IN Blackout Way escrita por Brenda Luth


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^



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Faltava 10 minutos para o tempo da prova de Epidemiologia acabar, e ainda faltava 2 questões para eu terminar. Passei os últimos 20 minutos perdida em devaneios e não vi a hora passar. Respondi como deu, não pensei muito, mas acho que deu pra acertar. Afinal de contas, eu tinha estudado, mas, sempre que começo a pensar demais, meus pensamentos me transportam para outro lugar.

Restava apenas alguns poucos alunos ali na sala. Terminei, e me levantei para entregar a prova para o professor, que pela sua cara também já estava cansado de ficar ali. Porém me encarou com um sorriso no rosto quando passou os olhos pela minha prova. Parecia que eu tinha ido bem. Foi um alívio. Não seria nada bom bombar no 7º período da faculdade. Voltei para meu lugar e arrumei as coisas dentro da bolsa e a joguei no ombro. Nisso, notei que a Dinah, que sentava atrás de mim, estava colando. Nossa, está demorando tanto até pra colar...como pode?

Ela deu uma piscadinha pra mim, como se quisesse dizer que está tudo bem. Deve ser porque ela tinha ido visitar a avó doente no hospital. Ela não é de colar em provas.

Saí da sala e peguei o celular no bolso da jaqueta preta. Apertei no número de Lucahs na discagem rápida.

— Oi amor, já está chegando? – A voz dele parecia sonolenta.

— Estou saindo da faculdade agora e só queria saber o que poderia levar pra comer.

— Nossa...acho que poderia ser pizza...ou talvez hambúrgueres...

— Ok...daqui a pouco eu chego aí.

— Ia ser melhor se não tivesse dado problema no motor do carro né?

— Sim amor...mas está tudo bem. Não vou demorar.

Caminhei até a entrada do campus da Boston University, que já estava quase vazia, olhei a hora no celular. 10:13 pm. E continuei meu caminho até a pizzaria mais próxima. A rua principal estava movimentada. É outono, e as pessoas parecem gostar do clima.

Passei por um homem alto que parecia ser inglês, tocando violão na rua, tinha algumas pessoas paradas apreciando sua música.

Quando de repente ficou tudo escuro. As únicas luzes vistas eram de celulares e lanternas dos carros. Fiquei um pouco assustada a princípio, mas pensei ser apenas uma pequena queda local da energia. Ouvia-se as vozes das pessoas conversando como se fosse o único som do mundo. Havia um bebê chorando longe de onde eu estava, mas parecia que estava do meu lado. Comecei a me sentir desconfortável com aquela situação, enquanto andava pela rua tentando ir pra um lugar mais tranquilo. Quando ouvi um grito de uma mulher, havia desespero na sua voz e as pessoas começaram a ficar inquietas.

— Estão assaltando no fim da rua! Estão armados! – Passou um garoto mais jovem correndo por mim.

As pessoas ao meu redor começaram a se alarmar. E eu que estava ali sozinha, desisti da pizza e comecei a me preocupar em sair dali o mais rápido possível. Tentei pensar rápido, e se não estava segura na rua, poderia talvez me abrigar na casa de alguém até a luz voltar.

As lojas começaram a fechar. Provavelmente por ordem dos donos, claro. Notei uma casa iluminada com algo que parecia ser velas. Bati na porta.

— Cai fora daqui vagabundo! – Uma voz bastante grave, que parecia ser de um homem idoso, gritou lá de dentro.

— Oi? Que grosso, nossa. – Falei comigo mesmo. – E se eu estivesse sendo esfaqueada aqui?! – gritei.

Andei mais um pouco, meio apressada. Virei numa rua que aparentemente estava deserta. Avistei um loft vinho e me aproximei. Tentei olhar pelas janelas pretas, mas não consegui ver nada. Então, apertei a campainha. Nada aconteceu. Bati na porta. E ouvi passos se aproximando.

— Oi? Alguém? A rua não está segura...você pode me ajudar?

— Quem é você? Como vou saber que não está com segundas intenções? – Ouvi uma voz doce, porém desconfiada, atrás da porta.

— Meu nome é Lauren. Acabei de sair da faculdade. Por favor...estou assustada aqui fora.

Acho que consegui convencer a dona da casa, pois a porta foi se abrindo lentamente até mostrar uma figura de uma garota com óculos de grau, cabelos castanhos escuros e branquinha, com um olhar desconfiado segurando uma frigideira, como se fosse me atacar com qualquer movimento suspeito que eu fizesse.


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Notas finais do capítulo

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