E o que Acontece depois ? escrita por Temari Nara


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Nossa...
Estava a tanto tempo sem postar que nem me dei conta.
Sem critividade, sem tempo, sem net :'(
Bom, só tenho que pedir desculpas por todo esse tempo de espera.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/73924/chapter/16

-Shun levanta e sai andando com aparente ódio no olhar-

Dan: Espera aí Shun! Onde é que você vai?

Shun bate a porta com tanta força, que os vidros da janela tremem, assim como Alice estava agora. A garota chorava, pois Shun tinha entendido tudo errado, e agora ele acha que, o que ela disse antes não passou de uma grande mentira, e que todos aqueles beijos calorosos e apaixonados não significaram nada pra ela. Mas ele estava completamente errado. Ela chorava por se sentir vazia, por ter perdido a única coisa que lhe restava. E ela sabia bem de quem era a culpa. Era de alguém que ela gostava muito, e não conseguiria sentir raiva dele, mesmo por tudo que ele havia dito, pois ele lhe a encorajou a ajudar seus amigos e lhe fez enxergar o quanto eles gostavam dela e ela deles.”

Dan: Desculpe-me... Eu acho que a culpa é toda minha. Eu não devia ter...

Alice: Não Dan! A culpa não é sua. A culpa é toda...  Do Klaus. Ele não devia... Ele não podia fazer isso comigo... E agora o Shun acha que, durante todo esse tempo... Eu só o enganei.

-Ele a abraça-

Dan: Vai ficar tudo bem, eu prometo. Só dê um tempo ao Shun. Ele está com a cabeça quente, principalmente por causa desse choque todo com a morte de sua mãe. Tudo deve ter se misturado em sua cabeça, e é pressão demais para agüentar, até mesmo pra ele.

Alice: Obrigada por tudo Dan.

Dan: Você sabe que sempre pode contar comigo. Pra isso servem os amigos.

Alice: Tudo bem... Vamos, vou te levar pra casa.

Após ter levado Dan para casa, Alice deitou em sua cama e ficou agarrada ao ursinho, enquanto lembrava os momentos com seu avô, pois ele lhe fazia muita falta, e ela não fazia a mínima idéia de onde e como ele poderia estar. Até que alguém bate na porta, tirando Alice de suas lembranças.

Alice: JÁ VAI!

Ela abre a porta e dá de cara com Julie, que estava segurando uma bandeja na mão. Julie percebe na hora que tinha algo errado com Alice. Não só pelos olhos vermelhos e inchados, mas também pela cara de abatida que ela tinha.

Alice: O que está fazendo aqui?

Logo ela percebe que foi indelicada com a amiga, e que não devia ter misturado as coisas. Por mais que ela estivesse chateada com o ocorrido, Julie não tinha nada a ver isso.

Alice: Desculpa Julie. Eu não queria ser indelicada contigo. Você não tem nada a ver com o que aconteceu. A culpa é toda dele, e por mais que eu queira sentir raiva dele, eu não consigo. Não depois de tudo de bom que ele me fez. Mas porque ele tinha que dizer aquelas mentiras? Porque ele tinha que fazer isso comigo? –Ela dizia desesperada em meio às lágrimas que rolavam por todo seu rosto-

Julie agora tinha certeza de que Alice não estava bem. Por que, depois de tudo o que a garota passou somente um motivo lhe faria perder o controle. E era o mesmo motivo dos últimos dias. Ela então fecha a porta, coloca a bandeja em cima de outro criado-mudo que ficava perto da mesma.”

Julie: O que foi que o Shun disse dessa vez?

Alice: Não foi ele... O Dan veio aqui, e trouxe um recado do Klaus, e ele dizia que eu tinha ficado com ele, e tudo mais. E o Shun ouvindo aquilo, achou que... Que eu o enganei... Eu não quero perdê-lo... Não depois de tudo.

Julie: O Dan veio aqui e ninguém me chamou para vê-lo?

Alice: Julie...!

Julie: Desculpe-me Alice. Mas, me conte essa história desde o começo. 

–Ela puxa Alice para se sentarem na cama-

Ela conta tudo a amiga, exceto a parte da morte da mãe de Shun. Enquanto ela falava, Julie morria de pena dela, pois via que ela é quem era a vítima. O difícil era fazer Shun enxergar isso.”

Julie: Então deve ser por isso que ele estava tão agressivo na hora que o Komba perguntou se ele já tinha tomado café.

Alice: Eu não posso... Eu não quero perdê-lo. Eu o amo tanto. Não sei o que seria de mim sem ele.

-Julie a abraça-

Julie: Você tem que conversar com ele. Explique o que aconteceu, que você é a vitima na história, e diga a ele o que realmente sente.

Alice: Não dá Julie. Ele não vai querer nem me ver.

Julie: Pelo menos tenta! É melhor do que ficar chorando e se lamentando pelos cantos. À noite, quando ele estiver mais calmo, explique tudo, demonstre que ele é quem você realmente ama.

Alice: Você tem razão. Ficar chorando aqui, não vai me levar a nada. Mas acho que essa espera vai me matar.

Julie: Pode deixar que eu te faço companhia! Você nem vai perceber o tempo passar. Eu mesma não percebo.

-Alice sorri-

Julie: Olha só quem resolveu sorrir. E amiga, você ta precisando de uma maquiagem. Sua cara está horrível, seus olhos então...! Eu vou lá ao quarto buscar meu estojo, e depois de darmos um jeito na sua cara, vamos tomar café, por que você tem que se alimentar.

Alice: Tudo bem. Mas eu não vou agüentar comer tudo aquilo sozinha, não. –Aponta para a bandeja-

Julie: Eu tomo café com você. Mas só se você prometer não chorar mais!

Alice: Tudo bem, eu prometo.

Depois de fazerem uma maquiagem, elas tomaram um café tranqüilo em meio às risadas e as lágrimas que Alice não conseguia segurar. Enquanto elas permaneciam no quarto, Komba via televisão juntamente a Billy. Kato levantava vôo e se dirigia a África, onde pretendia deixar Komba naquele mesmo dia. Já Shun, permanecia deitado, e por estar um pouco cansado, acabou adormecendo.

     Do outro lado, Runo estava furiosa por estar a tanto tempo esperando por Dan no parque.”

Runo: EU ACHO BOM AQUELE GAROTO CHEGAR AQUI EM DOIS MINUTOS, OU ELE VAI VER SÓ! SERÁ QUE ELE NÃO SABE QUE NÃO É NADA EDUCADO DEIXAR UMA GAROTA ESPERANDO?! É BOM ELE APARECER, OU...

Dan: Com quem você está gritando?

Runo: CONTIGO! Afinal, porque demorou tanto?

Dan: Além de eu ter tomado café e banho, minha mãe me fez um imenso interrogatório, seguido de um pequeno sermão.

Runo: Isso não importa...

Dan: Então porque perguntou?

Runo: Esquece... Mas então, conseguiu falar com o Shun?

Nesse momento, Dan lembra a cena em que Shun chorava, e logo lhe vem a cena em que ele vai embora.  Em seguida ele põe as mãos nos bolsos, e fita o chão.”

Dan: Uhum.

Runo: Então por que você está com essa cara?

Dan: Não é nada... Vamos!

-Dan retira uma de suas mãos do bolso e segura na de Runo, fazendo-a corar no mesmo momento-

Dan: Aconteceu algo?

Runo: Eu e você... Nós estamos de mãos dadas... Tem muita gente olhando.

Dan: E qual é o problema? Nós somos namorados, não somos?

Runo: Somos... Mas é que...

Dan: Ontem você me disse que queria que o mundo inteiro soubesse que você me ama e tudo mais. Mas eu sei que é difícil. Eu posso, pelo menos, andar ao seu lado? –Ele dizia ainda fitando o chão-

Dan apenas sente os lábios macios de Runo encontrarem com os seus e, mesmo não entendendo o porquê daquele beijo ele apenas retribui de forma carinhosa e apaixonada. Eles tiveram que se separar para tomar um ar, e quando olharam em suas voltas, perceberam que estavam sendo aplaudidos. Após recuperarem o fôlego, Dan foi o primeiro a se pronunciar.”

Dan: Eu pensei que...

Runo: Desculpe-me Dan. Eu estava sendo muito boba. Eu te amo, e realmente quero que todos saibam disso. Então não tem porque eu ser tão tímida na frente de todos. Perdoe-me, amor.

Dan: Eu te perdoo, mas só se você me der outro beijo.

Runo: Dan!

Dan: Tudo bem... Mas eu vou te cobrar o beijo, e não vai demorar muito.

Runo: Tudo bem, mas tenta esquecer isso um pouco.

Dan: Hum... Tá bom. Mas, mudando de assunto... Aonde você quer ir?

Runo: Que tal ao parque de diversões?

Dan: Tudo bem, mas só se nós andarmos no trem fantasma e também no...

Dan queria ir ao trem fantasma na esperança de que Runo ficasse com medo e o agarrasse. Porém, Runo estava calma, e ria de Dan. Ria porque ele ficou imóvel de tanto medo. Não era a primeira vez que Dan tinha andado em um trem fantasma, mas dessa vez uma foice quase o acertou, e para ele, aquela foice parecia bem afiada e real. Após o parque de diversões, Dan e Runo foram para casa almoçar.

        Chegaram à África, já era bem tarde e Komba já se preparava para ir.”

Billy: Valeu por tudo, Komba. Apesar de você ser sempre muito chato, você é boa pessoa.

Komba: Foi bom te conhecer também, Billy.

Julie: É uma pena que você tenha que ir! Eu vou sentir falta de alguém me perturbando.

Billy: Você está maluca?! Eu estou louco para me livrar dele! Não agüento mais ele pegando no meu pé!

Komba: Pode deixar Billy, que você ainda terá a Julie para fazer isso, não é mesmo gatinha?

Billy: Olha o respeito!

Komba: Hmph! Julie, se você encontrar com o Mestre Shun, diga a ele que foi uma honra ser seu aprendiz, e que o agradeço muito por tudo que ele fez.

Julie: Pode deixar que eu digo! Mas eu acho que não vai mais precisar...

Komba: Por que n... Mestre Shun?!

Shun: Foi bom te conhecer, Komba. Também foi uma honra ter você como aprendiz. Eu que o agradeço. Aqui está meu telefone. Se precisar de algo, é só ligar. – Ele lhe entrega um pedaço de papel com seu telefone anotado-

Komba: Mestre Shun...!

Shun: Só não comece a chorar!

Billy: Meu Deus, que mico!

Alice: Não vai se despedir de mim?

Komba: Alice!

-Ele sai correndo e a abraça-

Komba: Claro que não iria me esquecer de você, mas é que eu pensei que você estivesse passando mal, ou algo do tipo.

Alice: Eu estou bem, não se preocupe. Eu só vim me despedir e agradecê-lo por tudo que você fez nesses últimos dias.

Komba: Foi um prazer ajudá-la. Sempre que precisar, pode contar comigo.

Alice: Obrigada Komba.

Komba: Não tem de quê. Bom, agora eu vou indo. Por um lado, foi muito bom passar esses dias com vocês, já por outro...

Kato: Pára de me olhar assim, e anda logo que eu ainda tenho de levar os outros para casa, e eu não posso me atrasar.

Komba: Eu já estou indo, senhora Kat55. Não precisa me apressar.

Billy: Espera aí! Quer dizer então, que a sua tão amada Kat55... –Ele não agüentou mais segurar o riso-

Julie: Era você, Kato?! –Ela completou em meio às gargalhadas-

Komba: Infelizmente! O pior de tudo é que ele ainda me traiu!

Kato: Eu não te traí porque nós nem chegamos a sair. Além do mais, eu nunca iria sair com alguém que compra bombons tão ruins!

Komba: Quer saber, eu não vou ficar aqui ouvindo você reclamando. Eu tenho que ir para casa, e me encontrar com a Kamilly.

Shun: Kamilly? A morena de olhos verdes?

Komba: Ela mesma, Mestre Shun. Aquela que te beijou outro dia.

Shun: Não sabia que ela estava morando aqui. Você mesmo me disse que ela morava em Toronto.

Komba: Ela morava sim. Mas ela se mudou pra cá, para ficar mais perto de mim.

Billy: Vocês estão namorando, ou algo assim?

Komba: Ainda não. Digamos que depois do incidente com o Kato ou Kat55, eu falei com ela pelo computador, rolou um papo e estamos nos conhecendo.

Shun: Mas antes ela só te desprezava, te xingava, te batia, e agora você me diz que estão se conhecendo?!

Komba: Pois é. Eu contei tudo que aconteceu com o encontro, e ela ficou morrendo de pena de mim, porque eu fui enganado e tudo mais, e então marcamos de nos encontrar daqui à uma hora, para conversarmos melhor. Mesmo depois daquele beijão que vocês deram você não a quis, e a fila andou!

Shun: Parabéns, então!

Komba: Obrigada, Mestre Shun. Agora eu tenho mesmo que ir embora, porque ainda tenho muita coisa para fazer em casa antes do encontro com a Kamilly. Até logo, Alice. E saiba que o melhor dessa viagem, foi passar esses dias com você.

Alice: Obrigada Komba. Você é um fofo! Mantenha sempre contato.

Komba: Pode deixar. –Ele vai embora-

Kato: Já vai tarde!

Kato, Julie e Billy vão para seus quartos dormir. Nenhum deles estava com vontade de jantar, muito menos de preparar algo. Shun pretendia ir para seu quarto dormir mais um pouco, mas a fome gritou mais alto. Ele então foi para a cozinha, pegou uma fruta na geladeira, e quando se virou, deu de cara com Alice, que estava com a mesma cara inchada de alguns dias. Ele então apóia o cotovelo esquerdo no balcão e segura a fruta com a mão direita. Logo em seguida, ele a olha com desprezo e certa frieza, a fazendo tremer.

Alice: Nós precisamos conversar.

Shun: Eu tenho nada para falar com você.

Alice: Mas eu tenho! Shun me escuta! Eu não tenho nada a ver com aquela história. Eu nem fazia idéia do que o Dan estava falando. Aquelas coisas nunca aconteceram.

Shun: Não se faça de sonsa, Alice. Você sabia muito bem do ele estava falando, e só ficou daquele jeito porque sabia que era verdade. Você estava mentindo, enganando como sempre fez.

Alice: Eu nunca seria capaz de fazer isso, muito menos com você! Eu não fiz nada do que o Klaus disse! Será que você não vê que é ele quem está mentindo! –Ela dizia em meio às lágrimas que já tomavam conta de seus olhos-

Shun: E você espera mesmo que eu acredite em você?

Alice: Quer saber de uma coisa, Shun? Eu nem sei por que eu estou aqui tentando te explicar tudo isso. No fim, não importa mesmo. Afinal, você não gosta de mim, você nem liga para mim. Eu não tenho que te dar satisfação de nada. Se você quiser acreditar em mim, ótimo. Se não quiser, o problema é seu. E quer saber? Eu deveria mesmo ter feito aquelas coisas, porque agora eu estaria com o Klaus, e ele estaria me tratando bem, me entenderia, e mais que tudo, ele acreditaria em mim caso algo desse tipo acontecesse, como um verdadeiro cavaleiro que ele é. –Ela dizia em um tom misto de raiva e tristeza-

Logo em seguida Alice vai embora, mas antes de sair ela olha Shun que naquele momento, encarava o chão e não estava com aquela mesma cara fria de antes. Ele aparentava estar triste e decepcionado. Ela vai embora sentindo três coisas diferentes: Raiva, tristeza e preocupação. Depois do que Alice disse, Shun perdeu a fome e foi para seu quarto. Custou a dormir, não só por ter dormido de tarde, mas também porque todos os problemas tomavam conta de sua mente. Os problemas eram tantos, que ele ficou cansado e por fim adormeceu. Já Alice, achou que ficaria horas acordada por causa de tudo que ela estava sentindo e passando, mas assim que deitou na cama, o cansaço falou mais alto.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que não mereço reviews, mas alguém se candidata?