Quando voltarmos para casa escrita por DarkAurora


Capítulo 13
Paz


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos askdjasd.
Acho que me empolguei. Este é o último capítulo.
Quero agradecer de coração aos que acompanharam até aqui. Estou escrevendo uma nova fanfic, que se passa antes da guerra. Ela irá explicar as relações e causas da guerra. Resumindo, o começo de tudo. Porque esta parte ficou meio em branco nesta história.
O link está nas notas finais.
Enfim, boa leitura ♥



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 Annie

Pequenos raios de sol entravam pelas frestas da casinha velha de madeira. E a garota acordou quando um deles tocou seu rosto. Levantou-se, sonolenta. Precisava procurar por comida.

Quando colocou os pés no chão, ouviu vozes distantes. Caminhou devagar até perto da porta e espiou por uma fresta maior. Ao redor da casa havia apenas terra e cinzas. Um pouco afastada, a Floresta Sombria. De longe, Annie viu dois yordles escondidos de forma óbvia em um arbusto.

— Não devíamos estar aqui. – A garotinha yordle falou. – Vamos acabar tendo problemas.

— Devíamos sim. Eu já disse: é uma garota, já vi ela antes. E ela é nova. Talvez esteja precisando de ajuda. – O garoto ao lado dela se pronunciou.

— Teemo, pelo caos em volta da casa, ela provavelmente é descontrolada e usa uma magia forte. Então posso deduzir que não, não precisa da nossa ajuda.

— Mas... E se tentarmos falar com ela? Vou voltar aqui amanhã, com uma cesta. Você vai vir comigo! Precisamos tentar!

— Você só pode estar brinca...

A yordle foi interrompida por um ruído vindo da floresta. Annie, com sua experiência, sabia que provavelmente era apenas um animal pequeno. Mas todos os yordles temiam a Floresta Sombria. Por isso, a dupla saiu correndo tão rápido quanto um foguete.

Depois de se certificar que estava só, Annie se permitiu rir. Os dois não pareciam ameaças, e ela se divertiu um pouco. Era raro alguém entrar na floresta. Mais raro ainda se aproximar da casa.

Parou de rir assim que avistou o seu calendário na parede. Feito à mão, mostrava que hoje era o aniversário de nove anos dela. Imediatamente seu semblante mudou. Como toda criança, ela queria amigos, queria uma família, queria alguém para se importar com ela.

Não era a primeira vez que passaria a data em branco e sozinha. Provavelmente não seria a última, ela pensava.

           

 

Lux

Lux caminhava tranquilamente por uma das ruas mais movimentadas de Demácia quando, parado no meio da multidão, um garoto loiro lhe chamou a atenção.

Ele parecia concentrado: mexia em sua luva hextec. Curiosamente, Lux teve uma sensação estranha.

No dia seguinte, bem cedo, cuidando de seus deveres, ela o viu novamente. Mas, desta vez, ele deixava a cidade. Lux sentia que o conhecia de algum modo e, como odiava a sensação de dúvida, resolveu falar com ele.

— Ei! Você mesmo, com a luva estranha! – Ela gritou, enquanto corria na direção do loiro.

Ezreal parou de repente, estranhando o que estava vendo.

— Eu... eu conheço você? – Quando finalmente o alcançou, Lux disse com dificuldade, ofegando por conta da corrida.

— O quê? – Ez franziu o cenho. Uma pergunta estranha, vindo de uma garota mais estranha ainda.

— Me desculpe. É que eu tenho a sensação de que já te vi em algum lugar. Sou Luxanna Crownguard, mas pode me chamar de Lux. Qual o seu nome? De onde você é?

O garoto a olhou de cima embaixo, e, por um segundo, também teve um sentimento estranho.

— Ezreal. De Piltover. – Ele respondeu, após analisa-la. Sorriu de canto: sentiu, de algum modo, que ele e Lux teriam história.

          

 

  Zed

O ninja usava um capuz escuro para esconder seu rosto, mesmo usando sua máscara. A feira a céu aberto de Ionia estava lotada, e ele perseguia seu alvo com cautela.

Era uma pessoa que usava uma capa e também um capuz. Não era possível ver seu rosto, mas Zed sabia muito bem quem era. Ele continuou seguindo sua missão, quando, de repente, um dos mercadores começou a agredir uma criança no meio da feira.

Curiosamente, o alvo de Zed entrou em defesa do garotinho quando percebeu que ele havia roubado apenas um pão para comer. Abaixou o capuz para transmitir confiança ao menino enquanto o ajudava, e o ninja, afastado, pôde ver, pela primeira vez, o rosto de Syndra.

Não se parecia com as descrições que ele havia recebido quando aceitou a missão. Syndra tinha um rosto suave, não era tão assustadora em sua forma normal. Por este motivo, nenhuma das pessoas da feira a reconheceu. Também não parecia ser má.

Pela primeira vez, Zed questionou a si mesmo. Enquanto Syndra comprava uma cesta com doces e frutas para o menininho, o ninja pensou que talvez ela fosse temida porque o povo ioniano não a compreendia. Talvez nunca tivessem visto a mulher daquela maneira serena e doce, como o ninja viu naquele momento.

          

 

  Vi

— Sente-se ali, por favor. A xerife virá conversar com você daqui a pouco. – Bob, o secretário, apontou para uma cadeira, e depois saiu, fechando a porta da sala.

Vi sentou-se desleixadamente no móvel, colocando os pés em cima da mesa que havia na frente. Esperou impacientemente enquanto repensava se tinha mesmo certeza do que estava fazendo.

De repente, a porta foi aberta. Uma mulher morena e de expressão séria entrou, carregando uma pasta amarela cheia de papéis. Quando viu o desrespeito de Vi, soltou um suspiro de desgosto.

Sentou-se na frente dela mesmo assim, e começou a falar. Vi olhava fixamente para o rosto dela, e Caitlyn supôs que ela estivesse prestando atenção. Até que terminou de falar e ela continuou do mesmo jeito.

— Vi? – A xerife perguntou. – Você me ouviu?

— O quê? Ah, foi mal. - Ela respondeu, saindo do transe. – Pode repetir?

— Você não ouviu nada do que eu disse?

Vi balançou a cabeça negativamente.

— Eu estava concentrada, pensando. – Justificou. – Desculpe, mas nós já nos vimos antes?

        

 

    Garen

O general corria por Summoner’ Rift seguindo pegadas pela selva. Eram marcas pequenas, provavelmente femininas. Logo, acompanhando o rastro, manchas de sangue começaram a aparecer e aumentaram a frequência a cada passo que Garen dava.

O sangue e as pegadas paravam em um arbusto. Ele se aproximou com cautela, e surpreendeu-se quando viu uma mulher ruiva machucada e totalmente desprotegida. Pela cicatriz no rosto, ele percebeu que se tratava de Katarina. Ela era temida em Demácia, e era reconhecida pela marca no rosto.

Garen sabia que deveria matá-la. Ajudaria Demácia a ganhar aquela batalha. Mas ele não conseguiu. Mesmo que ela não fosse morrer de verdade, o general tinha consciência de que cada morte em campo trazia um trauma e uma dor diferente.

Naquele instante, seu espírito patriota desapareceu. Ele a ajudou a sair de lá, e garantiu que ela voltasse segura para a base.

Katarina estranhou o comportamento do general. Durante o processo, como uma boa assassina, teve inúmeras oportunidades de mata-lo. Mas um sentimento novo e estranho para ela a impediu. Seu ódio por demacianos chegou a diminuir 1% depois daquilo.

        

 

    Jarvan

Mais tarde, após a batalha, Garen estava na sala de Jarvan IV com os relatórios.

— Vayne se ofereceu para lutar por nós amanhã. – Ele explicou. – Além disso, fiz uma lista de pessoas que podemos convidar para a Liga para lutarem por Demácia.

— Certo. Deixe-me analisar. – Jarvan pediu.

Garen estava prestes a entregar a papelada ao rei quando foi interrompido pela porta sendo aberta.

— Majestade. – Um secretário particular de Jarvan colocou a cabeça no vão aberto da porta dourada. – Desculpe, mas preciso falar sobre um assunto urgente.

Jarvan sabia do que se tratava, e pediu licença a Garen. O general estranhou aquilo, porque o rei nunca escondia nada dele. Eram amigos desde infância e parceiros políticos. Mas, acima de tudo, Jarvan era rei e Garen precisou obedecer.

— Nós encontramos. - O secretário explicou, depois que Garen deixou a sala. – As histórias são reais.

— E como elas são?

— São as runas mais poderosas que eu já vi. Na verdade, acho que nunca vi nada com tanto poder.

— Interessante. E ficaram escondidas por todo este tempo.

— Vossa majestade tem certeza que quer trazê-las para Demácia? Poderíamos causar uma guerra.

Jarvan pensou bem. De acordo com o acordo que havia assinado em nome de seu povo, qualquer runa/fonte de poder descoberta deveria ser distribuída proporcionalmente para cada país/tribo/povo/cidade. Um pequeno pressentimento ruim fez com que o rei repensasse sua decisão.

— Mudei de ideia. Vamos seguir o protocolo. Mande um mensageiro a Noxus e uma equipe de extração para retirar as runas do Monte Targon. Vamos cataloga-las e distribuí-las.

— Ok, majestade.

Quando o secretário deixou a sala, Jarvan ficou perdido em seus pensamentos. Era uma tentação pegar todas as runas e tornar Demácia a potência mais poderosa da Runeterra. Mas, como rei, ele deveria fazer o certo. Mesmo que significasse abrir mão de seu patriotismo exagerado.

          

 

  Swain

O general de Noxus estava sentado em sua sala com LeBlanc falando asneiras ao seu lado quando, de-repente, um espião noxiano bateu na porta.

LeBlanc a abriu e sorriu ao ver o homem, porque esperava a pior notícia possível.

— Então? – Swain perguntou.

— As runas existem mesmo. E os demacianos cercaram a caverna. – Ele explicou.

LeBlanc abriu um sorriso enquanto o homem explicava.

— E o que Jarvan vai fazer? – O general continuou.

— Ainda não sei. Mas encaminhei um de meus homens para as fronteiras de Demácia para descobrir.

— Ainda acho que devemos atacar. – LeBlanc se intrometeu.

— Você não pensa, não é? Se atacarmos assim, não teremos chances. Demácia tem um exército preparado. Nós temos assassinos avulsos. Não podemos atacar agora. Vamos esperar para ver o que Jarvan fará. E, se por um acaso ele resolver se apossar daquelas pedrinhas, vamos intervir e saquearemos toda a carga. Esta é a nossa especialidade, LeBlanc.

Com desgosto, a mulher apenas revirou os olhos.

— Você ficou sensível demais depois do acordo. – Ela retrucou.

— Fiquei mais esperto, apenas.

Na verdade, se fosse em uma época (ou um tempo, talvez) diferente, Swain não pensaria duas vezes antes de investir contra Demácia. Mas um certo dejá-vu traumático fez com que ele raciocinasse.

Pouco tempo depois, as runas foram bem distribuídas. Ajudaram tanto na medicina quanto em campo de batalha. Eram quase como uma nova tecnologia: tornou a vida dos seres da Runeterra bem mais fácil.

E houve paz novamente. Ninguém se lembrava de uma guerra, ou das mortes que ocorreram por um portal. Mas paz é algo que passa tão rápido quanto um piscar de olhos. Sabe-se lá o que viria pela frente. 


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Notas finais do capítulo

Nenéns, de coração, espero que tenham gostado da história. Não recebi muitos comentários, então não sei o que vocês estão achando.
Eu amei escrever, amei mais ainda postar.
Obrigada (de novo) por lerem até aqui.
Beijinhos ♥

O link da história anterior a esta: https://fanfiction.com.br/historia/758579/A_guerra_das_Runas/



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