Make you believe escrita por Jôjô


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prologue




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739704/chapter/1

 
Prologue

  Era uma noite linda em Nova york, pessoas rindo e bebendo , celebrando o novo ano que estava prestes a chegar, todos aguardavam ansiosamente a chegada de novas esperanças, novos sonhos e quem sabe, mais paz para a terra.

— Eu não quero paz, Jeremy! Eu quero a minha filha! - é claro que sempre tem aquela exceção, e Haley estava nela. A garota gritava ao telefone como uma louca, as pessoas que passavam felizes nas calçadas , a encaravam espantadas. E já que Haley nunca fora de ser educada, levantava incosequentemente o dedo do meio para qualquer um que fosse que jogasse os olhos sob ela. Sua imaturidade sempre a impressionou.

— E você pretende ter sua filha e um bando de cafetões te perceguindo? Eles também estão com o meu filho e nem por isso eu estou agindo com o desespero, Haley! - Jeremy gritava num tom tão alto quanto o de Haley, mas ainda não era mais alto que o dela, pois a mesma telefonava de um telefone público, num dia onde não soltar fogos era pecado.

— Você é um idiota, Bieber, um retardado que acha que andar com bandidos é uma voltinha no parque! É claro que você não agiria com desespero, seu imbecil! - Haley soltou as palavras aos gritos, mais uma vez. O estrondo que os fogos causavam deixavam seus ouvidos quase surdos, ela estava congelando naquela calçada, mas precisava falar com Jeremy por um telefone que não fosse o seu, pois, provavelmente, esse estava grampeado.

  Haley Baterson fora namorada de Jack willians. A melhor pessoa que ela já conheceu, diz ela. Eles tinham dezesseis anos quando o garoto a atropelou com a bicicleta e ouviu uma sessão de xingamentos antes de se ver com permição para abrir a boca e pedir desculpas. Depois ele sempre arranjou um tempo para passar na esquina em que o acidente havia acontecido, na esperança de ver a garota tão descontrolada quando se tratava de palavrões. Ele nunca mais a viu naquela esquina. E em um dia, quando já havia perdido as esperanças, ele estava no supermercado, no corredor de revistas da paly boy, pronto para levar a nova edição, não comprar, claro, ele não tinha idade para tal compra, mas a roubaria, isso se seus olhos não focassem a garota morena que estava folheando uma revista dos bad boys. A revista de sua mão foi para o chão, o barulho não deveria ser tão barulheto, mas se tratando daquele silêncio que se encontrava no supermercado em dia de segunda, o barulho soou bem alto, fazendo com que algumas pessoas o fitassem, e para sua sorte ou azar, Haley olhou, o deixando um pouco constrangido, dando de cara com a revista em seus pés, e seguindo toda a estátura de seu corpo antes de chegar nos seus olhos e rir.  Então eles conversaram, ela deu seu número, e eles se falaram no dia seguinte, e no outro, no outro, no outro... Um dia ele a pediu em namoro, ela aceitou. Eles prometeram ficar juntos até o dia em que não podessem mais respirar, mas Haley sabia o filme de ação que era a vida de Jack, e mesmo dizendo que tudo ia ficar bem, ela temia que tudo ficasse mal. Jack perdera os pais cedo, por tanto morar com o primo Din foi a única solução que achou para sobreviver. Din concertava carros e ensinou tudo a Jack, ele aparentemente era um homem correto, quer dizer ,para quem não conhecesse o seu ramo com vendas de drogas. Foi dele que veio a sede de Jack pelo crime. O primo o ensinara a atirar , e aos quatorze anos Jack cometeu seu primeiro "pequeno assalto', não foi pego e isso o alimentou. A ideia de não ter se ferrado alimentou sua vontade de continuar roubando. Porém, os pais de Haley eram extremamente diferentes, não eram ricos, mas honestos demais para aceitarem um genro que preferia tirar o que era dos outros ao invés de trabalhar para ter, e eles estavam certos, obviamente, afinal, que pais seriam eles se o aceitassem? Por isso Jack não se apresentou, o amor dele e de Haley era escondido, e isso se prolongou por um ano , até a garota surgir grávida, "misteriosamente". Expulsa de casa, foi morar com o namorado. Na época, o garoto já não morava mais com o primo, tinha conseguido um apartamento com o dinhero sujo que conseguia ,de formas que Haley não fazia questão de saber. Um dia depois do nascimento do bebê que havia sido uma garotinha que tinha olhos iguias aos de Haley, Jack foi morto em um beco qualquer quando voltava para casa. Deixando todo o seu "Patrimônio" para Jeremy tomar conta, o qual Haley odiava, e por falar nela, a menina lutou contra a morte nos primeiros dias sem Jack, pois qualquer objeto que podesse feri-la parecia chama-la, mas ela viveu por sua filha, e pretendia continuar por ela, fugir daquela vida por ela, protege-la. Sumir por ela. O que não aconteceu de cara, pois ela era apenas uma adolescente sem dinheiro que precisava terminar o colegial,e ela ainda é essa adolescente, seus pais ela nunca mais viu, o seu sustento dependia de Jeremy, por mais que ela odiasse. O garoto também foi pai cedo, tinha um filho chamado Justin , o qual era tão frágil quanto a filha de Haley ,e por descuido de Jeremy, tinha sido sequestrado juntamente com a mesma. Já faz dois dias, e a garota só conseguia chorar ou culpar Jeremy por tê-la colocado nisso, o que ele respondia com muita veracidade: " Jack que te colocou nisso, não venha me culpar só porque me odeia".
   
— Seja mais educada, garota! - se Haley estivesse certa, Jeremy desarrumava os cabelos nesse momento -  Você não acha que eu posso...

— Pode o quê, Jeremy? - a morena jogou as suas palavras mais rápido que Jeremy podesse terminar de dizer as suas - Ah, vá meter medo na sua mãe, e trate logo de recuperar a minha filha antes que você veja o que EU posso fazer!

  Desligando na cara de Jeremy, como era de seu costume, ela voltava para as ruas a fim de procurar um amigo de Jack que morava ali perto, pensando que poderia tirar dele alguma informoção para ajudá-la a encontrar sua filha.

   Três dias depois, as duas crianças foram resgatadas, o resgate resultou em um tiroteio e duas cicatrizes idênticas , quase uma tatuagem, mas era apenas a letra "T" gravada nas costas de cada um em forma de queimadura, foi uma forma que Trevor, inimigo de Jack , Jeremy e agora também de Haley , dizer que a aquela briga ainda não havia acabado.

    Por muitos anos não se ouviu falar mais dele, mas as cicatrizes ainda estavam ali , nas costas de Justin e Roxy, a marca de Trevor, como se os dois pertencessem a ele.

   Com o passar desses mesmos anos, Haley conseguiu concertar sua vida, mudou de cidade, casou-se com um homem bem mais velho, mas que continha dinheiro o suficiente para manter ela e sua filha protegidas dos inimigos do seu passado.

[...]

  Seis anos depois...

— Mãe, Mãe - Roxy subia apressada as escadas que daria ao segundo andar. A garotinha trazia consigo um amigo e novo vizinho que acabara de se mudar.

— Estou, aqui , Roxy -  sua mãe gritou do quarto onde estava, o qual era o de sua filha, ela ajeitava alguns brinquedos nas pratileiras quando Roxy chegou saltitante - O que aconteceu? - ela perguntou , sorridente, vendo que a menina havia arranjado um amigo.

— Eu posso ir na casa do Justin? - perguntou com os olhinhos brilhates e esperançosos. Mas Haley já não estava mais no quartinho laranja e alegre de sua garotinha, ela estava no Brooklyn, com dezesseis anos. Aquele nome lhe causara arrepios. Haley fechou a cara, fitando o garotinho que parecia confuso , ela se esforçou para fazer com que uma palavra saísse de sua boca.

— Jus-tin? - gaguejou.
 
   O menino assentiu devagar, agora ela tinha certeza, ele estava assutado com a forma em que ela o olhava. Então ela tentou se recompor, tentou sorrir, mas tudo estava saindo forçado demais.

— Você tá bem, mãe? - Roxy percebera o sua mudança repentina, mas qualquer um perceberia , estava óbvio.

— Está sim, filha - seus olhos ainda estavam em Justin quando ela respondeu a menina. - Como é seu sobrenome, Justin ? - sorriu, na intenção de deixar o garoto mais tranquilo.

— Bieber - disse ele, dando um meio sorriso.

   Todas as esperanças que Haley nutria de aquele garoto ser apenas um garoto qualquer, havia descido ladeira abaixo e se estabacado no asfalto. Ela estava se sentindo ameçada, aquele garotinho agora era uma ameaça, com toda a certeza, claro, não ele em si , mas quem ele trazia.  

   "Não pode ser" ela repetia para si mesma. Sentindo-se tonta, ela fez mais uma pergunta a Justin, a que acabaria de vez com as suas dúvidas se ela ainda tivesse.

— E como se chama seu pai?

— Jeremy.

     Haley fechou os olhos, esperando que assim as lágrimas iriam desistir de querer sair, mas ela os abriu logo quando ouviu a voz de Roxy.

— Posso? - a menina voltou com o motivo que a trouxera ali.

— Vá - Haley acabara de se apoiar na parede, totalmente desconfortável com aquela situação -, onde você mora mesmo, Justin? - interrogou quando as crianças já tinham saído.

— É aqui na casa da frente, mãe! - gritou Roxy.

    Quando Haley se recuperou do repentino susto, saiu do quarto, determinada a ir na casa do novo vizinho, não para dar boas vindas, porque isso não era coisa dela e o vizinho se tratava de Jeremy, mas ela precisava fazê-lo ir antes que os problemas viessem até ele , e automaticamente, até ela também.

    Sem bater na porta ou se precupar em saber se aquela era mesmo a casa certa, Haley entrou na ,aparentemente, residência de Jeremy.

— O que é isso, Jeremy? Perceguição? Devo comprar uma arma? - jogou as perguntas para o homem que descia as escadas da sala com uma caixa nas mãos.

  Por sorte , Haley acertara a casa, e para o azar de Jeremy.

Ele continuava igual, com roupas menos folgadas , mas ainda era o mesmo, e Haley, bem, quando ele pôs os olhos nela, percebeu que a mesma estava igualzinha, o cabelo ainda era longo, o corpo ainda era muito parecido com o de quando ela tinha dezesseis anos e o seu pávio ainda era curto. Infelizmente. Ele pensou. Na verdade, ele pensou em muitas coisas quando a viu, como de onde ela surgiu e se aquilo era algum tipo de castigo designado por Deus.

— Haley? - ele juntou as sobrancelhas, terminando de descer as escadas e colocando a caixa no chão - O que você está fazendo aqui?

— Eu quem perguntei primeiro, responda você a minha pergunta! - a mulher apontou o dedo indicador para ele, furiosa.

— Eu... Eu vou morar aqui - Jeremy dizia as palavras, calmamente, não queria discutir com Haley, e logo agora que havia saído da vida que levava, deixando para trás o crime e arranjando até um emprego descente. Após a morte da sua mulher, ele entendeu que não conseguiria perder mais alguém que amava.
    
— Ah, você vai morar aqui? - ela soou irônica, cruzando os braços e tentando advinhar o que, verdadeiramente ,Jeremy queria - Eu conheço você , Jeremy.

— Com certeza não deve conhecer mais - retrucou ele.

   Haley deu de ombros, pois não importava o que Jeremy falasse, ele nunca a convenceria, para ela , ele estava a perceguindo, só restava saber o porquê.

— Pode apostar que eu não faço questão de conhecer, só quero que você fique longe da minha filha, e o seu filho também! - ela falou alto.

— Justin é só uma criança, que mal ele pode fazer?

— Não é ele, é você, é o que ele traz , problema! Então o deixe longe de Roxy! Porque sendo seu filho, o talento para ser um delinquente está no sangue.

  Haley não queria falar isso, ela teve certeza quando a ouviu falar, mas falou, era sua filha que estava em jogo, e mesmo julgando uma criança de uma forma tão injusta, ela foi obrigada a não se sentir culpada, afinal, era sua filha que ela estava tentando proteger. Jeremy por sua vez se ofendeu absurdamente, ele estava tentando mudar, tentando , mas acabara de encarar uma amostra grátis do que as pessoas pensariam dele se soubessem o que ele já havia feito no passado. Nenhuma fé, ninguém estava disposto a colocar fé nele. Porém, dizer que Justin seria um delinquente, atingir Jeremy àquele ponto exigiu considerável irritação, além do mais, ela namorou um bandido, inclusive teve uma filha de um bandido, quem ela pensava que era para sair falando de delinquentes da forma que falava?

— Talvez estivesse no sangue de Jack, não é? - ele se exaltou - E Roxy talvez não tenha passado ilesa, afinal, Jack era seu pai. Filha de bandido, e você também namorava um bandido, estou certo, Haley?

   Jeremy refrescava sua memória ao mesmo tempo que a atingia, ele queria que a mulher se sentisse culpada.

   Aceitando suas palavras, Haley suspirou, ela sabia que tinha falado demais.

— Só fiquem longe de nós - dito isso, ela se foi, encontrando Roxy na calçada.

   Sua mãe a chamou, e após relutar um pouco, ela foi.

— Eu quero que você fique longe daquele garoto - disse Haley, ajoelhada, ficando do tamanho da filha , não perdendo de vista seus olhos.

— Mas por que, mãe? - perguntou ela, tão triste e confusa quanto seus olhinhos mostravam.

— Você não precisa entender, querida, só fique longe, tá bom?

— Mas mãe...

— Roxy, escute - Haley estava sendo mais sévera - ,você deve ficar bem longe dele, da sua casa e do seu pai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Make you believe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.