Entrelace de opostos escrita por Nemui


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

História escrita para a Semana The Lost Canvas 2017, um evento organizado pela comunidade OA Fanfics.



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Sísifo retornou para a casa de Sagitário logo depois de entregar seu relatório ao Grande Mestre e respirou fundo. Esperava poder treinar um pouco com Hasgard depois do longo período longe do Santuário, lidando com um grupo criminoso cheio de membros capazes de lutar usando o cosmos. Acabara levando mais tempo para voltar, e um mês depois, foi recebido com mais trabalho: ‘descanse um dia e parta em seguida’. Não podia reclamar por ser tão requisitado pelo Grande Mestre, mas bem que queria alguns dias para conversar com os amigos.

Um mês podia não parecer nada nas Doze Casas, que nunca mudavam, mas fora o tempo suficiente para ele perder um teste bem sucedido de consagração de cavaleiro, e agora possuía um vizinho no templo acima. Ao passar por ali, encontrou a casa vazia e exatamente como estava antes da missão. Quando Aspros e Hasgard ganharam suas respectivas armaduras, Sísifo rapidamente notou a diferença nos templos, que ganharam uma limpeza e uma discreta decoração.

Bem, descobriria no dia seguinte. Já havia anoitecido, e ele estava bastante cansado da viagem. Decidiu montar guarda por algum tempo, apenas para checar se tudo estava em ordem na velha montanha, antes de dormir. Afinal, ainda não tinha sono. Sentado na escadaria em frente ao templo de Sagitário, ficou observando a movimentação de servos e soldados que terminavam o dia e retornavam para suas casas. Havia um pequeno grupo de luzes na área central da moradia dos soldados, onde homens solteiros se divertiam bebendo.

Uma armadura de ouro apareceu na paisagem, subindo as escadas num passo tranquilo. Sísifo tinha a esperança de que fosse seu novo vizinho, para assim conhecê-lo, mas logo notou que se tratava de outra armadura. Era incomum aquele colega dormir nas Doze Casas, pois normalmente ficava afastado de tudo e de todos. Além disso, ele parecia estar ainda mais magro do que antes. Quando finalmente alcançou a casa de Sagitário, cumprimentou-o, com um calmo sorriso.

“Boa noite, Sísifo. Não sabia que tinha voltado de sua missão.”

“Acabei de chegar, Rugonis. Deu tudo certo por lá, mas levei mais tempo do que o normal. Depois de amanhã vou sair de novo.”

“O Grande Mestre deve estar mal acostumado por ter um rapaz prestativo como você em Sagitário. Ele não tem te dado nenhuma folga.”

“Tudo bem, isso é sinal de que ele confia em mim. Só espero poder continuar assim.”

“Mas acho que a partir de agora isso deve mudar, não? Com certeza seu novo vizinho, El Cid de Capricórnio, não vai ficar atrás em termos de dedicação.”

“Ah é. Ainda nem tive a chance de conversar com ele, Rugonis. Acabo de descer do salão do Grande Mestre, mas não o vi por lá.”

“Ele deve estar treinando.”

“A esta hora?”

“Sim. É natural que cavaleiros diminuam a carga diária de treino depois que se consagram, até porque passam a se ocupar com as rondas e as missões. Mas esse garoto é de admirar. Já se passaram duas semanas desde que ganhou a armadura de Capricórnio e ele segue uma rotina bem puxada de treino, até além da conta. Por isso que eu acho que você tem um rival e tanto como vizinho.”

“Não tenho rivais por aqui”, respondeu Sísifo, rindo um pouco. “Somos todos colegas, construindo um futuro juntos, não é verdade? Mesmo que o Santuário seja difícil em vários momentos, eu procuro acreditar nisso.”

“Já que pensa assim, por que não experimenta ajudar o novato?”

“Ajudar? Como?”

“Ele é muito duro, Sísifo. É diferente de você, que sempre confia em seus amigos para ajudá-lo. Você, Hasgard e Aspros sempre tiveram uns aos outros em momentos de dificuldade. Mas aquele garoto chegou sozinho e só tem treinado longe dos outros desde que chegou. Ele não tem o sangue envenenado como eu, que preciso ficar longe das pessoas, nem corre o risco de matar um amigo ou uma pessoa que ama. Você sabia, Sísifo, do costume que se perdeu comigo e com o Ilias?”

“Que costume?”

“Quando um cavaleiro de ouro novato se muda para as Doze Casas, é normal que os veteranos cuidem para que ele não fique muito perdido. Vocês se deram muito bem por trabalharem juntos em algumas missões, mas de vez em quando nós precisamos ajudar aqueles que estão isolados, pelo menos até que eles se acostumem com o trabalho. Ilias não está mais por aqui para fazer isso, e eu duvido que conseguisse ajudar sem confundir o novato. E, como você sabe, meu sangue envenenado não me permite ter relações próximas com outras pessoas. Então eu acho que vocês terão de se encarregar disso, não?”

“Entendi. E o que você sugere que eu faça?”

“Por que não o convida para a sua missão? Vai ser uma boa experiência para ambos. Afinal, Sagitário não é o cavaleiro que aponta para os demais o caminho certo a ser seguido?”

“Bem, não sei se ele vai aceitar, mas eu vou tentar, Rugonis. Obrigado pela dica, mas não saia por aí falando que o costume se perdeu com vocês. Afinal, você não o está exercendo comigo agora?”

“Você me pegou nessa”, riu Rugonis. “É verdade, eu estou. Ilias se orgulharia muito se pudesse vê-lo agora. Não, eu tenho certeza de que ele sente orgulho de você, onde quer que esteja agora. Eu também estou contente por ver o quanto cresceu como cavaleiro. Mas não confunda as coisas! Fique longe de mim e de meu sangue.”

“Obrigado, e não se preocupe. O dia do meu teste para me tornar cavaleiro continuará sendo a ocasião em que mais me aproximei do seu sangue. Eu prefiro assim, se puder conversar com você ao menos de vez em quando. Além disso, eu não estou preocupado de você se sentir sozinho, pois tem o Albafica do seu lado, não é?”

Sempre que Rugonis falava do menino que adotara, seu semblante mudava rapidamente para um de ternura, e Sísifo gostava de notar como aquela reação nunca mudara em todas as vezes que conversaram, tanto que só perguntava sobre o Albafica para olhar para aquela expressão de amor.

“Eu olho para você e imagino como ele será daqui a alguns anos. Ele tem muito em comum com você, sabia? É obediente, esforçado, tranquilo, sensível e muito afetuoso. Agradeço a Athena todos os dias por poder viver ao lado dele…”

“Mas sabe, Rugonis, você não está sendo justo com ele.”

“Hum? Como assim?”

“Você tinha que se cuidar melhor. Faz apenas um mês, e você emagreceu bastante. Está se alimentando direito? Não está doente? Tem que tomar mais cuidado, para que possa ficar mais tempo perto do Albafica. Com certeza é isso que ele deseja também.”

“Sísifo…”

“Que foi? Só porque é meu veterano, não quer dizer que eu não possa te ajudar também. Eu não sei que tipo de problema você está enfrentando, Rugonis, mas, se precisa de ajuda, pode vir falar comigo!”

O sorriso retornou ao rosto de Rugonis, embora sem disfarçar a tristeza.

“Obrigado por sua preocupação, Sísifo, mas eu não preciso de sua ajuda. Em vez de se preocupar comigo, concentre-se em ajudar o El Cid e quem mais aparecer no futuro. Continue crescendo e torne-se um homem forte, capaz de proteger a deusa Athena e o nosso Santuário. Se fizer isso, será muito mais do uma ajuda para mim.”

“Mas… Não pode nem me dizer o que está acontecendo?”

“Quando você souber, não irá me perdoar, por isso prefiro adiar a explicação. Mudando de assunto, eu estou subindo para conversar com o Grande Mestre agora, e pretendo passar a noite na casa de Peixes. Vou montar guarda por lá até tarde, então não precisa ficar aqui fora trabalhando, quando devia descansar para a próxima missão. Coma bem, tome um banho e vá dormir sem se preocupar, pois nenhum invasor pode passar por mim. Lógico, com seus amigos lá embaixo, ninguém sequer tem a chance de alcançar esta casa.”

“Mas vai vigiar a casa nessas condições?! Devia ver um curandeiro, Rugonis!”

Rugonis partiu com um sorriso, sem responder sua pergunta. Sísifo tinha um péssimo pressentimento quanto ao veterano. Vê-lo debilitado lembrava-o de seu irmão, padecendo diariamente. Não gostava de ver seu único veterano das Doze Casas ser vencido por alguma enfermidade que ainda não sabia identificar. Além disso, queria ter a chance de retribuir por uma preciosa ajuda de Rugonis, recebida logo depois do teste para conquistar a armadura de Sagitário: após a luta, candidatos a cavaleiro foram até Rugonis, exigindo que admitisse ter facilitado para Sísifo passar no teste. Como resposta, Rugonis desafiou-os: ‘Então façam o mesmo teste. Peguem o mais forte dentre vocês e façam-no lutar contra o Sísifo. Se esse desafiante conseguir causar mesmo um arranhão nele, eu me encarregarei de torná-los cavaleiros de ouro.’

Os candidatos desistiram da acusação e nem chegaram ao desafio. Depois daquele dia, o número de soldados que falavam mal de Sísifo diminuiu consideravelmente.


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Estava mais cansado do que imaginava. Quando despertou no dia seguinte, afundado no colchão, viu a luz atravessando forte pela janela, sinal de que dormira demais. Ao sair para o corredor, sua serva passava com suas roupas lavadas.

“Sísifo-sama, bom dia. Deve estar exausto por causa da missão, não é? Sua refeição está pronta faz tempo. Aproveite o dia para relaxar um pouco.”

“Obrigado, Hagne. Diga, como foi a movimentação na casa esta manhã?”

“Tudo normal, senhor.”

“Alguém passou pela casa?”

“El Cid-sama passou antes de amanhecer, como ele tem feito desde que chegou. Rugonis-sama passou há pouco tempo também.”

“Hein? El Cid já passou?! Eu tenho que ir também.”

“Mas… o senhor não vai descansar? Acabou de chegar de viagem, Sísifo-sama… Ao menos coma um pouco antes de descer a montanha…”

“Eu como no caminho. Desculpe, Hagne!”

Apressadamente, Sísifo recolheu o pão, bebeu o chá e saiu correndo escadaria abaixo, atrás de El Cid. Não podia acreditar na energia do colega. Havia treinado até tarde no dia anterior e antes de amanhecer recomeçara o trabalho? Agora entendia por que Rugonis dizia que o rapaz treinava além da conta. No caminho, Aspros lhe disse para não ligar para ‘aquele arrogante’, e Hasgard comentou sobre como El Cid vinha mantendo uma rotina bem insana de treino.

Sísifo procurou-o nos campos de treino e não o encontrou. Não havia saído para treinar? Procurou-o nos trajetos das rondas, no mercado, e até na área de treino para soldados. Nada. Pensava em desistir, quando sentiu um cosmos bastante forte em treinamento, na direção de uma pedreira abandonada. Foi lá que encontrou o novato, treinando golpes no ar com o braço direito. Respirou aliviado e aproximou-se do novo colega.

“Ei, o que me diz de treinarmos juntos?”

El Cid interrompeu o exercício e fitou-o com uma expressão de aborrecimento. Sísifo ignorou a sensação de estar sendo esfaqueado apenas com o olhar e continuou sorrindo.

“Que bom que eu te encontrei! Estou procurando um parceiro de treino! Você vai ser perfeito, El Cid! Ainda não me apresentei, não é? Eu cheguei de viagem ontem, e tive o azar de não ver o seu teste. Eu sou Sísifo de Sagitário, sou seu vizinho nas Doze Casas. É um prazer!”

“É melhor que se afaste, se não quiser se machucar”, respondeu El Cid, mal humorado.

“Tudo bem falar isso para um cavaleiro de bronze ou de prata, mas esqueceu que eu também sou um cavaleiro de ouro?”

Um golpe passou a milímetros de seu rosto, à velocidade da luz. Atrás dele, uma coluna de pedras foi cortada ao meio, perfeitamente. Sísifo surpreendeu-se com a técnica daquele rapaz, que não parecia com a de um novato. Esforçou-se para demonstrar calma, apesar de seus sentidos terem gritado com o perigo daquele ataque.

“Uau, sua técnica é perfeita! Estou vendo por que você vem treinar num lugar isolado…”

“Ainda não é perfeita. Ainda é falha… instável… ainda precisa de muito para ficar perfeita. Portanto não atrapalhe o meu treino.”

Aquele cara estava elevando a palavra perfeccionista a um novo nível. Sendo também um, Sísifo compreendia o desejo intenso de melhorar até sentir que estava perfeito, mas aquilo era além de sua imaginação. Bem que Aspros lhe dissera: as Doze Casas seria, no futuro, um bando de homens loucos o suficiente para encarar uma guerra. Manteve o sorriso amigável, pois não era seu objetivo atrair a inimizade do novato.

“Desculpe se te aborreci com isso. É que seu golpe é mesmo muito legal. E eu ainda quero treinar com você.”

“Você quer morrer tanto assim?”

“A gente não se mata quando treina, El Cid… É a regra, não é?”

“Eu conheço as regras! É por isso que preciso treinar sozinho. Se afaste para não se machucar.”

De fato, não conseguiria convencê-lo. Seu novato era um sujeito bastante independente e forte o suficiente para caminhar sozinho. Mas ele não era o Rugonis, que tinha o sangue envenenado e não podia se arriscar fazendo amigos. Que mal havia em ter companheiros? Sísifo não se arrependia de ter Hasgard e Aspros como amigos.

“Então eu vou ficar vendo o seu treino! Você não vai me atacar se não quiser, afinal, e eu posso me defender. Pelo menos isso, eu posso fazer!”

“Está bem”, respondeu El Cid, após um breve silêncio. “Não é da minha conta se você gasta seu precioso tempo para isso e não para treinar seu cosmos.”

“Ei, hoje estou de folga, ok? Acabei de chegar de viagem e amanhã já parto para outra missão.”

“Então por que quer treinar comigo?”

“Ora, porque dizem que a melhor forma de cumprimentar outro guerreiro é lutando!”

El Cid não respondeu e deu as costas para continuar o treino. Sísifo permaneceu ali por todo o resto da manhã, observando os repetidos exercícios do novato, até a hora do almoço. Deu-lhe água e convidou-o para almoçar no mercado do Santuário. Foi insistente depois da recusa e conseguiu arrastar o colega até uma taverna, dizendo ser seu presente de boas-vindas ao grupo dos cavaleiros de ouro.

“Eu queria tanto ter visto sua luta de admissão! Deve ter sido bem legal.”

“Não foi nada de mais”, respondeu El Cid, com visível desprezo.

“Ei, ei… O teste não pode ter sido tão fácil assim!”

“Ele foi apenas um passo para o meu caminho. O meu sonho é tornar o meu corpo numa espada.”

“Hein? Você não acha que é… um pouco humano para ser um objeto?”

“Idiota. Eu não disse que quero ser um metal. Eu disse que quero ser uma espada. Quero me tornar a própria Excalibur, a espada sagrada.”

Talvez Aspros tivesse razão sobre as Doze Casas se tornarem um recanto de loucos. Mas desde muito cedo Sísifo havia aprendido a não zombar dos sonhos alheios, por mais loucos que fossem. Sonhar em ser um cavaleiro de ouro não era exatamente prudente, afinal.

“Esse é um sonho bem diferente mesmo. Eu não sei como eu poderia te ajudar a realizá-lo.”

“Eu não preciso de sua ajuda, nem estou pedindo pra isso. E nem seria o caminho correto.”

“Ei, eu não estou falando que vou criar atalhos pra isso. Só estou falando em te apoiar nisso, El Cid. Você é um cara bem difícil de lidar, não?”

“Eu não pedi para que ficasse andando comigo.”

“Mas não dá para ficarmos desconhecidos pra sempre, nós somos vizinhos agora… E eu espero ser seu amigo também. Vamos enfrentar uma guerra daqui a alguns anos, e eu realmente espero poder contar com você… Não vamos vencer a tal guerra se não trabalharmos em equipe.”

“Eu não preciso ser seu amigo para trabalhar junto com você.”

“Sim… Mas também não precisa ser um desconhecido também. E este é um bom momento pra gente se conhecer, não acha? Afinal, amanhã eu tenho uma missão para fazer, e eu queria que você fosse o meu parceiro nela.”

“Pensei que fosse algo para realizar sozinho.”

“Sim, mas vai que aconteça algo... Não é melhor dois cavaleiros de ouro do que um? Ora, vamos lá! Vai ser na Península Itálica, você nunca esteve lá, não é? Conhecer o mundo é uma forma legal de conseguir experiência. É uma vila pequena e bem tranquila, é um lugar bom para olhar.”

“Qual é o conteúdo da missão, afinal?”

“Bem, desde que eu me tornei cavaleiro, de tempos em tempos, vou lá porque essa vila apareceu na leitura do Oráculo de Delfos para a Guerra Santa. Fui eu que peguei essa leitura, então o Grande Mestre me encarregou de decifrá-la. Ele me disse para ficar de olho na vila caso qualquer coisa aconteça, e sempre que aparece alguma leitura referente àquela região, ele me manda pra lá. Já estava na hora de eu voltar, e o mestre me disse que talvez alguma coisa aconteça em breve. Ele nunca erra, então eu devo partir logo. Não quer ir comigo, não? Uma cabeça funciona melhor que duas!”

El Cid escutou-o sério e respondeu algo que Sísifo preferiria ser uma simples recusa.

“Eu ouvi falar dos soldados e dos outros candidatos durante o treinamento em várias ocasiões… que Sísifo de Sagitário é um guerreiro privilegiado por ser o irmão mais novo de Ilias de Leão. Dizem ainda que o teste de consagração aplicado por Rugonis de Peixes foi uma farsa, e que a armadura de Sagitário já estava prometida a você desde o início. Dizem que a você só confiam missões fáceis, que um simples cavaleiro de prata poderia resolver, e que você usa seus amigos para resolvê-las sem muito esforço.”

“Você acredita nisso?”, respondeu Sísifo, amargurado com seu maior motivo de ter odiado o Santuário um dia.

“Eu não disse que acreditava. Isso é apenas o que eu sempre ouvi dos outros.”

“Não precisa vir comigo se acredita nessas idiotices. É verdade que seu ritmo de treino me assusta, mas isso não significa que eu não tenha me esforçado para ser um cavaleiro de ouro. Pelo contrário…”

Aquilo o irritava infinitamente. Por que seguira o conselho de Rugonis? Para ouvir um sujeito antipático falar daqueles boatos ofensivos? Talvez El Cid tivesse razão. Estava perdendo seu tempo ali. Levantou-se.

“A oferta está de pé, El Cid. Você decide se quer vir comigo ou não na missão. Eu não posso te obrigar a fazer nada que não queira. Mas eu garanto para você: meu caminho é tão verdadeiro quanto o seu.”

Sísifo já estava para sair da taverna, quando ouviu a resposta de El Cid:

“A que horas devo estar em Sagitário?”

Então El Cid acreditava nele? Ou o testaria para saber se os boatos eram verdadeiros? De qualquer forma, Sísifo não tinha medo de levá-lo para uma missão tão fácil. Afinal, não havia nada a esconder do colega.

“Quando o sol despontar no horizonte, quero estar no porto do Santuário. É cedo demais para você?”

“Não.”

“Que bom. Não se atrase!”


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando! É uma fic um tanto parada, mas tem ação, eu prometo!

E esta é uma fanfic que já terminei de escrever, o que significa que ela será publicada direitinho até o fim! E são só 6 capítulos, não é muito longa :D



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