Quando voltarmos para casa escrita por DarkAurora


Capítulo 2
O primeiro sino


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que traria um capítulo por semana, mas sou meio ansiosa e não consegui esperar.
Como eu não posso deixar um link nas notas iniciais, eu o coloquei nas notas finais. É um link com as fotos que eu passei uns 2 meses procurando (mentira).
Não sei muito bem o que dizer sobre este capítulo. Eu particularmente não gosto do início de nenhuma história. Sei lá, parece muito sem graça. Prometo que as coisas vão melhorar e vai chover porrada para tudo quanto é lado.
A história dos sinos será explicada nos próximos capítulos, então, se estão confusos, esperem só um pouquinho askdjasd.
Ah, este capítulo é bem menor que o primeiro, pois eu achei o primeiro um pouco enjoativo e resolvi diminuir.
Acho que é isso. Boa leitura ♥



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Tristana

Tristana não teve forças para contestar Teemo. Além disso, ela queria ficar sozinha no mezanino para revistar o local. Em sua cabeça, ela não confiava totalmente em Annie e esperava encontrar algo que pudesse confirmar suas suspeitas.

Ela colocou Gnar no sofá. O ruivinho estava dormindo, portanto não daria muito trabalho. Esperou alguns segundos para ter certeza de que ele não acordaria, e então começou a revistar cada móvel da parte debaixo do pequeno mezanino.

Não encontrou nada de especial, para sua tristeza. No fundo, ela sabia que só estava tentando fazer com que Teemo se afastasse de Annie, depois de perceber a forma com que ele a olhava. Talvez Teemo não pensasse nada em relação a garota, porém Tristana criou algo em sua cabeça e tentaria de tudo para afastar os dois. Ela mesma não admitia, por isso fingia desprezá-lo.

Subiu as escadas de metal e começou a mexer no guarda-roupa pequeno e branco de Annie. Realmente não havia nada de especial ali, a única coisa mais importante foi uma caixa de sapatos velha com algumas fotos de péssima qualidade. Eram fotos de Annie mais nova, com uma senhora. Provavelmente a época do orfanato.

Suspirou pensando o quanto Annie tivera sorte. Ela, Teemo e Gnar sofreram muito nas ruas, durante esses cinco anos desde que vieram parar aqui.

Decidiu então guardar a caixa de volta, porém, no meio do processo, encontrou um compartimento escondido bem no fundo do guarda-roupa. Aquilo obviamente despertou sua curiosidade e ela não hesitou em retirar rapidamente a tampa do compartimento.

Era um pouco fundo e Tristana afastou-se para observar como ele caberia naquele espaço do guarda-roupa, com as gavetas embaixo. Abriu a primeira gaveta, retirou algumas roupas do lugar com cuidado e viu o compartimento ocupando um espaço lá no fundo.

Voltou para a parte de cima, arrastou alguns cabides com roupas para o lado, para que a iluminação do quarto pudesse ajuda-la, o que não adiantou muita coisa. Ela colocou a mão lá dentro, morta de curiosidade.

Tristana deu um pulo quando tocou em algo peludo e macio. Retirou as mãos rapidamente, mas as colocou de volta para puxar com cautela o que quer que estivesse ali dentro.       

Pegou o troço e o jogou em cima da cama. Era uma bola marrom escura, cheia de pelos e empoeirada. Ela o cutucou até que o virasse para o observar melhor e assustou-se quando percebeu o que era.

De certa forma, era algo medonho. Tinha apenas um olho, que era um botão vermelho. No local do outro, havia uma costura, assim como em algumas partes seu corpo.

— Tibbers. – Tristana sussurrou para si mesma, enquanto via de tão perto, pela primeira vez, o bichinho que colocou medo na maioria da população da Runeterra.

 

 Quando Annie e Teemo chegaram, já estava à noite. Ela carregava duas pizzas e ele, um colchão.

Os dois vieram rindo e conversando pelo caminho todo, ao mesmo tempo em que Teemo se atrapalhava e acertava as pessoas com o colchão.

Jantaram juntos, os quatro. E, naquela noite, Annie foi dormir feliz. Ela gostava de estar cercada de pessoas, pois passara a infância toda solitária desde a morte de seus pais.

Com um sorriso no rosto, ela suspirou. Seria meio complicado manter o pequeno mezanino daquele jeito, mas o esforço valeria a pena.

 

Zed

Ele andava preocupado pelo shopping. Sempre odiou estar em espaços públicos, e a ausência de sua máscara fazia o ninja se sentir incompleto.

Eles precisaram atravessar o shopping para chegar ao tal supermercado. Quanto mais andavam, mais Syndra se demonstrava encantada com os enfeites de Natal, que já estavam começando a aparecer nas lojas.

Zed ainda mantinha uma distância segura da mulher. Estavam em público e, apesar de todo o cuidado que ela teve com ele, um sentimento estranho o fazia confiar nela, mas não totalmente.

A verdade é que ele planejava fugir assim que ela se distraísse. O que não seria difícil, já que Syndra se perdia nos enfeites de natal e o deixava para trás a todo instante.

Zed nunca gostou de companhia, sempre preferiu ficar solitário. Em todo o percurso até ali, ele veio pensando numa forma de escapar, já que, provavelmente, Syndra não o deixaria ir. 

Colocou a mão em seu ferimento, que ainda doía, perguntando-se mentalmente se conseguiria se tratar. Sua capacidade de se curar de forma rápida tinha desaparecido uma semana depois de ter passado pelo portal. Ele estava pensando, quando viu Syndra parada olhando fixamente para uma árvore de Natal montada no meio do supermercado.

O ninja se aproximou, devagar, para ver o motivo que a deixava tão boba por uma árvore. Ele viu o rosto da mulher, deslumbrado com as pequenas luzes e então, de repente, sua cabeça começou a doer e foi preenchida por um flashback. Nele, Syndra observava uma praia bonita, com o mesmo olhar. Depois de alguns segundos, ela virou-se para ele, sorrindo e dizendo “É tão bonito! ”.

O sorriso dela se repetiu diversas vezes em sua mente, junto com a frase dita por ela de forma doce e admirada. Então, ele concluiu o que havia desconfiado antes: os dois se conheceram na Runeterra. E tinham ido àquela praia juntos.

 

Na volta para o apartamento, Zed não conseguia parar de pensar sobre o flashback que havia visto. Criou hipóteses pensando por qual motivo Syndra esconderia os acontecimentos dele, então chegou à fria conclusão de que era mais uma obra da Sombra selada dentro de seu corpo.

A Sombra era passada de geração em geração para cada mestre do Clã. Zed havia assassinado seu mestre, então fora possuído por este espírito ao fazê-lo. O assassinato de seu superior (uma traição) dividiu a liga de ninjas em dois lados: do lado oposto estava Shen, que não apoiou os feitos de Zed.

O lado bom de possuir a Sombra era o respeito e poder que ela garantia ao ninja. Porém, também fazia com que ele não conseguisse manter quaisquer relações, amorosas ou não. 

Ele permaneceu no quarto de hóspedes do apartamento desde a hora em que Syndra começou a preparar o jantar até o momento em que Jake chegou, tentando lembrar-se de alguma coisa.

Algum tempo depois, abriu uma fresta da porta para poder observar. Ele viu Syndra arrumada, bonita e sorrindo. Ela estava feliz, rindo com Jake e Zed começou a pensar o quanto a magoaria se, por algum motivo, a esquecesse novamente.

Ele estava hesitando e julgou a si mesmo por isso. A tentação de descobrir que tipo de relação tiveram os dois quase o fez desistir. Ele era um ninja, não podia se deixar levar. Por isso, pegou sua máscara, suas roupas e armas e saiu pela janela do quarto, sem olhar para trás.

 

Lux

— Nós podíamos fazer alguma coisa este fim de semana. Como casais! – Lux se empolgou com a ideia. – Na minha casa. Podemos fazer uma janta, faz tempo que não fazemos algo do tipo.

— Não sei não – Katarina suspirou – Da última vez meu frango assado ficou horrível e eu tive que pedir comida chinesa para nós.

As duas estavam voltando da academia, andando pelas ruas de Orlando e carregando algumas sacolas com compras. O clima estava agradável, fazia um sol típico das nove da manhã, apesar de ser fim de ano.

Lux falava com empolgação, enquanto Katarina estava cansada, demonstrando claramente que tinha sido arrastada pela amiga até a academia naquele horário.

De repente, Lux parou de andar e de falar. A ruiva demorou alguns segundos para perceber a parada repentina da amiga.

— O que foi? – Perguntou.

Lux não respondeu. Olhava fixamente para um ponto a sua frente e Katarina fez o mesmo, tentando entender. Desistiu de fazer perguntas quando soube do que se tratava.

Alguns metros à frente, um homem loiro, com cerca de 26 anos (a idade de Lux) ajudava uma mulher a limpar seu vestido, com um guardanapo. Os dois riam e se divertiam, certamente eram um casal.

Não demorou para que o loirinho percebesse a dupla parada,  observando-os. Ele levantou o rosto e as reconheceu no mesmo segundo, mudando de humor.

— Oi – Ezreal cumprimentou-as, com certa mágoa na voz e no olhar.

Enquanto isso, a mulher de cabelos pretos e lisos, com aparência angelical, parou ao lado dele e o encarou, procurando por uma explicação.

Katarina sorriu, tentando parecer simpática, assim como a mulher ao lado de Ez. Porém nenhum dos loirinhos fez o mesmo. Os dois permaneceram sérios, se encarando, até que Ezreal finalmente quebrou o silencio e conseguiu desviar o olhar de Lux, indo cumprimentar Katarina primeiro.

— Katarina, quanto tempo! – Ele a cumprimentou com um beijo na bochecha e, em seguida, fez o mesmo com Lux, porém de forma mais rápida.

— Esta é Lia, minha noiva. Lia, estas são duas amigas, que eu conheci faz muito tempo.

— Muito prazer! – A morena cumprimentou as duas.

Depois de alguns segundos, Lux conseguiu recompor seu semblante alegre. Conversaram por pouco tempo, até que cada dupla seguisse seus respectivos caminhos. Quando o casal saiu, Lux perdeu toda a animação de antes e permaneceu sem dizer uma só palavra.

— O que foi aquilo? – A ruiva quebrou o silencio e Lux levou alguns segundos para sair de seu transe.

— Não sei, eu também não esperava encontrá-los. Eles já não estavam casados?

— Eu não estou falando deles. Quero saber por que você está assim. Não era surpresa, você sabia que ele estava com outra faz tempo.

A loirinha parou de andar e suspirou. Pensou nas possibilidades para tentar esconder de Katarina a real situação, mas nenhuma iria funcionar. Katarina a conhecia muito bem e já tinha suas suspeitas.

— Você quer desabafar? Podemos ir a algum lugar. Garen consegue se virar sem mim. – Katarina interveio antes que Lux desabasse ali mesmo.

— Eu preciso. Muito. – ela resolveu que se abrir seria o melhor.

          

Quando as duas sentaram-se na mesinha do lado de fora da padaria, Katarina colocou as sacolas numa cadeira e as duas pediram um café. A ruiva esperou para que a amiga tomasse a iniciativa, não queria pressioná-la.

— Ele parece estar tão feliz – Lux começou falando de forma fria, sem tirar os olhos de sua xícara de café.  

Katarina não disse nada, apenas a sustentou com o olhar. Ela sabia exatamente o que a amiga estava sentindo.

— Sabe, eu preciso ser sincera.  Não sei se meu casamento é algo tão bom assim. Eu já vi fotos dos dois, e hoje não foi a primeira vez que os vi juntos. Ela é linda e, se eu o conheço bem, ele deve tratá-la como uma princesa.  Parte de mim se arrepende pelo que eu fiz antes. O problema é que talvez não dê mais tempo para voltar atrás.

— Olha, – Kat suspirou – eu não sei como é o seu relacionamento com o Robb. Para mim, vocês eram felizes. Só que, se você não está se sentindo bem, ainda dá tempo de mudar. O problema é que o Ezreal parece realmente gostar da Lia e ele possivelmente não voltará atrás.

— Sobre o meu relacionamento, não é bem esta a questão. Eu amo o Robb, sabe? Eu sou feliz com ele, porém eu parei para pensar que talvez.... Talvez...

Lux hesitou em dizer. Parecia errado pensar aquilo, principalmente levando em consideração o amor que Robb sentia por ela.

Katarina resolveu não completar a frase, com medo de que piorasse a situação. Ela sabia que Lux estava pensando que seria mais feliz se estivesse com Ezreal. O que ela fez foi apenas colocar sua mão sobre a da loira e tentar passar tranquilidade com o olhar.

— Eu te entendo. Está tudo bem. Olha, meu casamento com o seu irmão foi a melhor coisa que aconteceu comigo e eu me sinto bem com ele. Não estou dizendo que Robb não seja bom o suficiente. A questão é que você merece algo perfeito, que te faça suspirar de felicidade e não pensar duas vezes antes de dizer que ama alguém. – Ela disse, e os olhos da loira se encheram de lágrimas.

— Eu não sei o que dizer. Eu amo muito você. Nós conversamos pouco sobre isto, mas eu realmente precisava falar com alguém. Achei que você não fosse compreender.

Katarina sorriu. As duas continuaram ali por um bom tempo.

 

LeBlanc

Ela estava sentada, fumando e olhando pela janela do apartamento de classe alta quando ouviu batidas em sua porta. Levantou-se, colocou um roupão de seda por cima do pijama e ajeitou os cabelos curtos e pretos, atravessando o quarto. Quando abriu a porta, soltou um sorriso orgulhoso ao ver Draven e Darius, carregando uma caixa de madeira.

 - Vocês têm certeza? – Perguntou aos dois, séria.

— Só pode ser isto. – Foi Draven quem respondeu.

— E Diana? – LeBlanc questionou, enquanto tomava a caixa das mãos de Darius.

Os dois irmãos ficaram em silêncio, olhando para o chão. Eles tinham medo da mulher, pois ela era bem mais forte que os dois e possuía um certo pavio curto.

— Sei. – Eles não precisaram responder, ela concluiu sozinha que eles haviam deixado Diana escapar. Uma faísca de ódio apareceu nos olhos da mulher, então ela respirou fundo. – Darei um jeito nela outra hora. Estão dispensados, mas fiquem atentos. Partiremos em um dia, agora saiam.

Os dois juravam que seriam punidos. Porém, naquele instante, LeBlanc estava satisfeita: havia conseguido o que queria.

Ela fechou a porta e colocou a caixa em cima da cama, não esperando nenhum segundo para abri-la. Dentro, encontrou um pano. A puxá-lo, pôde ver uma superfície dourada e reluzente.

LeBlanc pegou o objeto na mão e pode sentir certa energia vinda dele. Então caminhou rumo ao telefone, orgulhosa de si mesma.

— Então, suas teorias estavam certas? – Foi atendida por Swain.

— Eu sempre estou certa. – Ela sorriu de canto, antes de afirmar orgulhosamente: Conseguimos o primeiro sino.

 


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Notas finais do capítulo

Eu trouxe o link para vocês verem os personagens. Não consegui trazer todos, é difícil encontrar, no google, pessoas com a aparência que eu preciso asdkjasdkasd.

http://imgur.com/gallery/qFBmF
Os nomes dos personagens, na ordem (e os créditos da foto, caso eu saiba quem são na vida real):

Ahri (Emiru - streamer)
Diana (não encontrei uma foto, mas acho que essa fanart maravilhosa serve)
Annie (Katherine Langford)
Ezreal (Alex Pettyfer)
Gnar (não faço a mínima ideia de quem seja)
Katarina (Diana Zambrozuski + cicatriz feita no paint askdjasd)
LeBlanc (achei essa foto perdida no google)
Leona
Syndra
Lux (Britt Robertson)
Teemo (Dylan Minnette)
Tristana
Vi
Zedão

Alguns personagens não apareceram na história ainda, então estas fotos são um "mini spoiler".

Enfim, espero que tenham gostado.
Qualquer dúvida/crítica que vocês tiverem, é só deixarem nos comentários que eu lerei com mt amor ♥.
Até o próx. capítulo.



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