venha comigo as reuniões. Um grupo de fora o Brasil está vindo, e quero que você anote os tópicos mais importantes das reuniões.
 -  Sim senhor.

E lá se foi, o que parecia que seria um dia tranquilo. Eram quatro reuniões. Todas em inglês, o que não seria problema pra ela. O problema eram que de um grupo de sete executivos três a chamaram para jantar, na frente do Lários claro. Mas ela nem teve tempo de recusar, porque o mesmo fez em nome dela e deixou claro a todos que ali ela estava a trabalho, assim como todos eles e que a respeitassem.
Depois disso, foram mais três reuniões e em nenhum momento, uma paradinha pro almoço... Ou seja, no final de tudo, ela estava cansada, com fome e cheirando a hotel.

Enquanto fazia o percurso do trabalho para casa de táxi, só pensava em cama, comida e banho. Nada atrapalharia isso. O mundo podia cair, mas teria que esperar ela comer primeiro.
O que a deixava feliz, era saber que amanhã seria sábado e não ia precisar trabalhar. Dormiria até as dez da manhã.

Desceu do táxi, abriu o portão de casa, passou pelo pequeno jardim, que estava precisando de uma manutenção e seguiu para o terraço. Onde a mesma estancou de forma abrupta ao ver, deitada em frente a sua porta, uma garotinha. O que uma criança está fazendo na minha porta?

Cecilia ficou de joelhos e gentilmente acordou a menina. Que assim que abriu os olhos ficou assustada.


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Notas finais do capítulo

Bem pessoas foi isso!
Agora se preparem porque daqui a diante serão muitos capítulos Dulcilia!



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