Aposta alta escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 14
Mãe e filha...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739658/chapter/14

CRISTINA ‒ Eu não quero mais conversar, Dionísio não quero! ‒ colocou o braço sobre os olhos.

DIONÍSIO ‒ Tudo bem, carinho, tudo bem! ‒ ele se levantou e saiu do quarto a deixando ali.

Dionísio foi até o quarto de Aurora e abriu a porta na esperança de poder conversar com a filha, mas não havia ninguém no quarto, ele sentiu uma coisa estranha no coração, desceu e perguntou a sua mãe... Vânia estava com Lucas no colo e Dani brincava com o avô de casinha no chão.

DIONÍSIO ‒ Mamãe, você viu Aurora?

VÂNIA ‒ Ela disse que ia comer algo na cozinha, meu filho! ‒ sorriu para ele.

DIONÍSIO ‒ Oh, mãe, por favor, conversa um pouco com ela. ‒ ele foi até a mãe pegou o filho e se sentou no sofá. ‒ Não tá fácil com, Aurora, mamãe tudo que falamos, ela reclama e hoje ficou magoada com a mãe por conta de uma bobagem! Eu amo minha filha, mas estou sem paciência hoje, por favor, conversa com ela...

VÂNIA ‒ E os problemas só sobram para os velhos! ‒ ela disse brincando e levantou beijando ele e foi até a cozinha e olhou para a neta.

AURORA ‒ Oi vovó, quer um pedaço de fruta? ‒ abriu um lindo sorriso para avó porque ela era a pessoa mais linda para ela. ‒ Obrigada, você me trouxe um presente lindo, eu fiquei muito feliz com o que você me deu!

VÂNIA ‒ Por que está magoando a sua mãe assim, minha filha? ‒ foi direta com a neta como sempre era.

Ela perdeu o sorriso.

AURORA ‒ Vó... tudo que eu faço ta errado! Não é só com ela, meu pai também, sabe vó a sensação que eu tenho é que se eu sumir, nem falta vou fazer porque tudo que eu tento fazer para agradar não é bom. Eu estava brincando com a Dani e a mamãe gritou como se eu tivesse feito alguma coisa ruim, ela teria gritado também não importa vó, minha mãe não tá feliz com nada que eu faço, então... ‒ ela olhou para avó com os olhos cheios de lágrimas. ‒ Eu acho que seria melhor se eu fosse embora! Eu posso dormir com você na sua casa e morar lá? Assim quando minha mãe quiser me ver eu venho em casa, ela me vê e eu vou embora e não atrapalho ela e nem atrapalho o meu pai.

VÂNIA ‒ Você não dá valor a família que tem não é mesmo, Aurora? O seu mal é esse olhar só pra você! Sua mãe da o sangue por essa família é ela que segura todos os problemas dessa casa e não é o seu pai não porque eu sei que ele quase nunca está aqui, pense comigo Aurora e se sua mãe morresse? Se você não tivesse crescido com ela ou de repente do nada ela se fosse hoje agora depois do que aconteceu entre vocês que eu não sei o que foi, mas imagina só como seria sua vida sem ela? Você não dá valor a sua mãe que passa noites e noites acordada por vocês quando estão doentes ou quando estão bem mais ela está ali olhando checando pra ver se vocês estão bem e dormindo tranquilos.

Aurora chorava enquanto ouvia a avó.

VÂNIA ‒ Você acha que quando ela fala é para o seu mal? Me diz uma vez que sua mãe tenha dito não faça e você foi lá e fez e o que aconteceu? Mãe está sempre certa não importa o quanto ela esteja errada ela ta sempre certa minha filha!

AURORA ‒ Eu amo muito a minha mãe, ela é a pessoa mais importante da minha vida avó... amo, amo muito, mas eu fico tão triste quando eu sinto que eu não faço diferença nessa casa e que tudo que eu faço não serve para ninguém e se você tivesse tudo bom e de repente você não tivesse mais nada porque foi assim era tudo comigo tudo para mim e de repente tudo que eu faço todo mundo briga comigo! Desde que a Dani chegou parece que eu estou sempre errada. ‒ ela chorava enquanto falava e parou de comer.

VÂNIA ‒ Você tem que parar de ter ciúmes da sua irmã! Ela é um bebê e você deveria ajudar a sua mãe há ter mais tempo pra você Aurora, você quer tempo mais não colabora, você quer atenção mais não ajuda sua mãe nem a dar banho no seu irmão pra que ela possa sentar ao seu lado e dizer: "pronto filha mamãe é sua". Você está fazendo sua parte ou só está querendo que ela te de tudo e você não de nada em troca? Você a ama mais a fez chorar hoje e porque? Porque ela disse uma coisa certa?

AURORA ‒ Eu vou me desculpar com ela, eu vou agora. Porque você não fica aqui? Você ou vovô sempre tem tempo para mim, vocês dois sempre tem o meu espaço sem precisar me dividir com ninguém! Meus presentes minhas coisas minha atenção, você sabia que você me pega no colo, mas a minha mãe não pega no colo um tempão. ‒ as Lágrimas desciam do rosto dela porque estava sofrendo de verdade.

Vânia a olhou.

VÂNIA ‒ Vou pedir para seu pai comprar um pacote de fraldas a você, meu amor, virou bebê de novo! Comece a ajudar sua mãe que até no colo e peito ela te dá. ‒ riu por fim.

Ela começou a rir olhando para a avó.

AURORA ‒ Deus me livre, eu não quero peito não!

VÂNIA ‒ Não é o que parece! Até Dani que é ciumenta consegue tudo só dizendo: "paizinho"... Deveria aprender alguns truques com ela!

AURORA ‒ Vó, eu não gosto de ficar reclamando, mas quero que você olhe e perceba que toda vez que eu tenho que fazer alguma coisa boa ninguém ver! Ta sempre todo mundo reclamando do que eu faço só quem não reclama de mim é você e o vovô, eu vou lá falar com a minha mãe e eu vou levar um negócio para ela comer, ela adora tapioca.

VÂNIA ‒ Minha filha, já parou pra pensar que sua ficha tá suja com eles? Que às vezes as coisas ruins pesam mais que as boas?

AURORA ‒ Vó eu sei que eu não tenho feito coisas muito legais nem adianta ficar falando disso porque não tenho que fazer! ‒ Vânia se aproximou dela e a beijou.

VÂNIA ‒ Comece a mudar aí meu amor e depois você vai colher os frutos da sua bondade. ‒ ela agarrou avó e beijou muito.

AURORA ‒ Eu te amo muito sabia? Te amo muito mesmo desde que eu sou uma criança eu te amo assim!

VÂNIA ‒ Agora vai levar algo pra sua mãe que ela não almoçou hoje! ‒ ela sorriu. ‒ Eu também te amo minha bebê mimada.

AURORA ‒ Eu vou levar uma panqueca para ela e vou levar duas tapiocas que ela gosta salgada!

VÂNIA ‒ Isso aí, mocinha linda da vovó!

Aurora fez uma bandeja colocou as coisas que tinha dito que levaria para mãe depois colocou um pouco de suco e subiu até o quarto dela, bateu na porta e depois entrou sem dizer que era ela, tinha colocado uma salada de fruta também. Foi até ao lado da varanda e viu a mãe deitada no divã.

AURORA ‒ Mãe... ‒ chamou com a voz bem baixa e a bandeja na mão.

Cristina parecia estar cochilando ali no divã. Aurora colocou a bandeja na mesinha abaixou ficando de joelhos e beijou o rosto da mãe, com a outra mão ela alisou o rosto da mãezinha dela.

AURORA ‒ Mãe, acorda! ‒ Cristina deu um pulo sentando e falou.

CRISTINA ‒ Eu já vou dar mama!

AURORA ‒ Calma, mãe... ‒ Aurora riu e a beijou. ‒ Sou eu... É só para você comer! ‒ ela olhou para ela e levou a mão ao peito que saltava de susto.

CRISTINA ‒ Você me assustou! ‒ passou a mão no rosto.

AURORA ‒ Desculpa, eu chamei com carinho. ‒ ela encheu os olhos d'água já sentia vontade de sair correndo dali.

CRISTINA ‒ Você já comeu? ‒ perguntou a ela.

AURORA ‒ Eu trouxe comida pra você e queria comer aqui com você! Eu já comi, mas quero uma tapioca. ‒ Cristina bocejou e prendeu os cabelos num coque frouxo e pegou a bandeja.

CRISTINA ‒ Pode pegar, eu sei que fez a de que gosta! ‒ antes dela pegar a tapioca ela olhou para mãe e se sentou na cadeira ao lado.

AURORA ‒ Mãe, queria te pedir desculpa! Eu sei que você faz tudo que você pode para a gente ser feliz. ‒ Cristina tomou o suco.

CRISTINA ‒ Mais não está sendo o suficiente pra você, não é mesmo?

AURORA ‒ Se eu me comportasse como se amasse mais o papai do que você se eu só beijasse ele ou só ficasse perto dele como você ia se sentir?

CRISTINA ‒ Olha, minha filha, me desculpa se eu não estou te dando tudo de mim mais eu tenho mais duas crianças nessa casa que sugam o meu tempo a minha energia e quando eu penso que eu posso te dar um pouco de atenção, eu não consigo porque você quase não deixa, eu estou tentando mais eu estou exausta e se eu pudesse dormir por pelo menos oito horas direto eu estaria feliz!

AURORA ‒ Sabe, mãe, eu queria que você entendesse que eu não estou te cobrando! Eu sei eu vejo que você faz tudo, mas você nem me pede ajuda mais desde que a Dani falou que eu quebrei as bonecas dela você não me deixa fazer as coisas aqui em casa, bem antes da Dani falar você já estava assim. Eu quero te ajudar quero cuidar um pouquinho do, Lukinhas, eu sempre cuidei da, Dani, eu sei que você não está dormindo que você não está comendo direito que mama o tempo todo, eu sei mãe...

CRISTINA ‒ Eu cansei de pedir e eu mesma ter que fazer, minha filha, puxa na memória porque eu parei de pedir... Ou você reclama ou você não fazia e eu fazia depois e quando se lembrava do que eu pedi ia pra fazer mais já estava pronto, eu só queria te dar mais tempo mais eu não consigo mesmo com uma babá aqui em casa pra me ajudar por algumas horas! ‒ ela foi até a mãe como se fosse uma criança e encostou-se à mãe quase sentando no colo.

AURORA ‒ Desculpa, mãe, eu vou te ajudar de novo igual ajudava quando era menor. ‒ Cristina se agarrou nela com uma mão e com a outra segurou a bandeja.

CRISTINA ‒ Eu te amo, minha filha, não duvide disso nunca! Eu posso não ser perfeita pra você e como já ouvi sua avó é melhor eu faço por você o que posso e o que você merece!

AURORA ‒ Eu te amo também, mãe, eu não sou perfeita para você também porque eu não faço tudo que você quer, mas você é muito perfeita para mim e é tão perfeito que eu estou com saudade de ter sua atenção! ‒ ela segurou a mãe apertando e beijando a mãe no rosto por que amava tanto ela.

CRISTINA ‒ Você me magoa tanto quando faz essas coisas ao invés de falar comigo! Eu sou sua mãe...

AURORA ‒ Eu fico triste, mãe, mas eu... ‒ ela nem sabia o que dizer por que tinha sido realmente um adolescente rebelde tinha feito tudo errado.

Aurora queria mudar seu jeito mais o que podia era pedir desculpa para a mãe não desperdiçar seu tempo perto dela fazendo besteira. Ajeitou-se de novo dando uma tapioca para mãe e pegando outra para ela.

AURORA ‒ Eu fiz essa cheia de manteiguinha mãe do jeito que você gosta porque você não comeu hoje! A vovó falou que você não comeu direito.

CRISTINA ‒ Eu não estou com fome, minha filha, come você!

AURORA ‒ A mamãe, fiz para você! Porque que você não vai comer comigo? ‒ ela começou a comer a outra tapioca e ficou com rosto diferente. ‒ Mãe meu pai vai ficar preso de novo? Ele foi preso porque fez alguma coisa errada muito ruim? ‒ Cristina mordeu sua tapioca para não fazer desfeita à filha e ao ouvir a pergunta da filha seu coração gelou e ela mastigou engolindo rápido.

CRISTINA ‒ Seu pai não é bandido, minha filha, não é!

AURORA ‒ Se ele não é bandido, por que que ele foi preso? ‒ ela suspirou triste e depois olhou para mãe.

CRISTINA ‒ Minha filha, alguém esta armando para o seu pai!

AURORA ‒ Mãe, quero te pedir uma coisa! ‒ olhou com carinho. ‒ Quero ser mulher de Augusto... ‒ falou de uma vez.

Cristina a olhou.

AURORA ‒ Quero ser a mulher dele, mamãe antes que outra seja...

CRISTINA ‒ Você não vai se entregar a ele, Aurora, não vai e se fizer, eu vou fica muito chateada com você! Você não tem idade pra isso e se esse garoto só te iludir? E se ele quiser somente a sua pureza? Você não vai pra cama de um estranho Aurora não vai! – Aurora suspirou.

AURORA ‒ Eu desejo ele, mamãe, eu quero isso e meu corpo quer! Ele já me tocou e eu gostei muito, ele é o meu amor eu quero me entregar, mãe. ‒ Cristina negou com a cabeça.

CRISTINA ‒ Você já decidiu, não é mesmo? Você não esta me pedindo permissão apenas esta me comunicando o que vai fazer!

AURORA ‒ Mãe... Não decidi, eu quero te ouvir! Me diz porque não devo porque não posso?

CRISTINA ‒ Aurora, eu sou sua mãe e mãe sente e esse garoto não é pra você eu sinto!

AURORA ‒ Mãe, o que eu faço com tudo isso que eu estou sentindo? Como faço para conseguir ficar calma e não sair e me entregar a ele?

CRISTINA ‒ Pensa na sua mãe e você não vai fazer! Ele não é pra você e eu sinto, sinto de verdade minha filha, você é tão linda e jovem e acha que um garoto vivido como ele vai querer te assumir depois que tiver o que ele quer? Meu amor não estou dizendo a você que não é capaz de conquistar um homem porque você é sim, mas esse garoto que eu nem conheço não me cheira bem!

AURORA ‒ Eu o amo, mamãe... Nenhuma outra pessoa vai me querer mãe depois das coisas que eu fiz com ele, o deixei fazer comigo você acha que alguém mais no mundo vai querer estar comigo além dele? Eu deixei ele me ver ele me tocar e eu o toquei mãe, eu acho que ninguém vai me querer depois disso! ‒ Cristina sorriu.

CRISTINA ‒ Você tem o direito de querer descobrir o mundo, minha filha, tocar um homem não te faz ser indesejável você tem sede de aprender assim como sua irmã que já acha que pode ser roupa de alguém. ‒ ela riu mais. ‒ Você só precisa fazer as escolhas certas, porque se você se entregar a ele e não for nada daquilo que você sonhou vai te marcar pelo resto da vida e eu não te quero sofrendo! ‒ ela agarrou a mãe abraçando forte e beijando a mãe no rosto com toda dependência de amor que ela tinha.

AURORA ‒ Eu não vou fazer, mãe, se você não quer, eu não vou fazer! Eu vou esperar e ver se é à hora ou não é a hora. ‒ ficou agarrada com a mãe como se fosse um bebê de colo.

Pensava no seu coração que queria muito se entregar ao namorado, mas a mãe sempre dizia coisas tão acertadas ela não gostava de contrariar sua mãe. Cristina beijou os cabelos da filha e ficou ali agarrada a ela sem dizer mais nada apenas sentindo o carinho da filha que sentia tanta falta.

OUTRO ESPAÇO DA CASA...

Dionísio estava sentado brincando com Daniela que estava com algumas bonecas na mão conversando sozinha, ele olhou para sua mãe Vânia que tinha acabado de se sentar ali junto a eles queria mesmo conversar com a mãe estava no momento de fazer isso.

DANI ‒ Esse aqui é o nosso carinho da luizinha... lilu lilu... ‒ Dani falava com suas bonecas e Vânia olhou para o filho e esperou.

DIONÍSIO ‒ Mamãe, você está com ele? ‒ o olhar do filho era direto para mãe.

VÂNIA ‒ Estou! ‒ falou de uma vez.

Ele riu.

DIONÍSIO ‒ Mãe, eu estou tão feliz por isso! ‒ ele abriu um Largo sorriso para mãe sempre tinha querido que aquela situação se resolvesse que os dois ficassem juntos.

VÂNIA ‒ Você sempre ta do lado daquele bode velho só faltou me vender a ele, porque de resto ate cena fez que eu me lembro bem! ‒ ele riu alto.

DIONÍSIO ‒ Mamãe, eu sempre gostei dele ele sempre foi alguém que eu queria perto! Ele é o pai da mulher que eu amo e sempre foi como um pai para mim um amigo esse homem sempre te amou loucamente porque não ficar com ele?

VÂNIA ‒ Porque ele é um bode velho que me largou na cama... ‒ Vânia arregalou os olhos falando de mais.

DIONÍSIO ‒ Largou você onde, mamãe? ‒ a expressão de Dionísio ficou séria de repente porque ele queria ter certeza de que a mãe estava bem. ‒ O que ele fez mamãe?

VÂNIA ‒ Nada, esse assunto é meu!

DIONÍSIO ‒ Mamãe, se ele fez alguma coisa é só você me contar você não está sozinha! ‒ a expressão dele tinha mudado porque não podia imaginar que alguém pudesse fazer mal a sua mãe nem queria pensar numa coisa dessas. ‒ Você pode me dizer a verdade mamãe!

VÂNIA ‒ Não a nada a dizer o bode velho já é meu! ‒ ele riu e assim que ele viu que Daniela prestava atenção em tudo que ele estava falando.

DIONÍSIO ‒ Olha quem está prestando atenção, mamãe! Enquanto eu estava preso só ficava pensando nos meus filhos. ‒ ele olhou para mãe de modo direto e educado.

DANI ‒ Vocês tão falando de mim? ‒ ela olhou para eles e comeu um pedaço do seu pãozinho que tinha ali.

VÂNIA ‒ Meu filho e eles só pensavam em você!

DIONÍSIO ‒ Vem cá, amor de papai... ‒ ele abriu os braços chamando a filha. ‒ Quem é o amorzinho do papai?

DANI ‒ É a Daniela... ‒ falou rindo e com sua boneca foi até ele.

Vânia sorriu o filho era sempre um amor sem igual com os filhos.

DANI ‒ Papai, vamo sair? Compa uma roupa pa vovó i namolar hoje? ‒ olhou pra ele sorrindo e beijando seu rosto.

DIONÍSIO ‒ Vamos, minha filha, claro que vamos, mas você pode me dizer quem é que a vovó vai namorar? ‒ ele abraçou a filha e colocou no colo.

DANI ‒ O meu vovozinho... ‒ Vânia riu a garota era mesmo um pestinha.

DIONÍSIO ‒ Você acertou, minha filha, então vamos pegar as nossas coisas e comprar o presente da vovó! ‒ ela sorriu e olhou a avó.

DANI ‒ Vai vovó, chama o vovô pra gente ir rapidinho... ‒ os olhos brilharam e ela espalmou as mãos no rosto do pai e encheu ele de beijos, amava muito o pai e gostava de sempre estar assim grudada nele.

Vânia levantou e subiu para chamar Jairo para que eles fossem passear e que ele chamasse também Cristina. Jairo foi até o quarto da filha e chamou Cristina que estava com Aurora ainda no colo e depois de se aprontarem todos saíram uma grande família que era.

Aurora pareceu se divertir tanto correndo pelo shopping enquanto Daniela escolhia brinquedos na vitrine, Lucas estava no colo do avô aconchegado ao grande peito de Jairo que o carregava com maestria de mãos dadas com agora a sua assumida namorada Vânia. Dionísio deu a mão a sua esposa e agarrado a ela seguia caminhando e conversando naquele momento, enquanto a família seguia brincando e rindo ele parou alguns segundos olhando dentro dos olhos dela.

DIONÍSIO ‒ Meu amor enquanto eu estava naquele lugar eu só pensava em como eu queria estar com você em como eu te amo e como não sei viver com você longe de mim! ‒ ela acariciou o rosto dele e na pontinha dos pés beijou o queixo dele.

CRISTINA ‒ Eu te amo e se você voltar para aquele lugar, eu morro!

DIONÍSIO ‒ Eu nunca mais quero nem chegar perto daquele lugar mais nem perto! De verdade eu não consigo imaginar minha vida sem você.

Cristina estava tão nervosa naqueles últimos dias que apenas se agarrou nele e começou a chorar e Dionísio teve certeza naquele momento que seu casamento era a aposta mais alta do seu amor. Mas de repente ele viu que alguns homens estavam olhando para eles, todos eles vestiam roupas marrons estavam espalhados pelo shopping e num gesto de desespero ele sentiu que olhavam suas filhas respirou fundo e tentou manter a calma e apenas olhou para o sogro e fez sinal para que ele pegasse as meninas sem dizer o porquê.

DIONÍSIO ‒ Amor, vamos para casa?

CRISTINA ‒ Sim, vamos! ‒ ela secou o rosto não queria que as filhas o visse daquele modo.

Dionísio caminho com a família até o carro e quando todos estavam dentro do carro, ele pegou o celular e fez duas ligações com a expressão estranha afastado deles e depois de falar por alguns minutos ele voltou e parou diante de Aurora.

AURORA ‒ Pai, com quem você estava falando? Aquele homem lá está olhando para você!

DIONÍSIO ‒ Vamos embora, minha filha, não conheço aquele homem!

AURORA ‒ Papai, não minta pra mim, ele esta encarando nos dois!

DIONÍSIO ‒ Entra no carro, minha filha, entra carro agora!

E sem que ele pudesse dizer mais nada dois tiros foram disparados na direção dele. Aurora deu um grito desesperado e Dionísio abaixou e entrou correndo no carro com ela e com o braço sangrando ele ligou o carro e saiu cantando pneu.Todos ficaram tão apavorados dentro do carro e ele não parou de dirigir mesmo com o braço baleado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aposta alta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.