Quartevois escrita por Lily


Capítulo 28
Caitlin


Notas iniciais do capítulo

Gente, meus popinhos, esse é o fim. Obrigada por me acompanharem até aqui. Vocês são demais.



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Oito meses e três semanas depois 

Ela inspirou profundamente enquanto sentia a forte pontada forte na região inferior do útero. Era 03:43 da manhã de uma quarta-feira que poderia ter sido normal, mas obviamente não seria. Cutucou Barry ao seu lado, ele tinha o braço envolto em sua cintura e cabeça deitada sobre o travesseiro. Ela jogou a cabeça para trás e gemeu, cutucou ele novamente, Barry não moveu nem um músculo, maldito sono pesado. 

Tentou se sentar na cama, as pernas esticadas e as costas eretas.

—Barry. - chamou, ele remungou alguma coisa e virou para o outro lado, talvez pensasse que ela o acordaria apenas para pedir algo para comer, havia sido assim nós últimos meses, teve uma vez que ela o fez cruzar duas cidades apenas para lhe comprar um cupcake, este que ela nem comeu por fim. - Barry. 

—Hum? 

—Barry, preciso de um favor. - murmurou apertando os lençóis ao seu redor até seus dedos ficarem brancos.

—Se for para comprar outro bolinho, desista. Só farei isso amanhã. - ele resmungou meio sonolento.

—Embora eu achei esse seu lindo ato de cavalheirismo digno de ir para a forca, eu não quero outro cupcake. - parou contando até três, inspira, até cinco, expira. - Preciso ir ao hospital.

Barry rapidamente se sentou na cama, seus olhos estavam vidrados e seu corpo tremia.

—O que? Por que?

—Me leva pro hospital. - pediu ao sentir outra contração. 

—O bebê? Isso não é possível, você ainda vai entrar no nono mês. - Barry pulou da cama e correu para ajuda-la a se levantar. 

—Quer dialogar com ele? Pelo menos sabemos que ele não é atrasado como você. - vestiu o casaco enquanto Barry corria pelo apartamento pegando as duas bolsas da maternidade. - Tomara que seja um alarme falso, preciso das minhas horas de sono. 

Parou no meio da sala esperando Bar, foi quando sentiu o líquido escorrer pelas suas pernas e formar uma pequena poça aos seus pés. Bufou olhando para a barriga.

—Sério? Você não poderia esperar um pouquinho mais? 

—Cait...Oh! O que houve? Por que não foi ao banheiro? Não se segurou? 

Revirou os olhos diante de tais perguntas impertinentes.

—A bolsa estourou e as contrações estão cada vez mais curtas, temos quinze minutos para chegar ao hospital. - disse enquanto ele passava o braço pela sua cintura, ambos caminharam com calma até a garagem no subsolo do prédio. Barry parecia tentado a usar sua velocidade para leva-la ao hospital, mas desde de o início Caitlin afirmará com convicção que não colocaria a vida de seu bebê em risco, isso o levou a comprar um carro maior. 

Tentou focar em sua respiração, quanto mais se acalmasse, mais o bebê se acalmava. Pegou o celular dentro da bolsa e pensou em mandar alguma mensagem para Íris, mas desistiu, ainda era de madrugada, as ruas da cidade estavam calmas e muitas pessoas ainda dormiam. Avisaria Íris mais tarde. 

Acariciou a barriga, agradecendo por estar preste a ver seu filho, poucas pessoas sabiam o sexo do bebê, Caitlin sempre quis descobrir o sexo do seu bebê na hora do parto, mas graça a Natali, eles haviam descoberto antes. Ela até já tinha o nome do pequenino e quem seria sua madrinha. 

O celular de Barry tocou, ele colocou no viva voz.

—Cisco, o que houve? 

—Nada, apenas queria saber onde você deixou aquela arma de choque, acho que posso aumentar a potência dela. 

Caitlin respirou fundo sentindo outra contração, apertou o banco e deixou um gemido escapar.

—Cait? O que foi?

—Estou entrando em trabalho de parto, Cisco. - avisou. Então ele ouviram algo cair no chão. 

—Agora?

—Sim, agora. - Barry frisou manobrando o carro na entrada do hospital. - Acabamos de chegar.

—Eu já estou indo. - Cisco gritou pelo celular.

—Não precisa.

—Claro que precisa, Cait. Deixa eu aviso aos outros. 

—Cisco. - tentou convencê-lo, mas ele já havia desligado. - Ok, né. 

Barry abriu a porta e ajudou a sair.

—Pronta?

—Não. Mas sei que nunca vou estar. 

[...]

Eram 05:56 da manhã de uma quarta-feira. O pequeno ser humano embrulhado no manto amarelo bocejou levando os dedos até a boca, Caitlin rapidamente concluiu que seu filho era um morto de fome igual ao pai. 

—Ele é tão lindinho. - Cisco disse esticando o dedo para tocar a bochecha do pequenino, seu filho com a pequena mãozinha segurou o dedo dele. - E nem todo bebê é bonitinho quando nasce, eles têm cara de joelho, não que ele não tenha uma cara de joelho, mas parece um joelho bonitinho.

—Cisco, ou você cala a boca ou eu te faço calar. - Íris ameaçou, ela havia chegado a poucos minutos, porque diferente de Cisco (que havia passado a noite no hospital esperando para ver o bebê), ela soube aproveitar a noite sono, mesmo estando preocupada. Caitlin não se lembrava bem quando havia voltado a falar com Íris, mas se lembrava de quando havia reconquistado sua amizade de novo, foi no início do seu quinto mês de gestação, ela havia ficado nervosa por Deus sabe o que, eram quase dez da noite quando ligou chorando para Íris e desatou a falar quanto sentia falta dela, que ela era sua amiga e não podiam ficar brigadas para sempre, coisas que pessoas bêbadas ou grávidas costumam dizer. Dez minutos depois Íris apareceu na porta do apartamento de Barry com um pote de sorvete na mão e cinco comédias românticas para chorar. Barry foi expulso de casa naquele dia. 

—Já escolheram o nome? - Jesse perguntou, empurrando os balões que Cisco havia trago, em todos estavam escritos É um garoto!

—Sim. - olhou para Barry e então para Íris. - Edward Snow Allen. 

Íris colocou a mão sobre a boca e afou prendendo a respiração. 

—E. - Barry se aproximou dela. - Queremos que você seja a madrinha dele. - os olhos de Íris se arregalaram. - Aceita?

A West assentiu. Todos sorriram, principalmente Joe, ele já estava feliz por ter sua família junta de novo, mas agora parecia em êxtase. 

—Quer pega-lo? - indagou, Íris se pegou Eddie em seu colo com todo o cuidado do mundo.

—Ei pequenino. - ela sussurrou beijando o topo da cabeça dele, os cabelos ralos em tons claros e os olhos castanhos claros formavam uma mistura perfeita de Caitlin e Barry. - Saiba que eu serei a melhor madrinha do mundo. 

—Cisco, você não está chateado por não ter sido o padrinho? - Wally perguntou, Cisco deu de ombros. 

—Não. Eu tô bem. 

Caitlin sorriu para ele e lhe estendeu a mão, Cisco apertou com carinho. Ele apenas tinha que esperar mais uns anos antes de ser padrinho de alguém. 

Barry puxou o celular do bolso, ele franziu a testa e riu.

—O que foi?

—Acho que vamos ter vários aniversário compartilhados daqui por diante. - ele falou, ela franziu o cenho e o olhou curiosa. - Olivia Smoak Queen acabou de vir dar um Oi. 

Barry estendeu o celular mostrando a foto de um bebê rechonchudo e vermelho. Caitlin tomou o celular da mão dele. 

—Eu vou matar ela. Como diabos é que a Liv nasce no mesmo dia que o meu filho? - indagou cruzando os braços. Todos riram. Barry beijou a sua bochecha e sussurrou.

—Veja pelo positivo, teremos mais um motivo para manter todos juntos. 

2028

Natali gargalhou alto enquanto Tommy corria atrás de Ralph, Eddie e Liv conversavam animadamente sobre o novo filme lançado e que ambos iriam assistir com Cisco e Íris na semana seguinte, Caitlin tentou focar na arrumação da festa de aniversário das crianças. Edward e Olivia iriam completar dez anos, e como sempre, a festa seria compartilhada, primeiro pelo fato deles serem melhores amigos e segundo, porque ninguém conseguia se separar, ao longo dos anos todos havia virando um grande família, eles iam para Star City quase todos os finais de semana, mas quando eles não podiam ir, o pessoal de Star é que vinha. Caitlin adorava aquela sensação de poder contar com eles sempre que precisasse. Porque família era para todas as merdas, sejam elas boas ou ruins.

—Da próxima vez a gente vai pra Disney. - Felicity afirmou deixando as caixas com os cupcakes coloridos em cima da mesa. - Com certeza a gente vai pra Disney.

—Você tem certeza que quer deixar Liv longe de Eddie? - indagou ajeitando os docinhos envolta do dois bolos, um vermelho e outro verde. - Se lembra da última tentativa?

Felicity parou olhando para cima, ela se lembrava sim da última tentativa, Liv tinha apenas cinco, mas sua garganta era digna de uma cantora de ópera. 

—Talvez no natal, é, no natal. 

Elas riram. Virou o rosto no momento em que Nat corria em sua direção, ela tinha o rosto emburrado e o vestido sujo de terra, Ralph e Tommy vinha logo atrás.  

—O que foi meu anjo? - indagou se inclinando para frente e apoiando as mãos no joelho.

—Ralph disse que eu não sei dançar balé, mas eu fiz aula de balé mamãe, você sabe. 

—Claro que eu sei. - assegurou fazendo o rosto da pequena suavizar. 

—Então diz para ele.

—Ralph não insulte sua irmã. - repreendeu o filho, foi a vez de Ralph cruzar os braços irritado.

—Mas ela está mentindo.

—Não estou. - Natali recrutou batendo o pé no chão, isso chamou a atenção de quem estava na sala, inclusive Barry. Os ataques de raiva de Natali sempre acabavam com ela sendo levada para o quarto e ficando de castigo. Caitlin queria ao menos um dia de folga disso. - Eu fiz sim, mas foi antes de você nascer.

—Ah merda. - sussurrou sem conseguir entender onde aquilo acabaria, mas com uma sensação muito ruim sobre o rumo daquela conversa.

—Isso é ilógico. -  Tommy opinou, ele era um ano mais velho que os gêmeos,  então sempre se sentiu no direito de mandar neles. - Vocês nasceram no mesmo dia.

—Mas eu estive lá antes de você e você. - Natlie apontou para Ralph e Tommy, respectivamente. - Eu estudava com a Raíz.

—Não Natali, não. - gemeu já sentindo os olhares conspiratórios sobre si.

—Você só poderia fazer isso se viajasse no tempo. - Liv argumentou. - E isso é impossível. 

Caitlin cruzou os dedos torcendo para que Natlie não abrisse a boca, mas sua filha fez pior do que isso. Ela sorriu, aquele sorriso de desculpa, mas não tenho mais nada a falar, mas o que digo é a mais pura verdade e deu às costas, saíu cantarolando para a  sala.

Jogou o cabelo para frente, Ralph a encarava curioso.

—Mamãe, Nat viajou no tempo? 

—Não meu amor, ela apenas tem uma imaginação fértil. 

—Tem certeza? - Felicity indagou, Caitlin podia visualiza-la com os braços cruzados e os olhos críticos. 

—Sim. - foi Barry que respondeu e tratou de desviar o assunto. - Agora vamos cantar os parabéns e repartir os bolos. 

Caitlin suspirou e ergueu a cabeça olhando para o marido.

—Um dia ela ainda nós mata. - sussurrou, Barry passou o braço ao redor do ombro dela e beijou sua têmpora. 

—Com certeza.


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