Pov Mel 

Acordei com um cochicho no meu ouvido.
— Bom dia, flor do dia.
Eu me assustei e me levantei rapidamente, comecei a me lembrar do que tinha acontecido. 
— Não foi um sonho... - Pensei alto. 
— Não, quero lembrar do que tivemos. Na verdade eu farei de tudo para lembrar. 
Por um momento eu pensei estar sonhando até que ele me puxou para deitar de frente para ele.
— Você não está sonhando. Com certeza sinto algo muito real por você. 
Eu nem esperei 4 segundos ou 1 segundo, beijei ele com vontade que sentia há anos. A vontade que um dia eu esperava voltar e ele se lembrar de tudo o que vivemos.
— Apressadinha... - Ele disse sorrindo.
— Isso se chama vontade. 
— Por que não me procurou?
— 1 - Você parecia feliz. 2 - Seus pais me manteram longe para não me ver sofrer. 3 -...
— Não precisa continuar. Eu entendi. Eu parecia estar feliz? Fingimento, esse noivado é todo arranjado. Ela é filha de um investidor famoso, aceita qualquer coisa que mandarem para ele. Mas o único jeito de ter contato com ele foi esse. Isso parece meio sujo mas é assim que funciona no mundo empresarial.
— Eu sei. Meu pai trabalha com isso, já tive que fingir interesse por muitos filhos de ricos que comprariam imóveis dele. Foi divertido. Na maioria das vezes os caras só queriam transar. 
— E você fazia!?
— Não. Eu deixava eles na vontade. Só tinha olhos pra você. 
— Já estávamos namorando nessa época?
— Não, mas nós nos gostávamos mas ninguém tomava atitude. Até que um dia eu enchi a cara e você me beijou achando que eu não me lembraria de nada. Mas acontece que eu não fico bêbada, não tenho ressaca nem nada. 
— Menina de sorte
— Sou mesmo. Mas, depois disso eu disse que te amava desde que você foi pedir açúcar no apartamento...
— Dos seus pais.
Nós ficamos surpresos. 
— Chute bom. 
— Não foi um chute. Eu lembro que você estava de trancinhas e uma blusa amarela com uma saia de brilhos roxos. 
Eu ri e queria chorar de emoção.
— Você lembra disso!?
— Sim, você ficou de olho esbugalhado e fechou a porta na minha cara. Segundos depois você voltou com um pote de açúcar que depois descobrimos que você não podia ter pego.
— Como você se lembra disso tudo?
— Eu não sei. Eu só... Me lembro.
Eu dei um selinho nele.
— Seus pais! Estamos atrasados! Merda! 
Eu saí de cima dele, e corri pegando as chaves dele. 
— Ponha uma roupa, vamos em casa. Preciso pegar uma roupa.
Ele riu e depois ficou sério.
— Sua roupa está ótima para mim, senhorita.
Eu olhei para mim mesma e percebi que o moletom grande estava muito para cima, ou seja ele estava vendo minha calcinha. Eu corei rapidamente e abaixei o moletom o máximo que eu consegui. Ele caiu da cama de tanto rir e eu corri até ele para fazer a famosa cosquinha para me vingar.
— Para - Ele dizia entre risos. - Eu lembro que você também sente!
Eu arregalei os olhos e me afastei e tentei me levantar mas foi em vão porque ele me puxou para o colo dele e eu caí de bunda bem naquela parte dele e ele começou a fazer cosquinha em mim.
— Chega Harry! Não consigo respirar!
Ele parou e eu deitei no chão sem ar.
— Eu mato a sua memória.
— Mas deixa eu me lembrar como é seu corpo nu primeiro para você fazer isso depois, Ok? 
Ele se levantou correndo assim como eu e eu pulei no colo dele. Ele me segurou com firmeza, bem firme na minha bunda. 
— Depois eu que sou a apressada né? 
— Temos anos de namoro, sexo nunca morre.
Eu dei um tapa nele e saímos do quarto do hotel em direção ao carro dele, sabendo que todo mundo estava olhando a minha bunda no caminho. 
— Paguei bunda e calcinha no mesmo dia que maravilha... 
— Se te consola, sua bunda é muito dura, deliciosa na verdade.
Eu olhei pra ele com cara de surpresa.
— Não posso mentir para você? Lembra?
Eu ri e ele ligou o carro e fomos em direção a minha casa.